Little Soldier escrita por Ysmiyr


Capítulo 17
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Bem, a ordem de postagem não era essa, eu sei. Mas é, eu não consegui esperar para postar esse. Porque agora é que a hsitória desanda ou se ajeita de vez! MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHHA
Enfim, sobre os comentarios: ou eu respondia eles ou eu psotava, e eu acho que voces preferem que eu poste, naõ é? .-. Bem, Outra coisa: Fic em reta final. É. Mais uns seis, sete capitulos e estamos fora. Sim, é triste.Sim, eu estou em depressão. T-T
E queria pedir desculpas pelo ultimo capitulo brochante. Ele está sendo reescrito. ^^
E bem, por agora deve ser só, espero que curtam o capítulo!
ENJOY!



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Quando eu acordei admito que me sentia envergonhado.

Todos já estavam de pé, amontoados numa roda em volta de alguma coisa e soltavam coisas aleatórias e sem sentido, como por exemplo: devíamos jogar no mar e eu não vi quando caiu.

Me levantei trôpego e cambaleei até eles coloquei uma mão no ombro de Percy para perguntar o que tinha acontecido e ele virou com pulo, só faltando cuspir o coração pela boca.

–O que... -parei minha pergunta ao notar que eles faziam roda ao redor de Nico, que estava acordado, mas com os olhos vidrados de um morto; murmurando alguma coisa parecendo tentar se acalmar. Um tremor se espalhou pelo meu corpo e eu tropecei para frente, me ajoelhando ao lado de Hazel. -Como ele...

–Está bem... Eu acho. Parece que está em choque. Não reage a nada. -ela suspirou triste e seus cachos balançaram junto de sua cabeça- Faz mais ou menos duas horas que ele está assim.- Disse sem eu precisar perguntar. Arregalei os olhos por um momento, surpreso por ter apagado por quase duas horas.

–É melhor vocês voltarem aos seus afazeres. Eu cuido disso. - falei colocando uma mão no joelho de Nico, cauteloso. Não houve mudança em sua posição, mas seus olhos me focalizaram, embora não parecesse me reconhecer. Admito que isso cutucou meu coração como se fosse ferro quente.

–Tem certeza?- Hazel sussurrou e eu acenei com a cabeça. Ela tomou uma respiração funda e se levantou, dispersando a maioria deles logo depois. Quando digo maioria é porque antes de eu fazer qualquer movimento, Percy se ajoelhou no lugar antes ocupado por Hazel e cruzou os braços.

Considerei o ignorar por um momento, mas então percebi que ele não sairia dali e então o encarei.

–Algum problema?-perguntei irritado. Ele me olhou de forma arrogante.

–O que te faz pensar que você consegue resolver isso? Se nenhum de nós conseguiu?- Ele pediu seus olhos me desafiando a responder. Senti uma veia pulsar em minha testa e não me lembro de ter me sentido tão irritado na minha vida. Como ele vinha me questionar como se tivesse o direito, depois de tudo isso?

–Eu não estou pensando. Eu vou resolver. - falei entre dentes. Voltei meu olhar para Nico e suspirei- Tenho que resolver. - murmurei ainda irritado. Encarei o garoto em choque e prestei atenção no modo que sua boca se movia.

Ela não formava sons, propriamente ditos. Eu apenas consegui pegar palavras soltas e sem conexão, como tell you, breath, darkness e Scordar, mas essa eu não tinha ideia do que significava. Percy falava alguma coisa e vez ou outra me cutucava, mas eu estava determinado a o ignorar completamente.

Nico precisava de mim para libertá-lo de sua própria prisão, criada por conta de Perseu. E isso só me deu mais vontade de virar a mão na cara dele.

Me foquei em tudo que eu podia da melhor forma que consegui com o idiota me cutucando e tentei juntar peças que formassem sentido para aquelas palavras. Mas eu não conseguia me achar dentro de meu próprio desespero o suficiente para isso.

O vento soprou forte e fez Percy cair sentado no convés. Junto dele, um perfume peculiar encheu o ar e subitamente eu me lembrei.

Engraçado como era sempre ela a resposta para tudo que abrangia Nico.

Limpei a garganta e puxei Nico para perto de mim, o escorando com meu corpo. Percy deve ter reclamado, mas eu simplesmente o desliguei. Respirei fundo e escutei com mais atenção, pegando de onde ele já estava. Por um momento esqueci de como eu cantava mal e tentei o meu melhor para não desafinar muito, e Nico parou de murmurar no primeiro verso. Por um momento me perguntei se isso estava ajudando, mas chacoalhei a cabeça e continuei, fechando os olhos me forçando a lembrar da música toda.

Se Cupido e Piper tinham me alertado sobre aquele sonho, então era isso que eu devia fazer.

Me sentia estúpido, mas não parei até terminar a música e quando abri novamente os olhos, Nico olhava ao redor meio perdido.Até encontrar Percy e então ele pareceu entrar em pânico. Na sequencia, ele me notou ali quando não conseguiu se afastar e ele me olhou diretamente nos olhos, como se estivesse lendo minha alma. E então ele relaxou e sorriu minimamente, parecendo saber exatamente o que eu tinha feito.

