Skinny Love escrita por Queen


Capítulo 13
Welcome To My Life.


Notas iniciais do capítulo

Heeeyyyyyyy.
Cara que medo eu to de vcs, credo, me deram cada bronca nos reviews em relação ao capitulo passado que deu até medo. Queridos, o Jason não tá morto! Eu hein, não sou tããão mal assim.

Então, gostaria de agradecer a tds os reviews, vou tentar responder quando o meu teclado de merda começar a funcionar, pois ele tá com problemas.

GENTE VCS FICAM ME IGNRAND SEUS CU, PASSEM WPP GNT, PASSEM SEUS WPP SJKDHJISHDS AFFE. EU HEIN.

Capitulo dark, cheio de loucuras e uns paranaues aí, nem tds irão gostar, enfim. Boa leitura. To postando rapido assim pq já tava pronto hehe. Não tá muito bom porcausa das loucuras, mas tudo bem.



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Eu não conseguia pensar. Eu não conseguia respirar. Eu não conseguia raciocinar. Eu não conseguia sentir. Todos nós dizemos que o pior sentimento do mundo é a dor, mas não é, o pior sentimento é não poder sentir nada.

Minha cabeça doía e meu corpo estava cansado, mas eu continuei ali, sentada naquele banco desconfortável encarando os ponteiros do relógio na sala branca. Lembro-me de ter visto Luke chegar, ficar um bom tempo ao meu lado e depois desistir de tentar me trazer a realidade. Lembro-me de Reyna, chorando tentando entrar na UTI. Lembro-me de ver a Annabeth chegar, me abraçar e logo depois ir embora. Lembro-me de minha mãe andar de um lado para o outro pela sala e lembro-me da mulher de preto. Encarando-me pelo outro canto da sala. Lembro-me de tudo o que for possível. Mas eu não estava nada bem. E isso fazia tudo parecer tão irreal. Tão alucinatório.

Mais ou menos cinco horas (sim, eu havia madrugado olhando para aquele relógio) Piper apareceu. Vê-la me deu uma raiva inexistente e assim que ela terminou de abraçar a minha mãe e vir com uma cara culpada em minha direção, eu a enforquei.

Isso mesmo. Enlacei minhas mãos ao redor do seu pescoço e apertei o mais forte que consegui. Piper começou a perder a cor e enfraquecer, minha mãe pediu por socorro e dois enfermeiros me separaram de Piper, que tossiu e me olhou incrédula.

– Eu odeio você! Odeio! A culpa é sua! Ele estava parado naquela rua idiota com o celular na mão, ligando pra você, pra dizer que te ama e olha só que merda aconteceu! Vadia. Eu odeio você. Argh.

Fui em sua direção novamente com as unhas expostas, pronta para mata-la de vez, porém os enfermeiros me impediram, arrastando-me para outra sala, com minha mãe ao meu lado, olhando-me com reprovação. Não era por mal, ela sempre quis ter uma filhinha igual a Piper, mas ela nunca terá, nunca.

Depois do ocorrido deram-me dois comprimidos e eu voltei a encarar o relógio, duas horas depois um médico apareceu, com uma cara de enterro.

Já me preparava para o pior.

– Sra. e Srta. Grace?

Levantamos e minha mãe começou logo a chorar.

– Ele... Ele morreu?

O medico olhou para baixo e respirou fundo.

– Não. Mas ele perdeu muito sangue e bateu a cabeça em algo na hora do acidente, acho que em uma pedra ou na quina da calçada, e isso fez ele ficar em coma.

– Coma – sussurrei baixinho, não conseguindo acompanhar todas as suas palavras.

– Podemos vê-lo?

O médico assentiu e começou a andar, fomos atrás dele. Depois de varias curvas em vários corredores no hospital chegamos ao quarto trezentos e quarenta, ele abriu a porta calmamente e deixou que nós passássemos primeiro.

Deixei minha mãe ir na frente, observei primeiro o quarto. Tão grande. Tão cheio de maquinas e cheiro de morte. Senti um arrepio na espinha e então olhei para a maca.

Jason estava com a aparência pálida, respirando com a ajuda de maquinas. Olhos fechados como se estivesse em um sono profundo. Sentei-me na poltrona e minha mãe sentou-se no canto da maca, acariciando o rosto de Jason.

