Minha Amada Vítima 2 escrita por Livia Dias


Capítulo 1
Breve Calmaria


Notas iniciais do capítulo

Yeeh!!! Estamos de volta, pessoal õ/

Esse capítulo vai abrir muitas ideias de como a fic vai ser daqui para a frente! Portanto, esperamos que gostem *-*

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/438817/chapter/1

Os arredores estavam em chamas. Prédios caiam e em meio aos escombros, o que se viam eram cadáveres. O céu cinzento indicava que uma forte tempestade iria despencar em breve, o que dificultaria ainda mais a situação dos que insistiam em lutar.

A rosada girou os revólveres e mirou em dois agentes da Akatsuki que avançaram sobre sua colega. Atirou, acertando a cabeça de ambos, que caíram no chão. A morena encarou a amiga com surpresa, e esta sorriu brevemente antes de virar-se.

Tinha de encontrar sua mãe antes que fosse tarde. Caso falhasse...

- Sakura! – Ino Yamanaka surgiu, carregando um escudo. Parou ao lado da amiga, ofegante. Parecia mais cansada do que nunca e possuía cortes profundos por todo seu corpo. – A bomba vai explodir em dez minutos!

Atordoada, Sakura parou. Tinha de encontrar sua mãe logo. Ela era a única que poderia desarmar a bomba e salvar todas aquelas pessoas.

- Me dê cobertura – pediu. Ino assentiu e atenta, se posicionou com o escudo e um revólver logo atrás da rosada.

A Haruno tocou seu telecomunicador, falando com a pessoa que estava lhe ajudando diretamente no momento.

- Itachi – chamou ansiosa. – Encontrou minha mãe?

- Ainda não. – o Uchiha parecia preocupado. – Sakura, você tem oito minutos.

- Eu sei – Sakura suspirou. – Faça um novo mapeamento, por favor.

- Sim, cunhadinha – brincou Itachi, aparentemente tentando amenizar o clima tenso que mexia com todos os envolvidos na situação.

Sakura desligou e olhou ao redor mais uma vez. Hinata estava a alguns metros, lutando contra três agentes, enquanto Naruto explodia os tanques de guerra da Akatsuki. Sasuke estava fora do seu campo de visão.

Acabou por ver apenas uma solução; ela desarmaria a bomba. Era o único jeito, ou tudo estaria perdido.

(...)

Abriu os olhos, sentindo seu corpo inteiro doer. Sabia que deveria ter tomado o chá que TenTen havia feito, entretanto, estava com o estômago embrulhado demais para pensar em qualquer coisa, a não ser cair na cama e dormir.

Embora tenham se passado quase três dias desde o ocorrido na Universidade Konoha, Sakura Haruno não se sentia completamente bem. Mesmo com Ino viva e Hinata radiante pelo retorno de Naruto, as coisas não estavam lá essas coisas.

Saber que Kisashi não era seu pai, não foi exatamente um “alívio” para Sakura. E descobrir que Madara Uchiha, sócio de um grupo de terrorismo temido, era seu pai biológico, causou um impacto inesperado na rosada.

Ela resolveu desaparecer por uns tempos, mesmo que apenas por alguns dias.

Sua mãe não havia se importado em ligar ou exercer sua função de “mãe” para com Sakura. Provavelmente, estava sofrendo sob a ditadura de Kisashi e não tinha acesso a nenhum aparelho tecnológico da casa.

Sakura levantou-se da cama, mesmo com os protestos que seu corpo emitia. Soltou leves gemidos de frustração, pelo simples fato de ter de se levantar.

Dirigiu-se ao banheiro, cambaleante. Fez sua higiene matinal e colocou um vestido simples. Arrumou os cabelos róseos, percebendo pela primeira vez que estes já alcançavam sua cintura curvilínea. Sorriu brevemente. Sentir-se linda era tão bom quanto ter alguém para dizer isso.

- Sakura Haruno! – gritou a jovem loira que tanto lhe fez falta. – Se não vier para a cozinha agora, juro que vou jogar seus livros pela janela!

- Já vou, Porquinha! – gritou, debochando.

Pôde ouvir os resmungos da amiga, mesmo a distância, e sorriu com isso. Ino havia retornado dois dias atrás, contando sua história.

De acordo com ela, a Akatsuki havia colocado um corpo falso em seu lugar e a levado para longe dali, para o esconderijo – ou um dos – que eles possuem. Por dias Ino ficou em cárcere privado, enjaulada como um animal no zôo, recebendo apenas pão e água.

Com a má alimentação, a criança em seu ventre acabou por morrer quinze dias depois de seu sequestro. Aquilo foi um baque para Ino.

Na noite do ataque da Akatsuki à Universidade Konoha, Pain e vários agentes deixaram o esconderijo, permitindo que apenas alguns deles – os mais fracos -, ficassem tomando conta de Ino.

A partir daí, de acordo com a Yamanaka, foi simples deixar o local. Logo que os guardas iniciaram um jogo de poker para sair do tédio, Ino afastou seu colchão e pulou no buraco que estava cavando fazia dias, sempre no período da noite ou quando poucos agentes prestavam atenção nela.

Sakura entrou na cozinha e encontrou Ino com os olhos fixos na TV, enquanto Hinata servia-se de suco e TenTen devorava cereais.

- Bom dia – murmurou Sakura, sonolenta.

- Bom dia – responderam as amigas, voltando às suas atividades em seguida.

- Pelo jeito, vão começar a reconstruir a universidade daqui três meses – avisou Ino, dando de ombros. – O bom é que vou poder refazer as aulas perdidas, acho.

TenTen levantou-se logo que terminou seu cereal. Pegou sua bolsa e encarou as amigas.

