Skinny Love escrita por Queen


Capítulo 12
Asleep.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Eu amo vocês, vocês sabem né? Então, por favor, não me matem, please!
Vou começar pedindo desculpas pela demora, em parte eu não postei porque esses dias eu tenho estado com uma preguiça do caralho, minha net ta bugada, to na casa da minha avó por que meus pais estão viajando e aqui não tem wifi (na verdade, nem na MINHA CASA tem) e NEM TV GENTE, AQUI NÃO TEM TELEVISÃO. Só tem o note da minha tia e eu tenho vergonha de pedir ela pra mexer, porem esses dias ela tem deixado eu mexer bastante e assistir Once Upon a Time, o que é uma maravilha, e ela tem que deixar eu mexer mesmo porque a) a internet do modem é minha, EU que pago essa birosca e b) meus pais chegam segunda feira de viajem.
Outra coisa que atrasou também foi a escola, cara, que saudades do ensino fundalmental, saudades chegar cedo em casa, saudades ter tempo pra dormir, muitas saudades.
Maaasss enffiiimmmm, aqui tá um capitulo fresquinho para todos vocês. Gostaria de agradecer há todos que comentaram e GENTE EU GOSTO DE REVIEWS GRANDES. ENTÃO SE VOCÊ É UMA PESSOA QUE MANDA REVIEWS GRANDES ENTÃO MANDE UM ENORMEEEEEEE PRA MIM SEU PUTO (A). TE AMO.
Tá, e querida Lia (que agora é Lucy, essa vaca mudou o nick) desculpe errar seu nome, foi sem querer, tsc.

Capitulo destinado há gata maravilhosa Frozen e a minha mana linda perfeita Nowhere, amo vocês.

E, ah, eu vou criar o grupo do wpp gente! Me deem seus numeros please!

Enfim, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437252/chapter/12

Sabe o que é pior do que ter uma overdose? Ter um irmão mais novo pagando de mais velho com medo de você ter outra overdose.

Assim que cheguei em casa Jason ficou bravíssimo, além de dar um piti dizendo que eu deveria ter avisado antes de sair, e que em hipótese alguma eu deveria sair com o Luke, pois para ele Luke tinha uma parcela de culpa por aquela noite.

Então, apenas fui para o meu quarto tentcar pensar em qualquer outra coisa que não fosse Luke, Annabeth ou o grupo de apoio, mas o que encontro lá? Leo. Sentado na minha cama de pernas cruzadas ordenando eu tirar a roupa e fazer estripe pra ele. Tudo o que fiz foi andar até ele, puxar o seu ouvido e tira-lo do meu quarto.

Fiquei ocupada com pensamentos estranhos, mofando enquanto olhava para aquela macha horrenda de queijo quando Jason bateu na porta avisando que iria ao shopping. O que significava que eu era obrigada a ir, já que ele deveria ficar de olho em mim.

– Porque a Lia vai com a gente? – Leo perguntou colocando o cinto e me encarando.

– Porque ela agora é uma drogada. Temos que ficar de olho nela.

Dei meu sorrisinho debochado para os dois e fiz minha melhor pose de "fuck yeah".

– Então vamos ter que arrastar ela pra todo canto? – Leo perguntou incrédulo totalmente dramático – Tipo um animal de estimação grudento?

– Exatamente.

Revirei os olhos com sua resposta e então fomos para o shopping. Durante o percurso eles fingiram que eu não estava ali, e eu precisei me lembrar de agradecer a eles depois, pois não estava com paciência para suportar certas idiotices.

Chegamos em mais ou menos vinte minutos, e cara, não recomendo ir para shoppings com a companhia dos garotos. Porque, primeiro: eles não falam ou fazem nada de interessante. Apenas ficam circulando por todo o shopping e segundo: eles paqueram com toda biscate que dá mole pra eles. Todas.

