Secret Lover's-Dramione escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 41
Tão Natural Quanto a Luz do Dia


Notas iniciais do capítulo

heeeeeeeeey, gif maneiro né?



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–E por favor, quero dois metros de pergaminho sobre Animagia, para semana que vem. Estão dispensados por hoje.

Mais uma vez Minerva Mcgonagall pegava pesado no dever de casa. Mas não era de propósito, ela era uma das únicas pessoas que realmente achavam que não haveria problema algum em mais algumas folhas de dever.

Durante o dia anterior, enquanto os alunos se divertiam com o esperado Dia de Neve, Minerva fizera algo que despertava sua curiosidade por muito tempo. Apenas trancou-se em seu quarto e transfigurou-se em gata, e, pela primeira vez em sua vida, experimentou o Banho de Gato.

Ela nunca deveria ter feito aquilo. Estava até agora soltando bolas de pelo.

Quanto aos alunos, saíram resmungando de sua aula, seguindo em direção ao Salão Principal. Afinal de contas, a hora do almoço é sagrada.

Tudo corria normalmente:

Os Corvinos liam enquanto mastigavam, vez ou outra sujando seus deveres.

Lufanos fazendo amizades uns com os outros, e resolvendo brigas alheias.

Sonserinos ou se esnobando ou fazendo piadas internas sobre Grifinórios.

Os Grifinórios mostrando os “músculos” que tinham para as garotas, numa tentativa frustrada de conseguir algo.

A família Weasley comendo compulsivamente, exceto Ronald.

E na mesa dos professores, Minerva e Dumbleodore olhavam se divertidos, desconfiados de algumas coisas.

No caso, as duas únicas coisas estranhas eram: Rony estra tão deprimido que não sentia mais vontade de comer, apenas olhar para Hermione, que o ignorava. E Crabbe ter uma marca roxa em seu pescoço.

Essa simples marquinha causara um grande alvoroço na Sonserina pela manhã, já que todos se perguntavam:

Quem será que marcou Crabbe?

Alguns diziam que tinha sido Goyle, outros, a Chang. Até mesmo seus colegas de quarto achavam que tinha sido talvez, Pansy, já que não era segredo algum que o garoto era perdidamente apaixonado por ela.

Mas a verdade? Ele tinha tropeçado na escada enquanto ia buscar um copo d’água.

***

–Rony, será que podemos falar com você depois da aula?

A Grifinória não aguentava mais ver os lamentos do Wesley pelo Salão Comunal. Após uma pequena reunião, havia ficado decidido que teriam de por um fim nisso o quanto antes.

Com apenas um aceno de cabeça, ele concordou.

Mandaram o garoto ir para o quarto, onde, sentado em sua cama, o interrogatório começou.

–O que vocês querem falar comigo?

–Apenas saber por que você está desse jeito.- respondeu Harry.

–Vocês sabem.

–Não sabemos não.- rebateu Dino.

–Se você quer saber, Ronald, a culpa toda é sua. Mesmo sabendo que não ia dar certo, mesmo eu já tendo te alertado antes, você foi lá e fez essa merda toda. Cara, será que você é o único que não percebe que Hermione não gosta de você desse jeito?- tentando parecer furioso, Neville comenta.

–Você só diz isso porque está dormindo com ela!

E com essa simples frase, a algazarra começou.

–Pare de falar assim dela, Rony. Você e eu sabemos muito bem que é mentira isso!- Harry havia perdido a compostura.

–Se não é assim então porque eles vivem agarrados por aí, hein? E você mesmo veio me avisar que estava saindo com ela!

–Sair é uma coisa, ter relações, é outra TOTALMENTE DIFERENTE!

–Garotos, o que está acontecendo?- Ginny entrara sem perceber no dormitório, afim de tentar resolver a confusão.

Como ninguém a ouvira...

–GAROTOS! Vocês tem que parar de brigar! Não sabem o significado de ter ua conversa civilizada? Também não podem sair por aí espalhando boatos!

Todos ficaram paralisados de medo. Definitivamente, tinha um gene de Molly na garota.

–Rony, você tem que entender de uma vez por todas: eu tentei te ajudar, mas não deu certo. SUPERE. Ela não dá bola pra você, então porque insistir? A única coisa que você conseguiu com aquela palhaçada foi perder a amizade dela. E se você continuar a inventar coisas sobre a minha melhor amiga só para pode justificar os seus atos, então é melhor você parar. Eu mais do que ninguém sei que ela nunca doriu com Neville, então você não tem esse direito de espalhar mentirar.

–Gina, eu..

