Labor Pains escrita por B Mar, B Mar


Capítulo 7
Cap 7 - A aula de parto




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Cap 7

Katniss PDV:

Olhei Peeta de canto enquanto nos sentávamos.

Segundo Johanna obstetra seria na segunda-feira, e ele havia me dado “passe livre” para não perder o horário dos exames. Eu estava ansiosa, iria saber de quantas semanas estava o bebê, e talvez pudesse ver o sexo também.

Nós estávamos na aula de parto, era numa das áreas comerciais da cidade, à tarde, e eu estava me sentindo muito deslocada. Todas as mulheres tinham barrigas maiores, e parceiros que lhes davam beijos e faziam carinho. Mesmo que estivéssemos numa situação dessas, Gale estaria mais preocupado em fazer tudo rápido e ir embora.

– Rapazes, abram as pernas em V e ponham suas companheiras entre suas pernas. – A “professora” orientou, despertando-me, e obedeci com meu chefe.

– Você deveria... Sabe. – Ele gesticulou para seu peito. – Está muito tensa.

Me encostei em seu peito e ele pôs uma mão em meu joelho, como apoio. Peeta tinha mãos grandes.

– Agora, parceiros, acariciem suas parceiras, do jeito que quiserem. Podem conversar baixinho sobre coisas que só os dois sabem. Brincadeiras, segredos...

Peeta hesitou um pouco, mas resolveu mexer em meu cabelo, tentando parecer acostumado a aquilo.

Não era ruim.

– Essa mulher parece ser maluca. – Murmurou ao meu lado e ri baixinho.

– Eu estou vendo a hora dela cair no sono aqui. – Concordei. – A voz dela está tão grogue que parece estar chapada.

Ele gargalhou, mas tampou a boca quando os outros nos olharam.

Ficamos ali por mais alguns minutos e me permiti fechar os olhos e relaxar ainda mais em seu ombro.

– Agora que estão relaxadas, quero que as moças fiquem de quatro com seus rapazes atrás, e se balancem para frente e para trás.

Lhe olhei espantada.

Ela estava mesmo me pedindo aquilo?

– Vamos lá. – Nos incentivou. – Ei, você, pode vir aqui.

Ele puxou um rapaz qualquer para ajudá-la e acabei obedecendo. Peeta se afastou o bastante para que eu pudesse sentar em meus pés quando voltasse.

– Desculpe por isso. – Ele murmurou constrangido, mantendo sua virilha distante de mim.

– Acredite, sou eu quem deve pedir desculpas. – Usei o mesmo tom.

– Abracem as barrigas de suas parceiras, moços, e continuem assim. Para frente e para trás, para frente e para trás.

Arregalei os olhos com a posição que ela fazia, e minha mão escorregou enquanto Peeta tentava se posicionar, então caí no colchão com ele em cima de mim.

– Oh meu Deus, Katniss, me desculpe. – Ele pulou, me ajudando. - Mil perdões, você está bem? Eu te machuquei? Me desculpe.

– Eu estou bem, está tudo bem. – Me adiantei.

Ele me ajudou a sentar e ri.

– Isso é bem comum entre nós, não é? Um caindo em cima do outro...

Ri mais um pouco e nos distanciamos.

– Exercício de parto, querida. – A professora ordenou.

– Eu tenho bastante tempo até o parto. – Desviei do assunto. – Acho que preferimos ficar bem sentadinhos aqui.

Peeta riu e retribuí com um sorriso. Sem dúvida a aula foi mais divertida do que com Gale.

(...)

– Quer tomar uma café, comer alguma coisa?

– Não, não, você não precisa se incomodar. – Neguei rapidamente.

Meus olhos recaíram em uma vitrine e, involuntariamente, acabei salivando. Era uma loja de bolos, e meu bolo favorito estava exposto. Massa de chocolate com recheio de frutas vermelhas, cobertura de chantilly e raspas de chocolate levemente queimado.

– Katniss. – Peeta tocou meu cotovelo e pulei de susto.

– Desculpe. – Murmurei. - Você disse alguma coisa?

– Você quer comer bolo? – Sugeriu.

– Não precisa, eu vou comer em casa e... – Me enrolei com as palavras.

– Katniss, você estava olhando para aquela vitrine como se quisesse arrancar um pedaço dela com os dentes. – Ele lembrou e corei. – Vem, vamos comer alguma coisa.

Atravessamos a rua e entramos na lanchonete.

Peeta era engraçado e gentil, e quando tirei o dinheiro para entregar ao garçom, ele me impediu rapidamente.

Ele me levou até em casa e, sempre que eu precisava entrar ou sair do carro, ele abria a porta.

Antes de sair do carro, pus o casaco para cobrir a barriga, então ele se despediu de mim e entrei no prédio.

– Achei que estivesse namorando o Gale. – Prim comentou quando cheguei.

– E estou. – Dei de ombros.

– Bom, aquele cara era GGG, gato, gostoso e gentil. – Listou. – O que fazia com ele?

– Ele é meu chefe. – Entrei no quarto.

– Ele continua sendo GGG.

Revirei os olhos e puxei um pijama, indo para o banho.

Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ela abriu a porta, fazendo com que eu me cobrisse com a toalha.

– Ah, qual é, Katniss. Eu já te vi com menos roupa que isso. – Revirou os olhos.

– Mas eu... Eu... Eu estou gorda. – Dei a primeira desculpa que me veio à mente. – Não quero que você me veja.

– Eu sou sua irmã. – Falou como se fosse óbvio. – O que está escondendo de mim?

– Nada. – Berrei. – Sai daqui, Prim, eu quero tomar banho. Sai.

Ela revirou os olhos e saiu, então tranquei a porta.

Respirei fundo e tirei a toalha, olhando meu corpo no espelho.

Eu podia, facilmente, identificar a bola abaixo de meu estômago, e, por incrível que pareça, me sentia imensamente feliz por tê-la em mim. É claro que sei que será difícil criar uma criança, mas eu o faria um bebê especial, e faria tudo por seu futuro. Quando ele nascesse, já teria uma poupança que só seria aberta na faculdade, e tudo mais.

O telefone tocou, despertando minha atenção.

– Katniss? – Johanna soou do outro lado.

– Sim?

– Você já contou para a Prim?

Mordi o lábio inferior.

– Eu vou contar. Logo. Mas não agora.

– Katniss, você sabe que não dá pra disfarçar isso por muito tempo, certo?

– Eu sei, Joh. – Suspirei. – Eu só preciso de um tempo.

– Se você não contar, eu mesma conto. – Afirmou.

– Eu vou contar. Eu prometo.

O telefone apitou, avisando que havia uma ligação em espera.

– Tem alguém ligando, a gente se fala depois.

Desliguei para Johanna e encontrei a ligação de Peeta.

– Alô, Katniss?

– Oi Peeta. – Sorri involuntariamente.

– Eu me esqueci de te avisar, mas a Glimmer vai dar uma festa na piscina amanhã. Ela me pediu para avisar, você se esqueceu de dar o seu telefone.

– Uma festa. – Mordi a unha, ponderando. – Eu adoraria.

– Ótimo. – Ele pareceu animado. – Leve o Gale.

Droga.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Notas finais:
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~Capítulo agendado no dia 11/01/2014~