Little Soldier escrita por Ysmiyr


Capítulo 3
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

GEMT QUE FELICIDADE!!! DOIS CAPITULOS E 28 COMENTARIOS? VOCES SÃO DEMAIS, SÉRIO!!AMO TODOS VOCES!!!!!
Entãum.... Teve pessoas que me fizeram algumas perguntas bem pertinentes.
Se Nico pratica auto-mutilação? Talvez, talvez não. O que voces acham?
Se eu ia colocar uma cena fofosa dos dois, ja que eu não deixei Jason abraçar o Nico no prólogo? Leiam esse capitulo e me amem. Mas ja adianto: VÃO TER CENAS PIORES(ou melhores)
E pra quem ficou a fim de socar o Percy: Me aguardem. O mini aquaman não vai ficar tão alegre e saltitante por muito tempo. MUAHAHAHAHAH
E assim, se não for pedir muito, eu gostaria que voces me falassem o que voces querem na fic. Tipo uma cena diferente, um diálogo específico... Daí eu vejo se dá pra encaixar na fic! :3
E só para esclarecer:
—Filha de Hades, benção de Ares.
—Sonserina
—Distrito 1
—Amazona
—Extremamente pervertida apesar de não parecer.
—As pessoas costumam me apelidar de Clarisse. Não tenho ideia do porque.
Enfim, ENJOY!!



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LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!

Não me lembro de ter acordado cedo, mas sei que o sol ainda não era visível no céu. Ou isso, ou Percy tinha bobeado e algum monstro marinho das profundezas tinha nos engolidos e aquele tom rosado que eu via pela janela era o estomago do bicho.

Algumas batidas despreocupadas na porta da minha cabine me fizeram notar que não, não estávamos dentro de estomago nenhum. Virei na cama e enfiei a cabeça no travesseiro, cansado e sem nenhuma vontade de sair da cama.

–Jason?-Com aquela voz me chamando do outro lado da porta, foi como uma descarga elétrica de um raio passando pelo meu corpo. Levantei e corri a porta, derrubando as cobertas e algumas coisas pelo caminho e abri a porta afobado.

–Bom dia. -Disse com um sorriso que não consegui segurar. Nico pareceu assustado por um momento comigo, mas depois bufou enfiando as mãos nos bolsos.

–Reunião- foi só o que ele disse, mas se deteve um momento antes de ir embora- E... Caso você não tenha notado... Você precisa de calças, Pikachu. - disse corando um pouco e saiu andando apressado pelo corredor. Franzi a testa e olhei para mim mesmo. Lençóis enrolados nos tornozelos e... Por Júpiter; você tem que estar brincando comigo. E ainda usava só a boxer branca do Pikachu. Senti minhas orelhas pegarem fogo e voltei para dentro do quarto fechando a porta de uma forma ruidosa. Se Nico não me achava um idiota imbecil antes, agora ele achava. Quase desejei que um raio caísse sobre minha cabeça, mas então tive que me lembrar de que isso não me afetava da forma que deveria.

Ah, eu me odeio.

(...)

–Como assim? Como você não viu isso, Jackson? Era o SEU turno!-Exclamei fulo da vida. Ok, ok. Talvez, só talvez eu andasse sendo um pouco mais sangrento quando o assunto era Percy, mas sinceramente, eu não fazia ideia do por que!

–Eu não sei! Tudo parecia bem normal ontem à noite... Então...-ele coçou a nuca meio sem jeito. Segurei a ponte do nariz entre os dedos e bati a mão fechada na mesa.

–Não consigo acreditar que você DORMIU NO SEU TURNO!-Gritei sem conseguir me conter. Todos olhavam dele para mim com expressões preocupadas. Menos um.

Sendo diferente de todos, como sempre, Nico parecia tentar esconder uma risada. Com aquela cena sentia a raiva sumindo de mim; deixando apenas uma sensação confortável e doce me aquecendo. Mas eu sabia que simplesmente perdoar Percy tiraria toda minha autoridade como capitão dessa droga toda. Então, com toda minha força ignorei a quase-risada de Nico e me foquei em fuzilar o idiota aquático da melhor forma que consegui.

–Hã não é que eu tenha dormido... Veja bem... Huh... - ele tentava se justificar, mas como não achou nada plausível, acabou por encarar Annabeth com um semblante envergonhado.

–Vamos, nós não dormimos por muitas noites. Estamos cansados. -ela disse, fazendo clara referencia a pequena... Aventura dos dois. Ergui uma sobrancelha, incrédulo. Não era possível que ela estivesse mesmo usado aquilo como chantagem.