Depois de ficar éons andando de lá para cá no meio dos dois, Jason e Leo decidiram assistir a um filme. Então fomos até o cinema no terceiro piso.

Decidir qual filme assistir foi outro problema. Por mim poderíamos assistir qualquer um, mas Leo queria algo de terror e Jason ação. Depois ambos olharam pra mim e decidiram que iriamos assistir “Tá Chovendo Hambúrguer 2”

Sim meu caro leitor, um filme de desenho animado que eu já havia visto com a Annabeth e planejava ver com a Samantha, além de que o filme iria sair de cartaz no fim de novembro, ou seja, na semana seguinte. E então, meio relutante, fui assistir o raio do desenho com aqueles dois babacas.

Leo sentou-se ao meu lado e Jason na outra poltrona. Tinha poucas pessoas na sala, cerca de oito ou onze, todos espalhado pela sala.

Quando o filme começou fiz de tudo para prestar atenção, mas como já havia visto não me dei ao trabalho de rever e sim ficar brincando com o saco de pipoca do Leo, que estava tão concentrado no filme que não percebeu quando roubei seu saquinho.

Mais ou menos na metade do filme, quando aquele morango lá do capiroto começou a fazer umas loucuras, me remexi inquieta, fazendo com que meu cotovelo batesse no braço do Leo. Ele me encarou por cima dos óculos 3D, como se só agora percebesse minha presença. Depois de uma troca tensa de olhares ele apenas tirou o saquinho de pipocas da minha mão.

Aquilo acabou com a minha diversão, literalmente. Tirei os óculos 3D e comecei a brincar com eles, tentando de alguma forma quebrar a lente. Eu parecia uma criança, sacudindo aquilo e batendo na cadeira, totalmente frustrada.

Acabei desistindo e decidi observar as outras pessoas da sala. Meus olhos varreram todas as poltronas e vi quem estava ali: Uma mãe ao lado de duas crianças. Jason alone no canto da sala com os pés na outra poltrona. Um casal e um grupo de amigos.

Minha atenção ficou presa no casal, se beijando. E só então parei para pensar na última vez que beijei um garoto. Então fiz as contas: Charles havia aparecido dois meses depois que meu pai morreu, há dois anos atrás. Namoramos por quatro meses e ele me tirou um pouco da depressão, e logo após teve que ir para a faculdade. Entrei na depressão de novo. Participei da peça da escola como figurante com papel de emo, mas no último momento tive que beijar um garoto. Tá, isso foi no começo do ano. E, é, desde o começo daquele ano eu não havia beijado mais ninguém.

Suspirei e decidi continuar olhando para o casal, pois de certa forma eles estavam me tirando do tédio. O casal pararam de se beijar e se encararam, e nesse minuto a luz da tela ficou mais forte e eu vi quem era o garoto.

Eu reconheceria aquela cabeleira loira cor se areia a milhões de distância. Mas o que me surpreendeu foi quem estava ao seu lado, puxando o decote mais para baixo para ressaltar os seios.

Ah, sim, o garoto era meu querido melhor amigo, Luke Castellan, de agarro com a Annabeth Chase. Minha não- tão-melhor-amiga.

Eles voltaram a se atracar novamente e eu senti um bolo no estomago, eu iria vomitar. Virei a cabeça para o lado e respirei com dificuldade, meus olhos ardendo. Não fazia a mínima ideia porque estava com aquela reação, poderia no ser nada de mais, só que eu senti um incômodo ao velos ali, juntos.

Soltei um suspiro forte apertando o pescoço, para tentar fazer aquele aperto no garganta passar, meu cotovelo bateu no ombro de Leo e ele olhou preocupado para mim.

– Está tudo bem? – ele perguntou e eu assenti engolindo em seco – tem algo que eu possa fazer para acabar com essa sua careta estranha?

– Me beija.

– O que?

– Me beija. Olha, estou aqui no tédio, sem ânimo para viver, acabei de presenciar a pior cena da minha vida, e estou precisando de um beijo, então acho que você pode...

