It's not a Fairy Tale escrita por Emmy


Capítulo 14
O Baile


Notas iniciais do capítulo

"Espero que no baile da vida, a felicidade seja meu par constante!"
Karla Simony



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Assim que terminei o café da manhã, pedi licença e me levantei. Estava morrendo de curiosidade, queria saber o que meu pai tinha para tratar com aquele tal de Pierre. Seria quase impossível, mas tinha que tentar achar esse escritório. Mas meus planos foram por água abaixo, pois Sabrina levantou junto comigo.

– Eu lhe acompanho, vamos começar os preparativos.

– Tão cedo?- indaguei.

– Claro, temos muita coisa para fazer-respondeu.

Retiremo-nos da sala do café da manhã e pensei que iríamos para o meu quarto, mas ela estava me direcionado para fora da mansão.

– Vamos a um salão que tem aqui dentro de Hamptons, ele é excelente. - disse e já estávamos na porta da mansão, onde uma limusine esperava.

– Não precisa querido, vamos dar um passeio diferente hoje- falou para o motorista.

– Tem certeza senhorita?- falou preocupado.

– Absoluta- respondeu carinhosamente.

– Acho que você precisa arejar um pouco a cabeça, acontecerem muitas coisas com você- disse Sabrina para mim. Assim que ela disse isso, senti que seríamos boas amigas. - Vamos de bicicleta!

– Não sei como dizer isso, mas não sei andar de bicicleta- falei envergonhada.

– Tudo bem, a minha bicicleta tem garupa- falou sorridente. Por essa eu não estava esperando.

– Tudo bem, o que eu tenho a perder? - respondi. Daí olhei para baixo e lembrei que estava de vestido, nem tinha levado isso em conta. Ela estava me observando e entendeu a minha expressão.

– Você senta de ladinho- disse simplesmente.

Ela subiu na bicicleta e depois fez sinal para que eu pudesse sentar na garupa, assim que sentei Sabrina começou a pedalar. No caminho pude perceber como esse lugar (que posso chamar de condomínio de mansões)era bonito, as ruas, a floresta que o cercava , os pássaros dançando no céu azul, pude sentir uma paz no coração só de observar a natureza em volta.

– É lindo não é?- falou Sabrina- No final do condomínio tem uma trilha na floresta, que leva para um pequeno riacho, em que a água é cristalina, um dia te levo para conhecer lá.

– Obrigada, eu estava precisando disso- disse sinceramente.

Chegamos ao salão, que por sinal era magnífico. Ele tinha um lustre de brilhantes no teto, cadeiras acolchoadas com couro, a parede revestida de espelhos, e um aquário gigantesco lindo. Nos identificamos na recepção, e fomos postas em cadeiras, uma ao lado da outra. E passei a manhã e tarde no salão. Fizemos limpeza facial, as unhas, depilação, o cabelo (que preferi enrolar) e Sabrina fez uma trança bem sofisticada e por fim a maquiagem.

– Vou chamar um carro para nos buscar- falou Sabrina.

– E as bicicletas?- indaguei.

– Não seja boba, depois peço para alguém vim buscar- respondeu como se fosse a coisa mais natural do mundo. Fazendo com que eu simplesmente revira-se os olhos.

Estava saindo pela porta quando algo me ocorreu.

– Você não vai pagar?- perguntei preocupada.

– Querida você tem muito que aprender, eles mandam tudo para mansão no final do mês, como se estivéssemos em um hotel.

– Se você está dizendo.

A limusine não demorou a chegar e fomos logo para casa. Já era 20h e o baile começava às 21h. Mas já estava praticamente pronta, só faltava colocar o vestido. Assim que chegamos, a governanta já estava ao pé da escada para levar-me ao meu quarto.

– Obrigada por hoje Sabrina- falei.

– O prazer foi todo meu, querida- respondeu.

Segui a governanta em silêncio e pude observar que a casa estava toda decorada, no estilo de um baile em Versalhes. Quando cheguei ao meu quarto, pude ver um vestido sensacional em minha cama, ele tinha um decote V e era dourado, com mangas compridas e uns babados branco. Junto dele havia um colar de diamantes, um par de brincos, e a pulseira de brilhantes que havia ganhado do meu admirador secreto, que só lembrei depois de vê-la. Mas isso não me importava, pois a única pessoa que eu queria aqui comigo era John.

– Vou lhe ajudar a se vestir- informou a governanta, tirando-me de meus devaneios. Agora sim estava me sentido em um daqueles filmes de época.

– Tudo bem, só vou tomar um banho rápido- respondi.

Banhei o mais rápido que pude, e o mais estranho é que a governanta estava no mesmo lugar em que eu há tinha deixado. Coloquei as peças intimas no banheiro mesmo, e ela me ajudou com o espartilho, as armações e finalmente o vestido.

– Meu trabalho aqui esta feito, com licença senhorita- falou saindo do quarto.

Terminei de colocar o resto das joias e estava me dirigindo a porta, quando alguém bateu nela.

– Pode entrar, está aberto- falei.

Era meu pai, vestindo um terno branco com uma flor vermelha no bolso. Um chapéu combinando com a roupa, só faltou estar com um cigarro na boca e estaria um mafioso de traje completo.

– Filha como você esta linda, vim trazer o ingrediente final- falou me entregando uma máscara branca, que cobria apenas os olhos.

– Por que tudo isso?

– Queria que você se sentisse feliz, lhe recompensar de alguma forma.

– Você não pode querer me comprar, não pode querer comprar minha liberdade.

– Por favor, não vamos discutir essa noite.

– O senhor não poderá fugir de minhas perguntas para sempre.

– Eu sei disso, mas hoje não é o dia para isso. Saiba que esse baile não é para lhe mostrar para todos, pois isso seria muito perigoso. Não sei em quem posso confiar por isso o uso das máscaras, para que ninguém lhe reconheça. O principal objetivo dessa noite é que se divirta minha princesa.

– Por uma noite, vou fingir que acredito em suas palavras- falei, estendendo o braço para que descêssemos para o baile.

A mansão já estava cheia de pessoas, garçons serviam champanhes, e a música tocada pela orquestra estava presente no ar, enquanto alguns convidados dançavam.

Assim que descemos as escadas, meu pai sussurrou “divirta-se”, e largou meu braço.

Comecei a andar sem rumo pelo andar de baixo, me balançando no ritmo do violino. Quando alguém sussurrou no meu ouvido “Que tal uma caminhada na floresta com um completo estranho?”, era uma voz masculina, confiante e sedutora. Então me virei para ver a quem pertencia. E dei de cara com um par de olhos violetas atrás de uma máscara me encarando.

– Por que em sã consciência eu faria uma coisa dessas?

– Para sair um pouco da rotina de ser mantida em cativeiro.

– Eu não estou em cativeiro, posso ir para onde eu quiser.

– Prova- falou saindo- A propósito linda pulseira.


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Notas finais do capítulo

Se ainda restar algum sobrevivente, me de pelo menos um "oi" como sinal de vida...kkkkkkk"



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