It's not a Fairy Tale escrita por Emmy


Capítulo 11
O Presente


Notas iniciais do capítulo

"No ápice da minha ingenuidade, ainda consigo ver surpresa no que é esperado."
Junior Marinho



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Maryene Lucchese POV

Assim que John saiu, deitei na cama pensativa. Peguei a passagem e fiquei olhando para ela, junto tinha um papelzinho com um número que deveria ser do meu pai. Resolvi ligar, para resolver logo a questão do Marcos.

Havia um telefone no quarto, no qual eu disquei o número. Não chegou a chamar muito, e logo um homem atendeu. Não sabia como chamá-lo, mas papai e que não ia ser. Optei chamar somente pelo sobrenome.

– Alô! Sr. Lucchese?- perguntei para ter certeza.

– Sim, Mary. Já arrumou as malas?- ele falou.

– Só vou com você com uma condição!- respondi

– Querida você irá de qualquer jeito, nem que eu tenha que ir pessoalmente amarrá-la e colocar no avião- ameaçou.

– Vamos ver como você se saí carregando um cadáver para o avião, porque é isso que vai acontecer. Sabia que eu não tenho mais nada a perder. - retruquei furiosa e desliguei o telefone.

O telefone começou a tocar, sabia que estava sendo muito dramática e que estava blefando, só que ele não sabia disso. Deixei tocar o máximo possível, antes de atender.

– Não fale bobagens garota- falou furioso no outro lado da linha.

– Que pagar pra ver se é bobagem minha?- respondi.

– Atendo sua condição, mas só se seguir todas as minhas regras quando chegarmos à Nova Iorque- disse em contra proposta.

Fiquei pensando até onde podia ir com aquele joguinho, talvez você melhor parar agora, em quanto ele tinha concordado em atender minha condição. Quem sabe ele não gostasse tanto assim de mim, e me mandasse para o inferno junto com minha proposta de suicídio.

– Feito- disse- Quero que você de um jeito de salvar Marcos, pois ele esta envolvido nisso por nossa causa. Só vou viajar amanhã, quando vê ele na minha frente. - lancei minha condição.

– Primeiro, ele mesmo se envolveu nisso, quando se meteu com as pessoas erradas! Ninguém lhe obrigou. E segundo, porque não falou logo que era só isso. Vai ser como tirar doce de criança.

– Até amanhã- disse e desliguei.

Não ia discutir com aquele velho maluco, pois já tinha conseguido o que queria. Por que eu não falei antes? Ele é doido? Se ele começou me provocando.

Preparei-me para dormi, deitei na cama, mas não conseguia. Queria ir lá ao quarto de John mais o que o coitado ganharia com isso? Só iria torturá-lo mais. Não tinha o direito de fazer isso. Ah! Que se dane! Meu egoísmo falou mais alto.

Tinha me dado conta que não sabia o número do quarto de John, então fui à recepção perguntar. Após conseguir a informação, percebi que o seu quarto, ficava só três portas de distância do meu.

Criei coragem e bati na porta. Ninguém atendeu. Estava me direcionando de volta para o meu quarto, quando ele abriu a porta. Paralisei. O que eu estava fazendo?

– Só vim diz que o Sr. Lucchese ....vai consegui libertar seu irmão,.... ele deve esta aqui pela manhã- falei, falhando em algumas palavras.

John não olhava para mim quando respondeu.

– Obrigada pela ajuda- disse secamente e fechou a porta.

O que estava acontecendo? Ele nunca falou assim comigo! Não podia ir embora e deixar nossa situação desse jeito. Meu gênio e valentia vieram à tona. Bati fortemente na porta. Assim que ele entre abriu a porta, fui entrando logo. Sem dar tempo de ele ter uma reação. Ele fechou a porta atrás de mim.

Levei um susto quando vi a situação do quarto. Estava todo bagunçado, ou melhor, dava para perceber que ele jogou tudo que viu pela frente. A vergonha e a culpa me dominaram.

– Maryene, por favor vai embora!- disse entre os dentes.

– Eu vou, só que amanhã. E não posso lhe deixar nessa situação- retruquei com valentia.

– Não tem nada que você possa fazer para mudá-la- disse friamente- Se não sair eu vou ter que te tirar a força. - ameaçou.

– Estou cansada de ameaças! Eu também estou sofrendo. Caramba!- comecei a dar socos em seu peito- Você acha que eu queria larga toda minha vida e me mudar para um lugar que eu não conheço ninguém? Eu não queria me afastar, eu gosto de ti. Mas que merda! Nunca gostei de alguém tanto assim. –gritei.