– Ele vai ficar bem, não é? – Minha mãe perguntou chorosa e o doutor ficou apreensivo – Não é mesmo?

– Não sabemos. Ele está em um estado grave de coma, que os especialistas chamam de coma vegetativo. Ele poderá acordar agora mesmo, amanhã semana que vem, mês que vem, próximo ano ou... Nunca.

– Nunca? – perguntei com a voz rouca. Pouco me importando em estar falando com tanta gente depois de tanto tempo.

– As chances são grandes, como eu disse, e se ele chegar a acordar, é possível que tenha perdido a memoria. Eu sinto muito.

O Dr. saiu do quarto e minha mãe desabou a chorar. O impressionante é que eu não havia derramado uma lagrima sequer até aquele momento, de repente passei a achar tosco chorar. Passei a achar desnecessário.

Eu queria poder abraçar a minha mãe, socorre-la, fazer com que ela acreditasse que tudo ficaria bem, mas eu não posso, eu não posso ter o mínimo contato com ela. Sinto que ela não é minha mãe, nasci na família errada, na vida errada.

– Isso é culpa sua – Minha mãe falou depois de um longo silencio – Sua. Se não fosse por você ele não teria saído do shopping aquela hora, ou ficado no meio da rua fazendo um ato de amor, a culpa é sua, a culpa é sempre sua. Primeiro você tira a única pessoa que eu fui capaz de amar, e agora quer tirar o meu filho também? Monstro. Você é um monstro. Você é quem deveria ter morrido naquela noite, ficado debaixo daqueles dois caminhões, não Zeus. Você é quem deveria estar morta. Não iria fazer falta a ninguém. Ninguém se importa com você, sabe porque? Porque você é uma nada.

Aquilo machucou bastante. Foi como varias facas perfurando o meu corpo. Foi como ser jogada em ácido. Doeu. Doeu. Doeu a ponto de eu começar a sentir algo.

Mas não o suficiente.

Apenas levantei-me, murmurando para mim mesma que ela apenas estava fragilizada, que nada daquilo que ela me disse era verdade. Em uma consulta com a Dra. Jackson ela me ensinou a suportar o que as pessoas dizem e não me importar. Eu estava começando a fazer aquilo.

Fui para a lanchonete do hospital e comprei uma garrafa de agua, sentei-me em um banco e logo depois vi a mulher de preto entrar na lanchonete. Ela comprou um halls e então nossos olhares se cruzaram.

Ela era alta. Vestia um vestido preto que ia ate os seus joelhos e uma jaqueta de couro por cima. Passava uma sensação de medo e frio. Ela era pálida, cabelos grandes ondulados e os olhos negros como a noite.

Começou a caminhar em minha direção e eu não sabia exatamente o que fazer.

– Posso me sentar aqui? – Sua voz era calma. Como se ela soubesse exatamente escolher as palavras a dizer. Dei de ombros.

Então ela se sentou. Bem próxima. E nossos braços se tocaram.

Senti um misto de sensações ruins. Medo, angustia, dor, sofrimento, perda, tudo. E vi varias coisas também: vi meu pai morrendo, Jason sendo atropelado e um cemitério com a sepultura de uma garota.

Arregalei os olhos e me afastei um pouco dela. Talvez isso tudo tenha sido apenas coisa da minha imaginação. Ele chupou uma bala de halls e me ofereceu uma, neguei e ela revirou os olhos.

– Qual é! Eu sei que você sente muita vontade de chupar essa balinha, mas só de imaginar em como é doce e pode engordar você se recusa, mas, vamos lá, só uma vez não tem nada de mais.

Que papo louco era aquele? Ignorei e peguei a balinha de sua mão, mordi um pedaço. Ela estava ferindo meu orgulho, então eu precisava mostrar que não me importava.

– E então, qual seu nome?

Bufei e revirei os olhos. Que entrosada.

– Vai, fala, cara pálida.

– As pessoas costumam me chamar de cara de pinheiro, mas cara pálida é algo novo.

– Cara de pinheiro? Tsc tsc, que sem criatividade. Então, qual é seu nome?

– Thalia e o seu? – Qual é, eu estava começando a gostar de me socializar com as pessoas, então estava pondo em pratica tudo que Luke e Dra. Jackson haviam me ensinado.

