It's not a Fairy Tale escrita por Emmy


Capítulo 13
Os Outros Integrantes da Mansão


Notas iniciais do capítulo

"Não te esqueças que os estranhos são amigos que ainda não conheces."
Abraham Lincoln



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Por essa eu não estava esperando, como uma pessoa pode ser meu admirador secreto se nunca me viu na vida. Esse era um problema que seria adicionado na minha lista, pois apesar de ter dormindo praticamente a tarde toda ainda me sentia meio sonolenta. O remédio que essa aeromoça me deu era muito forte.

Nem percebi a hora em que o sono me pegou, só sei que foi recebido de bom grado, mas tirado de mim a força. Eram 7 horas da manhã quando ouvi batidas na porta.

– Senhorita, o café da manhã será servido as 7h30 min, não se atrase! E sua presença é obrigatória!- disse a governanta numa voz autoritária. Ela parecia mais simpática quando estava calada.

– Já estou indo!- gritei.

Com muita preguiça, levantei da cama e fui tomar um banho. Quando terminei me dirigi para o guarda roupa, queria usar um vestido que causasse uma boa impressão, apesar de tudo. Achei um do qual gostei para a ocasião, ele era rosa bebê, sem mangas, reto, com gola circular. Aproveitei e coloquei um colar de pérolas e fiz uma maquiagem leve. Tudo isso pude encontrar no guarda roupa. Nossa! Parecia que ele não tinha fim. Quando terminei respirei fundo e desci as escadas.

Quando cheguei lá em baixo a governanta já estava a minha espera para mostrar o caminho. Passamos por tantos corredores e portas, que tive a certeza que se tentasse encontrar o caminho sozinha iria me perder. Acho que como eles tinham anos morando aqui já estavam acostumados. Até que enfim, a governanta abriu uma porta. Tinha uma mesa de mármore com 07 lugares, mas apenas 05 estavam ocupados. Entrei em passos curtos, um pouco hesitante, e meu pai levantou da mesa, e foi logo me apresentando:

– Essa como vocês sabem é minha querida filha, ela deve ser tratada muito bem, e aí daquele que lhe fizer algum mal.

Eu já estava morrendo de vergonha nessa hora, então andei mais rápido para chegar logo na mesa, e me sentei ao lado de meu pai, pois as únicas cadeiras desocupadas eram ao seu lado. Ser tímida não estava muito presente em minha personalidade, mas ainda estava em fase de reconhecimento do ambiente.

–Como prometido, irei lhe apresentar os outros moradores da casa, tenho certeza que se darão muito bem. Essa é Sabrina, Giovanna, Luca, Kevin e Enzo - disse apontando cada um. Todos me cumprimentaram com um aceno de cabeça, e murmúrios de "bom dia" ou então "seja bem-vinda” o que agradeci com um simples obrigada.

– Você deve se dar bem com todos, pois manter a harmonia nessa casa é muito importante pra mim. Todos são meus leais funcionários e trabalham há anos aqui

– O que eles fazem?- perguntei diretamente para o meu pai, tentando não me importar com todos me encarando.

– Isso não é assunto pra você querida, apenas aproveite a estadia- respondeu. A raiva começou a me atingir, como ele pode falar assim comigo na frente de todo mundo? Como se eu fosse uma criança que não entende as coisas. Então decidi responder a altura, e continuar no jogo sem perder a compostura.

– Eu preciso saber, caso você morra, quem sabe nesse instante? Alguém vai ter que tomar conta dos negócios da família.

–Tem razão, mas tudo ao sem tempo. Tome seu café da manhã em paz.

– E quem ocupa esse lugar que está vazio?

– Ah! É o Pierre, ele saiu para fazer um trabalhinho para mim, então não pode estar presente no café da manhã.

– Não vou nem perguntar que tipo de trabalhinho é esse.

– É o melhor que você faz querida.

Resolvi observar os outros integrantes da mesa. Sabrina aparentava estar na casa dos 30 anos, ela era muito bonita, sua pele era de um moreno jambo, seus cabelos castanhos escuro eram brilhantes e encaracolados, e seus olhos de um castanho claro fazia um belo contraste com o seu rosto. Giovanna parecia ter a minha idade, sua pele era bronzeada, mais de um jeito natural, não era que nem a do laranja irritante, seu cabelo era de um vermelho acaju e seus olhos eram castanho escuro. Luca tinha o cabelo raspado, estilo militar, era muito musculoso, quem sabe ele não tenha sido mesmo do exército, seus olhos eram verdes, e a pele branca. Kevin era muito magro, usava óculos de grau, parecia ser o mais novo da mesa, aparentava ter uns 19 anos, tinha o cabelo preto e espetado para cima, seus olhos eram cor de mel. Pietro era bronzeado, seus cabelos de um castanho claro que ficavam na altura da orelha, parecia estar na casa dos 20, seus olhos eram azuis. E por último Enzo, ele tinha uma cicatriz no rosto, que ia do olho direito até o canto da boca, um corte reto, seus olhos eram pretos, seus cabelos eram compridos e cor de mel, sua pele era clara e seu olhar assustador.

Depois de observar fiquei na minha, comi em silêncio, enquanto todos já familiarizados conversavam e davam gargalhadas. A verdade é que não estava prestando atenção na conversa, meus pensamentos agora estavam voltados em John. O que ele estaria fazendo? Estava com saudades dele, ainda mais no meio dessas pessoas estranhas para mim. Mas que droga! Tinha que aprender a conviver sem sua presença e me adaptar a essa nova vida, pelo menos por enquanto.

Quando já estava terminando minha refeição alguém abriu a porta, o dono da cadeira que faltava. Confesso que posso ter babado um pouco. Ele entrou e tinha uma atitude muito decidida, andava como se fosse o dono do mundo, e pra completar ainda era bonito. Era alto, tinha um cabelo castanho escuro que estava todo bagunçado, tinha um queixo quadrado (o que influenciava na sua postura de nariz empinado), e não podia acreditar mais seus olhos eram violeta (nunca pensei na minha vida que veria isso). Ele se vestia de forma estranha, parecia que tinha saído de algum filme de ação, chegava a ser engraçado, eu me controlei para ficar com uma expressão imparcial. Era uma camisa branca, com calças pretas, e uma bota estilo militar, e ainda por cima usava um sobretudo preto.

– Com licença, desculpe interromper, mas preciso conversar com o Senhor no escritório- falou em voz firme.

– Claro Pierre, pode ir indo que te encontro lá- respondeu meu pai.

– Sim Senhor.

– Se todos me derem licença o dever me chama- avisou meu pai a todos- E Maryene, Sabrina vai lhe ajudar a se preparar para o baile hoje à noite.


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Notas finais do capítulo

Promessa é dívida!!



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