Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias


Capítulo 10
Sem Escolha


Notas iniciais do capítulo

Hello, Sasuketes!!! Tudo bem com vocês?

Sabemos que o tempo foi longo sem que atualizássemos essa história, mas tudo se deve aos reviews. Como a fic alcançou 95 comentários, decidimos postar e retornar com as atualizações frequentes ;)

Planejamos diversos capítulos, pois percebemos que a história estava fugindo um pouco de seu contexto original. Com este capítulo, iniciamos uma nova fase da fic, onde muitas coisas vão acontecer, estas levando aos momentos mais intrigantes, misteriosos e românticos da trama.

Algumas dúvidas serão respondidas, grande parte delas nos próximos capítulos õ/

Queremos agradecer à todas as leitoras que comentaram e favoritaram a história! Guardamos vocês em nossos corações, e esperamos sempre vê-las por aqui!

Boa Leitura!



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– O que você está dizendo, Itachi? – A voz de Hinata soou esganiçada pelo corredor deserto, ecoando por entre as paredes úmidas.

– Grite mais, Hinata – O Uchiha massageava as têmporas, frustrado. – Talvez o México ainda não te ouviu.

Mas a Hyuuga o ignorou completamente.

– Que história é essa da Ino nos trair? – a morena levou as mãos à cintura, exigindo uma explicação mais detalhada sobre a questão. – Explique já tudo isso!

Itachi balançou a cabeça negativamente, com certo desânimo.

– Você não vai querer saber da história toda, Hinata. – O Uchiha soltou um suspiro. – E mesmo que quisesse, eu não posso dizer o que Ino fez. Caso queira detalhes, fale com ela.

Ruídos de tiros ecoaram pelo espaço, despertando os três para a realidade ao redor. Hinata foi a primeira a se erguer, puxando seu revólver calibre 38 e recarregando-o com habilidade.

Naruto tirou uma doze das costas, oferecendo-a para Itachi.

– Acho que os nossos inimigos estão por perto – comentou, sem tirar os olhos do corredor que se estendia à frente. – E isso será extremamente interessante.

Itachi se colocou de pé, com certo esforço. Afastou os pensamentos que envolviam certa loira, e permaneceu o mais inflexível possível com aquela situação.

Sentimentos não faziam parte dele.

Tal como seu irmão, fora treinado para ser frio em todas as suas missões, em qualquer instante. Já era acostumado a seduzir garotas “inocentes” e extrair informações delas, como também tinha suas habilidades em matá-las caso necessário.

Não era por poucos motivos que fora escolhido para se tornar o segundo melhor agente do Grupo Uchiha; sempre realizara suas missões com acentuada eficiência.

Hinata lançou um olhar significativo aos garotos, antes de virar o corredor, desaparecendo de vista.

Naruto colocou a expressão mais séria em seu semblante, compenetrado no que fazia. Itachi tomou a frente, se dirigindo para a outra extremidade do corredor, contrária pela qual Hinata havia seguido.

Estava tão deserto e vazio, que o Uchiha de imediato desconfiou da situação. Olhou ao redor, atento, e iniciou passos silenciosos e rápidos pelo corredor. Virou outro, alheio ao fato de que Naruto já não o seguia mais, e no momento explorava outros corredores.

Mais uma vez o trio havia se separado.

Hinata estreitou os olhos ao avistar um cadáver, no entanto suspirou aliviada ao reconhecer sendo de um terrorista da Akatsuki. Olhou atenta para os lados, e cuidadosamente agachou-se ao lado do corpo, iniciando uma busca rápida pelos bolsos do estranho.

Descobriu que se chamava Yuri, e que o mesmo tinha uma namorada e alguns ienes no banco.

Arregalou os olhos para as informações seguintes, perplexa. Soltou o papel, ainda em choque, com um movimento brusco.

Levantou-se, e se pôs a caminhar para longe dali, o mais rápido possível. Deu de cara com alguém, e por um instante quase atirou na figura.

– Ei, calma aí! – Naruto exibiu um sorriso confiante, mas pareceu perceber a palidez na face da garota, um instante depois. – O que foi?

Ela retornou para o cadáver, e indicou o papel que havia deixado cair por cima do tal Yuri. Naruto agachou-se, e Hinata se pôs a observar os arredores, atenta ao menor ruído.

O Uzumaki levantou-se, com os olhos fechados e uma expressão nada contente em seu semblante.

– Temos de avisar Sasuke e Itachi – decidiu, encarando-a nos olhos. – E encontrar a Sakura o mais rápido possível. Esses filhos da puta pensaram em tudo! – esbravejou ele, furioso.

Hinata manteve os olhos fixos no corpo do suposto terrorista da Akatsuki.

Na verdade, Yuri era uma pessoa comum, um inocente, que fora implantado pelos terroristas juntamente com tantos outros cidadãos comuns.

