Como assim um bebê?! escrita por MariGuedes


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sai hoje por que eu me apresentei (gente, eu AMO dança) e cheguei onze. Não tinha feito quase nada e escrevi rápido. Perdão por qualquer erro de português e da ordem da história. Senhoras e senhores, o capítulo 11!!



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POV Peeta

Como assim minha filha vai nascer? Aqui e agora como um bônus para o publico doente da Capital? Pelo jeito é e eu tenho que lidar com as adversidades e trazer minha filhinha para esse mundo. Mesmo que doente, é a esse mundo que ela pertence.

–Ah! – Grita Katniss de dor.

–Calma... – passo a mão em suas costas.

–Como assim calma? Acabamos de ser atacados. Estamos no Massacre Quaternário e ela tem sete meses. Não vai sobreviver.

A realidade me atinge. A medica havia dito que nesse período o bebê está amadurecendo os pulmõezinhos e não respiraria sozinho. Precisa de ajuda médica.

Katniss grita de novo. Me sinto inútil e imprestável vendo a mulher que eu amo passando por dores horríveis e não poder fazer nada. Rasco a parte de cima da minha blusa e uso como para colocar sobre as pernas dela quando ela tem que tirar a parte de baixo.

–E-eu tenho que fazer força AGORA! – ela grita depois de quase uma hora vendo-a sentir dores excruciantes.

–Mas tão rápido, costuma demorar e...

–Eu disse que preciso fazer força agora e é o que farei!

Seu rosto pingava suor. Estávamos na praia, absurdamente vulneráveis. Por sorte tínhamos Johanna e Finnick a postos. Estávamos confusos devido ao movimento da Cornucópia, mas de acordo com os nossos cálculos, não tem nada nas próximas horas.

Minha namorada empurra. Ela trava a mandíbula e se curva diante da dor e fica vermelha como um pimentão devido as dores horríveis. Murmuro palavras de incentivo que ela parece ignorar.

–Vamos, você consegue!

–Não consigo. Não sou forte o suficiente para isso. Se acontecer alguma coisa, prometa pra mim que fará qualquer coisa pela bebê.

–Katniss... – fico com o coração na mão.

–Prometa... – ela pede.

–Prometo – mas duvido que eu seja capaz de cumprir a promessa.

Ela torna a empurrar junto com a contração. Olho para entre suas pernas e vejo a cabeçinha da nossa filha.

–Já está vindo, meu amor. Já posso ver.

Seu rosto se ilumina e ela dá um breve sorriso antes de se concentrar em tirar nossa filha de seu ventre. Co um berro de dor, nossa filha nasce. Mas a alegria dura pouco por que Rue não chora. Finnick esterilizou como pode uma faca no fogo. Corto o cordão umbilical e Katniss expele a placenta. Busco no fundo da mente qualquer coisa que possa ajudar.

Rue é minúscula. Dois quilos no máximo do máximo. Desobstruo como posso suas vias aéreas e ela respira, mas com muita dificuldade. Como se cada vez que inspirasse, fizesse um esforço descomunal e dá um choro manhoso.

Katniss estica os braços num pedido mudo para pegar nossa filha. Ela chora e acaricia-a como se fosse quebrar a qualquer segundo.

E as coisas acontecem inesperadamente. Um aero com emblema da Capital aparece e com suas garras mecânicas, delicadamente tira minha filha dos braços da mãe. Paralisamos momentaneamente e quando damos conta, ela já está dentro do aero.

–Eu nem pude abraça-la. Eu a quero de volta – ela chora – Minha filinha. Levaram a Rue pela mesma coisa que levou a minha amiga.

Abraço-a cuidadosamente, tentando consola-la do flashback doloroso. Devo muito a menininha assustada do distrito vizinho. Uma menininha de 11 anos salvou a razão da minha vida e não posso retribuir. E ela foi levada exatamente assim.

–Eles vão cuidar dela – tento acreditar – Ela não está bem e precisa deles.

–Eu a quero de volta aos meus braços. Ela é minha – se lamenta.

–Nossa, meu amor, ela é todinha nossa.

–Ela tem o meu cabelo – ela diz orgulhosa.

–Aposto que ela vai ter os meus olhos.

–Apostado.

Fico abraçada a ela e reestabelecemos acampamento na praia. Não tarda muito até um paraquedas chegar. Dentro dele algum remédio. Katniss estava fraca então presumimos que fosse para ela. EM questão de pouco tempo, ela restaurou sua vitalidade de antes do parto, mas ainda está triste por não podermos ver nossa filha.

POV Katniss

Ver Rue ser tirada diretamente dos meus braços me fez sentir impotente. Minha filhinha. Eu deveria protegê-la e agora meus inimigos o fazem, eu espero...

No dia seguinte saio com Finnick para colher alguma coisa e caçar. Preciso se proteínas, meu corpo passou por grande stress.

Estávamos tranquilos quando eu ouço.

–Katniss – seguido de um grito – Socorro!

Reconheceria essa voz em qualquer lugar. Prim! Corro desesperada.

–Não é ela... – Finnick diz, mas sei que é sua voz.

–Prim! Prim! Cadê você?

Persigo os gritos e me deparo com um gaio tagarela. Como eles conseguiram os gritos? Ma não tenho tempo de pensar pois os gritos do meu melhor amigo atormentam a minha alma. Faço força para não correr em direção a voz. Mas a voz que se junta as outras mexe com minha mente. Um choro sofrido de bebê. Sinto no fundo da minha alma que é minha filha.

–Rue! Rue!

Sei que não adianta matar um que outros se juntam a sinfonia. Corro de volta a praia. Peeta vem me abraçar e eu corro querendo chegar o mais rápido possível em seus braços, mas dou de cara com uma parede invisível, mas não eletrocutada.

Finnick grita por alguém. Annie. Se não me engano é uma Vitoriosa que ficou meio doidinha quando viu o companheiro do distrito ser decapitado na sua frente. Ganhou os Jogos quando a Arena inundou e só ela sobreviveu.

Nos ajoelhamos na terra e logo nos encolhemos em posição fetal. Fechados em nossas próprias dores e esperando ansiosos para essa hora torturante passar. Vejo Peeta dizendo alguma coisa mas sua voz não chega a meus ouvidos. Os gritos atrapalham e parece que meus ouvidos só os ouvem. O choro de Rue parte meu coração em quinquilhões de pedaços. Penso no que fizeram com ela para que desse esse grito horrível de ser ouvido.

A hora passa se arrastando e assim que o faz corro para os braços de Peeta, encaixando minha cabeça no vão de seu pescoço sentindo seu cheiro reconfortante.

–O que aconteceu? Não pude ouvir nada.

–Foi horrível. Tinham os gritos da Prim, do Gale, da nossa filha... Eles os torturaram para obter os gritos.

–Não acho que fariam isso – Johanna se intromete – Todos amam sua irmãzinha e sua filha. Se eles encostassem o dedo em uma delas a própria Capital se rebelaria.

–Mas como obtiveram os gritos? – rebato.

–é bem simples na verdade – Beetee diz – As crianças aprendem na escola. Não encostaram o dedos em ninguém. Tenho certeza que estão seguros.

Assim eu fervorosamente espero.


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Notas finais do capítulo

Leitores fantasmas, eu não mordo, eu juro de dedinho!! É sério, gosto de saber que alguém do outro lado lê e gosta do que eu escrevo. Até o 12!!