Labor Pains escrita por B Mar, B Mar
Notas iniciais do capítulo
Voltei, lindos e lindas!!
Me perdoem essa demora louca, espero que gostem.
Capítulo 13 - Muito feliz
Quando Peeta voltou, os carros estavam se afastando para nos dar espaço e Finnick literalmente estuprou o pobre acelerador do carro até pararmos no estacionamento do hospital.
Logo que saí do carro, meu namorado (?) me pôs em uma cadeira de rodas, empurrando para a ala de maternidade enquanto eu tentava me lembrar das aulas de parto sem muito sucesso.
– 8,5. – Avisei quando paramos na recepção e ele me levou até o quarto que meu obstetra reservara para mim.
Eu tenho que confessar: As contrações haviam começado com início do dia e já estavam a todo vapor, o quê me deixava assustada.
Me mantive parada enquanto as enfermeiras me enchiam de equipamentos e uma delas fazia o exame de toque, e Peeta não largou minha mão em nenhum momento.
– Você está com dilatação total, Katniss. – Ela avisou e arregalei os olhos. – Não pode tomar a epidural, e o primeiro bebê já está coroando.
– E o segundo? – Peeta a olhou, apertando minha mãe levemente.
– Nós estamos preocupados com o tamanho dele, então vamos levá-lo daqui para a UTI pré-natal para ganhar um pouco de pesa, mas não há muito com o quê se preocupar. – Afirmou. – Preciso avisar que ainda existe a possibilidade da cesariana se a sua pressão subir mais, não podemos arriscar em relação a isso.
Meu coração apertou levemente enquanto ela me posicionava devidamente na maca. Eu não gostava da ideia de ser cortada ao meio.
– Kit Kat. – Meu amigo obstetra entrou, devidamente vestido e se posicionou entre minhas pernas. – Eu quero que, na próxima contração, você prenda a respiração e faça toda a força que puder para baixo enquanto eu conto até dez. Pode fazer isso?
Confirmei com a cabeça e respirei fundo quando a contração seguinte me envolveu, obedecendo a orientação de Finnick.
Peeta encostou os lábios em minha mão enquanto eu o apertava sem controlar muito a força.
Aos sussurros, ele acompanhava a contagem de Finnick.
Devo confessar que a sensação de alguém sendo tirado de dentro de você é bizarra, parece que você está perdendo um órgão enquanto o seu filho sai.
– Mais uma vez.
Foram quatro empurrões até que eu finalmente desse a luz a Joshua e a enfermeira o pôs, chorando, meu peito.
– Ele é ruivo. – Ri encarando meu filho que mal abrira os olhos. – Olá Peter.
– Olá Peter. – Peeta tocou seu pezinho. – Seja bem vindo.
– O senhor quer cortar o cordão umbilical? – Ela ofereceu e Peeta arregalou os olhos.
O loiro ao meu lado sorriu bobo e me olhou como se pedisse autorização. Confirmei com a cabeça e Finnick chamou minha atenção.
– Só mais um, Katniss. – Avisou. – Ele ou ela está quase coroando, preciso que você se concentre.
Obedeci e empurrei na contração seguinte com a contagem.
– 7, 8, 8, 10. – Terminou.
Foram quatro contrações até que Finnick me mandasse parar. Eu estava me sentindo tonta e não havia tido nenhum avanço.
– Ela está perdendo sangue. – Avisou às enfermeiras. – Katniss, como você está?
– Torna. –Minha voz se revelou fraca e minha cabeça girou ainda mais intensamente.
– Katniss. – Peeta chamou, distantemente, mas mal consegui identificar sua voz. – Katniss?
No segundo seguinte eu apaguei.
(...)
Apertei os olhos quando a luz machucou meus olhos e levei alguns minutos para finalmente entender o quê estava havendo à minha volta.
– Ei. – A voz de Prim chamou minha atenção. – Bom dia.
Me virei e minha irmã sorriu, acariciando meu cabelo.
– Como se sente?
– Estranha. Quanto tempo eu apaguei?
Ela deu de ombros.
– Pouco tempo.
– Onde estão meus filhos? – Me senti alerta, procurando-os pelo quarto.
Ao meu lado, Peter repousava em um dos berços.
– Peeta está com a menina na UTI neonatal. – Avisou. – Você pode ir visitá-la quando Finnick te liberar.
Levantando-se, ela caminhou até meu filho e o pegou no colo, trazendo-o até mim.
– Ele é ruivo, dá pra acreditar? – Brincou com seu pezinho. – Ruivo como a papai.
Confirmei com um sorriso leve. Ele se parecia com o meu pai.
– Ele é lindo. – Sorri. – Não é?
Sorri e Finnick bateu na porta.
– Olá mamãe. – Sorriu. – Aposto que está sentindo falta de alguém. Quer vir vê-la?
Confirmei com a cabeça e entreguei Josh à minha irmã, sendo ajudada por ele a ficar de pé e sentar na cadeira de rodas.
– Nós usamos o fórceps assim que você desmaiou e parece que tudo está voltando ao normal com a sua pressão, mas vamos ficar aqui por 48h apenas por precaução. – Avisou. – Os gêmeos nasceram com 37 semanas, o quê é normal para uma gravidez múltipla.
Enquanto ele falava, nos movíamos pelo corredor até a área da UTI neonatal. Quando nos aproximamos da incubadora, Peeta assistia minha menininha com uma atenção hipnotizante enquanto cantarolava para ela.
– Você acordou. – Ele sorriu para mim. – Venha aqui. Ela tem o seu cabelo.
Sorri ao ver meu pequeno segredo se remexer na incubadora. Ela era tão pequena.
– Você já pensou num nome?
Neguei com um riso.
– Eu sempre achei que fosse um menino. – Confessei. – Ela é linda.
No segundo que ela abriu seus olhos, notei que eles eram tão azuis quanto o de Peeta, e tão azuis quanto o de minha mãe.
– Katrina. – Concluí. – Como minha mãe.
Peeta sorriu ao meu lado e me deu um selinho.
– Parabéns.
Passei meus braços ao seu redor e ele me ajudou a ficar de pé, beijando-me com paixão antes de olharmos minha filha novamente.
– Como se sente? – Indagou por fim.
Dei de ombros.
– Preocupada com a Katrina. – Confessei. – Mas se quer saber, eu estou feliz. Muito feliz.
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