Hinata e os outros haviam matado as pessoas erradas.

(...)

Sasuke atravessou o perímetro mais estreito e protegido daquele esconderijo, mas Sakura não estava em lugar algum.

Ouvira a explosão que sacudiu, e levou parte da estrutura ao caos, porém, não conseguiu identificar o local de origem da bomba.

Prosseguiu, tentando imaginar onde a Haruno estaria, e se estava bem. Odiava pensar que algo pudesse ter acontecido, já que a certeza de que uma possível armadilha fora organizada pela Akatsuki, não deixava de importunar os pensamentos do Uchiha.

Disparos próximos o alertaram, puxando-o de volta à realidade. Viu sombras nítidas de atiradores, e não hesitou em disparar no primeiro que surgiu diante de seus olhos, recarregando sua CV-47. O sangue espirrou contra a parede, e o corpo foi de encontro ao chão.

Sasuke recuou alguns passos, silencioso, embrenhando-se contra as sombras do corredor escuro. Ouviu os passos de mais alguém, rápidos e sôfregos.

Virou-se no exato instante que o atirador tentava mirar nele. Mais uma vez seus dedos velozes pressionaram o gatilho de sua sniper, e o cadáver foi de encontro ao chão, com um furo bem feito em seu crânio.

Sasuke passou pelo corpo, com o cenho franzido. Aquele terrorista deveria ser melhor de mira. O moreno havia vacilado, pensando que um atirador estivesse à sua frente, mas que na verdade este tinha dado a volta no local.

Então, naquele momento, o Uchiha poderia estar morto, certo? Um atirador profissional da Akatsuki o teria eliminado sem problemas.

O sono afetou Sasuke, que passou a mão pelos olhos, tentando permanecer desperto. Tinha de encontrar Sakura e os outros, e dar o fora dali, o quanto antes.

Foi então que um cilindro girou para perto dele, e o Uchiha só teve tempo de lançar-se para trás, no instante em que a granada explodiu.

Felizmente, apenas uma distração (empecilho), já que o cilindro despejou uma onda de fumaça que encobriu todo o corredor.

Tiros ricochetearam contra a parede às suas costas, e caras armados, e bem equipados (pelo que Sasuke conseguiu percebe, conforme o contorno de suas sombras), avançaram, tentando acertar o Uchiha.

O moreno tirou uma granada do bolso, e puxou o pino com os dentes. Lançou contra os estranhos, que se afastaram com a explosão. Sasuke virou pelo corredor onde fora atacado, o qual possuía uma iluminação mais baixa.

Subiu à pequena “ladeira”, e pôde ouvir os passos de seus perseguidores.

Adentrou uma sala qualquer, e aguardou. Recarregou sua sniper, com as típicas balas de 15 cm, pontiagudas.

A adrenalina deixava sua respiração mais rápida, e a falta de sono estava enlouquecendo-o.

Quando a porta abriu, quase não viu a figura, e se pôs a atirar, com precisão e experiências de um verdadeiro assassino/psicopata, que fora treinado desde os onze anos, e que não merecia morrer nas mãos de uns “Caça-Terroristas”, do governo.

Outro homem bem equipado surgiu diante de seus olhos, com uma doze, e tentou acertar Sasuke. Antes que pudesse disparar, o moreno atirou, sem hesitar, acertando a cabeça do “CT”, e derrubando-o por cima do outro cadáver.

Do lado de fora da sala, ouviu disparos ágeis e incessantes. Avançou contra a porta, parando por um instante, o suor percorrendo sua testa e o peito descendo e subindo por conta de sua respiração.

Saiu, mirando contra a figura, e suspirou com certo alívio por reconhecer Itachi, chutando com certo desdém os cadáveres dos CTs que havia acabado de aniquilar.

– Armadilha bem-feita essa – comentou o Uchiha mais velho, e Sasuke olhou ao redor, buscando algum sinal de outro policial.

Os corpos estavam aos montes no corredor, e o cheiro de sangue, já conhecido pelos Uchiha, não foi nenhum empecilho para o avanço de ambos.

– Se os “CT”s estão aqui – começou Sasuke, pensativo. – Significa que a Akatsuki organizou essa farsa para que nós fossemos pegos.

– Ino nos traiu – informou Itachi, recebendo a atenção do irmão, por breves instantes. – No fim, trabalhava com os da Akatsuki o tempo todo.

Sasuke não exigiu maiores detalhes, e permitiu continuar focado em tudo o que acontecia ao seu redor.

– E Sakura? Algum sinal dela e dos outros? – questionou ele, mirando a cada curva do corredor.

– Hinata e Naruto estavam averiguando o perímetro – disse Itachi, reflexivo. – Sakura... Eu nem cheguei a vê-la.

– Droga! – o Uchiha deixou escapar, entredentes. – Temos de reuni-los de uma vez. Se os CTs estão aqui, não vai demorar muito para todas as formigas do Governo vierem atrás de nós.