– Thalia significa em grego “viçosa” “verdejante”“ a que floresce" ou "a que brota" ou seja, arvore, então cara de pinheiro se aplica bem a você. Meu nome é Eme.

– Eme?

– É, por enquanto é Eme

Que tipo de pessoa tem um nome desses? Puf. Olhei para seu rosto e vi que ela olhava para meus coturnos, cara, essa Eme me era familiar.

– Acho que te conheço de algum lugar, Eme.

–Ah sim, claro que conhece. Encontremo-nos muitas vezes, e da ultima você não estava em um estado muito...bom.

– Perdão?

– É, você não se lembra – ela revirou os olhos como se estivesse decepcionada – Dia 22 de outubro. Madrugada. Três e quarenta e cinco. Dois caminhões enormes. Uma caminhonete com duas pessoas discutindo. Duas fortes buzinas. Um impacto. Uma morte. É, acho que você estava muito horrorizada para se lembrar de mim.

Meu corpo paralisou. Senti cada músculo do meu corpo se contraindo. Cada molécula trabalhando fortemente. Senti dor. Senti desespero.

Eu finalmente... Senti algo. E era algo ruim, ruim para caralho.

Como diabos essa garota sabia sobre isso?

– Mas que merda é essa que você tá falando?

Eme riu e colocou a mão sobre o queixo, me analisando, deu outro sorriso e soltou:

– Nos encontremos a muito tempo atrás. Você estava brincando de pega-pega com os meninos, corria feito uma louca em cima da calçada, decidiu atravessar a rua para fugir de ser pega por um garoto que estava atrás de você. Mas assim que você pôs os pês na calçada, do outro lado da rua e ele estava no meio, uma moto o atropelou. Morreu dois dias depois no hospital.

Eu lembro disso. Tinha oito anos, era meu vizinho Dave, lembro-me de ter ficado dias mal, toda a vizinhança de luto. Ele se foi tão cedo.

–Teve outra vez também, que eu considero até interessante, você tinha uns treze anos, estava na casa da sua avó, e ela do nada teve um ataque cardíaco, e você ficou desesperada sem saber o que fazer, pedindo por socorro e ligando para o pronto socorro enquanto ela se contorcia de dor. Ela morreu lá, sozinha, naquela cama. Sua alma era tão delicada, tão leve, tão inocente como a de um recém nascido. Eu a segurei em meus braços, beijei seu rosto e olhei para você. Você não me viu, mas sentiu a minha presença. Você sempre sente a minha presença. Eu sou o seu mistério. O enigma. Eu sou a Morte.

Eu poderia ter rido, ter revirado os olhos e ignorado, mas tudo o que fiz foi fechar a minha mão em punho e socar a cara daquela garota.

– Quem você pensa que é sua vadia? – Gritei preparando-me para lhe dar outro soco e ela apenas ria – Vir aqui falar essa baboseira em um momento como esse?

Antes mesmo de que eu lhe desferisse outro golpe senti uma mão delicada em meu ombro e olhei para trás. Uma enfermeira baixinha meio gorduchinha me olhava brava.

– Srta. eu receio que você deve ir para casa. Por ordens da sua mãe. Você esta cansada e gritando em uma área que deve ser silenciosa, você deve ir.

– O que? Você está me expulsando? – a mulher assentiu e eu grunhi – Mas essa vadia do caralho tá falando umas merdas nada haver e...

A enfermeira me olhou apreensiva.

– Que mulher?

– Essa! – apontei para Eme, que estava de pernas cruzadas massageando o rosto onde eu havia dado um soco.

– Desculpe eu não estou vendo nada. Como eu disse, espero que fique tudo bem. Volte para casa agora. Se não vou ter que chamar os seguranças.

– Mas...

– Sem mais.

Bufei e lancei um olhar raivoso para Eme. Comecei a andar em direção a saída, ouvi ela dizer um "Nos vemos em breve!".

***

Sai do hospital e fiquei vagando pelas ruas sem rumo. Depois decidi que deveria ir pra casa. Andei alguns metros e entrei em um beco.