–Nico?-Percy chamou tocando o ombro dele, que pulou e o afastou com uma sacudida. - Ah vamos, você senta no colo ele e fica de frescura por causa disso?- Ele pediu e dessa vez eu juro que nem tentei me segurar e lancei minha mão contra o rosto dele com toda a força que eu tinha, descarregando algumas semanas de raiva mal engolida.

Nico tinha saído de cima de minhas pernas e agora me empurrava pelos ombros, tentando me fazer parar. Não diminuiu minha raiva, mas me impediu de avançar mais.

–Voce é maluco?- Percy gritou para mim e eu quis avançar e cobri-lo de socos até ele ficar inconsciente. Como ele falava daquele jeito com Nico, quando tudo que ele é agora, é culpa dele? Quando ele se isola porque tudo que ele não tem foi tirado por culpa de Percy?

–Voce... - comecei tão irado que nem conseguia formular alguma coisa. Queria pegar sua cabeça e esmagá-la contra uma parede.

–Grace. - o chamado seria facilmente ignorado em meu atual estado, se não fosse seguido de uma chave de braço sufocante que somente uma pessoa tinha. Engasguei e vi uma ponta de trança raspando no meu nariz. - Voce vai sossegar ou eu tenho que te jogar na água?- Reyna ameaçou apertando meu pescoço e eu engasguei e balancei a cabeça negativamente. Um segundo depois, conseguia respirar novamente.

–Então, é hora. - Nico murmurou me ajudando a levantar. O olhei sem saber do que ele falava e então me recordei o único motivo pelo qual Reyna ainda estava ali.

–Não. -Minha voz soou como uma criança com medo do escuro e eu quis me bater, me sentindo cansado de tantas mudanças sucessivas de humor. Nico suspirou deixando os ombros caírem.

–Leo? Voce pode trazer a estátua para cima, por favor?-ele pediu e se aproximou de Reyna, estendendo uma mão para ela. Os dois conversaram sem palavras por um momento, e então ela aceitou a mão que lhe era estendida. E num gesto que deveria ser de trégua e companheirismo, para mim pareceu uma sentença de morte.

–Nico... -sussurrei sentindo o ar me faltar. Reyna me encarou de seu costumeiro jeito analítico e eu sabia que ela tinha notado. Ela sempre notava.

–Preciso falar com você. - ele disse se virando para mim de súbito, pegando meu pulso e puxando para a beira da proa. Não me senti com animo nem para olhar para trás.

–Jason, eu... - ele me soltou e parou do nada, me fazendo bater com ele. Porém isso não pareceu o incomodar, só o fez balançar as mãos com mais rapidez. - Eu só queria dizer... Voce sabe... Hm. - Ele olhou para todos os lugares antes de suspirar e me encarar nos olhos.- Obrigado.-com essa eu arregalei os olhos e o encarei estupefato.

–Pelo que?-perguntei de forma bem idiota. Ele deu um sorrisinho e segurou minhas mãos entre as suas

–Por tudo. Por ter feito coisas que eu duvido que até mesmo Bianca faria por mim. Por ter sido meu amigo, ficado ao meu lado. - ele corou e evitou me encarar enquanto garguejava essas palavras. Pisquei algumas vezes e então sorri, soltando minhas mãos das dele e o agarrando num abraço apertado. Não pude deixar de me surpreender quando ele retribuiu com a mesma intensidade.

–Tudo bem. Amigos são para essas coisas. -murmurei contra seu cabelo, arrastando a palavra amigo.-Mas Nico, - chamei com o coração acelerado. Ele resmungou alguma coisa- Pode me prometer que vai voltar?-sussurrei. Ele se afastou um pouco e me olhou franzindo a testa.

–Voltar?

–Depois que tudo acabar. - Expliquei- Pode prometer que volta para... Me ver?-pedi meio envergonhado. Ele pareceu muito surpreso por isso, e tombou a cabeça para o lado e a expressão que ele fez foi realmente muito fofa.

–Te ver?

–É, e Hazel também. -tentei consertar.- Voce sabe, tem algumas pessoas que se importam com você.-dei de ombros, ainda sem o soltar.

–Nico! Está tudo pronto!- Leo gritou. Nós dois olhamos para ele momentaneamente e depois voltamos a nos encarar. Para minha decepção, Nico saiu do abraço e eu não pude fazer nada para mantê-lo nele. Com o rosto corado, tirou seu anel de prata de caveira e segurou minha mão, colocando-o na palma e fechando-a sem seguida.

–Eu volto. - ele disse firme.-Prometo que volto.- Ele sorriu de forma brilhante pela primeira vez e minhas pernas bambearam. Forcei um sorriso também, engolindo as lágrimas e lamentos que viriam quando ele partisse.

–Obrigado. -murmurei. Ele sorriu mais uma vez antes de se virar e correr para perto de Reyna.

Ergui a mão e encarei o anel em minha palma. Era pesado e gelado, mas mesmo apesar da caveira assustadora grafada nele, ele me pareceu lindo. O símbolo de uma promessa a longo prazo.

Levantei meu olhar e tive tempo de ver Nico me sorrindo uma última vez antes de sumir nas sombras levando consigo Reyna e a garantia de paz entre os acampamentos.

Mas mais do que isso.

Levando também uma parte de mim.


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