Little Soldier escrita por Ysmiyr


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

So... Era para ser um dos melhores, mas acabou ficando um dos piores capitulos que eu já escrevi. Sorry, T-T.
MAS EU POSSO ME EXPLICAR!
SIm, sim, eu postei uma nova fic, yaoi de PJO também. Só que de PIRATAS! E eu foquei demais naquela. Toda minha criatividade se esvaiu. Não em matem, per favore :
http://fanfiction.com.br/historia/444405/Golden_Era/ageconsent_ok
Leiam, sim? Achoq ue está legal... Enfim
Enjoy. Ou não. D:



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FANFIC NOVA FANFIC NOVA SIM É PJO E SIM , VAI TER YAOI. NOW GO. http://fanfiction.com.br/historia/444405/Golden_Era/ageconsent_ok

Não demonstrou resistência, porém tremia mais que bandeira de navio. O aperto firme que eu mantinha em torno de seus ombros fazia parecer que eu estava tremendo também. Ele andava de cabeça baixa e sua mão apertava fortemente minha camisa na base de minha coluna. Parecia estar lutando com um impulso tão grande de sair correndo que quase senti remorso. Quase.

Continuei o guiando até a sala, e todos, todos pararam de conversar e nos encararam como se fossemos Harpias. Lancei a eles uma clara expressão de ‘voltem a fazer o que estavam fazendo’ e aos poucos, um falatório começou a crescer novamente na área. Os ombros dele estavam tão tensos que pensei que ele estava congelado. Esfreguei a mão de leve tentando acalmar Nico.

Puxei uma cadeira e o fiz se sentar, e me sentei ao lado dele. Meu prato logo se encheu de comida, tanta que até me surpreendi. Fazia muito tempo que eu não comia como costumava comer no acampamento. Encarei Nico e ele olhava para o macarrão no prato com uma luz meio nostálgica nos olhos. Tirando o molho estranho que eu nunca tinha visto na vida, parecia normal.

–Hey. -Cutuquei ele com o cotovelo.-Tudo Bem?-perguntei. Ele deu um sorriso triste e começou a brincar com a comida no prato devagar. Por um momento, ele pareceu que não iria me responder. E então...

–Bianca costumava fazer esse macarrão em ocasiões especiais. -ele disse baixinho. Não consegui conter a surpresa que apoderou-se de meu rosto. Pelo que Percy tinha me falado, ele nunca conversava sobre Bianca com ninguém. Varri a mesa com o canto dos olhos e vi que mesmo tentando disfarçar, todos nos encaravam. E Nico apareceu perceber isso, mas mesmo assim me contou. Tive que enfiar um naco de frango grelhado na boca para não sorrir.

–Você... Você sente muita falta dela, não é?-perguntei cauteloso e me sentindo um idiota. Claro que ele sentia.

–Mais do que eu gostaria de admitir. -balançou a cabeça como se tentasse mandar as lembranças para longe. Mesmo com minhas mãos suando e todos nos encarando, segurei a mão dele por cima da mesa, com firmeza. Ele me olhou surpreso.

–Eu acho que entendo. Não é como se eu tivesse passado a mesma coisa. Mas acho que compreendo um pouco. -disse fazendo círculos com o polegar nas costas da mão dele. Nico suspirou e o alto das maçãs do rosto dele coraram de forma adorável e ele fez a coisa mais surpreendente que eu poderia pensar até agora.

Retribuiu o aperto na minha mão e começou a comer com a outra. Minha cara de babaca deve ter sido muito ridícula, porque escutei Hazel dar uma risadinha na minha frente. Mas nem tinha forças para lançar um olhar mortal para ela. Eu me sentia feliz. Apesar de tudo ele estava, aos poucos, confiando em mim.

Se ele notou que minhas mãos tremiam e suavam, não sei. Mas ele não a soltou até terminar de comer e nós subirmos as escadas.

(...)

Depois do almoço, não saí do lado de Nico um só minuto, e ele também não fez menção de tentar. Hazel lançava olhares constantes para nós, meio preocupada, meio feliz. Suspeitava do que ela pensava, mas deixaria ela vir falar.

Percy não parecia exatamente contente com essa nossa proximidade. Ele me olhava com uma expressão magoada, como se eu tivesse roubado alguma coisa dele. Minha vontade era apenas socar ele. Mas a tripulação tinha de permanecer unida. Podia me preocupar com isso uma vez que toda essa bagunça estivesse terminada.

–E não tem nada que você goste de fazer?-continuei minha conversa com Nico, que estava empoleirado ao meu lado.

–Jogar vídeo games é legal. Cartas também. Mas já faz muito tempo- disse meio arrastado, mas não parecia chateado ou irritado por estar falando comigo.

–Nunca joguei vídeo game, mas eu quebro o galho nas cartas. - comentei vagamente. Ele deu uma risada curta, mas já foi o bastante para eu sentir todo meu mundo se colorir. Isso soou meio... Gay demais. Dane-se.