Sabe aquela sensação de que você está sendo observada? Então, eu estava sentindo isso, e parecia que alguém estava me seguindo. A todo instante eu olhava apara trás. Cruzei os braços e bufei, saindo do beco. Ao descer uma calçada de escada, escutei alguém sussurrar meu nome ao pé do meu ouvido. Olhei para o lado e senti alguém me empurrar.

Caí de cara no chão. Não pude nem ao menos usar as mãos como apoio. Senti um gosto de metal na boca, havia machucado a bochecha. Levantei-me pronta para dar uns bons tapas em seja lá quem for que tivesse me empurrado, mas ao ficar em pé e olhar para os lados não vi ninguém.

–Talvez seja coisa da minha imaginação – Pensei.

Andei mais quatro quarteirões até que ouvi, dessa vez mais próximo "Thalia Asher Grace". Olhei para o outro lado e, adivinha? Fui empurrada novamente. Só que dessa vez cai de costas, fazendo com que todo o meu corpo sentisse o impacto. Reprimi um gemido.

Levantei-me novamente, dessa vez me limpando e olhando para todo os lados, a rua estava vazia. Andei três passos e ouvi chiados, seguido por varias vozes sussurrando "Thalia Grace".

Fechei os olhos.

Eu estava tendo um surto.

Eu esta a voltando a ter os malditos surtos. Os malditos ataques de psicose.

–Calma. Respire. Lembre-se do que você aprendeu na aula de psicologia. Não é real, não é real, não é real – sussurrei com os olhos fechados, ouvindo os chiados e sussurros diminuir – Isso. Tá acabando... Agora é só abrir os olhos e tudo ficara bem.

Abri os olhos lentamente. Me deparando com um céu bastante azul, um vento forte contra o meu corpo e lobos.

Soltei um grito e olhei ao redor. Eu não estava na Califórnia, eu uma rua pouco movimentada. Eu estava na beira de um penhasco, com um vento forte contra o meu corpo e quatro lobos pretos na minha frente com os dentes afiados expostos.

Olhei para trás. Em três passos eu caia.

– Calma Lia. Isso não é real, não é real, não é..

O lobo rosnou, dei um passo para trás.

Estava decidido. Ou eu morreria pulando do penhasco ou eu seria comida por lobos. A primeira opção parecia melhorzinha. Os lobos vieram em minha direção e eu dei dois passos para trás. Mais um e eu cairia. Olhei para trás, para abaixo do penhasco a procura de mar, mas tudo o que vi foi uma densa neblina.

Os lobos rosnaram. Fechei os olhos. Era a hora.

– Isso não é real. – Sussurrei ao dar um passo para trás.

O lado bom nisso é que eu iria cumprir um dos meus sete desejos.

Meu grito ficou estridente à medida que eu caia. O vento forte contra meu corpo, meus cabelos ao vento e minha visão embaçada. Fechei os olhos novamente e então o vento cessou, a dor parou, a sensação de estar caído foi se esvaziando.

Então abri os olhos. Eu estava de volta á Califórnia. O sol raiando contra o meu rosto.

– Malditos surtos. Maldita Psicose. – Murmurei voltando a andar.

As pessoas começavam a sair de suas casas. Era cerca de sete horas. Algumas crianças iam para a escola. Pais iam ao trabalho. A mesma coisa de sempre. Só eu me diferenciava ali. Uma garota punk sem proposito, perdendo todos que são realmente importantes para ela.

Faltando uma quadra para a minha casa, voltei a ouvir vozes. Então corri. Corri como nunca tinha corrido antes. Abri a porta da minha casa e fechei rapidamente, entrando e sentando no terceiro degrau da escada. Tampei meus ouvidos.

Juro que vi o raio do sofá se movendo. A TV ligando sozinha. Sombras. Vozes.

Olhei ao redor com um nó na garganta, sabia que nada daquilo era real, mas parecia tão real, tão verdadeiro.

"Você é uma nada" ouvi a voz da minha mãe "Era para você ter morrido naquele acidente. Você"

Fechei os olhos e me encolhi, colocando a cabeça nos joelhos. Eu sabia que os moveis estavam se movendo. Encolhi-me mais ainda.

"Você é a culpada" a voz da minha mãe parecia que estava enjoada "você me da náuseas. Você não é importante para nada nem ninguém. Você é um desgosto. Um estorvo"

Antes mesmo que as lagrimas começassem a escorrer pelo meu rosto levantei-me e corri para meu quarto.

