It's not a Fairy Tale escrita por Emmy


Capítulo 16
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Notas iniciais do capítulo

"Tudo acontece na hora certa.
Tudo acontece, exatamente quando deve acontecer."
Albert Einstein



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Estávamos na beira de um penhasco. Como? Olhei para Pierre com os olhos arregalados. Pude ver que ele se divertia com a minha reação.

– Como você... Isso não é possível....- comecei gaguejando.

– Espere um pouco- ele disse antes de desaparecer no ar. Isso mesmo, num instante ele estava lá e no outro não. Não tive tempo para pensar direito, pois ele já tinha voltado e tinha em mãos uma garrafa de vinho e duas taças.

– Eu morri ou estou em algum tipo de coma?- indaguei tentar achar alguma lógica naquilo tudo.

– Vou lhe explicar tudo, achei que fosse precisar disso...- disse entregando-me uma taça e servindo o vinho.

– Acho que vou precisar de algo mais forte que isso- falei ainda em estado de confusão, fazendo-o levantar as sobrancelhas. Concentrei-me, esperando sua explicação. Acabei tomando o vinho da taça em um só gole, fazendo-o rir. Quando seu celular apitou.

– Eu preciso ir, seu pai está me chamando, deve ter surgido algum trabalho- falou sério de repente depois de olhar a mensagem em seu celular.

– Você só pode estar brincando.

– Teremos muito tempo, depois te explico.

– Nada disso, eu quero saber agora, quero saber hoje -falei alterada.

– Não seja uma menina mimada- comentou.

– Como ousa, eu não estou sendo, apenas tenho o direito de saber- falei indignada.

– Eu não estou tirando esse direito, só estou dizendo que agora eu tenho um compromisso- retrucou.

– Vamos fazer o seguinte, assim que acabar você vai me encontrar e contar tudinho- falei tentando me acalmar- Não importa a hora- ressaltei.

– Fechado... Agora vamos logo!- falou meio agoniado.

– Meu pai sabe desse seu "dom"? - perguntei.

– Sabe, e é por isso que não posso demorar a chegar- respondeu.

– Está bem, está bem...

– Feche os olhos- instruiu ele.

Ele segurou minha mão e quando abri os olhos estávamos na frente da mansão.

– Acho que posso me acostumar com isso- falei sorrindo, mas ele já tinha ido.

Entrei na mansão, o baile continuava a todo vapor. Comecei a andar sem rumo por lá, perdida em pensamentos, fiquei assim por uns 30 min aproximadamente. Que tipo de criatura seria ele? Que tipo de trabalho ele foi fazer? Era melhor eu ir logo para meu quarto até ele chegar, não queria continuar andando em círculos igual uma barata tonta.

– Mary- uma voz me chamou. Eram tantas pessoas que não consegui identificar a origem do som. Até que ele apareceu.... John. De novo não. O que estava acontecendo? Eu passei a sonhar acordada agora?

– Eu não vou cair no seu truquinho de novo Pierre- fui logo dizendo.

– Quem é Pierre?- indagou confuso.

– Não adianta se fazer de idiota- retruquei dando-lhe as costas. Ele segurou-me pelo braço e puxou dando- me um beijo forte e apaixonado.

– John... é você mesmo?- indaguei, tentando recuperar o fôlego.

– Que raios de pergunta é essa? - olhou- me confuso.

– Nada... Nada... Esquece- respondi.

Ele estava com um terno preto social, uma flor vermelha no bolso e uma máscara dourada que cobria apenas a região em volta dos olhos. Abracei-o fortemente para logo em seguida voltar a beija-lo.

– Como conseguiste chegar aqui?- indaguei.

– Posso responder tudo que quiser se me der à honra dessa dança- falou estendendo- me a mão. Peguei e começamos a dançar juntinhos, enquanto exalava seu perfume e me perdia em seus lindos olhos. Desejava que aquela música nunca acabasse.

– Eu vim de avião querida- respondeu tirando- me de meus devaneios.

– E o que veio fazer aqui?- perguntei

– Não está feliz em me ver?- questionou confuso.

– É claro que estou feliz, deixa de ser bobo. Não foi isso que eu quis dizer- tentei explicar.

– Eu vim, pois não conseguia parar de pensar em você. Além do mais, fiquei sabendo que teria esse baile de máscaras, então não perderia essa oportunidade de lhe ver.

– Você vai ficar?- perguntei ansiosa.

– Eu volto a trabalhar semana que vem e seu pai nunca permitiria. Mas eu não me importo, sempre que eu tiver uma oportunidade venho lhe ver.- falou sorrindo.

A música acabou e queria aproveitar cada segundo com John, decidi que estava pronta para dar o próximo. Depois de dançar com ele, pude observar que adorava o jeito que sua boca se mexia enquanto falava, seu jeito carinhoso, o modo que me olhava, a cor de seus olhos, sua voz... Eu o queria, nesse momento eu precisava dele por completo. “Vamos sair daqui” sussurrei em seu ouvido.

Hoje enquanto descia para o baile com o meu pai, fiz pequenos riscos nas paredes para quando quisesse achar o caminho do meu quarto sozinha. Ainda bem que eu tinha feito isso, agora era só seguir as marcas. Abri a porta e contemplei John admirando o quarto, do mesmo modo que eu tinha feito quando cheguei. Até que ele sentou na cama pensativo.

– Eu vou embora hoje de madrugada- informou triste- Por que você foi embora praticamente fugida naquele dia?- perguntou magoado.

– Eu não conseguiria dizer adeus- respondi sentando ao seu lado e acariciando seu rosto- Me desculpa.

– Você sabe a sensação de vazio que eu senti quando fui lhe procurar e você já tinha ido- continuou.

– É por isso que fui embora antes, não suportaria partir e lhe deixar assim- expliquei.

– Parece que vamos ter que aprender a lidar com isso- falou com um sorriso fraco- A propósito você está espetacular, parecendo uma rainha- elogiou.

Sorri e ele se aproximou beijando-me, primeiro delicadamente. Depois mais ferozmente, suas mãos formavam uma pequena prisão em volta de minha cintura, enquanto as minhas já estavam em seus cabelos. Comecei a tirar seu paletó, e depois levantamos para tirar o meu vestido, algo que seria bem complicado de fazer e por isso começamos a rir. Virei para John abrir o meu traje, o que ele fez enquanto beijava o meu pescoço. As armações eu mesma tirei, enquanto ele tirava sua roupa. Agora estávamos apenas com as roupas intimas e John conduzia-me para cama beijando cada pedacinho do meu corpo. Até que congelei, pude ver ao lado da porta do banheiro Pierre parado. John estava de costas, então apenas eu podia vê-lo. Sua expressão era sombria.


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Notas finais do capítulo

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