Virei-me para encará-lo, mas seus olhos estavam arregalados, presos no chão. Sua mão estava segurando sua estomago como se ele doesse. Quando ia perguntar o que havia acontecido, o navio deu uma guinada violenta, e o ar a nossa volta começou a rodar mais rápido. Não era preciso mais avisos. Gritei para Percy e Leo subirem e me posicionei na frente de Nico, espada em punho.

Todos estavam no convés, de armas prontas, encarando uns aos outros a espera que alguma coisa acontecesse. Podíamos escutar os sussurros de no mínimo dois homens bem próximos, e eles não pareciam contentes. Eu podia sentir a tensão no ar, e a eletricidade correndo dentro de mim. Meu cabelo estava em pé, e o mar se movia de forma nervosa. As sombras se agitavam de forma inquietante.

E então, foi como se o tempo tivesse parado. Apareciam duas figuras de no mínimo sete metros de altura, de armaduras prateadas e tinham muitas coisas diferentes presas nos cabelos. Cada um segurava uma lança, mas havia uma espada presa á sua cintura também. Apesar de que, para que um gigante daquele tamanho poderia precisar de armas, eu não sabia dizer.

Eles, com toda a certeza nos procuravam. Entretanto, eles nos rodearam, olharam em nossa direção, mas pareceram não nos ver. Depois dos vinte minutos mais agonizantes da minha vida, eles foram embora, como se não tivessem visto um navio grande e lotado de semideuses bem abaixo do nariz grande deles.

–Eles foram embora?- Percy foi o primeiro a se pronunciar. O encarei sem saber o que dizer. E então um baque surdo ecoou pelo navio. Virei-me para checar Nico e ele estava caído no convés, com as ataduras sangrando de forma violenta e tremia como se tivesse pego uma hipotermia.

–HAZEL-berrei para ela, jogando a espada longe e me ajoelhando próximo a ele, levantando sua cabeça. Ela chegou ao meu lado trêmula e um tanto pálida. A encarei em expectativa, mal contendo minha ansiedade.

–Ele... Ele está vivo. -disse num tom meio assombrado, como se não conseguisse acreditar- Mas não por muito tempo. Temos que parar o sangramento. - Ela mal terminou a frase, Leo apareceu com novas ataduras e um pote com água do mar. Acomodei melhor a cabeça dele na minhas pernas e me abaixei até chegar a milímetros de seu rosto. Não era possível nem sentir o ar entrando e saindo de seus pulmões.

Um sentimento de culpa e medo se apoderou de mim. Minha garganta se fechou de forma assustadoramente rápida e minhas mãos tremiam mais que o garoto deitado nas minhas pernas enquanto eu tentava remover as ataduras antigas.

–Nico, Nico acorde!-nem tinha notado quando Piper se posicionou ao meu lado, e tocava de leve o rosto dele, colocando tanto charme na voz que eu, e todo o resto de nós tinha de se concentrar muito veemente no que fazia.

Terminei de tirar as ataduras ensopadas de forma desajeitada e dei um pulo. Eu não sabia o que tinha embaixo daquelas faixas, mas não imaginava que podia ser tão ruim. Havia manchas negras espalhadas por todo o braço. Uma delas, bem próxima ao pulso tinha uma mancha branca em meio ao negro e carmim. Com espanto notei que era um pedaço de osso. Meus olhos não poderiam estar mais saltados.

Parecia que ele tinha colocado o braço dentro de uma bacia de fogo. O sangue escorria como uma cachoeira de cada mancha, e não parecia que iria parar cedo.

–Pelos Deuses- Piper não conseguiu manter sua voz para chamar Nico de volta diante aquela visão. Percy se ajoelhou ao lado dele e segurou seu braço fino. De forma muito cuidadosa, encostou na água. Nico não demonstrou reação. Ele respirou fundo e mergulhou o braço manchado na bacia junto de suas mãos, apertando os machucados mais graves. Na mesma hora Nico soltou um grito agoniado e tentou se soltar, mas não tinha forças nem para isso. Coloquei uma mão sobre seu externo e o empurrei de leve para baixo.

Olhei para Percy, e a força que ele fazia para se concentrar fazia seus cabelos grudarem na testa de tanto suor. A água agora parecia mais um suco de groselha mal dissolvido, e pela cara que ele fazia, não estava melhorando muito.

Nico suava como se tivesse caído na água e tremia como uma batedeira. Mas a pior parte eram os sons. Não tive forças para tampar sua boca e impedir daqueles gritos horríveis saíssem.

Não tinha muito mais o que eu pudesse fazer além de continuar ali, escorando Nico da melhor forma que eu pudesse. Mesmo que aquilo não fosse adiantar de nada. Mesmo que fosse tudo em vão. Porque eu havia prometido a ele, não?


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Notas finais do capítulo

E aí, matei demais voces ou tem alguém que ainda le isso?