– Malditos surtos! – Gritei fechando a porta e janela. Correndo para a cama assim que vi a porta do meu guarda roupa se abrindo – Malditos. Malditos. Calma. Respira. Não é real. Calma.

Quando eu tinha treze anos, logo após a minha avó morrer, passei a ver e ouvir coisas. Sabe toda aquela historia de amigos invisíveis? Aqueles amigos inexistentes da sua imaginação? Amiguinhos imaginários? Eu tinha. E eles pareciam tão reais. Eles viviam ao meu lado e quando eu falava deles para alguém, esse alguém dizia não os ver, mas eles estavam ali, eu sempre soube que eles estavam ali.

Depois comecei a ver moveis se moverem. Eu via as portas e gavetas se abrindo sozinhas, e logo depois que piscava os olhos fortemente as coisas voltavam ao normal. Moveis aos seus lugares, quietos, intocáveis.

Depois, vieram os surtos. Os gritos. Os sussurros. Eu gritava do nada. Puxava meu próprio cabelo. Arranhava-me. Quebrava coisas. E... Não via. Simplesmente acontecia, e depois, quando passava eu percebia o que eu havia feito.

Então, meu pai me internou em um hospício com quatorze anos. Fiquei um ano lá, fazendo um tratamento de merda ao qual eu nunca soube se realmente estava curada ou não. Sete meses depois eu sai do hospício, pois eles acreditavam que eu estava "curada" e então veio toda a minha fase de rebeldia. De qualquer maneira, desde os quatorze anos, eu nunca mais tive surtos, nunca, e agora eles começaram do nada.

–Não é real. – sussurrei com os olhos fechados debaixo das cobertas.

***

Não sei dizer exatamente que horas eu acordei, se é que eu dormi, pareceu que foi apenas segundos. De qualquer maneira, ao abrir os olhos, tudo estava quieto e silencioso. Lentamente fui saindo das cobertas, atenta a qualquer barulho.

Sentei-me na cama e olhei ao redor: livros bagunçados. Cds quebrados. Roupas espalhadas. Gavetas fora do lugar. Tudo uma zona.

Era difícil acreditar que eu tive um surto. Quebrado tudo. Acabado com tudo.

Sai da cama e avaliei meu corpo: machucado. Joelhos ralados. Braços com cicatrizes de unha . E ao olhar no espelho vi uma cicatriz na minha bochecha, acho que a ganhei ao cair no chão pela primeira vez. Meu cabelo estava um completo ninho de rato.

Suspirei e fui em direção ao banheiro, peguei uma toalha e abri a porta.

Eu poderia ter entrado. Poderia ter tomado um banho e arrumado meu quarto para que minha mãe não percebesse. Mas o que eu fiz?

Corri.

Isso, eu corri, desceu as escadas e abri a porta da rua. Por que? Bem, digamos que novamente, eu comecei a ouvir vozes. Antes de sair de casa olhei o relógio: duas da tarde.

Por quanto tempo eu dormi? – questionei ao fechar a porta – Melhor, por quanto tempo durou o surto?

Passei pela cadeira de balanço como um jato, pisei no jardim e passei pela cerquinha de madeira, olhando para trás e checando se nenhuma alucinação me seguia.

Ao passar pela cerca não observei por onde eu andava, fazendo com que eu tombasse em um corpo. Um corpo humano, um corpo real.

Ao sentir aquele cheiro amadeirado e amaciante de lavanda que vinha dele, enlacei meus braços em seu pescoço. E daí que eu estava com a aparência horrível? E daí que minha sanidade mental estava a pior? Ele iria me ajudar.

– Thalia? - Luke perguntou apertando minha cintura – Está tudo bem?

– Socorro. – Isso foi tudo o que fui capaz de dizer.


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Notas finais do capítulo

Gente e essa criatura aí que se diz ser a morte? sjkdhjksds lol.
Então, gostaram? Espero que sim. Beijos e abraços, to cm sono, mt sono, enfim, tchau.
Não esqueçam que reviews me ajudam a escrever, então continuem mandando.

Reviews? Criticas? Elogio? Recomendaçoes? Lets go!

~Queen