Parei de falar ao sentir seus lábios finos contra os meus. Sua mão direita foi até a minha nuca e puxou-me para mais perto, tudo o que fiz foi segurar seus ombros.

Vai. Me lixa. Me julgue. Você que não gostou disso atire a primeira pedra. Eu não ligo.

Não senti nada enquanto nos beijávamos. Nada. Sua língua exploravam minha boca e eu não sentia prazer nenhum, nem mesmo um friozinho na barriga ou arrepio.

Eu precisava sentir algo, precisava acabar com aquele vazio no meu peito.

Quando nos separamos olhei bem para o seu olhar. Ele estava tão feliz, como se me beijar fosse uma conquista, e eu, aparentemente estava com minha melhor pose de quem não se importa. Olhei para o lado e vi Jason com o rosto meio avermelhado e uma sobrancelha arqueada, como se ver seu melhor amigo beijando sua irmã mais velha fosse um absurdo. Talvez fosse mesmo.

Quando o filme acabou deixei que o novo casal perfeito (olha a ironia) saísse primeiro. Eu não queria ser vista, então logo depois me juntei a Jason e Leo.

***

Sabe eu realmente não recomendo andar com dois garotos. Não que seja ruim, eles até tem uns papos legais, mas eles andam de mais. Sério, eles andam mais do que duas patricinhas em uma loja de roupas. Depois de sairmos do cinema fomos há uma loja de vídeo game. Nunca tive técnica para jogar e nunca me interessei em ter, mas Jason e Leo eram dois losers viciados.

Andei pela loja e eles compraram cerca de três jogos ou mais. Depois fomos há uma loja de esporte. Fiquei na porta de entrada com os braços cruzados esperando eles finalmente comprarem a bola de basquete. Quando saímos observei que eles tinham várias sacolas nas mãos e eu não, eu precisava comprar algo, então entrei em uma loja de cds, andei por toda a loja e sai de lá com quatro sacolas: comprei dois CDS, OneRepublic (o meu já estava velhinho, precisava comprar um novo) e The Pretty Reckless. Três camisetas: Arcitc Monkeys, Green Day e Nirvana.

Agora eu não precisava mais babar pelas camisetas do Luke. Haha.

– Existe mais algum lugar que devemos ir, mas eu não tô lembrando – Jason falou pensativo –Tem haver com a escola, acho.

– Cara – Leo revirou os olhos. Tínhamos acabado de sair da loja – Você passou a tarde me enchendo para virmos ao shopping e ir na livraria comprar aquele livro idiota que a Srta. Blood passou. Como é o nome mesmo?

– O morro dos ventos uivantes. - Jason falou ao entrarmos na livraria.

Jason e Leo foram para dentro da loja falar com a atendente, enquanto eu olhava os livros de drama. Não era muito fã de ler livros, mas ainda sim lia alguns para ter algo com que conversar com a Annabeth.

Peguei um livro preto que estava na fileira mais abaixo e observei o nome. "Amada Imortal", li a sinopse e achei interessante, peguei e fui em direção ao caixa.

Cara, como eu queria não ter entrado naquela livraria

Já ouviu falar que quanto mais você evita uma pessoa mais ela aparece na sua frente? Então, estou começando a levar isso a sério.

Aquela garotinha com aparência delicada, cabelos loiros compridos, sapatilha, um short super curto e blusa exibindo o quadril bem moldado só poderia ser a Annabeth. Sua beleza chegava a ser irritante. Ela era sexy SENDO vulgar, entende? Não né? Esquece.

Aproximei-me dela e olhei o livro que ela estava em mãos, não tive interesse em observar o titulo, apenas puxei-o da sua mão

– Uh, livro legal – Eu realmente não queria que minha voz soasse tão grosseira. Sério – Vai levar?

– Thalia! – Annabeth pulou em cima de mim com os braços abertos, apertando meu pescoço em um abraço que não correspondi – O que você tá fazendo aqui?

