It's not a Fairy Tale escrita por Emmy


Capítulo 12
Conhecendo um Novo Mundo


Notas iniciais do capítulo

"Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente."
Martha Medeiros



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Achei melhor deixar John sozinho com seu irmão, afinal tinha que me preparar para ir ao aeroporto. Dei-lhe um beijo na bochecha e saí. Chegando ao meu quarto me arrumei o mais rápido que pude, pois tinha que cumprir minha parte no trato. Quando terminei já estava quase na hora marcada, pensei em ir dar um último beijo em John, mas o melhor seria sair de fininho, não gostava muito de despedidas e assim evitaria todo o seu drama de culpa. O que me deixa culpada por seu estado e triste ao mesmo tempo.

Desci para o saguão e quando avistei o primeiro táxi corri para pegá-lo. A ida até ao aeroporto pareceu durar uma eternidade, ainda mais com a pontada de culpa por ter praticamente fugido de John. Quando enfim chegamos, peguei a minha passagem e fui fazer o check-in. Após isso embarquei logo, e meu “querido pai” já estava num assento, e não foi grande supressa quando verifiquei meu lugar na passagem e era justamente ao seu lado. Apesar de estarmos voando de primeira classe, não queria ficar acordada para ter uma conversa de pai para filha. Então, assim que a aeromoça passou, pedi para ela um remédio para dormir.

– Para que isso minha filha? Você nem ira aproveitar a viagem ao meu lado. – Falou meu pai.

– Querido essa é a intenção- respondi.

A aeromoça chegou com o remédio e tratei de toma-lo imediatamente.

Foram quase 10 horas de viagem, então quando chegamos estava de noite. Abri meus olhos devagar, torcendo para que tudo que estava acontecendo fosse um tremendo pesadelo. É claro que não era. Os seguranças que estavam conosco nós guiaram até o carro, ou melhor dizendo, para a limusine. A casa não ficava exatamente em Nova Iorque mais sim a 30 min da grande cidade, mas especificamente no Condado de Suffolk, Long Island.

Passamos o caminho todo quietos, eu não estava a fim de ficar de papo furado e acredito que meu pai percebeu isso, pois depois do avião, não tentou puxar assunto de novo.

Quando chegamos à portaria pude vislumbrar o que me aguardava. Esse era o famoso Hamptons, um lugar cheio de mansões. Quase precisei de um babador, era inacreditável a grandiosidade daquele lugar. Mesmo a noite, podia ver claramente as mansões já que os vários postes das ruas a iluminavam. Após a identificação na portaria, o carro andou mais alguns minutos antes de parar na frente da mansão mais linda que eu tinha visto. Claro que só tinha visto pela televisão antes.

Era esplêndida, a nossa mansão. Se é que eu poderia chamar de “nossa”. Não sei como uma pessoa poderia viver sozinha em um casarão tão grande. Assim que desci do carro veio uma senhora, que deduzi ser a governanta para mostrar meus aposentos, segundo o meu pai ordenara.

Comecei a segui-la quando meu pai pigarreou e me virei sem vontade de ouvi-lo.

–Esqueci-me de avisar-lhe, amanhã em comemoração a sua chegada em nosso humilde lar, darei um grandioso baile de máscaras em sua homenagem- falou com um sorrisinho no canto da boca- Ah! Amanhã cedo irei apresentar os demais moradores da casa!

Somente concordei com a cabeça e virei á cara, pois se respondesse seria alguma malcriação e tínhamos um trato que eu iria obedecer a suas normas quando chegássemos à Nova Iorque. E eu sempre fui uma mulher de palavra. Outros moradores? Essa é nova, terei que aturar mais gente da laia dele, isso definitivamente não estava no trato.

Respirei fundo e continuei a seguir a governanta. Quando entramos na mansão havia uma grande escada, a qual nós subimos. Nesse corredor continha várias portas na qual deduzi fossem quartos, e no final tinha outra escada. Agora realmente estava me preocupando com a questão dos outros moradores da casa. A minha era a 7ª porta do lado direito, pois os dois lados continham portas. A governanta abriu e fez um sinal para que eu entrasse. O quarto era uma suíte linda todo em preto e branco. Não tinha muitos móveis, mas os que tinham eram muito sofisticados.

– Obrigada- disse a governanta.

Ela apenas fez um sinal positivo com a cabeça e saiu do quarto.

Já estava tarde, então tomei um banho bem rápido, na verdade se ficasse muito tempo enrolando no banheiro meus pensamentos com certeza iriam parar em John. Assim que sai do banho, me dei conta que tinha vindo só com a roupa do corpo, ou seja, a que John tinha comprado pra mim. Enrolei-me na toalha e fui direto ao enorme guarda roupa vê se lá tinha algo. Meu coração acelerou mais do que quando vi a mansão. Não sou uma pessoa muito ligada em roupas ou sapatos, ou pelo menos não era até abrir esse guarda roupa. Podia jurar que lá tinha mais de 400 pares de sapatos, e nem pararia para especular quantas roupas diferentes tinham. Avistei uma seção que pareciam ser de babydoll e peguei um. Todos eram da Victoria Secrets, peguei o primeiro que minha mão alcançou. Vesti e me joguei na cama.

Pelo que entendi seria uma prisioneira aqui, não muito diferente de antes. Acho que a única diferença é que aqui é bem mais sofisticado. Não sei por quanto tempo aguentaria isso. Não fui feita para ser mantida presa. Mas era melhor descansar, pois amanhã seria um dia longo. Queria saber, de onde esse velho tirou a ideia de que eu queria um baile de máscaras? Que se dane! Um problema de cada vez. Primeiro conhecer o resto dos moradores e segundo enfrentar o bendito baile.

Estava quase caindo no inconsciente, quando ouvi uma batida na porta. Lentamente, quase que no ritmo de uma lesma, levantei e me arrastei até ela. Girei a maçaneta e não havia ninguém. Olhei de um lado para o outro e nenhuma alma viva. Até que olhei para baixo. Tinha uma pequena caixa com um laço salmão em cima. Peguei, fechei a porta e me sentei na cama. Confesso que fiquei com um pouco de receio de abrir. Vai que é uma bomba, e quando eu abrir a tampa explode na minha cara. Coloquei meu ouvido na caixa e nada de tic...tac! Então abri. Tinha uma pulseira de brilhantes e um pequeno bilhete dentro:

“Você não sabe o quanto esperei para te conhecer e ainda espero que me de a grande honra de me conceder uma dança no Baile de Máscaras!

Com muito carinho,

Seu Admirador Secreto”


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Notas finais do capítulo

Vou parar de prometer que postarei o mais rápido possível. Mas tenho que justificar, porque demorei tanto! Fiquei todo esse tempo sem computador, e só entrava no nyah pelo celular! Assim que consegui chegar perto de um computador digitei esse capítulo!! Peço mil desculpas para vocês meus queridos leitores!! Confesso que estou pensando em parar de escrever a fic, mas se tiver alguém ai ainda interessado em ler,depois de tudo, de um sinal de vida por favor!!! Pelo menos 3 comentários. Mas independente de tudo, amei esse tempo que passei com vocês!!



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