Como assim um bebê?! escrita por MariGuedes


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Ei gente linda! Quase não pude postar hoje pois é aniversário da minha irmã e tem um monte de crianças dormindo aqui... Mas sem delongas, o capítulo 12!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/438074/chapter/12

O tempo passava se arrastando. Pensava a todo o momento em como minha filha estava. Ela nasceu cedo demais e sei que ela precisa de médicos e de um hospital. E eu não ligo. O problema é que eu não sei como ela está. Se está sentindo medo. Espero de verdade que Haymitch e Effie estejam tomando conta da minha pequena Rue.

Senti-la ser retirada dos meus braços doeu mais do que mil agulhas. Eu amo demais minha filha e não consigo pensar em viver sem ela.

–Peeta – eu chamo – A vida de Rue não depende mais da minha...

–Não, não, não. Ela precisa da mãe dela e eu vou devolvê-la aos seus braços.

–Acontece que eu não conseguirei sem você. Você é uma das razões da minha vida, empatado com nossa filha. Ela precisa de alguém forte como você e não de uma mulher instável e deprimida.

–Katniss... – ele começa.

–Não. Você volta e cria a nossa filha por mim. Tem que prometer.

–Katniss...

–Prometa! – eu exijo.

–Prometo – eu dou um selinho.

Havíamos conseguido algumas ostras quando uma cesta com 24 pães chegou por meio de um paraquedas. Um verdadeiro banquete nas condições atuais.

–Para você – ele me estende uma perola.

–Obrigado, amor! – beijo sua bochecha.

Esse ato simples e romântico me faz marejar os olhos. A possibilidade de existir amor aqui dentro desse Massacre por si só já á mais do que emocionante. Sento todo o amor por trás do simples e puro gesto. Esses hormônios depois que as mulheres dão a luz, fica a toda. Me sinto como nos primeiros meses de gestação.

Por instinto ponho as mãos na barriga e a sinto vazia. Não posso protegê-la. Ela está a quilômetros de mim. Uma lagrima teimosa escore e a seco rápido e ninguém vê. Ainda bem.

Concentro-me em comer, aérea a tudo. Beetee explica o plano, mas não presto atenção em nada, apenas concordo com a cabeça quando me questionam se concordo. Peeta explicou-me mais tarde que o plano se tratava em usar com fio elétrico para descarregar uma carga elétrica altamente mortal na praia que estaria úmida devido a onda das dez horas.

Terminamos de comer e seguimos em caminhada para a arvore do raio. Mataria os carreiristas com certeza. Eles estavam em desvantagem e aproveitariam a chance de ocupar a área mais segura que no caso é a praia.

Ficamos um bom tempo enrolando o cabo em volta de galhos. Revezávamo-nos para enrolar e montar guarda. Carreiristas mesmo em menor numero ainda são terrivelmente mortíferos. Tento ao máximo me distrair ou minha mente vagava e pensava na minha filha. A dúvida corrói e machuca mais do que eu pensava.

–Você e Johanna desenrolam o fio até a praia, eu termino e Finnick e Peeta ficam de guarda aqui.

–Peeta não pode ir conosco – digo temerosa de me afastar de Peeta.

–É um plano arriscado e preciso de seguranças. Tenho certeza de que irão conseguir.

Sem paciência para discussões, só assinto e beijo minha razão para viver, pesarosa em me afastar dele.

–Nos vemos a meia noite – ele diz.

–A meia noite – concordo.

–Se cuida – ele me abraça.

–Se cuide também, senhor silencioso.

Aperto meus braços ao seu redor e ele faaz o mesmo. Aspiro seu cheiro e beijo seu pescoço.

–Amo você – eu digo.

–Eu amo mais – ele retruca.

–Você é que pensa.

–Olha, casal meloso, eu sei que a Capital deve estar adorando o clima meloso, mas até aonde eu sei estamos numa arena – diz Johanna ácida – Vamos Katniss, eu na te mordo.

Dou um selinho em Peeta e sigo com Johanna a contragosto. Revezamo-nos na guarda e esticando o fio. Mas ao que parece não precisa estar grávida para ser bipolar. O fio se rompe. Espera-se que sua aliada te ajude,mas não, ela bate com o rolo na minha cabeça. Caio tonta no chão e ela enfia a faca no meu braço e gira. A dor excruciante me faz contocer-me.

–Fique abaixada – ela sussurra e sai.

–E ela? – ouço um dos carreiristas.

–Não dura nada. Não vale o esforço. Temos que concentrar as atenções nos outros.

Eles saem e eu sigo abaixada em busca de Peeta. O que será de nós sem a aliança? Haviamos combinado que nos afastaríamos quando eliminássemos os Carreiristas.

–Katniss ? Johanna? – Finnick chama, mas não confio mais nele.

Ele segue gritando e nos procurando. A perda considerável de sangue me faz ficar zonza, confusa e com a visão alterada. Precisava me apoiar nas arvores. O buraco é profundo e deve ter atingido alguma grande veia, pois a quantidade de sangue que sai é absurda.

Finalmente chego a arvore. Não vejo Peeta, Johanna o Finnick, mas Beetee caído no chão. Uma lança e um fio separado. E então eu vejo a brecha na armadura. Enobaria se aproxima e eu aponto o arco para ela, Mas eu lembro de algo que meu mentor disse: “Quando estiver na arena, lembre-se de quem é o verdadeiro inimigo”.

Não é Enobaria que deixa as crianças com fome. Não é Enobaria que explora os distritos. Não é Enobaria que manda crianças para a morte certa todo ano. A Capital é minha verdadeira inimiga.

Ponho o fio amarrado ao arco. As nuvens começam a trovejar. Sinto a descarga elétrica no ar. Disparo no momento que o primeiro raio atinge a árvore. Ele toma uma cor incandescente e tudo desmorono Acordo num quarto branco totalmente branco, sozinha a não ser por Beetee que está inconsciente na cama. Presumo que estou na Capital e tento me levantar, mas alguma droga é injetada automaticamente e eu apago.

O mesmo processo se repete mais duas vezes até eu acordar e não ver mais o tubo em meu braço. Levanto-me silenciosa e pego a primeira coisa que eu consigo ver. Uma seringa. Nada demais. Mas ao mesmo tempo tudo o que tenho.

Percebo que estamos em um aero e não sei se isso é bom ou ruim. Parece m aero um pouco menos tecnológico, mas não menos luxuoso. Entro em uma sala e vejo Haymitch e Finnick conversando.

–Ela vai enlouquecer quando souber – ouço Finnick dizer.

–Com o que eu vou enlouquecer? Onde estamos?

–Estamos indo para o distrito 13. Ele ainda existe.

Essa frase me faz lembrar de Bonnie e Twill, moradoras do distrito 8 que fugiam na expectativa de chegarem vivas ao distrito 13, lugar inde ela tinham fé de que ainda existiam.

–Rebeldes a resgataram.

–Com o que eu vou pirar? Cadê o Peeta e a Rue? Por que não vamos para o 12?

–Não conseguimos retirar nem Peeta da arena nem Rue da Capital. Jogaram bombas incendiarias no 12.

–Não... – ajoelho-me, chorando copiosamente – Não diga! Não diga o que penso que irá dizer!

–Snow tem em poder Peeta e Rue e o distrito 12 não existe mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me matem!!! Eu quis dar uma pitadinha de drama na fic (mais drama que isso, impossível). Agora vocês sabem por que eu não queria matar a Rue. Contem nos comentários o que acharam. Nos vemos no capítulo 13.
BeijoBeijo