– Andando com os dude.

Dude? Que palavreado de garoto é esse? – Ela riu e eu revirei os olhos. Com vontade de dizer algo cortante – E as novidades?

Quando abri a boca para falar ela me cortou, bufou e continuou: – Ah, esquece, você nunca tem algo novo para contar. Sua vida é tão sem graça, Lia! Aff, dá até sono.

– Para a sua informação eu beijei um garoto – ri ao ver sua cara de espanto – Sim querida, você acha que eu sou o quê? Lésbica? Freira?

– Quem? Onde? Como? Quando?

– Leo. Aqui. Beijando oras. Hoje.

– Ah Meu Deus, eu não acredito, eu...

– Annabeth, encontrei o livro que você...

Que interessante – Pensei ao ver Luke ali, parado, segurando dois livros e encarando-me estranhamente. – Muito interessante.

– Grace?

Quando foi que ele passou e me chamar pelo sobrenome?

– Oi Castellan.

Melhor: quando foi que eu passei a chamar ele pelo sobrenome?

– Para tudo! – A voz fina e elétrica de Annabeth fez com que eu fechasse os olhos sem paciência – Isso é um sonho? Primeiro a Thalia aparece em um lugar movimentado como um shopping, depois ela me dá a notícia de que beijou o Leo, e agora ela está falando com o Luke, o Luke?!

– A Thalia beijou quem? – O rosto de Luke estava em uma careta engraçada.

– Não falem de mim como se eu não estivesse aqui! – Falei me segurando para não soltar um berro de frustação – Não sei se você sabe, querida Annabeth, mas eu estou tentando mudar, tentando voltar ao normal, sim eu beijei o Leo e dai?! E eu e o Luke viramos colegas.

– Colegas? – Luke perguntou parecendo ofendido.

– Amigos. ­– Corrigi.

– Amigos?

– Ah, tá, tá, Melhores Amigos.

– É, melhores amigos. Hum, Annabeth eu encontrei o livro – ele entregou para ela um livro vermelho e ela sorriu, passou a mão pelos seus ombros, se inclinou e beijou seu rosto. Qual a necessidade disso? – Hum, tá, eu vou... Eu vou... Ali.

Luke saiu nervoso e Annabeth segurou o riso. Olhei apreensiva para ela.

– Tenho que falar algo com você – Minha voz saiu rouca, eu não queria falar sobre esse assunto – Luke gosta de você. Gosta mesmo de verdade.

– Eu sei! Isso não é máximo?! Ele gosta de mim e com isso eu posso muito bem ter mais acesso com o Percy e aí...

– Você não está entendendo. Ele gosta mesmo de você – Fui ácida e vi ela adquirir uma careta – Então, não o machuque. Ele já sofreu muito.

– Mas eu não gosto dele! – ela arregalou os olhos e pôs as mãos na boca – Pensei que fosse só coisa do momento. Não gosto dele nem um pouco.

– Então, por favor, não o iluda – Suspirei fundo e olhei por cima do ombro. Ele estava sentando nos encarando – Se vocês sairem hoje e ele tentar te beijar ou sei lá, deixe, deixe ele ser feliz por um tempo. Ele precisa de alguém. Ele precisa se sentir amado. Então, cuide dele.

– Mas...

– Annabeth, deixe de ser uma vaca hípoctra pelo menos uma vez na vida e faça o que eu estou dizendo.

– Tudo bem.

Assenti e fui até Luke. Sentando ao seu lado.

– Eae, vocês estão aqui... Juntos... Rolou algo?

– Não.

Como ele tinha a cara de pau de mentir para mim?

– Serio? Nem um beijinho?

– Não.

Arqueei uma sobrancelha e decidi deixar quieto.

– Bom. Boa sorte até o fim da noite. Tchau.

– Vai fazer o que agora? Dar uns agarros em um cara com pinto pequeno igual o Valdez?

