Little Soldier escrita por Ysmiyr


Capítulo 21
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY HEY HEY CUPCAKES
E ai gente, quanto tempo! Mas antes de voces começarem a reclamar da demora, olhem a quantidade de coments do ultimo capitulo. YEAH. Enquanto todos que lerem-ou pelo menos a maioria) nada de capitulo. Nõa faz sentido escrever para o nada!
Bem.
Sobre o capítulo, prestem muita atenção nas mensagem subliminares galera. E tenham hemorragias. Só para lembrar, desde que Nico saiu em missaõ com Reyna, faz mais ou menos tres semanas, ok? Muita cosia acontece em tres semanas.
EEEEEND outra coisa: se lembram dauqela fic canon que eu prometi? PSÉ, Ela está começada. YEY O/ Aqui o link para quem quiser:
http://fanfiction.com.br/historia/479995/The_Light_Behind_Your_Eyes/
And é isso, aproveitem suas hemorragias e COMENTEM. Ó.Ó
ENJOY!



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Quando saí do chuveiro- e admito que demorei muito mais do que deveria; mas vamos lá. Quase três meses sem um banho descente. - Nico estava sentado na minha cama, balançando as pernas, sem conseguir tocar nem a ponta de seus pés pequenos no chão.

Me encarou e me jogou um sorriso meio feliz, meio confuso e voltou seu olhar para o chão. Passei a toalha pelo meu cabelo mais uma vez e a joguei sobre meu ombro, abrindo o armário para pegar outra quando notei que os cabelos dele também estavam encharcados. Me sentei atrás dele, cruzando as pernas e começando a passar a toalha suavemente, sem pressa de terminar. Ele nem mesmo pareceu tenso, apenas suspirou e se fez mais confortável.

–Então?-perguntei após um tempo de silencio.

–Então o que?-ele murmurou sonolento de volta. Revirei os olhos.

– Vai me dizer por que esta com essa cara?- ele se virou para mim, fazendo a toalha felpuda raspar em seu rosto. Ele nem sequer se abalou.

–Percy veio falar comigo. - ele disse, parecendo estupidamente feliz, mas ao mesmo tempo, miseravelmente triste. Senti meu estomago dar um nó.

–E o que ele disse?- perguntei como se aquela resposta não fosse minha sentença de morte. Nico suspirou e me fez parar de secar seu cabelo, se virando para me encarar, seus olhos derramando sentimentos que ele jamais externaria.

–Eu não sei o que você disse para ele, mas... -ele disse para minha surpresa e riu.- Sabe... Voce não tem que ficar bancando minha babá o tempo todo. - ele disse, mas não tirou a mão de onde elas repousavam em meus braços. Meu coração deu um mortal e pareceu achar legal começar a correr. Limpei a garganta, me sentindo corar.

– Eu não disse nada. - menti bem mal, sem o encarar nos olhos risonhos.

–Claro, até porque ‘ Eu sei que você só precisa de alguém que escute’ é totalmente uma coisa não-você.- Ele disse e se endireitou na cama, sentando sobre as pernas e me forçando a o encarar, sem me dar chances para dizer nada, recolhendo minhas mãos entre as suas- Obrigado por tudo.-disse sincero, me olhando nos olhos, e eles estavam cansados, machucados, magoados; mas havia, mesmo que apenas nos cantos, uma beira de aconchego, uma faísca de felicidade. Sorri feliz sabendo que aquilo era por minha causa.

–Mas... - comecei, tirando o sorriso do rosto. Nico pareceu se agitar- Ele disse o que mais?- perguntei não realmente querendo a resposta.

–Ele... Disse que... Que...- Ele sacudiu a cabeça e apertou mais minhas mãos entre as dele- Basicamente, que me ajudaria sempre que eu precisasse, e pediu desculpas por... Tudo. - Ele repirou fundo e eu sabia que aquele era o limite. Mesmo que eu ainda tivesse milhões de perguntas diferentes correndo pela minha cabeça, Nico já estava cansado e traumatizado demais pelos últimos dias. E meus olhos choravam por descanso.

–Tudo bem. - balancei a cabeça e respirei fundo, tirando minhas mãos da sua para passar a toalha sobre o cabelo mais uma vez antes de jogá-la em qualquer lugar.

–Mas, o que você queria falar?- ele pediu limpando a garganta, parecendo querer perguntar alguma coisa.