Itachi assentiu, e os irmãos alcançaram o andar superior do esconderijo, onde Sasuke e os outros tinham iniciado a missão de resgate.

Logo, Hinata e Naruto surgiram apressados, mas aparentemente bem.

– A Akatsuki organizou tudo! – a Hyuuga parecia prestes a socar alguma coisa, tal sua fúria. – Aqueles que matamos, pensando serem terroristas, eram pessoas inocentes!

Itachi franziu o cenho.

– O quê?

Naruto estava sério ao falar.

– Eles são cidadãos comuns, meu chapa! O Pain e a galera dele deram no pé, no instante em que pisamos no esconderijo! – Passou uma das mãos pelos cabelos loiros, andando em círculos.

Hinata respirou fundo, encarando os Uchiha, ansiosa.

– Não encontramos a Sakura, nem a Ino! – disse, mordendo os lábios. – E acho inútil continuarmos buscando! Temos que sair daqui o quanto antes! Ouvi diversos chamados dos CTs, e até topei com dois ou três deles. – Fez um movimento com seu revólver, quase imperceptível. – É óbvio que a Akatsuki já levou as duas, e queriam nos manter aqui até que o pessoal do Governo chegasse...

– A van já está lá fora - Sasuke indicou a porta principal pela qual haviam entrado. – Talvez alguns “Tiras” estejam nos esperando, por isso é melhor utilizar a tacada de mestre. – Encarou Naruto, que assentiu. – Como você disse Hinata, a Akatsuki deve mesmo ter levado a Sakura.

O moreno deu as costas para os colegas, uma deixa para que Naruto agisse, e o sentimentalismo fosse esquecido naquele instante.

Hinata piscou várias vezes, mantendo a postura ereta. Ela e Itachi protegiam Naruto, enquanto o mesmo tirava uma bomba relógio retangular da mochila às costas.

O loiro demorou breves instantes para montá-la, e colocá-la no ponto certo. Cinco minutos no máximo, foi o tempo que Hinata e Itachi tiveram para defender o Uzumaki de qualquer ataque.

Enquanto isso, Sasuke observava o movimento do lado de fora, pensativo. Sakura tinha de aparecer, tinha de estar em algum lugar.

Qual o interesse da Akatsuki na rosada?

Eles haviam levado sua mãe, portanto, já tinham uma ferramenta contra o governo. Agora a filha do presidente nas mãos do terrorista, certamente causaria um pânico geral na população.

Sasuke soltou um leve suspiro, contendo um grito de raiva. Vivia naquela vida há anos, e conhecia as tramóias e estratégias bem-sucedidas da Akatsuki.

Eles eram praticamente perfeitos demais, e se queriam dominar o país internamente, não seria muito difícil mover as peças para tal.

Precisavam de tempo, e de “ouro”. As pessoas certas e os movimentos certos geram um rebuliço tão agravante que os terroristas não vão precisar de muito para dominar o povo.

Sasuke nunca pensou dizer isso, mas estava preocupado com o que aconteceria dali para frente. Não sabia se o time dele seria forte o suficiente contra todos aqueles terroristas e a perspectiva de no fim, falhar, o abalava desde então.

Falhar significava morte. E morte significava o fim do Grupo Uchiha, e de Sasuke.

– Está tudo pronto – avisou Itachi, sério como sempre fora.

– Ótimo. – Sasuke moveu sua sniper com certa brusquidão. – Hora de sairmos dessa bosta de uma vez.

Em sincronia, o quarteto avançou, correndo pelo gramado alto, com os carros dos CTs há poucos metros.

Logo, os tiros se iniciaram, e Sasuke foi o primeiro a alcançar a van negra e puxar a porta. Hinata e Naruto ficaram mais para trás, atirando com destreza nas cabeças daqueles policiais filhos da puta, que não tinham nada melhor para fazer.

Itachi tomou o volante, e Sasuke mirou em alguns CTs que avançaram, com escudos. Hinata e Naruto saltaram para dentro da van, e o Uchiha mais novo fez o mesmo, pulando de costas e tendo um último vislumbre do esconderijo intacto, antes desse ser vítima da explosão iminente.

Itachi pisou no acelerador, e o Grupo Uchiha afastou-se do caos, em um silêncio que indicava o fracasso e a falta de escolhas.


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Notas finais do capítulo

Estou postando em uma fic SasuSaku, que escrevo com uma amiga. Caso queiram passar por lá e mandar um review, aqui vai o link:

http://fanfiction.com.br/historia/482711/Games_Of_Love_SasuSaku/

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Esperamos que tenham gostado do capítulo!!! Logo, logo, postamos o décimo primeiro õ/

Não deixem de comentar...

Super beijos e fiquem com Deus!

— Livia Dias, Bianca e Manu.