Dei um sorriso de escarnio. Aquilo era ciúmes? Não, não poderia ser.

– Não sei. Talvez sim. Talvez não. Talvez vamos ter uma noite louca de sexo ao som de "Do I Wanna Know?” . Nunca se sabe. Talvez ele não tenha um pinto tão pequeno assim. Adeus.

Saí sem olhar para trás.

***

Fomos até a praça de alimentação e quando eu cheguei sentei em uma mesa qualquer, observando os garotos irem até o Kings. Fiquei batucando minhas unhas na mesa com a mão no queixo, até que eles voltaram com dois copos de refrigerante e hambúrgueres gordurosos. Senti vontade de vomitar.

Desviei o olhar e fui até um mine restaurante. Pedi um suco de limão sem açúcar e salada de frutas. Eu iria tomar só o limão, mas havia prometido ao Luke semanas atrás que eu iria passar a comer mais um pouco além de barras de cereal, então iria começar por salada de frutas.

Voltei com meu pedido para a mesa e observei Leo fazer uma careta.

– Você vai comer só isso?

Assenti e bebi um pouco do suco.

Azedo – pensei enquanto bebericava aos poucos – porém emagrece.

– Thalia você é mó gata. Por mais que esteja um pouco abaixo do peso eu te acho gostosa – Leo disse e eu revirei os olhos. Abaixo do peso? Serio? Puf. – Mas magra demais é feio. Coma algo, olha só, esse hambúrguer aqui está delicioso. Quer?

Neguei enquanto mastigava a salada de frutas. Fechei os olhos. Cara aquilo estava tão gostoso! Fazia séculos que eu não sabia como era comer algo doce e gostoso como aquilo.

Gemi de aprovação e meu estomago roncou. Sorri.

– Deveríamos sair mais vezes, não acha Thalia?

– Sim. Hoje foi legal.

Jason arregalou os olhos e tossiu. Leo e eu gargalhamos alto.

– Espera um minuto! – Jason alevantou-se dramaticamente – Você fica esses anos todos sem nem ao menos me dizer um, sei lá, eu te amo, mas com o Leo não, você fala com ele, você beija ele, que porra é essa?

– Cara... – Leo fez uma pausa enquanto engolia – Vai ver porque sou diferente.

– É. – Concordei e vi Jason arregalar os olhos mais do que o normal – O Leo é especial. Você não.

Leo e eu fizemos um high five e Jason sentou-se bufando. Sorri e olhei as horas: Dez e cinquenta. Tempo suficiente para Annabeth já estar em casa. Levantei-me da mesa e fui para um lugar mais afastado, discando seu número.

Três toques e ela atendeu.

– Eaí.

– Pare de falar como um garoto. Isso tá começando a me irritar.

Bicho, não tenho culpa po, eu ando com garotos, sacou?

– PARA! Para com isso. Parece até lésbica ou sei lá o que.

– Ah eu não te contei? Acho que sou bi, curto xana.

– Thalia...

– Tá, querida. Desculpa. Enfim, eaí, o que rolou?

– Eu beijei ele.

– Legal. Legal. Legal. E aí?

– E aí que ele não retribuiu. Quer dizer, nós dois nos beijamos, porem ele estava distante, sabe? Ele meio que parecia aborrecido ou preocupado com algo, e quando nós dois ficamos no cinema ele foi todo atencioso, fez caricias e tudo mais, porem dessa vez ele nem sequer tocou em mim. Acho que ele realmente não gosta de mim. É o que eu acho.

– Puf. O que te faz acreditar nisso? Luke é louco por você.

– Não, Thalia, estou começando a achar que ele me usa da mesma forma como eu uso ele. Só que ele me usa para um bem maior.

– Isso não tem nada haver. Só porque ele não fez carinho ou sei lá o que?

