– Ele está meio... mal. - Izzy disse para Clary.

– Posso falar com ele? - Clary perguntou.

– Pode - Jace disse.

Clary seguiu para o quarto de Alec e bateu na porta.

– Alec? - Ela chamou - Posso entrar?

– Tanto faz. - Ela ouviu uma voz lá de dentro.

Clary abriu a porta. O recinto estava escuro , mas ela podia ver Alec sentado na cama com algo em sua mão.

– Oi Clary - Alec disse.

– Está tudo bem?

– O que você acha?

Clary se sentou na cama ao lado de Alec.

– Está bebendo? - Clary perguntou ao moreno quando percebeu a garrafa quase vazia que estava em sua mão.

– E dai? Isso não é importante. - Alec respondeu

– Não foi culpa sua Alec.

– Não? Sabe porque batemos? Porque estávamos discutindo. Estávamos discutindo porque eu fui um idiota. E agora eu estou aqui sem quase nenhum arranhão enquanto ele está lá quase morrendo!

– Alec, sei como se sente, mas...

– Não. Você não sabe. Não ouse dizer que sabe, porque você não sabe.

Alec sentiu lágrimas brotando de seus e as limpou rapidamente. Clary tentou sorrir.

– Porque estavam discutindo? - Clary perguntou.

Alec não respondeu, apenas tomou mais um gole do conteúdo da garrafa.

– Entendi – Disse Clary.

Alec novamente não respondeu.

– Acho que, dessa vez , sei como se sente.

O moreno franziu o cenho.

– Eu tinha um namorado – A ruiva começou – E ele era meio, digamos.

– Estranho? Excluído?

– Pode se dizer que sim. Enfim, eu nunca contei pra outras pessoas que namorava com ele e eu sempre negava quando perguntavam. Um dia ele descobriu e nós brigamos feio e terminamos. Mas eu fiquei mal por ele, eu o tinha machucado com o que eu fiz.

Alec suspirou.

– Isso não ajudou.

– Desculpe.

O moreno suspirou novamente e tomou mais um gole da garrafa.

– Posso beijar você? - Alec perguntou.

– O que?

– Eu estou incrivelmente bêbado e meu namorado está num hospital. Além de que provavelmente eu não vou me lembrar disso amanhã.

Clary riu.

– Alec você é estranho.

– Eu sei.

Alec se inclinou para frente e encostou de leve nos lábios de Clary, logo depois voltou a se recostar na parede tomando mais um gole do conteúdo da garrafa, até deixa-la vazia.

– Droga – O moreno disse jogando a garrafa no chão e se deitando na cama.

– Quer que eu cante uma canção de ninar? – A ruiva brincou.

– Quero.

Clary riu e começou a cantar uma música que a mãe cantava para ela.

– Você canta bem. – O moreno disse de repente.

– Obrigada. – Ela respondeu.

Alec suspirou fechando os olhos.

– Não me acorde cedo amanhã. – Ele disse.

– Por que?

– Quanto mais eu possa adiar a ressaca, mais eu vou adiar.

Clary riu novamente e se levantou.

– Durma bem – Ela disse saindo do quarto.