Little Soldier escrita por Ysmiyr


Capítulo 29
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

CUPCAKES
MDDS eu demorei demais com esse, eu sei. EU SEI. desculpem. Mas adimito uma coisinha: esse aqui foi reescrito umas cinco vezes. A versão original dele me parecia tão irrelevante que eu tive que mudar. E... eu acabei gostande dele! Isso é tão raro!!! udheudhuehduhedhuehduhedhuehduhe Bom, estejam preparadas para altas doses de glicose nesse capitulo. Se quiserem ler escutando Wild Word do Mr.Big, é por sua própria conta e risco(porque eu não sugeri nada. HU3)
PS: achoq ue faltam alguns comentarios para serem respondidos, mas eles serão, juro juradinho! ~é so eu parar se vadiar por ai e fazer alguma coisa que presta~ :P udheudhuheduheuhdhueduhed, ok, parei.
Sem mais,
ENJOY!!



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Já era de manhã quando Apolo nos deixou no acampamento novamente. Mesmo apesar de Átemis ter dito que ele podia ser irritante e convencido, ele não conversou muito com a gente. Mais como se ele falasse sozinho, respondendo as próprias perguntas e fazendo haikus esquisitos. Thalia parecia estar numa espécie de transe melancólico enquanto dirigia o carro, e Percy não parecia muito melhor.

–Annabeth?- Chamei quem estava mais próximo, desde que Hazel estava mimando Nico no banco de trás. Ela me olhou curiosa- Isso já aconteceu antes?-gesticulei em volta, e ela teve uma luz nostálgica nos olhos, antes de rir fracamente.

–Já. Faz uns anos... Foi na primeira guerra... -Ela me olhou significantemente, e eu entendi onde estava o meu contexto; Lutando contra o titã Crio na Batalha do Monte Ótris, e eles contra Cronos, em Manhattan. - Não foi como dessa vez; minha mãe me deu o posto de arquiteta do Olimpo e ofereceram imortalidade para Percy, mas os outros...-

–Oi?- Interrompi meio chocado- Imortali... Ah, isso é muita sacanagem. - Resmunguei e ela riu-É sério. Até o dia que Percy chegou, nós só sabíamos dos deuses por Octavian. -continuei e ela conseguiu rir mais algumas vezes, antes de me olhar novamente, parecendo preocupada.

–O que foi?-perguntei. Ela chacoalhou a cabeça e me ofereceu um sorriso amarelo( que eu não comprei) e engatou numa conversa sem sentido qualquer com Percy. Bufei e olhei pela janela. Parecia estar virando moda as pessoas esconderem coisas de mim.

(...)

Quando saímos do carro, eu corri para longe. Se eu escutasse mais um haiku, eu ia espancar aquele cara. Nico parecia sentir a mesma coisa, já que ele estava ao meu lado assim que pisei fora do carro.

–Hey. - cumprimentei, tentando não deixar aparentar o quando ele tinha me assustado, mas pelo brilho em seus olhos, ele parecia saber.

–Sabe, se você fosse bater nele, ninguém realmente iria te impedir. - Ele disse e não precisou explicar sobre quem falava.- Na verdade acho que até o chalé sete deve querer ajudar.- murmurou mais que para si mesmo, mas me fez rir mesmo assim.

Quando ele olhou para trás, tomei um tempo para realmente checar ele. O sobretudo agora estava aberto e mostrava suas roupas usuais, só que dessa vez, do tamanho certo. Ele não estava mais se afogando dentro das próprias roupas, coisa que eu até achava fofinho.

–Achei que seu pai tinha conseguido tirar a ‘’coisa’’- falei chamando a atenção dele e apontei para a roupa. Ele ficou vermelho e puxou o casaco fechado.

–Em parte. Afrodite se recusou a tirar a maldição, e meu pai só conseguiu reprimir metade.-Ele suspirou, parecendo cansado- Pelo menos não é mais roupa de mulher.-Deu de ombros, mas parecia realmente chateado.

–Não ficaram ruins.- falei contendo o impulso de enchê-lo de todos os tipos de elogios conhecidos pela humanidade. Ele corou em mais três níveis diferentes de vermelho e revirou os olhos, tentando fazer parecer que ele não tinha ouvido, ou que não se afetava.

–O que foi que você pediu?- Ele saiu com essa terrível mudança de assunto. Estaquei por um momento, sem conseguir raciocinar uma resposta falsa boa o bastante, mas aqueles olhos pretos e tão profundos me tiravam a concentração, o ar e tudo mais que quisesse ir junto.

–Hã... O que?- falei estupidamente, desistindo de tentar pensar quando o vento bateu jogando alguns fios por cima do rosto dele.

–O que foi que você pediu? Aos deuses.- explicou, achando que minha confusão vinha apenas disso. Olhei para trás por um instante só para piorar minha situação quando vi Percy me erguer os dois polegares em sinal positivo.

–Paz entre os acampamentos.- Soltei o pedido de Percy mesmo, torcendo para colar. E pela expressão no rosto dele, parecia que tinha colado.

Tão sua cara.– ele murmurou e eu sabia que não era para mim ter ouvido. Senti vontade de me bater por estar mentindo para ele.

–E você?-Perguntei, realmente curioso. Ele pareceu mais embaraçado do que quando peguei ele vestido de mulher. Espera, má escolha de palavras...

–Nada.-Parei de andar e o encarei como se ele fosse maluco. Coisa que me parecia muito plausível.-Não tinha nada... Que eu não pudesse fazer.- continuou, parecendo ainda mais envergonhado que antes.

–Mas Nico, eles poderiam ter te dado qualquer coisa.- frisei o qualquer para ter certeza que ele entendia meu ponto. Ele simplesmente me deu um sorrisinho amarelo.