– Thalia, preste atenção. Quando um garoto gosta de você ou realmente quer ficar com você ele é atencioso. Me diga, em algum momento o Leo se esquivou quando foi beijar você?

– Não.

– Então?! Luke recuou. Não me olhava nos olhos, e estava esquisito, frio. Ele ficou assim desde a hora que você falou sobre o Leo.

– Ah cara, nada haver. Tá, esquece, depois eu falo com ele. Esse idiota... Enfim, tenho que ir agora.

Desliguei o telefone e fui para a mesa.

Só estava Leo lá, então me sentei ao seu lado e já fui logo falando o que tinha em mente

– Valdez, tenho uma perguntinha a fazer.

– Manda.

– Quando você realmente quer ficar com a menina, o que você faz? Tipo, passa a mão no rosto dela e etc?

– É. Todo aquele melo todo.

– E quando você não está muito afim de ficar com ela?

– Evito. Me afasto. Dou desculpas esfarrapadas. Enfim.

– Ah, bom. É só isso mesmo, você até que é legal.

– Uma parte de mim é legal, Thalia. Apenas uma parte.

– Eu sei.

Levantei e fui ao banheiro, ver se tinha algo para colocar para fora, mas não tinha. Fiquei decepcionada e então voltei.

Os meninos já tinha pagado a conta, então apenas peguei minha bolsa, minhas sacolas e fui para o estacionamento com Jason, pois Leo disse que era para nós esperarmos ele lá, pois ele demoraria mais um pouco no shopping.

Jason e eu fomos em silencio até o carro, há uma quadra de distância do shopping. As ruas estavam desertas, um pouco escura, mas eu não estava com medo.

Entramos no carro e segundos depois Jason desatou a falar:

– Olha. Você é minha irmã, e desde que o papai morreu você cortou as relações com todos nós. Melhorou um pouquinho quando o Charles apareceu, mas assim que ele foi embora você voltou a ser uma megera. E ai esse Luke surge. E todo esse grupo de apoio. Então você volta a ser quem você realmente é, mas você ainda anda distante, ainda se afasta de todos. E puta merda, as vezes você poderia ser menos egoísta, sabe? Você poderia sei lá, parar de pensar só em você mesma e no seu mundinho dentro daquele quarto com cheiro de mofo. As vezes eu preciso de alguém. As vezes preciso de você. E você não tá lá, você tá presa em seu mundo, e acha tudo sem sentindo, acha tudo uma merda, mas, porra Thalia, eu preciso que você fale comigo. Eu necessito ouvir sua voz novamente. Preciso. Tenho saudades de você. Necessito que você fale comigo. Nem que seja para me xingar.

Tudo o que fiz foi abaixar o olhar e encarar meus coturnos. Comecei a roer minhas unhas pintadas de preto e vi que elas estavam rachadas, mas ignorei. Eu queria conseguir me importar com tudo o que ele disse, queria de verdade, mas eu estava impossibilitada de sentir algo. Era como se eu não tivesse um coração. Eu não conseguia sentir nada, absolutamente nada. Apenas um vazio.

Ouvi Jason bufar e respirar fundo, sua garganta fez um som estranho.

Ele iria chorar.

– As coisas estão tão difíceis, eu... Eu não aguento mais. Eu estou... Eu sou...

– Você é um babaca.

– O que?

– Isso mesmo. Um babaca.

– Mas de que merda você tá falando? Louca. Você é louca, eu finalmente crio coragem para dizer algo que está preso e você me chama de babaca?

– Isso mesmo. Babaca. Pare de ser um bundão. Tudo na vida é difícil. Tudo. Tudo mesmo. Mas isso não significa que você pode ir quebrar o coração de uma garota que realmente te ama, dormir com ela e logo depois humilha-la. E, porra, não se envolva com a Reyna. Ela é minha amiga, cara, além de que ela tem problemas. Não problemas toscos iguais os seus, ela tem problemas de verdade. Ela é suicida, ela não precisa de um bundão na vida dela, de um molenga, ela precisa de alguém que possa cuidar dela. Ela não precisa de você. Ela não precisa de uma pessoa como você que acaba com a vida dos outros igual fez com a Piper. Você viu o estado dela? Da sua amada? Ela tá mal, cara, ela emagreceu, ela tá com olheiras, com uma aparência doentia, usando roupas estranhas e o cabelo estranho, ela não tá bem. Babaca.