- Hoje tenho um encontro com o Neji – comemorou, mexendo os braços no ar.

- Não sei se rio ou se choro – disse Hinata, bebendo um gole de seu suco.

TenTen fechou a cara, enquanto Sakura e Ino riam.

- Ai ai, melhor eu ir antes que o seu mal-humor me afete, Hina – TenTen acenou para as amigas, enquanto pegava sua chave no chaveiro próximo à porta. – Até mais ver, agentes.

TenTen era uma das poucas pessoas que sabiam sobre o segredo de Hinata e Ino – e felizmente, sabia guardá-lo muito bem.

Logo que a porta de entrada se fechou, o silêncio tomou conta da cozinha. Sakura serviu-se de café e bolo, tentando manter-se ocupada.

- Bom – começou Hinata, pensativa. – Não estamos exatamente como antes, não é mesmo?

Ino assentiu levemente, enquanto se encostava na pia, com as mãos atrás de seu corpo.

- Não. – concordou ela, de forma deprimente. Suspirou. – Não mais.

- Deveríamos discutir isso – sugeriu Hinata, passando as pontas dos dedos por seu copo cheio de listras coloridas.

Sakura resolveu não dizer nada. O que menos queria era ter de “discutir a relação” entre as amigas. A verdade, é que as coisas não tinham voltado ao normal desde que Ino voltou. Não eram como antes.

Sakura passava grande parte do tempo em seu quarto ou na praça próxima ao apartamento, enquanto Hinata visitava a Legião de tempos em tempos e se encontrava com Naruto de vez em quando. Ino deixou de fazer compras no shopping e abandonou completamente o estilo que possuia. Vivia trancada em casa, assistindo TV ou tendo surtos de limpeza e arrumando tudo.

TenTen era a única “lúcida” por ali. Havia arrumado um emprego temporário em uma lanchonete e logo que chegava do serviço, tratava de fazer o jantar e o almoço do dia seguinte. A morena era uma “mão na roda”, para as três amigas deprimidas que viviam sob o mesmo teto.

Realmente, as coisas não eram como antes e dificilmente voltariam a ser.

- Não – Sakura deixou sua caneca de café vazia na pia de louças, e se dirigiu para a porta da cozinha. – Temos que esperar. As coisas... Foram muitas coisas para nós. Estamos abaladas... Só isso.

- Talvez a verdade – começou Ino, cruzando os braços. Manteve o olhar distante, como se estivesse em outra dimensão. – Talvez... Talvez a verdade sobre Hinata e eu tenha motivado essas mudanças.

Sakura preferiu ficar em silêncio mais uma vez. Suspirou e deixou a cozinha.

Pegou sua bolsa no quarto e sua chave no chaveiro próximo a porta de entrada. Sem dizer qualquer palavra, saiu do apartamento deixando o ambiente nada agradável para trás.

(...)

Dirigiu sem rumo pelas ruas vazias de Tóquio, tentando esfriar a cabeça. Parou no sinal vermelho de uma avenida qualquer e ao passar seus olhos pelos prédios, percebeu que era o hotel onde Sasuke, Naruto e Itachi se hospedaram na época em que estavam tentando matá-la.

Sakura sorriu brevemente. Em pensar que, acima de tudo, havia sido caçada pelo homem que hoje, é aquele que lhe trás conforto e paz – ou quase isso.

Sasuke Uchiha havia retornado, juntamente com Itachi e Naruto, para o esconderijo do grupo Uchiha – o qual, Sakura não fazia a mínima ideia de onde ficava. Mesmo à distância, o moreno ligava de vez em quando e apesar de não ser o cara mais romântico do mundo, conseguia passar algo diferente para a rosada apenas por telefone.

O sinal abriu e Sakura pisou no acelerador. Passou em frente ao hotel e lembrou-se das inúmeras vezes que Sasuke ficava em seu caminho, surgindo nas piores – e melhores – horas, sem contar nos momentos mais inusitados.

Sua desculpa sempre foi “coincidências”, mas Sakura tinha certeza que ele estava errado. E no fim, descobriu que estava realmente certa.

Coincidências não existem.

Seu Sidekick começou a tocar, no instante em que Sakura estacionou em frente ao Starbucks, com o objetivo de tomar mais café e pensar no próximo destino.

Franziu o cenho ao perceber que era uma mensagem e que o número era anônimo. Olhou ao redor, buscando qualquer sinal de alguém que estivesse seguindo-a com o olhar ou até mesmo mexendo no celular de forma suspeita, mas não havia ninguém. Apenas meros transeuntes, que caminhavam tranquilamente – ou apressadamente -, pelas calçadas movimentadas de Tóquio.

Abriu a caixa de entrada e em seguida, a mensagem de texto. Apertou com força seu Sidekick.

Mensagens anônimas são um porre, não é mesmo?

Sinto fazê-la passar por tanto stress, mas estou do seu lado, lembra?

Com o retorno de Ino, as coisas não estão tranquilas, Sakura.

A Akatsuki vai agir em breve. Tome cuidado!

PS: Não deixe que a amizade chegue ao fim. Corra atrás, mesmo que seja inútil.

Thanks!

Como Sakura gostaria de acreditar que o “mensageiro anônimo” estava errado. Guardou seu Sidekick na bolsa Burberry e saiu de seu Porshe, entrando no Starbucks em seguida.

Infelizmente, assim como a previsão que a meteorologista – que estava na TV próxima ao balcão - havia feito, fortes tempestades estavam se aproximando do país.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Curtiram? Odiaram? O que esperam para o restante da fic?

Em breve, capítulo 2 ;) Besos!!!

— Bianca, Manu e Livia - Fanáticos Por Fanfics.