Eu ia dar aquela resposta; aquela reservada sempre para os iniciantes que faziam exatamente o que nós dizíamos para não fazerem, mas uma coisa me impediu. Uma mão, pequena e gelada segurou meu ombro, fazendo uma pressão leve e gostosa, mas que dizia claramente que eu parasse.

Olhei para Nico e ele ainda tinha aquele ar de riso, mas tentava manter o semblante sério. Ele não pronunciou uma palavra, mas eu entendi o que ele dizia. Se ele estava protegendo Percy? Muito provável. Se isso me irritava? Profundamente. Se eu queria queimar o projeto de Aquaman até não restar nada além de cinzas? Extremamente. Se eu estava bravo com Nico? Em nenhuma hipótese.

Suspirei e me voltei para os outros com um ar cansado e fiz um movimento com a mão e resmunguei alguma coisa e saí, sem saber para onde ia.

(...)

Só fui parar de me isolar do mundo na hora da janta. E não porque eu estava com fome, mas porque havia certo alguém que não comia fazia dias, talvez até meses. Claro, eu tinha quase cem por cento de certeza que ele nem ia me escutar, mas tentar não ia arrancar pedaço.

Subi para a sala de reuniões e entrei, mas não me sentei. Os outros deram uma olhadela para mim, mas depois continuaram discutindo seja lá o que estivessem discutindo. Encarei as comidas dispostas na mesa e franzi a testa. Ok, eu até podia tentar forçá-lo a comer. Se eu soubesse o que ele gostava. Bufei com raiva de mim mesmo. Eu amava tanto a miniatura de Batman, mas ainda sim, não sabia nada sobre ele.

Pensei em levar umas romãs. Logo descartei a ideia; essa fruta devia trazer más lembranças.

Ele era parte italiano, certo? Uma massa? Macarrão? Um doce diferente, talvez?

Torci a boca e acabei por pegar um croissant e um leite morno com chocolate. Considerando que ele não comia há dias, talvez até mesmo isso o fizesse mal.

Ignorando os olhares questionadores de todos sobre mim, subi as escadas e olhei o mastro. Continuava lá, encolhido como se aquela brisa fresca o fizesse sentir frio.

Odiando interromper esse momento de privacidade dele, dei um pequeno impulso com os pés e voei até ele. Mas no meio do caminho, ele me notou. Não disse palavras hostis ou lançou alguma coisa sobre minha cabeça. Apenas me encarou até que eu o alcançasse.

–Hey- Foi a coisa mais inteligente que saiu da minha boca quando me sentei ao lado dele no mastro.

–Hey- Ele disse com uma voz macia e eu quase sorri. Ele parecia de bom humor (pelos padrões normais dele) e isso me encorajou.

–Trouxe isso para você. Não come faz dias, vai acabar doente. - Ele me deu um olhar de incredulidade, como se não pudesse acreditar que alguém se importava com ele a esse ponto. Deu um pequeno sorriso e coloquei o copo e o prato em suas mãos. Ele franziu a testa de um jeito fofo quando perguntou:

–Porque você se incomodou?-disse numa voz tão baixa e débil que achei que tinha imaginado coisas. Levantei o rosto virado com a ponta dos dedos e deixei o sorriso aumentar

–Porque eu me preocupo com você. Vamos, coma.-Insisti. Seu rosto avermelhou de forma absurda e ele desviou novamente o olhar. Meio perdido, ele deu a primeira mordida no lanche e uma luz passou em seus olhos. Pareceu estar lembrando de alguma coisa.

E entoa ele terminou tudo num piscar de olhos. Fiquei tão feliz por ele ter aceitado meu conselho que quase comecei a rir, mas isso talvez só o assustasse.

–Érr... Obrigado. -ele disse sem graça e mexendo as mãos de forma nervosa, como se não soubesse o que fazer com elas.

–Vamos. É o turno de Frank e você precisa descansar. - Me levantei e flutuei na frente dele, estendo o braço para nos levar até la em baixo. Esperei por tudo, uma palavra ácida, uma olhada torta ou mesmo um pontapé. Menos por ele aceitar a mão que eu lhe estendia e a apertar de forma firme. Tentando me concentrar ao máximo em voas e não nele, passei um braço pela sua cintura fina e nos abaixei sem pressa.

Notei que ele parecia inquieto, mas não pela proximidade, mas sim por vergonha. Pois assim que toquei o chão, sua mão se demorou na minha, talvez um tanto que ele nem tenha percebido.

–Boa noite, Jason. -com a menção do meu nome, meu corpo tremeu de leve e eu apenas fui capaz de lhe oferecer um sorriso idiota enquanto ele se afastava. Assim que ele sumiu de vista, me permiti escorregar até o chão e rir feito o bobo que eu me sentia.


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