Different surprise? escrita por Mari


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Ola, este capitulo é totalmente dedicado a fofa da @weasleyeah que me procurou no twitter dizendo que adorava a fic e fiquei muito feliz, enfim, ia publicar sexta mas não deu certo, mas ai esta.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437942/chapter/3

O resto da manhã passou muito bem, no qual ambos ficaram correndo e rindo pelo apartamento como se fossem duas crianças. Quando já eram quase 13 horas da tarde e estavam, os dois deitados na sala, estando Peeta no sofá e a pequena Prim na poltrona, brincando feliz de abaixar e levantar a mesma, arrancando risinhos bobos de um Peeta que ficava a olhava admirado.

Certamente, se não fosse seu tom de pele branca tão extremamente igual a tonalidade de Peeta e seus longos cabelos loiros, lisos e um pouco encaracolados, ela seria a copia de Katniss. Da sua Katniss, ou melhor, da que costumava ser a sua Katniss.

Enquanto a observava Prim começou a se pegar novamente pensando em Katniss e tentando não odia-la e compreender porque ela não lhe contou que eles tinham tido uma filha (cuja de compreender tentativa foi um tanto em vã), ele não estava com ódio dela, ate porque, era impossível odiar aquela mulher, mesmo ela tendo escondido o que escondeu dele por 7 anos.

Suspirou. Ele odiava o fato de não conseguir odiar ela. Talvez esse fora o problema, de todo esse tempo nunca a ter esquecido, ele não conseguia não se pegar pensando nela pelo menos uma vez a cada ano que ia passando.

O que ela fez foi errado, foi injusto, ela não contou que ele havia sido pai de uma criança. De uma criança com ela. Odiava o fato de ninguém, nenhum de seus antigos amigos de sua antiga vida não terem lhe contado sobre Katniss ter tido uma filha dele. Ou será que eles não sabiam da criança? Ou não sabiam que a menina era filha dele?

Mas acabou voltando a pensar em Katniss. Ninguém fazia idéia do quanto ele desejava ver ela novamente após todos esses anos, saber como ela estava, o que tinha acontecido a ela, se ela se formara. Se, se, se... Tantas e tantas possibilidades do que tinha acontecido a ela. Mas ele nunca foi atrás, nunca procurou, então talvez, bem talvez, ele não saber da existência de sua filha tinha um pouco de culpa dele. Ele poderia ter ido procurar por ela, mas seu orgulho falou mais alto. Como sempre falava.

Mas, Katniss teria pensado em contar a ele sobre a criança? Ou ela simplesmente decidiu deixar esse detalhe de fora da vida dele? Ou decidiu que Peeta não era necessário na vida da sua filha? Perguntas como estas só poderiam ser respondidas por uma única pessoa, e ela não estava ali naquele momento. Suspirou. Mas quando voltasse, certamente, Peeta iria tirar todas as suas duvidas com Katniss.

Enquanto se afundava perdidamente em seus pensamentos, alguém tentava chamar a sua atenção na 'realidade':

– Senhor Peeta – ela esperou – Uma terra linda e charmosa chamando Senhor Peeta – ela esperou novamente – SENHOR PEETA!

– Ai meu deus menina – ele se despertou assustado e olhou em volta - O que foi? O apartamento ta pegando fogo?

– Claro que não seu bobo! – ela deu um risinho – Que idéia mais boba, eu não colocaria fogo na casa dos outros.

– Não? – perguntei – Pensei que você era do tipo que enquanto eu dormir vai colocar fogo no meu quintal.

– Claro que não – começou a rir – Mas, o senhor nem sequer tem um quintal para eu colocar fogo. - disse arqueando as sobrancelhas.

– Ah é, né? – foquei em seus olhos, uma imensidão cinza que brilhava me analisando – Mas então, com esta afirmação, você não descarta a possibilidade de colocar fogo em minha casa, certo?

– Já disse que não – ela sorriu delicadamente – Mas se o senhor falar novamente que eu estava pensando nisso, começarei a cogitar esta idéia de verdade. – ela falou em um tom que decidi acreditar como o seu ameaçador e ao mesmo tempo tranquilo.

– Antes de você cogitar essa idéia, eu irei ter te deportado de volta para sua mãe.

– Mas o senhor nem sabe onde ela esta – ela arqueou a sobracenlha e sorriu.

– Descubro, se necessário – sorrio e ela me estira a língua – Mas falando em não saber, ainda não te perguntei uma coisa, e você também não comentou comigo sobre isso.

– Ahn? – ela me olhou confusa – Mas eu já disse meu nome pra você.

– Sim, eu sei – sorri – Prim, como era chamada sua tia. É outra pergunta.

– Que seria ...? – ela me olhou com seus lindos olhos cinzas, que agora estavam brilhando de imensa curiosidade. Levo um tempo pensando, notando que ela esta começando a ficar impaciente comigo. – Diz logo! – ela me encara um pouco seria mas ainda assim notavelmente curiosa.

– Ah, nada muito grave – sorrio para sua expressão confusa.

– Diz logo senhor Peeta – ela diz calmamente – Ou colocarei fogo no seu quintal. - ela sorri diabolicamente

– Mas eu não tenho quintal – a olhei – Você mesma constatou isso para mim.

– Ah, tanto faz – ela revirou os olhos

– Ok – ela me encarou – So queria saber se você não estava com fome, sabe? – olho para meu relógio – Já são 13:15, crianças já deviam ter almoçado, provavelmente ja deveriam estar dormindo.

– Não sou mais criança – ela me responde de imediato – Já tenho 6 anos e 3 meses! – ela exclamou como se isso fosse como 60 anos.

– Nossa – dei uma gargalhada – Você já é uma senhora idosa, me perdoe pela minha insinuação. – voltei a rir com a expressão frustrada que ela fez.