Ele segurou meus braços, e beijou minhas mãos cerradas em punho. Estávamos os dois chorando. Olhei em seus lindos olhos, como sentiria falta.

– Eu te amo muito, mais que droga!- finalizei.

– O que doí mais é que eu sei disso. E que você está fazendo tudo isso por mim. E vai embora por minha causa- explicou.

– Se é isso que esta te torturando, não deixe. Saiba que ele arranjaria um modo de me levar. - falei para ele se acalmar. Abraçamos-nos fortemente.

– Façamos o seguinte, eu vou dormir aqui hoje, pois quero aproveitar essas últimas horas com você.- continuei.

– Não vejo nenhum problema nisso- falou sorrindo.

Dormimos agarradinhos. A melhor sensação do mundo. Nunca tinha me sentido tão completamente segura. Duraria tão pouco, então aproveitaria cada segundo. Cada segundo dele acariciando os meus cabelos, cada segundo de seu perfume, cada segundo da batida do seu coração, cada segundo de seus beijos.

Marcos Blake POV

Não sabia qual era o limite de um ser humano, quanta dor ele podia suportar. A única coisa que eu sabia é que estava a milésimos de chegar ao meu limite.

Já tinham feito vários cortes no meu corpo e colocado sal em cima. Cortaram todo o meu cabelo. Colocaram pimenta dentro do meu olho, daquelas raras que se compra no mercado negro, nunca imaginai que uma pimenta pudesse arde tanto. Já me jogaram água e deram choque. Até de chicote me acertaram. Tinha desmaiado de tanta dor, e depois do que pareceu pouco tempo, acordei com um balde de água na cara.

– Que mandou dormir princesa?- falou meu torturador.

– Eu precisava do meu sono de beleza- retruquei.

– Você é durão, mas agora quero ver quantos dedos vão sobrar na sua mão- disse desdenhoso.

Observei, e a minha frente havia uma mesa com uma faca em cima. Pude perceber agora, que não estava mais em pé com as mãos amarradas para cima e sim numa cadeira com as mãos presas na mesa no que pareciam braceletes de aço. Esse não era um cenário muito inspirador para observar. Deviam ter feito quando eu estava desacordado.

– Preste atenção, a cada pergunta que eu fizer e a princesa não responder, vai ser um dedo que eu vou tirar. - explicou o medíocre. - Onde está a garota? – perguntou.

– Nossa! Quanto cavalheirismo! É assim que você trata uma princesa? Não dava para começar com uma mais fácil- disse para provocar. - Passo, não melhor, eu peço a ajuda dos universitários- se era pra morrer iria provocar eles até meu último suspiro.

– Se é assim que você quer- falou.

Ele começou a levantar a faca, quando o esgoto se encheu de fumaça. Não dava para enxergar nada. Pude ver os capangas começarem a cair no chão. Até eu mesmo perder meus sentidos.

Maryene Lucchese POV

Estava nas primeiras horas da manhã, quando acordei com batidas na porta. Meio relutante me desprendi de John, que acordou com o meu movimento.

– Estão batendo na porta- sussurrei, levantando para atender. Ele veio atrás de mim.

Quando abri a porta, o carregador de malas estava lá. Com um presente tamanho gigante num carrinho onde carregava as bagagens.

– Desculpe incomodá-los a essa hora da manhã, ou melhor, da madrugada, mas pediram que entregasse isso aqui urgentemente para esse quarto. Quer dizer para o seu quarto Srª Lucchese, mas como não estava, fui me informar na recepção de seu paradeiro, e disserem que teria a possibilidade de estares aqui. Bem está entregue.- ele falou, não deixando de disfarçar que reparava nas condições que se encontrava o quarto. Mas não me importava, só queria saber o que tinha no presente.

– Por favor, coloque dentro do quarto, obrigada- disse ansiosa para abri-lo.

Após ter colocado, John deu gorjeta para o funcionário do hotel e fechou a porta. Corri direto para abrir o presente, e não acreditava no que meus olhos viam. Marcos estava dentro da grande caixa.


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Notas finais do capítulo

Meus amores, estou com tantas saudades de vocês! Por favor aparecem de onde estiverem, pois preciso matar as saudades!! Natal, Ano Novo aqui em casa estava cheio de gente, e não consegui uma vaguinha no computar para poder escrever. Então desculpem a demora. Espero que gostem, Bjs!!



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