Little Soldier escrita por Ysmiyr


Capítulo 16
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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Eu juro que eu nunca me senti tão aliviado e feliz na vida.

Juro que nunca mais ficaria tão feliz ao ver um deus.

–O que você... -Dolos pareceu perde o chão e encarou Eros abobado. Cupido apenas sorriu e cruzou os braços, encostando-se ao mastro.

–Não faça essa cara. Pensei que ficaria feliz de me ver depois de todos esses éons. -ele comentou com um sorrisinho irritante.

–Voce!-Apate disse apontando um dedo em riste para o nariz reto de cupido. Podia ser coisa da minha cabeça ou ele tinha ficado mais bonito? Espera, o que?

–Ah, querida. -disse fazendo careta- Pensei que ‘ela fosse patética e irrritante demais’ Dolos.-Ele finalmente se desencostou do mastro e andou na direção do outro deus, afastando Apate com um leve movimento das mãos. Dolos empalideceu e engoliu em seco. Franzi a testa, começando a entender o que acontecia.

– Do que ele está falando, Dolos?-Eros riu e eu juro que a risada dele estava mais parecida com a de Nico. Pisquei algumas vezes, me sentindo tonto.

Mas antes que eu pudesse realmente raciocinar alguma coisa, Nico me puxou pelo pulso para longe deles. Podia ser loucura, contando que ele estava mal, caído em algum lugar, mas eu sabia que aqueles dedos gelados, mas ao mesmo tempo tão quentes para mim, eram dele.

–Nic... - Ele tapou minha boca com a mão e me olhou de forma assassina. Ergui minha mão livre em sinal de paz. Ele suspirou e me soltou indo falar com Annabeth. Trocaram algumas pouquíssimas palavras e ele se virou para mim e apontou para cima.

Ele não podia estar falando sério.

Eu estou. Anda logo sua ameba.

Tenho certeza que eu teria caído duro no chão por isso, mas logo notei que ele não havia falado nada, tanto em voz alta quando dentro da minha cabeça. Seria então fácil ler sua expressão? Franzi a testa e iria começar a divagar novamente e ele não tivesse se aproximado de mim e estendido à mão, um leve rosado tomando conta do alto das maçãs de seu rosto.

Demorei alguns segundos para raciocinar normalmente e tive que me focar na gritaria de Apate atrás de mim para tomar controle do meu corpo novamente. Escondi –muito mal e parcamente- um sorriso gigante e avancei para ele, passando o braço atrás de seus joelhos e o erguendo nos braços. Nico tapou a boca com uma mão e me socou com a outra. Dessa vez, apesar de tudo que acontecia a nossa volta, eu ri enquanto nos erguia no ar.

–Sua besta. - Nico sussurrou quando eu o coloquei equilibrado no mastro. Mas não parecia realmente irritado comigo. Sorri e voltei para o chão, tentado a permanecer lá em cima. Porque a situação embaixo era tão ridícula que eu preferia não escutar e não correr risco de rir.

Apate parecia a ponto de arrancar os cabelos negros de Eros-que eu podia jurar que não estavam tão compridos quando ele apareceu- e Dolos parecia sem saber o que fazer. Comecei a cogitar um triangulo amoroso. Por alguma razão, isso pareceu engraçado na minha cabeça.

Suspirei e meus olhos pegaram uma das mãos de Eros se movendo de forma circular enquanto a outra batia na coxa marcando um ritmo. Dei uma olhadela para Nico e ele fazia exatamente os mesmos movimentos.

Foi nessa parte que eu me dei conta que eu não deveria ter deixado ele sozinho.

Pois na hora que ele ergueu o braço, uma onda de escuridão se formou acima do navio. Não eram nuvens, não era algum objeto ou monstro. Era a escuridão dele. Pelo que parecia não havia mais domo inimigo no navio, mas um criado por Eros e Nico, trabalhando juntos. E cara, isso foi assustador.

E foi aí que notei o porquê de toda a preocupação e atenção dele para com Nico.

Pois da mesma forma que Juno havia me escolhido, Eros escolheu Nico.

E porra, isso realmente me assustou.

