Different surprise? escrita por Mari


Capítulo 1
Capítulo 1




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POV Peeta

Acordo sobressaltado com o barulho do despertador na cabeceira da cama, quase gritando, me avisando que já são 9 horas da manhã, mas hoje era sábado, por que esta porcaria estava tocando? Decidi voltar a dormir.

Mas não adiantou de muita coisa, infelizmente o despertador tinha roubado todo o meu sono com seu irritante som de despertar, nada de musicas, não sou mulher que consegue acordar ao som de alguma banda ou cantor gritando uma musica qualquer. Eu adoro ouvir musica, deixando claro, mas para acordar? Era mais provável que eu pegasse ódio do cantor e de sua musica por me tirarem do meu sono. Por este motivo, o barulho que toda manha me desperta é um som simples desses que despertadores possuem.

Acordo um pouco com dor de cabeça, provavelmente, por ter bebido algo ontem a noite, tinha saído com Cato, meu melhor amigo, para uma nova balada. Só daí é quando o pensamento me vem a cabeça e me lembro que eu tinha passado a noite com Enobaria, uma esquentadinha modelo, muito gostosa, com quem eu estava ‘ficando’. Mas ela não estava mais ali, o que significava que já tinha acordado e ido para sua casa, ou sei lá para onde, sim, eu não me interesso muito em saber.

Não sou mais de me envolver com ninguém, não mais. Não serio como já fiz algumas vezes. Não me agradava mais isso de namoro, porque eu sempre termino magoando a pessoa, e acabei por desistir de tentar. Sei que há outro motivo por trás disso, mas evito pensar nele. E sim, esse motivo é era menina e tem nome e sobrenome, e eu fui um idiota com ela. Nos que terminamos, digo ambos queriam terminar, eu acredito, ou talvez ela apenas não quisesse se passar por fraca, se a conheço bem, mais não vem ao caso. Mas isso não importa mais. Passado deve ficar no passado.

Afasto os pensamentos sobre ela da minha cabeça e decido ir tomar um banho para terminar de despertar. Depois de uns 15 minutos debaixo da água morna escorrendo pelo meu corpo sonolento, saio e me troco, depois decido ir para cozinha comer alguma coisa pronta, já que nos fins de semana, infelizmente, Fran, minha doce e senhora empregada não trabalhava. Ela cuida de mim desde que me entendo por gente, era empregada dos meus pais, então quando eu decidi sair da casa dela e vim morar perto da praia, sozinho, Fran disse que viria comigo, pois sabia que eu não saberia me virar sozinho e não me queria comendo um monte de besteira todos os dias. E ela estava certa, eu certamente já seria um gordo que faz pedido de almoço e jantar todos os dias.

E isso não seria legal para minha carreira de ex-modelo, sim eu já fui modelo, que me deixou bastante conhecido entre meus 18 a 20 anos, mas acabei desistindo, me formando em administração e assumindo a empresa do meu pai, Haymitch.

Faço um café com leite na cafeteira e torradas e como, sozinho com um silencio perturbador reinando na sala. Checo meu iPhone, e, por incrível que pareça, meu Instagram, é estranho, eu mal uso ele, raramente uma foto minha, sempre uso para divulgar algum produto da empresa. Me aproveitando da quantidade de seguidores que eu possuo devido a quão minhas campanhas fizeram sucesso na época.

Não estou dizendo que sou bonito, embora muitas pessoas me falem isso, inclusive as piadinhas do meu melhor amigo e sócio, Cato, sobre que eu sou sua mulher gostosa. Tambem não estou dizendo que sou feio. A menos que você considere feio uma pessoa com olhos azuis escuros, cabelos loiros e um tanto musculoso.

Meu único problema é minha altura, não sou anão, mas não passo de 1,70m desde 16 anos. Mas isso nem me incomoda tanto, afinal quem liga para altura? Ou no meu caso, para beleza? O importante é a mulher ser bonita, se ela gostar de mim, ta bom demais. O resto é apenas detalhe. E acredite que elas não veem problema nenhum, nunca.

Quando estou me sentando na sala, a campainha toca, e provavelmente deve ser Cato, minha mãe, ou Fran, que desistiu e veio trabalhar. Julgo mentalmente quem quer que seja pois eu estava prestes a me sentar e assistir a algum programa de televisão qualquer. Abro a porta calmamente e me deparo com uma pessoa totalmente diferente da que imaginei ser.

