Secret Lover's-Dramione escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 45
Natal




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437926/chapter/45

O dia vinte e quatro de Dezembro amanheceu nevando, com um frio considerável. Em quase todas as casas de tanto o mundo mágico quanto trouxa, havia euforia, excitação, alegria. Várias festas aconteceriam pela noite, mas hoje, destacaremos apenas algumas casas: Malfoy, Weasley, Longbottom e Granger.

Logo pela manhã, Neville Longbottom fora acordado pela sua avó, o pedindo para se aprontar. Em menos de dez minutos já estavam em pé no saguão do Hospital Saint Mungus. Por mais que os medibruxos tentassem amenizar o clima ruim de um hospital, com músicas e decorações natalinas, Neville não se sentia completamente animado.

Após subirem alguns andares e virarem em alguns corredores avistaram Gilderoy Lockhart saindo de seu quarto, dando bom dia a todos que passavam, distribuindo autógrafos para as enfermeiras.

Idiota.”– pensou Neville.

Por mais que não fosse correto dizer isto do pobre coitado, por mais que soubesse como é passar por isto na família, Gilderoy era literalmente um idiota. Tirar a memória de outros bruxos para capturar seus feitos não é algo muito legal de se fazer.

–Por aqui, querido. – disse sua avó, o indicando o quarto.

–Mamãe, Papai. – os cumprimentou.

–Olhe querida, que belo rapaz veio nos visitar.

–Você o conhece?

–Não, e você? Olha que senhorinha adorável.

Tentando segurar as lágrimas, Neville os apresentou, mais uma vez, recebendo como resposta um:

–Meu jovem, você deve ter-se enganado. Nunca tivemos um filho.

E saíam antes de terem outro ataque, ficarem estressados.

Todo ano era a mesma coisa, e todo ano Neville ganhava mais e mais forças de lutar contra o mal.

***

–GINEVRA WEASLEY, VENHA IMEDIATAMENTE ME AJUDAR NA COZINHA!

O clima n’A Toca era bem diferente. Desde cedo Molly Weasley surtava quando algo saía fora do combinado. Carlinhos chegaria em breve, juntamente com Gui. Desde que acordaram, todos arrumava cada andar da casa, na esperança de acalmar Molly.

–HARRY, NADA DE AJUDAR FRED E GEORGE COM ESSES LOGROS!

Sobrara até para Harry. Que apenas passava uns dias lá.

–Mãe, a senhora já foi calma, sabia?- disse Gui entrando pela porta da cozinha, assustando-a.

–GUI! Quando chegou?

–Deve ter uns cinco minutos, a porta estava aberta, e eu entrei.

–E onde está seu irmão Carlinhos? Ele teve de ficar na Romênia de novo?

–Impressão minha ou a cada dia que te vejo, você parece um velho, Percy?

–E você que parece uma moça, com estes cabelos compridos e brincos, Carlinhos?

Molly saíra correndo de sua cozinha quando ouviu uma possível discussão entre os dois na sala, porém quando chegou, encontrou ambos abraçando-se e rindo

–Carlinhos! Nem cuidando de dragões você desiste desses brincos?

–Bom te ver também, mamãe.

***

Silêncio.

Era tudo o que se ouvia na Mansão Malfoy. Desde que chegara Draco vira seu apenas uma vez, enquanto o mesmo trancava-se no escritório. Blásio Zabini já havia chegado e não parava de perturbar o mesmo, pois não queria ficar entediado em pleno Natal.

–Quer dizer que agora é assim? Eu acolho um amigo em minha casa e ele toma possa da minha cama?

–Draco, só para te avisar, que sempre foi assim. – disse Zabini jogando-se na cama do loiro.

–Eu poderia muito bem te expulsar daqui agora, Blás.

–‘Tá falando da boca para fora, você nunca teria coragem para isso.

Draco apenas bufou e jogou um travesseiro na cara do moreno, que ria.

–Você comprou um presente para ela? – perguntou baixinho, com medo de alguém escutar. A situação por mais “bonita” que fosse, era proibida na casa do Sonserino.