–Isso pode esperar. Precisamos dormir. - respondi me virando para apagar a luz, pronto para dar boa noite a ele e passar a noite em claro pensando em milhões de coisas, mas as duas mãos de Nico segurando meu braço me fizeram gelar. Não apenas porque era ele e eu na minha cama, sozinhos á noite, mas porque as mãos dele tremiam descontroladas. Me virei preocupado.

–Jason... -estendeu a mão e passou de leve sobre minhas marcas sob os olhos pelas noites mal dormidas.-Duas semanas...-ele disse consternado e eu tirei sua mão do meu rosto forçando um sorriso

–Nada demais. - Ele fechou a cara e se levantou, irritado. Deu a volta na cama e apagou as luzes, voltando e se sentando escorado na cabeceira da cama. Mesmo no escuro pude ver o quanto o rosto dele estava vermelho quando me puxou para deitar em seu colo e passou a mão pelo meu cabelo.

–Pare de fingir que é sempre tudo bem, seu idiota. - ele resmungou- Voce mesmo disse que todo mundo tem pesadelos.- completou, mas ainda havia irritação em seu tom. Fique parado por alguns segundos, assimilando tudo que aconteceu, sem saber o que fazer. Depois não me contive e ri, passando os braços pela sua cintura e ajeitando melhor minha cabeça em suas pernas, me sentindo relaxado.

–Nico?- chamei quando estava quase dormindo. Ele respondeu com um som no fundo da garganta- Voce acha que um dia vai superar Percy?- o silencio que se seguiu foi longo, e eu já estava achando que ele não responderia, achando que foram meus sonhos que o fizeram.

–Talvez eu já esteja.

(...)

Na manhã seguinte, quando acordei sozinho embolado nos lençóis, me senti desesperado por um momento. Até escutar a porta batendo e os coturnos de Nico fazendo um eco seco no chão. Respirei aliviado e sacudi a cabeça para acordar. Tinha sido minha melhor noite de sono em semanas.

–Até que enfim, Pikachu. - a menção desse apelido desastroso, o encarei e notei-talvez um pouco presunçosamente- que ele parecia mais descansado também. Me espreguicei na cama e me deixei cair novamente nela, sem vontade de me levantar.-Eu vou ter que te jogar para fora?- ele perguntou andando até o pé da cama. O olhei com cara de piedade, coisa que fez ele rir e se sentar na beirada da minha cama, jogando os fios compridos demais do meu cabelo para trás.

–Não quero. - Resmunguei, coisa que fez ele rir mais ainda, e acordar com o som da risada dele era a melhor coisa do mundo.

–Hoje não tem como. Vamos, você perdeu o café e almoço, mas salvei esses para você.- me estendeu um saco pardo que só agora notei que ele carregava. Abri curioso e um cheiro forte de manjericão subiu, e eu sorri ao ver os pãezinhos de Nova Roma amontoados. Se tinha uma coisa que o Acampamento Meio-Sangue não poderia bater, era a padaria de Nova Roma.

–Vamos, se troca e vai comendo esses no caminho, estamos atrasados. - Nico me bagunçou o cabelo antes de se levantar. Meu coração pulou ao notar ele se sentando no sofá e cruzando as pernas, claramente me esperando. Tentei muito não sorrir feito um idiota, mas acho que não consegui.

–Atrasados para que, exatamente?- perguntei tentando tirar sua atenção de meu sorriso abobalhado. Ele suspirou e encolheu os ombros, parecendo velho e cansado.

–Reunião de Acampamento. - disse como se aquilo o irritasse. Balancei a cabeça sem entender sua recusa com aquilo, mas mesmo assim joguei as cobertas para o lado e rumei para o guarda roupa, não sem antes de pendurar um dos pãezinhos na boca.

–E Frank pediu para falar com você antes. - ele acrescentou um pouco depois, ainda parecendo irritado. Me Voltei para ele enquanto passava um pente no cabelo.

–Sobre?- Ele finalmente me encarou, seu olhar preso em minha mão por um instante, antes de sorrir e dar de ombros, desviando o olhar ainda sorrindo.

–Nem ideia. - franzi a testa e abaixei a mão, a luz que vinha da janela fazendo uma coisa em minha mão reluzir em prateado.

Subitamente, entendi porque Nico sorria.


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