Uma menininha, de seus, o que? 5 ou 6 anos. Loirinha e que esta sorrindo lindamente em minha direção.

- Oi baixinha – me abaixo um pouco para ter um contato mais direto com a pequenininha que esta na minha porta.

- Oi – ela faz uma pausa – Seu nome é Peeta? Peeta Me...Me... Me-alguma-coisa? – ela me encara.

- Sim, sou eu. Mellark. – sorrio – O que houve? Quer vender algum doce? – digo apontando para uma malinha um pouco mais afastada dela

- Não, senhor Peeta Mer..Me-alguma-coisa. Eu não vim vender doce para o senhor.

- Ah, vamos lá, meu sobrenome não é assim tão difícil de pronunciar – digo sorrindo

- Na verdade é um pouquinho assim – ela me mostra uma largura entre o polegar e o segundo dedo

- Não é não - eu acabo rindo um pouco e ela me acompanha. – Mas, serio pequena, o que você veio fazer na minha porta?

- Voce é... hm... meu pai – ela sorri sem muito animo e tímida

- Seu pai? – eu estou estático.

- Sim, senhor Peeta.

- Ah, vamos lá, cadê o Cato, com certeza ele te mandou aqui - eu digo tentando rir da brincadeirinha de Cato – Onde ele esta? – olho para os corredores, mas nada.

- Não é brincadeira – ela me encara seria – Minha mamãe me mandou aqui. E, se quer saber, uma brincadeirinha dessa não deve ser engraçada – ela aparentava ser muito madura para uma menina de no Maximo 6 anos e meio.

- Sua mãe? E onde ela esta? – pergunto

- No avião, se já forem mais de 10:30. – ela diz e da um sorriso

- Hm, e quem é sua mãe? – pergunto, aquilo ainda me parecia brincadeira de Cato.

- Katniss. Kat7niss Everdeen – ao ouvir aquele nome, eu perco o sorriso e fico serio. Em choque.

- Kat...Katniss? – ela so podia estar brincando

- Sim senhor Peeta. K-a-t-n-i-s-s. O senhor não sabe pronunciar o nome da minha mamãe?

-Sei, sei, claro que sei.

-Ah, pensei que não sabia, assim como eu não sei falar seu sobrenome – ela sorri. Ah meu deus, ela tinha o sorriso de Katniss, como eu não notei?

- Hm, aham, mas eu sei dizer o nome dela. Ela deixou alguma coisa, sei lá, para mim? Uma explicação, talvez?

- Ah, deixou sim, desculpe, me esqueci completamente senhor Peeta – ela abre uma bolsinha de lado da D&G, tira uma cartinha e me entrega.

Peeta, hm, sei que é estranho eu dar noticias. O que? 7 anos depois? Mas eu estava sem saída, e precisei que alguém ficasse com minha filha. Não pense, pelo amor de deus, que você foi a primeira opção, você foi a ultima, sem brincadeira. Não a deixe no meio da rua, eu lhe peço, sei que em algum lugar ai dentro ainda deve ter um coração. E também porque provavelmente, eu já estou longe o suficiente para me arrepender do que estou fazendo agora.

Sim, ela é sua filha. E qualquer pergunta idiota vinda de sua parte, fica para quando eu retornar. Não vou demorar, prometo, no maximo, eu demorarei 2 semanas. Espero que entenda, e cuide bem dela.

Katniss.

Era muito para absorver em pouco tempo. Katniss teve uma filha. Uma filha minha. Nunca apareceu. Nunca me disse ou contou nada. 7 anos depois é que ela vem precisar de mim. So daí que ela decide me contar que temos uma filha? Uma mensagem não doeria nada “ei pateta, so para você saber, nos tivemos uma filha. Beijos”, ou doeria?

Mas quando olho pra frente, vejo a pequena me encarando, me observando. Meu deus, ela era uma Katniss, praticamente. O mesmo sorriso, os mesmos olhos cinzentos e misteriosos, quase os mesmos traços. Mas ela tinha a cor dos meus cabelos, minha tonalidade extremamente branquinha, meu nariz. Ela era, sem duvidas, a mistura perfeita, de nos dois.


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