–Eu sempre compro presentes para os meus amigos, se esqueceu? O mão de vaca aqui é você.

–Você nem sabe se eu comprei.

–Você vai dar alguma coisa?

–A ela, sim. Você já tem minha presença.

–E para o Longbottom?

–Um Manual de Como Pegar Garotas. Ele ‘tá bem precisado disto.

–Acha que ele vai se incomodar com uma plantinha?

–Bom, ele gosta de Herbologia. Então acho que não.

Após um momento de silêncio, Blásio perguntou:

–Draco, você pode me responder uma coisa? O que raios estava acontecendo naquele dia do Visco?

–Bom, você conhece a lenda do Visco, certo?

–Positivo.

–Então não preciso explicar mais nada. Foi só isso. Foi por acaso que nos encontramos e deu naquilo.

–E nós atrapalhamos... – disse o moreno encarando fixamente a parede, com medo de que aquilo nunca mais acontecesse.

Já o loiro, apenas deu de ombros para o colega, achando graça mentalmente.

***

–Querida, conte-nos. Como andam as coisas na escola?

Os Granger’s almoçavam tranquilamente, perguntando a sua filha como estava sendo o ano letivo, se continuava estudando, e principalmente como estavam Harry e Ronald.

–Harry agora está namorando, então não estamos tão grudados como antes.

–Ronald, querida. Você sempre falava tanto nele.

–Mamãe... Não quero tocar nesse assunto, por favor.

–Filha, aquele garoto, o Maldoy, continua implicando com você?

–É Malfoy, pai. Ele parou de implicar quando comecei a falar com ele.

–Quando?

–Ele também é monitor, então temos que conviver. – mentiu a garota.

***

Neville já havia chegado do Hospital à algumas horas, e encontrava-se jogado no sofá de sua casa vendo a lareira crepitar. Uma excelente atividade em sua opinião.

–Neville, trate de se vestir. Seus tios já vão chegar.

–Vovó... Já disse que estou pronto.

Então pelo menos ajeite seu cabelo. - disse a senhora ficando na ponta dos pés, passando a mão pelos cabelos do garoto.

TOC, TOC.”

–Veja só, eles chegaram!

Ao abrir a porta, a senhora abraçou seus filhos e netos, deixando Neville parado ao lado da lareira, um tanto quando sem graça. Podia ser sua família, mas ele sentia falta de seus pais. Só Morgana sabe a inveja que ele sentia de seus primos, coisa que nenhum deles entenderia um dia.

–Ora ora... Mamãe, não me disse que teríamos um convidado a mais hoje. – um de seus tios comentou, ao adentrar a sala e não reconhecer seu sobrinho.

–E não temos. Ande Neville, venha cumprimentar seus tios.

–Claro vovó.

Todos na sala ficaram boquiabertos com sua mudança. Suas primas quase babavam no chão, e seus primos cheios de inveja. Pelo resto da noite, todos comentavam sobre a mudança do rapaz, seus primos tentavam o humilhar, mas casa vez mais eram colocados no chão por ele. Suas primas jogavam-se para cima do rapaz, que apenas dizia que já havia companhia. Embora tivesse mal por seus pais, nunca tivera um Natal tão divertido quanto aquele.

***

–Harry, o que você ganhou da Mione?

–O Quadribol através dos séculos. E você, Gina?

–Um vestido magnífico para o Ano- Novo.

–Eu apenas recebi um cartão desejando Feliz Natal. – comentou Rony, subindo para o seu quarto.

***

Hermione já havia subido para o banho havia mais ou menos quinze minutos. Não costumava demorar muito, logo, em menos de dez minutos, já havia acabado e secava seus cabelos com o secador. Naquele tempo nevado seus cabelos nunca secariam naturalmente.

Ao acabar, resolver experimentar um dos cremes que havia ganhado de sua mãe mais cedo. Não era muito de se arrumar, mas como seus parentes viriam, resolveu ficar apresentável. Após a sessão SPA, vinha à hora que ela mais temia: escolher uma roupa.

