POV’ Draco

Até agora ainda não acredito que ousaram usar uma maldição imperdoável dentro da escola, POR CAUSA DE UM GAROTO GRIFINÓRIO!

Teria de avisar a alguém sobre o ocorrido, e o mais rápido possível. Não é pelo fato deu ser filho de Comensais da Morte que aprovo esse tipo de comportamento. E eu sou Monitor, ainda por cima.

E TENTARAM MACHUCAR A GRANGER SÓ POR ELA SER AMIGA DO LONGBOTTOM! Okay, já dei meu mini surto e agora estou mais calmo.

AHHHHHHHHHHH NÃO EU NÃO TO CALMO!

Não sei o que mais poderia ter acontecido se eu não estivesse lá para ajudá-la. E eu realmente corri metade do colégio para salvá-la. Não sei bem o que aconteceu, só senti um aperto no coração e um pensamento de quê ELA estava em perigo. Agora o que realmente é um mistério, foi o fato de conseguir acha-la tão rápido. Parecia que meu subconsciente sabia exatamente onde encontrá-la.

Muito estranho isso.

Admito que não soube reagir quando Granger me abraçou... O máximo que tínhamos dado fora um simples aperto de mão. Não esperava tão cedo assim um abraço.

Mas acho que entendia seu lado. Ela ia levar um Cruciathus, e eu a salvei. Isso não é coisa que se acontece todo dia, não?

Tentei fazer o momento durar o máximo possível, já que não sabia quando e se receberia outro desses. Além do mais, ela que havia me abraçado. Sinto que já falei isso, mas o que posso fazer? Eu tô feliz com isso...

No caminho até o Salão Principal fui ao seu lado, e quando passava alguém, eu ia um pouco atrás ou a frente dela. Se achassem alguma coisa, poderiam acabar com tudo o que já construímos até agora. Ou seja: quase nada. A conversa foi muito pouca, só falamos das notas que recebíamos e defendemos nossas casas. E antes de entrar no Salão...

–Então... Feliz Dia das Bruxas, Granger. – eu disse meio sem graça e triste por já termos chegado.

–Feliz Dia das Bruxas, Malfoy. – respondeu-me olhando para o chão.

E apertamos as mãos.

–Até qualquer hora, então. E mais uma vez, obrigada Draco.

–Você acabou de me chamar de Draco? – perguntei espantado. Ela disse meu primeiro nome, oh!

–Ei, você me salvou. Achei que o momento pedisse isso.

–Então não a de quê, Hermione.

Oh, sorrimos ao mesmo tempo e entramos no salão já abarrotado de gente.

Nem dei importância quando Pansy tentou me seduzir com um Chokito, estava em êxtase com o ocorrido. E provavelmente sorrindo igual a um idiota, já que Blás me encarava rindo. Não irei lhe contar o ocorrido, não dessa vez. Mas quem sabe Filomena não escute uma versão resumida da história?

Quando voltamos a Sala Comunal da Sonserina, eu ainda não queria me deitar. Só queria que aquela lembrança durasse o máximo possível. Crabbe e Goyle me olhavam de um jeito estranho.

Principalmente Crabbe.

Parecia que tinha raiva em seu olhar, e eu ao menos nem sabia o motivo. Quando fui lhe perguntar, sua resposta não foi muito convincente:

–Ah, é que você pode ir dormir mais tarde por ser Monitor. As vezes gostaria disso também.

Óbvio que não acreditei muito, mas não posso fazer nada. Só sei que esse olhar diminuiu quando Pansy o cumprimentou. Eu hein, gente estranha.

Blás estava claramente querendo falar comigo. E eu fingi que não vi. Sabia perfeitamente que se ele viesse tentar arrancar alguma informação eu diria algo.

Quando subi para o quarto, tratei logo de me esconder em minha cama e fechar as cortinas. Após escrever os pontos positivos do dia em um papel (Que foi? Não podia me esquecer daquilo).

Quando me deitei, meu pensamento se transportou para o momento quem ouvi a maldição, e a defendi. Com isso eu dormi.

E por incrível que pareça, no meu pesadelo diário, aquele labirinto começava a desaparecer. E então eu percebi o real motivo de conseguir chegar tão rápido a Granger.

“Ele percorria todas as noites aquele mesmo caminho, em busca dos gritos que a cada noite ficavam mais altos e desesperados. Por incrível que pareça ,ao salvá-la no dia anterior, fez com que ele conseguisse chegar um pouco mais perto da voz, porém ainda estava totalmente perdido.”

Só podia ser isso: os pesadelos nada mais era do que um mapa.

Agora, mapa do quê?