A nuvem negra ficou pairando acima de nós, parecendo fumaça, mas ainda mais intangível. E então eu escutei um grito. Agudo e agoniado. Outro de dor. Risos. Choros. Mais gritos. E eles aumentavam de volume, e começaram a vir acompanhados de palavras soltar e pedaços de frases. Todas sugerindo tristeza e infelicidade. Elas começaram a ficar insuportáveis e eu tive que usar toda a força que eu tinha-e até uma parte que u não sabia que tinha- para me impedir de levar minhas mãos para minhas orelhas, a fim de fazer o barulho parar. A razão me era desconhecida, mas eu sentia que eu devia passar por aquilo.

Mas isso pareceu somente piorar a situação. Agora flashes desconexos vinham junto das imagens de tortura, tristeza e infelicidade. Uma pior que a outra. Guerra, despedidas, mortes.

Olhei para o mastro e Nico estava pálido e suado, de olhos arregalados e movia as mãos como se tivesse uma baqueta nelas. A minha frente, Eros sorria sádico para os outros deuses. Encarei meus amigos e Annabeth se encontrava desmaiada, com os outros parecendo seguir quase o mesmo caminho; com mãos cobrindo seus ouvidos e olhos fechados, caídos de joelhos. Somente Hazel parecia aguentar aquilo indiferente.

E então, quando minhas próprias memórias começaram a serem remexidas, eu entendi o que Nico fazia. Ele estava invadindo a mente de cada um e tragando para fora todas suas piores memórias a fim de enlouquecê. E mais, parecia impor seus próprios sentimentos de dor e desespero na mente dos outros, instigando-os a insanidade. E dessa vez eu tinha certeza, que Cupido não estava o ajudando.

Algumas antigas memórias minhas começaram a voltar; coisas que eu gostaria de ter me esquecido. Uma após a outra, mas ao olhar para o mastro percebi que Nico estava tão assustado com esse poder quanto todos nós, e que se ele nos afetava não era porque ele queria. Por conta disso tentei de tudo para permanecer firme e ignorar as coisas ruins que se passava diante de meus olhos e ouvidos.

Eu não iria sucumbir quando ele precisava de mim.

(...)

As coisas após certa memória em particular ficaram mais difíceis de segurar. Não me impedi de cair de joelhos, mas ainda lutava para permanecer são e consciente. Apesar de não me recordar de quase nada.

Me lembro de Cupido e uma risada maléfica; seguida de alguns raios dourados se estourando para todos os lados. Lembro da sensação de desespero e agonia se tornando mais fortes, quase sufocantes. Lembro de Nico sangrando pelo nariz. De gritos ainda mais insanos e duas explosões fortes e tão quentes que achei que minha pele estava sendo separada de meus músculos.

Lembro de Nico chamando meu nome e de eu forçar meus olhos abertos, só pra constatar que ele acabara de cair duro ao meu lado, com a mesma palidez daquela última noite desesperadora.

Eros passou por mim raspando uma de suas asas em minha cabeça e disse algo como ‘bom trabalho’ e nada mais fazia sentido, e eu nem me recordava quem eu era.

Tudo escureceu e eu só tive tempo de ver o sol se pondo antes de apagar.


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Notas finais do capítulo

Então, estou de volta.
queria agradeçer os coments e eu vou responder todos qunado der, prometo, ok? Esse capitulo foi esquisito e broxchante, eu sei , mas se nao fosse, eu iria passar algumas semanas sem postar nada. Então, é me desculpem por isso.
De agora em diante, vou tentar manter uma ordem de postagem:
Lillte soldier> Garotas nao Entram> Our Sunset> Golden Era> Dance With me> Hear me(nova jasico a ser postada, aguardem.
então esperoq eu possam ser pacientes e compreender, pq ensino medio e foda viu T-T
Nõa se esqueçam, haverá lemon aqui, e é bom voces lerem as notas para poder ter o link dele. É.
E queria a opinião de voces pra uma cosita: o que seria uma cena romantica para voces? Andei tendo conversas com meus amigos e realmente é uma coisa que u ate agora nao tinha pensao muito a respeito e é bom saber.
Enfim.
Esperoq eu tenha dado pro gasto ^^
Até o próximo, que- provavelmente é a partida de Nico.
BYE