A garota já havia revirado seu guarda-roupa inteiro, e nada de encontrar uma roupa descente. Com seus braços doendo, desistiu e vestiu uma espécie de moletom verde, de lã. Juntamente com uma calça preta e sapatilhas pretas. Na hora do reboco, vulgo maquiagem, apenas prendeu seus cabelos em dois fios atrás da cabeça, que sem querer, formaram um coração.

Ao descer, foi ajudar sua mãe na cozinha, sendo expulsa de lá imediatamente, por já estar arrumada.

–Hermione, enquanto você estava lá em cima, chegaram umas coisas para você. – disse seu pai apontando para o sofá.

–O senhor mexeu com as corujas?

–Não, ele me pediu para abrir a janela. – gritou sua mãe da cozinha.

Antes que ficasse presa na pequena discussão, a garota correu para o sofá, dando de cara com alguns embrulhos.

O primeiro que pegou era verde, logo deduziu que fosse de um dos dois Sonserinos. Riu ao desembrulhar e deparar-se com um colar com um pingente de cobra, com um cartão escrito “VIVA A SONSERINA!”. O próximo, amarelo de bolinhas rosas, era o de Gina, que ao abrir, não sabia onde enfiar sua cara.

A ruiva havia lhe dado um conjunto de calcinha e sutiã vermelho, pois sabia que a morena iria morrer de vergonha. Harry havia lhe dado doces da Dedos de Mel. Neville lhe presenteou com um vestido meio branco, meio dourado. Sabia que o moreno tinha tido ajuda.

Ao olhar para o embrulho esverdeado ainda intocado, seu coração acelerou. Sabia de quem era, e estava radiante por ele se lembrar. Com cuidado, desfez o laço que ali estava, e ao livrar-se do papel, deparou-se com um livro.

Ela amava livros.

O pegou e viu o título: “Âme Sour”, e ao abri-lo, uma dedicatória:

Estava no outro dia andando com os caras por Hogsmead e achei que você fosse gostar. Parece ser bem... Verídica a história. Espero que goste, com carinho

Draco Malfoy

P.S: Feliz Natal”

E tudo escrito com aquela letra floreada que ela tanto admirava. Controlando um suspiro, subiu para guardar seus presentes, e consequentemente começar a ler.

Algum tempo depois, foi chamada para ceiar, e assim que se sentou, começaram as perguntas indiscretas. Quando seu tio lhe perguntou:

–E os namoradinhos?

Apenas respondeu:

–‘Taquei fogo em todos.

***

Enquanto a Sra. Zabini contava que mais um marido havia morrido, Narcisa tentava animá-la. Draco e Blásio não viam a hora de conseguirem fugir daquela tortura.

No momento em que foram liberados, cada um correu para seus quartos, querendo dormir e evitar mais um momento família com Lucius Malfoy. Zabini riu ao chegar a sua cama e ver um leão de pelúcia, escrito “OS GRIFINÓRIOS DETONAM!”.

Já Draco, até então não havia percebido o embrulho. O garoto despiu-se para dormir, e somente quando já estava com as calças do pijama, e sem camisa, que viu o presente. Sorrindo, chegou perto dele, e o rasgou, deparando-se com uma caixa escrita:

Fierce & Flawless maquiagens teatrais.”

A princípio, o garoto estranhou, quando viu um bilhete.

Não deve ser nada fácil para um garoto ganhar maquiagem, certo? Você pode não entender agora, mas sei que no futuro vai ser muito útil. Acredite em mim. Beijos de

Hermione Granger”

Ele não entendia nada, e o melhor que conseguiu fazer fora jogar-se na cama e dormir profundamente, sonhando com uma Mamãe Noel magnífica.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

vamos a alguns pontos:
—a maquiagem citada, é a mesma do livro de Monster High. Ela cobre TUDO.
—o livro que Hermione recebeu, essa história é realmente de verdade. se quiserem ler é só irem neste link: http://fanfiction.com.br/historia/560990/Ame_Sour
—para entenderem o cabelo de hermione: http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_43/set?id=144116739
FELIZ NATAAAL



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Secret Lover's-Dramione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.