Como assim um bebê?! escrita por MariGuedes


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Gente, perdão pela demora. Eu tenho que estudar pra caramba, já que eu me f*** em Matemática (3,5). Dei umas fugidas para o computador e escrevi esse capítulo aos poucos, com o livro A Esperança ao lado. Espero que tenha ficado bom. Aproveitem o capítulo. Senhoras e senhores, o 21° Capítulo!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/438074/chapter/21

Despedir-me da minha menina foi horrível. O medo de acontecer algo a ela, de tirarem-a de mim tomam conta de mim e causam pesadelos terríveis nesses últimos dias no 13. Mas então eu me lembro do motivo de estar fazendo tudo isso. É por um futuro para Rue. Uma vingança pelos 75 anos de assassinatos televisionados. Pelas torturas a todos que ficaram presos lá, até mesmo um bebê prematuro e indefeso. Por terem feito o homem que mais amei, me odiar e esquecer-se de nosso amor.
Beijo e abraço, que estica os bracinhos em minha direção, tentando tocar meu rosto. Pego suas diminutas mãozinhas e as beijo e entrego a minha mãe. Abraço-a e beijo, repetindo o mesmo com Prim. Peeta me abraça.
–Nada acontecerá a Rue - ele sussurra em meu ouvido e eu me arrepio.
Um aerodeslizador nos leva, para surpresa geral, ao Distrito 12, onde uma área de transportes foi improvisada. Não seria um trem de luxo para nos levar, e sim um utilitário lotado em sua capacidade máxima com soldados fardados com uniforme cinza, numa viajem comprida até o acampamento.
Chegamos ao acampamento rebelde. Uma faixa de terra de quase dez quarteirões ao lado da estação de trem onde eu e Peeta fizemos nossas chegadas anteriores. O local já está lotado de soldados em suas barracas. Os rebeldes possuem essa área a mais de uma semana, perdendo centenas de vidas no processo.
Fui desiginada a uma barraca. Não era confortável, mas eu não iria dormir de qualquer forma. Não quero que os soldados no acampamento ouçam meus gritos de horror. Rue invariavelmente acorda quando tenho pesadelos. Em algum momento minhas pálpebras se fecham e eu mergulho no mundo dos pesadelos
Eu estou num campo florido. Estamos eu, Peeta estável e Rue mais velha, lindíssima num vestido laranja por do Sol. Rimos, fazemos um piquenique. Tudo corre bem, até que Peeta surta. Ele voa em minha direção.
O cenário muda. Estou numa sela escura, úmida e tenebrosa. Mas ninguém me vê ali. Estão minha mãe, Prim e Rue e mais adiante vejo Finnick, Annie, Peeta. Um a um, eles são submetidos a longas sessões de choques e espancamentos. Eu me acabava de chorar e implorar que parassem, mas meus apelos não eram ouvios ou ignorados.
–Soldado Everdeen! - Um soldado irrompeu na minha barraca.
–Sim! - sentei-me rapidamente no saco de dormir.
–Preocupamo-nos com os gritos.
–Pesadelos. Todo mundo aqui deve tê-los.
–Com certeza. Boa noite.
–Boa noite

Depois de dormir um sono rápido e milagrosamente sem pesadelos, vesti-me rapidamente e me juntei ao esquadrão. Há uma atualização do status da guerra. A Capital carece de diversas coisas, já que ela é inteiramente dependente dos distritos que explora.
Há também armadilhas espalhadas por todo canto. Tão mortiferas que nunca sequer imaginei que algo assim existiria. Mas felizmente temos o Holo, uma mapa que mostra onde eles estão e o que guardam, os chamados casulos. Porém, nem todos estão catalogados. Muitas vidas foram perdidas por meio destes casulos.

Depois de três dias, o tédio é insuportável. Não há qualquer coisa a fazer, somente olhar uma foto da minha filha e pensar como ela está. E é exatamente o que estou fazendo agora. Sentada num bando improvisado com uma tora.
–Linda, sua filha - uma soldado, Leeg 2.
Leeg 2 e Leeg 1. Gêmeas idênticas e ninguém nunca lembra seus nomes, logo são Leeg 1 e Leeg 2.
–Obrigado - um silêncio se seguiu - tem alguém especial te esperando em casa.
–Tem - ela abre um sorriso apaixonado que eu conheço bem - o Byter. Meu noivo. Nós moramos juntos tem mais de um ano. Combinamos de nos casar assim que eu voltar. Oficializar nosso casamento. Mal vejo a hora de começarmos uma família. Sabe, nuca tive uma família muito grande, cheia de tios e primos. Tenho só um tio e um primo. Mas ele e e meu pai não se dão bem. Quero ter uns quatro.
–Nossa, quantos! - o silencio se instaura novamente
–Fiquei horrorizada com o que fizeram na Arena - ela quebra o gelo - Foi uma maldade imensurável tirá-la dos seus braços.
–É... - lembranças ruins inundam minha mente e não quero sequer pensar nelas.
–Ah, me desculpe. Bem que a Kyah me fala que eu sou uma insensível - deve ser o nome da Leeg 1 - eu vou indo. É melhor do que falar outra besteira.
Ela some no meio dos outros tão rápido quanto apareceu. Um medo totalmente novo inunda minha mente. E se a Capital invadir o 13 e capturar Rue, Peeta, minha mãe, Prim? Vejo Gale mais adiante conversando com Boggs, o líder do nosso esquadrão. Uma pessoa boa.

Hoje houve um acidente. Pela manhã a Leeg 2 atingiu um casulo. Mas invés de liberar um enxame de mosquitos bestantes como esperado, ele lança dardos de metal para todos os lados. Um deles atingiu o cérebro dela. Boggs prometeu uma substituição rápida.
Incomodou-me o modo como a morte de Leeg 2, uma mulher tão gentil, pode ter passado em branco. Apenas como uma baixa, não como uma pessoa, uma que possuía um noivo que a amava demais e planos para uma família. Mas estamos numa Revolução, e vidas fazem parte do altíssimo preço que pagamos por ela.
Na noite seguinte aparece o mais novo membro do esquadrão 451 - o meu, giga-se de passagem. Sem guardas, sem grilhões. Vindo a pé da estação de trem. Reconheceria-o até no inferno. Reconheço o jeito levemente inclinado, de forma quase imperceptível, jeito que ele anda depois da prótese. Gelo e espero a reação geral, sem ser capaz de mover qualquer músculo que seja.
Lá vem Peeta. O amor da minha vida. Meu Amante Desafortunado. Meu garoto do pão. O pais da minha filha. Com um 451 ainda fresco de tinta na mão. Mas uma outra coisa passa pela minha cabeça. Algo que dispara o alarme de imenso perigo. Se Peeta está aqui, Coin me acha mais valiosa morta que viva.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, sei que eu não mereço reviews pela demora interminável, eu sei. Mas não custa tentar.
Ah, eu já ia me esquecendo. Particularmente senti que este não foi o meu melhor capítulo. Sintam-se a vontade para concordar ou não comigo.
Eu tive pensando seriamente em fazer uma continuação a fic chamada "Como assim uma adolescente?!" ou algo assim, narrando a história após o fim de A Esperança. Preciso muito saber a opinião de vocês!
Nos vemos no reviews BeijoBeijo