– Sinto muito.

Sinto muito? É isso o que você tem a dizer? Sinto muito? Babaca.

– Eu sinto muito. Eu...

– Você ama ela?

– Ahn?

– Você ama ela? A Piper?

Ele pareceu pensar um pouco. Olhei para seus olhos pelo retrovisor.

– Sim.

– Então vai atrás dela.

– Como?

– Liga para ela. Corre atrás. Ela também te ama. Sabe como isso é raro? Ter um amor correspondido? Não né?! Então vai cara, corre atrás dela. Liga pra ela.

Antes mesmo de terminar de falar vi Jason saindo do carro e discando um número no telefone. Sorri.

Eu havia feito algo bom.

Eu finalmente havia feito algo de bom.

Comecei a ouvir música enquanto olhava pelo vidro Jason parado no meio da rua com o telefone no ouvido. Sorri novamente.

Começou a tocar The Smiths e eu passei a acompanhar.

E então aconteceu.

Aconteceu aquilo.

Sabe quando tudo tá bem e então drasticamente fica mal? Então, na minha vida absolutamente tudo é assim. Eu não me lembro muito do que vem a seguir, mas é perturbador: Lembro-me de ver uma luz forte, forte mesmo, lembro de ouvir uma buzina e um grito agudo sair da minha garganta, chamando por Jason. Lembro de ver uma mulher vestida de preto próxima a Jason deitado no chão. Lembro da forma como seu corpo estava, todo estranho, duro. Lembro de que eu sai do carro pedindo por socorro enquanto ia ao seu encontro, as lagrima escorrendo pelo meu rosto.

Se você não entendeu, vou ser mais clara: Jason estava lá, deitado no chão, de forma estranha. Um ônibus tinha acabado de atropelar ele. Eu estava presa dentro do carro, estática, gritando por seu nome. Não tinha ninguém naquela rua. Nenhuma ajuda.

E tudo o que eu conseguia pensar era que meu irmão estava morto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

PRIMEIRAENTE: Comente. Tá, eu tenho aproximadamente 33 leitores, apenas dez comentam, COMENTEM GENTE, COMENTARIOS ME DA INSPIRAÇÃO,COMENTARIOS ME DA VONTADE DE ESCREVER THALUKE FOREVER.

Quem acha a Annabeth uma vadia alevanta a mão ae o/o/o/o/o/o/
Quem acha o Luke idiota alevanta a mão ae o/_o_o/_o_o/
Quem quer me matar alevanta a mão ae o/o/o/o/o/
Quem odiou esse capitulo me diz por review, rs


Desculpem pelo final. Desculpem pelo beijo entre Luke e Annabeth. Desculpem pelo beijo entre Leo e Thalia. Desculpem, mas esse capitulo não é muito bom, porém essencial para os outros, me desculpem, eu amo vocês, amo de verdade.
Desculpem qualquer erro, é de madrugada e ta tudo escuro, o que dificulta digitar.
JUBS E MIIH NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR HOJE!!

Eeeeeee, se você leu essa nota até aqui, eu amo você, sz, meu mor, amo mais que nutella, mais que chocalate, mais que ver o Eduardo tocando violão, mais que morango, amo mais que a musica You and I, amo mais que Imagine Dragons, mais que tudo, amo forte sz

NÃO ESQUEÇAM DO NUMERO DO WPP GENTE.

Beijos, to hiperativa hoje. k.k

Reviews? Criticas? Elogios? Recomendações? Favorits? Lets go!
~Queen