–Nade de desculpinhas. Se você quer esquece-la, sugiro procurar alguém para usar. Nunca pensei que fosse falar isso, mas essa é a solução. Use alguém para tirá-la de sua cabeça, irmãozinho.

Com todos chocados, foi preciso alguns minutos de silencio para absorverem a situação.

–Mas quem, Ginn’s?- sussurrou o coitado.

–No caso, a escolha mais óbvia seria Lilá. Não só por ela ser completamente luca por você, mas sim, por ser mais fácil que roubar doce de criança.

***

Enquanto a briga rolava solta na Grifinória, a calmaria era incrível na biblioteca.

Hermione estava lá a princípio para uma pesquisa de Herbologia, mas encontrara uns jornais antigos e se entretera.

Distraiu-se tanto que nem viu quando Draco Malfoy chegou e sentou-se na mesma mesa que a sua. Realmente havia sido uma coincidência isso, mas nenhum dos dois se importou realmente. Apenas notaram a presença um do outro quando Hermione espirrou, por conta da poeira dos jornais.

Aí não teve jeito. Os olhares se encontraram e ele sussurrou um “saúde”, alto suficiente para somente ela ouvir, recebendo em resposta, uma risadinha.

–Trabalho de que?- perguntou ela.

–Transfiguração. Acredita que Minerva passou dois pergaminhos sobre Animagia/ é quase impossível encontrar fatos que ninguém mais vá colocar também.- ele também era um estudante nato, gostava de se exibir.

–Porque você não escreve sobre Sirius e os Marotos? Ninguém mais escreveria sobre eles.

–Nunca ouvi falar deles. Eles eram uma banda?

–Longe disso. Eram apenas amigos. Anda, se você quer uma história exclusiva, sugiro que fiquemos em um lugar mais privativo...

Não havia segundas intenções na garota.

–Quer ficar a sós comigo, Granger?

–Como, Malfoy?- respondeu a garota, rindo divertida.

Foram para os fundos da biblioteca, onde ninguém os veria. Enquanto procurava por um livro, Hermione explicava a história para Draco, que esperava recostado na prateleira.

–A alguns anos atrás, um lobisomem estudou aqui em Hogwarts...

–Remo Lupin, certo?

–Isso, mas como todo garoto comum, ele tinha seus melhores amigos: Sirius Black. James Potter e Peter Pettigrew. Todos eles aprenderam a animagia para não deixarem Remo sofrer sozinho nas noites de lua cheia. Sirius virava um cachorro, James, um veado, e Peter, um rato.

–Quer dizer então, que era realmente Sirius que invadiu Hogwarts alguns anos atrás?

–Sim, mas ele não é o único que você conhece, Draco.

–Quem mais então?

–Peter tornou-se aliado de Voldemort um tempo atrás. Presumo então, que você já o tenha visto, não?

–Porque você acha isso, Hermione?

A garota apenas olhou séria para ele. Ela não era boba, e ele sabia disso. Se tinha mais alguém que desconfiasse com seu envolvimento com as Trevas, seria ela.

–Você sabe muito bem que eu não sou boba, Malfoy. Então, eu vou apenas fingir que não sei de nada certo?- misteriosamente, a garota aproximou-se do rapaz, de modo que seus narizes ficassem quase colados um no outro.

Draco não conseguiu responder nada. Estava em choque sobre como ela o conhecia, mesmo sem querer. Apenas... assentiu com a cabeça.

–Ah, e antes que eu me esqueça...- num ato rápido, a garota colou seus lábios nos dele, iniciando um beijo calmo, típico de biblioteca.

Depois de alguns segundos de choque, Draco correspondeu imediatamente, sem deixar o beijo vulgar, apenas colocando suas mãos na cintura de Hermione, que colocou os braços em volta do pescoço do rapaz. Acabou que, ela mesmo aprofundou o beijo, sempre calmo, até que sentiu um apertão na cintura, sinalizando que ele ia deixar as coisas do jeito Malfoy.

Na mesma hora, a garota se separou dele, com um sorrisinho de canto, ao ver sua cara de quero mais.

–Se quiser mais alguma ajuda, é só me pedir.

–Será então que poderia me ajudar com poções?- perguntou o garoto com um soriso safado, levando a menina as gargalhadas.

–Acho que no caso, você quem teria que me explicar essa matéria.

Aos risos, ambos apenas se abraçaram, recebendo beijos por todo rosto e pescoço, sempre com o cuidado de ninguém ver.

Antes de saírem, trocaram apenas mais um leve beijo, sem nunca perguntarem o que estavam fazendo, ou o que seriam agora. Ambos acreditavam que isso seria tão natural para eles, que nem precisavam se questionar.


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