– Não sou idosa – ela me encarou com raiva – E tambem não sou velha – ela suspirou – Você é um idiota senhor Peeta.

– Ok ok – sorrio – Me desculpe. Mas eu também não sou velho, para você continuar a me chamar de “senhor Peeta” – fiz aspas com as mãos.

– É mais velho que eu, não é? – ela revirou os olhos – Ou sera que você é mais novo que eu?

– Claro que sou mais velho que você Prim – revirei os olhos também – Se não, como eu seria o seu... – eu me engasguei nas palavras, como se não conseguisse pronunciar aquela simples palavra em voz alta. Ela me olhou confusa.

– Meu... – ela pensou um pouco – Meu pai?

– É, isso ai – eu concordei – Como seria seu... pai – travei novamente antes de conseguir dizer a palavra – Se eu fosse mais novo que você?

– Ah – ela se sentou na beirinha do sofá e eu me afastei para que ela sentasse direito, e ela assim o fez – Sei la.

– E olha o meu tamanho para o seu – disse acenando a cabeça para ela – Eu sou alto.

– Você ... é ... alto? – ela começou a rir – Você é um baixinho!

– Nem tanto – estiro a língua ela e ela da uma nova gargalhada

– Minha mãe é mais alta que você, senhor Peeta.

– Não é não.

– É sim

– Não – respondo parecendo frustrado.

– Sim – ela me encara.

– Não quero ter mais essa conversa – ela sorri vitoriosa para mim

– Ganhei – ela esticou os braços para o alto.

– Não ganhou nada – me sento no sofá – É so que...

– É so que...? – ela me encara agora sem sorrir.

– É so que eu estou com fome – invento uma desculpa e sorrio em sua direção – Odeio entrar em discussões sobre minha altura com fome.

– Então quer dizer que você entra em muitas discussões sobre.... – ela me olha de cima para baixo – Sobre você ser um baixinho ?

– Não, claro que não.

– Aham, sei – ela sorri – Mas então, eu também estou com fome

– Pensei que você não tivesse fome.

– Claro que eu tenho fome, eu sou um E.T. por acaso?

– Não sei – dou um risinho nervoso – Acabei de te conhecer, como vou saber se você não é um E.T. que veio me seqüestrar?

– Claro que não né – ela diz incrédula – Tenho cara de E.T. por acaso ?

– Quem sabe? – suspiro – Eu nunca vi um E.T. de verdade para saber como era a cara dele.

– Então você nunca assistiu filmes sobre invasões alienígenas? – ela arqueia a sobrancelha, exatamente como sua mãe faz, fazia, sei lá, costumava fazer. - Você é um velho mesmo.

– Claro que ja vi sim bobinha – sorrio – Mas como vou saber se eles são daquele jeito?

– Ta bem Peeta – ela suspira – Essa conversa esta me deixando com mais fome do que já estou.

– Ok ok.

– Você sabe cozinhar?

– Se eu sei cozinhar? Ora, eu sou um homem – a encaro como se estivesse ofendido – É claro que não sei.

– Serio?

– Serio – pego meu celular – Então você quer que tipo de comida?

– Como assim que tipo de comida? – ela me olha confusa.

– Existem varios e varios tipos de comida sabia? Como comida chinesa? Japonesa? Italiana? Brasileira? – a encaro – Qual é, vai me fazer dizer toda a lista de países existentes? Acho que nunca nem provei a comida de todos eles.

– Ta ta, entendi – ela sorri – Hmmm ... Eu gosto de comida chinesa! – ela diz empolgada mexendo nas mãos.

– Serio? – ela assente levantando o rosto para mim – Eu amo comida chinesa.

– Que legal – ela sorri – Minha mãe também adora comida chinesa.

– É, eu sei disso – sorrio

– Hmmm

– Hmmm? – olho confuso em sua direção – O que foi?

– Então você conhece minha mãe?

– Claro que eu conheço ela – olho confuso – Se não, como..

– Não! Não nesse sentido seu velhote – ela parece afetada – Estou falando que você conhece os gostos dela.

– É, eu conheço sim – sorrio – Conheço sua mãe muito bem. E não sou velhote nada.

– Hmm, ta certo – ela aponta para o celular – Pede logo essa comida chinesa porque eu já já vou morrer de fome, velhote.

– Gulosa como eu, anotado – ela me olha confusa – Exagerada como sua mãe, anotado.

– Anotado? Voce esta anotanto algo? E porque?

– É, estou fazendo uma lista sobre no que você parece comigo, e no que parece com ela. E você é bem curiosa.

– Hmmm, então ta né? Voce é todo estranho velhote – ela da um risinho – Agora, pede logo essa comida. – ela apontada para a propria barriga.

– O que foi?

– Tem um leãozinho pedindo comida aqui – ela me encara como se fosse uma coisa obvia.

– Aqui também tem um – digo apontando para a minha barriga – E ele deve rugir mais forte que o seu.

– O meu ruge mais forte, querido velhote – ela arqueia a sobrancelha.

– Não, é o meu que ruge mais forte, querida gulosinha – sorrio desafiando ela novamente.

– Peeta – ela me chama cautelosamente.

– Que é? – a encaro.

– PEDE LOGO ESSA COMIDA – ela grita as palavras.

– Nossa assim você até me assusta – digo brincando e levanto as mãos.

– Pede logo – ela faz beicinho. - Por favor, eu estou com taaaanta fominha.

– Ok já estou ligando – começo a digitar o numero de um restaurante chinês que era por perto – Mas acredite, não foi essa sua carinha de cachorro abandonado que me convenceu.

– Claro que foi. – ela diz convencida.

– Vai pensando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor deixem comentarios, odeio leitores fantasmas.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Different surprise?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.