Como assim um bebê?! escrita por MariGuedes


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda do Nyah! 20° capítulo, vamos comemorar! Espero que esse capítulo tenha ficado melhor que o anterior. Senhoras e senhores, o 20°Capítulo!



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A guerra estava a todo vapor e isso assustava. As baixas todos os dias traziam consigo o pesar. O medo, toda vez que eu passeava com Rue e espiava a lista das baixas, temendo ver alguém conhecido.
Nem sinal de Effie. Haymitch está enlouquecendo, e devo dizer que eu também. Quero que ela e Haymitch sejam os padrinhos da menininha que agora dorme nos meus braços. Eles fizeram muito por nós, esse é o mínimo que eu posso fazer.
Não temos nem sinal de Madge também. A única amiga que eu tive, tirando minha aliada que inspirou o nome da minha filha. Aquela que era apaixonada por Gale e só eu sabia. Alimento a esperança de que ela tenha conseguido escapar, já que seu pai era prefeito do 12.
Deixei Rue com Johanna, já que elas tinham se tornado próximas devido ao tempo juntas na Capital. Tempo do qual eu não gosto de me lembrar. Eu estava me dirigindo para o treinamento, andando tranquilamente quando senti-me ser puxada para um quarto vazio, cujo qual eu nunca tinha reparado que existia. Quantos quartos desocupados tem aqui?
Quando meus olhos se acostumaram com a pouca luz, vi que era Peeta. Gelei com medo, mas sorri surpresa quando ele me beijou. Um beijo cheio de intensidade, de paixão e de saudades - por minha parte. Mãos e carícias por todos os lados. Dessa vez, nós não paramos.


Minha cabeça descansava no travesseiro. Meu cabelo parecia um emaranhado de fios. Ambos olhávamos para o teto, pensando no acontecido.
–Do que você se lembra? - perguntei.
–De desejar você - ele diz - e um pouco da nossa filha.
–Só?
–Eu devo ter te amado muito.
–Amou.
–E você também devia ter me amado.
–Ainda amo - disse sem pensar. Levantei-me, constrangida e me vesti rapidamente - Parto em breve para a Capital. Tenho que treinar e a Johanna não pode ficar com a nossa filha para sempre.
–Quero vê-la.
–Mesmo? - surpreendi-me - Tem certeza?
–Bom, nós transamos e eu não te matei. Acho que consigo.
–Você não usava essa palavra - comentei.
–E qual eu usava?
–Fazer amor. Mas você não me ama mais. O termo "transar" se aplica bem a situação. Tchau - e sai do quarto.
O acontecido, ao invés de me deixar alegre e saltitante, me deixou mais saudosa e triste do que antes. Ele não me ama mais e deixou isso bem claro. E duvido que ele volte a fazê-lo. Quando ele se apaixonou, era muito novo e não viu todos os meus imensos e numerosos defeitos que eu carrego comigo. Mas ao menos ele quer ver nossa menina, um IMENSO avanço.

Dirigi-me de volta ao meu quarto, cujo qual eu dividia com Johanna agora. Ela tentava acalmar a bebê manhosa em seus braços. Eu a rendi e a ninei até que se acalmasse.
–Não adianta. Ela gosta mais de você do que de mim.
–Eu sou mãe dela.
–Mas depois de tudo... - ela viu minhas feições pesarosas - Desculpe, não devia ter mencionado isso.
–Não foi nada. Não podemos apagar o passado. Você entenderá a ligação mãe e filho quando tiver os seus.
–Falou a adulta - ela brincou - E eu não gosto de ninguém e, por consequência, não terei filhos.
–Pensa que eu não vi o jeito que você olha para o Gale.
–Ele é apaixonado por você.
–E eu não sinto nada por ele, a não ser amor de irmão. Sabe que meu coração ainda pertence ao pai da minha filha. Falando nisso...
Contei a ela todo o ocorrido, que ficou boquiaberta com a narração.
–Mas você acha seguro deixá-lo perto da Rue? - ela indagou.
–Vou falar com Haymitch. Quero que ele esteja conosco.
–Não sei não. Peeta ainda é perigoso.
–Relaxe, eu sei cuidar dela.
–Eu sei que sabe. Mas eu a quero segura.
–Eu também. Agora, boa noite que o dia foi cansativo.
Pus a sonolenta menininha no berço e ela logo apagou. Apesar do relógio marcar 19:30, minha cama me chamava. Mas assim que descansei a cabeça no travesseiro, as lembranças voltaram. Desde minha primeira vez com Peeta. Virei de costas para Johanna, de frente para a parede, e deixei as lembranças inundarem minha mente. Fechei os olhos e foi como reviver cada momento mágico e trágico que passou. Uma lágrima escorreu por meu rosto até o travesseiro. Pouco depois eu adormeci.

Acordei no dia seguinte com a choro manhoso da minha filha. Fiquei extremamente grata por ela dormir a noite inteira. Peguei-a e amamentei e sai com ela para o café. Passei para falar com Haymitch, que concordou de estar comigo e Rue quando Peeta for nos visitar, por questões de segurança. Deixei Prim tomando conta de Rue e fui ver o médico, esperando a alta do mesmo.
Como o dr. Edsen me liberou, fui falar com Coin e ela foi obrigada a permitir minha ida a Capital amanhã. Caminhava tranquila quando Peeta surpreendeu-me no corredor.
–Virou habito me assustar?
–É divertido.
–Bobo.
–Posso ir vê-la hoje a tarde?
–Claro. Nos encontre no quarto de Haymitch.
–Tudo bem. Nos vemos as 14h.
Eu me odeio! Odeio a forma como olhei como uma boba apaixonada- que eu sou - enquanto ele ia. Odeio como eu fui uma tarada ao olhar sua bunda. Odeio infinitamente amá-lo tanto.

Depois do almoço, fui com Johanna e Rue para o quarto do meu ex-mentor. Ele estava devastado com a ausência de Effie, mas fez um esforço para tornar o quarto mais agradável, já que eu levaria Rue para lá.
Pouco depois Peeta chegou. Eu fiquei nervosa, lembrando do que aconteceu na primeira vez em que eu e ele nos encontramos. Ele deu um passo a diante no quarto pequeno, e eu instintivamente a abraçei mais forte e virei de costas. Senti sua mão grande em meu ombro.
–Por favor - ele suplicou.
Eu me virei e Rue se encantou pelo pai e esticou as mãozinhas. Ele sorriu encantado e acariciou o rostinho tão igual ao dele. Logo, ela estava no colo dele, que fazia gracinhas e a divertia. Encostei-me na parede, admirando a cena, já que logo estaria no meio da guerra, e não sei se vou voltar a vê-la.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Espero reviews! Sou aberta a críticas - desde que construtiva, né?
Nos vemos nos reviews, tributos.
BeijoBeijo