–Hazel disse o mesmo. Mas tem certas coisas... Que nós não podemos interferir.- com essa eu teria caído sentado se eu não estivesse tão indignado.

–Mas eles te devem...

–Não devem nada a ninguém.-Me cortou com um tom forte.-Foi uma escolha dela.Era a vida dela. Ela podia fazer o que eu bem quisesse. E ela escolheu morrer como uma heroína. Não poderia nem pensar em tirar isso dela.- havia algo no tom dele; era uma tristeza justificada, mas uma culpa, como se não devesse se sentir triste. Era uma melancolia e nostalgia, mas também entendimento, aceitação. Quis sair correndo quando notei que havia me apaixonado ainda mais por ele.

–Isso é...Muito maduro da sua parte.- falei, realmente impressionado. Ele me olhou com uma expressão ilegível.- Agora entendo porque você sempre sabe de tudo.- Com essa ele riu e revirou os olhos.

–Não tudo.- de novo, ele não pareceu falar comigo, então tentei deixar passar.-E não é como se eu tivesse desperdiçado. Eu só não usei agora.- deu de ombros e eu comecei a me perguntar se ele era secretamente um filho de Atena.

–Hm... As cabines são para o outro lado.- Nico me cutucou de leve, o corpo virado na direção oposta a minha.

–Eu estava te seguindo.- falei bobamente e ele torceu a boca, numa expressão contraditória.

–É melhor você ir.- ele disse numa voz neutra que me irritava. Era o mesmo tom e a mesma expressão que ele tinha quando nos conhecemos; quando ele me evitava quase mais que evitava Percy.

–Por quê? O que você... Ah.- Compreensão e raiva me atingiram como um tapa de cada lado da cara, e eu precisei de um minuto para colocar minha cabeça em ordem.-Ah!

–Eu acho... Até mais?- ele sugeriu, um pouco de dúvida esperançosa nas bordas de sua voz.

– Você acha mesmo que eu vou deixar você ir embora?- perguntei monótono, cruzando os braços. Ele olhou para cima e respirou fundo.

–E você tem escolha?- retorquiu, voltando a me olhar. Franzi a testa e tentei me aproximar alguns passos.

–Para onde você está indo?- Dessa vez ele pareceu tão envergonhado em responder que eu realmente acreditei.

–Por aí. Tem muitos lugares que eu não conheço.- Encarei seus olhos negros que começavam a esfriar para o costumeiro tom de rocha, e não precisei de muito mais para tomar minha decisão.

–E nesse ‘’por aí’’ tem lugar para mias um?-Queria poder dizer que meu tom não deixava bordas para discussão, mas ele soou tão duvidoso que quis bater minha cabeça na árvore.

–...O que?- ele soltou com uma expressão de pura descrença no rosto. Tive que resistir ao impulso de me olhar na água para ver se tinha alguma coisa errada com minha aparência.

–Não que eu não ache que você seja capaz de se cuidar lá fora... Mas companhia é sempre bom... Não é?- soltei uma risada nervosa e quis engoli-la no segundo que a notei. Nico parecia que nunca havia visto coisa mais absurda na vida.

– Você está brincando?- soltou, dando a mesma risada nervosa e insegura que eu. Comecei a pensar que talvez fosse melhor deixá-lo ir e ter um tempo sozinho, mas as olheiras embaixo de seus olhos me faziam reconsiderar.

–Não. Nico, dois são sempre melhores para se proteger, e... Ter alguém com quem conversar. Alguém vivo.–Completei assim que o vi abrir a boca para protestar, meu tom mais submisso do que eu gostaria.

–Eu não sei quanto tempo eu vou ficar viajando, Jason.-Ele continuou negando, mas já havia uma brecha em sua certeza que me encorajou.

–E eu não exatamente tenho mais compromisso aqui, tenho?- consegui rir despreocupado dessa vez sem soar patético.- Vai ser legal, viajando pelo mundo e fazendo coleções de partes de monstros.- tentei soar animado. Ele me olhou com uma expressão óbvia que ele queria aceitar, mas como sempre, ele se impedia.

–Mas os seus amigos...

Nossos amigos.- Corrigi, avançando e pegando seus ombros.- Eles podem sobreviver sem minha radiante presença por um tempo, não podem?- Ele não conseguiu esconder o sorriso que começava a curvar sua boca para cima e se a gritaria não estivesse tão alta as minhas costas, eu poderia ter acabado o beijando, com toda aquela cena absurda de filme de romance clichê; praia, por do sol e vento e... Espera, que?

– Você tem certeza? Aposto que você consegue achar coisa melhor para fazer por aí que ir comigo via...

–Só de estar com você já vai ser melhor.-Soltei sem querer e quis me jogar no lago e me afogar nele. Nico corou um pouco, mas não pareceu entender o sentido por trás de minhas palavras. Às vezes eu queria saber com que moral ele chamava Percy de lerdo.

–Às vezes você consegue ser a pessoa mais irritante que eu já conheci.- ele resmungou, mas ele tentava a todo custo apagar o sorriso que eu via crescendo no canto de sua boca.

–Isso é um sim?-cantarolei. Dessa vez ele riu e apontou um dedo no meu rosto.

–Você tem dez minutos para fazer a mala.- Disse ainda tentando lutar contra o sorriso em seu rosto.

–Só preciso de cinco.- Retorqui e bati uma continência antes de sair correndo de volta a minha cabine. As três meninas que encontraram comigo no caminho ficaram cochichando sobre eu estar ‘’feliz demais para as circunstancias’’ mas nunca pude ligar menos.

Não quando Nico finalmente havia concordado em ter ajuda e suporte de alguém.

Não quando esse alguém era eu.


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