Labor Pains escrita por B Mar, B Mar


Capítulo 11
Cap 11 - Mamão, laranja, damasco, morango e uma pitadinha de mel.




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Cap 11 - Mamão, laranja, damasco, morango e uma pitadinha de mel.

Katniss PDV:

We will, we will rock you, rock you. – Cantei com Peeta enquanto ele dirigia.

A música terminou quando chegamos ao estacionamento da editora, e ele logo veio me ajudar a sair. Ele e fechou a porta do carro e segurou minha bolsa, dando-me o braço para andarmos juntos.

Uma senhora passou por nós com flores e entregou uma rosa a Peeta.

– Para a mamãe. – Sorriu. – Parabéns papai.

Peeta corou e desviei o olhar.

– Pra quando? – Pareceu não notar.

Peeta me olhou por alguns segundos.

– Em dois meses. – Respondi por fim.

Ela sorriu e se distanciou enquanto entrávamos.

– Desculpe por isso. – Ele murmurou.

– Está tudo bem.

Seguimos em silêncio e ele abriu a porta para mim, e então, em poucos minutos, já estávamos arrumando a sala para as garotas que posariam na capa do livro de Glimmer.

Todas estavam radiantes. Um pouco de maquiagem ali, cabelo, roupas estilizadas...

Conversei com Johanna enquanto eles se organizavam. Peeta guiou o fotógrafo por um tempo até que se virou para mim.

– Sua vez, Katniss. – Chamou.

– Perdão?

– Sua vez.

– Eu acho melhor não. – Me afastei. – Eu tenho que ir, sabe... Eu preciso... Preciso...

Ele riu e me pegou pelos ombros.

– É só uma foto. – Lembrou.

Encarei Johanna, que apenas riu de mim.

– Vai lá tirar sua foto. – Piscou.

E não é que eu fui mesmo?

* * * * *

– Katniss? – Peeta bateu à porta de minha sala. – Podemos conversar?

Confirmei e ele entrou, sentando-se numa poltrona.

– Eu sinto muito por ontem. – Murmurou. – O que eu fiz foi... Completamente errado. Não foi profissional e... Katniss, eu não deveria ter...

– Está falando do nosso beijo? – Lhe interrompi.

– Foi assédio. – Murmurou.

– DE mim para você. – Completei.

Ele negou.

– Não. Viocê só... Katniss, nós... Nós somos chefe e subordinada. Você está sensível, e eu...

– Eu gosto de você. – Lhe interrompi.

Ele se calou e me encarou com surpresa.

– O que?

– Eu gosto de você. – Repeti. - De verdade. Eu não deveria realmente, mas eu gosto de você. Eu sei que não é sensato, mas eu acho que...

Me interrompi por fim.

– É besteira. Desculpe. Você nem deve... Querer nada comigo, eu sou só... Desculpe.

Ele se levantou.

– Eu gosto de você também, mas...

– Eu estou grávida de outro cara. Eu sei, é... Apavorante e esquisito, você nem...

– Eu quero muito ser pai, mas você está numa fase em que...

– Calem-se os dois. – A voz de Johanna se sobressaiu e arregalamos os olhos. Ela estava com a cabeça para dentro da sala. – Katniss, você gosta do Peeta. Peeta, você gosta da Katniss. Dá pra deixar de frescura e se beijar logo? Eu tenho que trabalhar e a discussão de vocês está atrapalhando.

Abri a boca em surpresa, e então percebi que estava de frente para Peeta, e suas mãos seguravam o lugar onde minha cintura deveria estar anteriormente.

Quando ela se foi, nos olhamos novamente.

– É errado. – Murmurei.

– Muito.

Mas quem liga?

* * * * *

– Finalmente. – Johanna comemorou quando atravessou minha porta. – Então, me diga.O gostosão beija bem?

– Johanna. – A repreendi.

– Curiosidade científica. – Levantou as mãos em sinal de inocência. – Eu sou sua melhor amiga, me fale dos detalhes sórdidos.

– Nós nos beijamos e conversamos. Ele me chamou para tomar um café depois daqui. Não podemos começar rápido demais.

Mordi o lábio inferior e ela arqueou uma sobrancelha.

– Você gosta muito dele. Você gosta dele de verdade. – Pôs as mãos da frente da boca. – Eu não vi esse olhar nem com o Gale.

Revirei os olhos.

– Olhe só pra você, grávida e finalmente encontrando o amor verdadeiro. Você está com tudo. – Comemorou.

Ouvimos uma batida na porta e Marvel pôs a cabeça para dentro.

– Katniss?

– Entre.

Ele sorriu e atravessou a passagem, entregando-me um copo de...

– Vitamina?

– Sim. É para o seu intestino.Eu ouvi você reclamar com a Johanna que estava com prisão de ventre, então comei a liberdade de preparar a vitamina que minha mãe me ensinou a fazer quando estava grávida da minha irmã. Tem mamão, laranja, damasco, morango e uma pitadinha de mel.

Johanna contorceu todo o rosto em nojo, e fiquei hesitante de experimentar.

Bem, eu não ia ao banheiro há quatro dias. Talvez servisse para algo.

Levei o canudo até a boca e suguei um pouco.

– Cassilda. – Exclamei. – Marvel, isso é muito bom.

Ele sorriu , extremamente satisfeito.

– Então trarei para você todos os dias. – Afirmou. – A propósito, você tem exames em duas horas, minha mãe me emprestou o carro dela, quer que eu te leve?

Lhe olhei surpresa.

– Não precisa. Porque não fica aqui, termina seu trabalho e descansa um pouco? Não quero você cansado por minha causa.

– Não me cansa. É um prazer ajudá-la

Sorri docemente e ele saiu.

– Vitamina para o intestino, é?

Ela gargalhou e revirei os olhos, tomando mais da vitamina.

Não é que ele não é tão ruim assim?

* * * * *

– Katniss? – Peeta bateu à minha porta. - Pronta?

– Para? – Estranhei.

Ele riu.

– Você tem ultrassonografia.

Franzi as sobrancelhas. Desde quando Peeta tinha ciência do meu cronograma? Eu planejava pegar um táxi.

– Eu sou meio telepata, sabe?

Lhe olhei cética e ele gargalhou.

– Ok. Marvel me contou porque você iria sair hoje. Podemos ir agora?

Marvel bocudo.

Ele pegou minha bolsa e me levantei, seguindo através de minha mesa numa velocidade extremamente entediante. Segundo Johanna, eu era um pinguim manco.

Quando disse isso a Peeta, ele riu e beijou minha bochecha.

– Se quer sabe, é o pinguim manco mais lindo que eu já conheci.

O que eu poderia fazer com um argumento desses?

“Loiro, livre, lindo, gostoso e completamente afim de você. Do que está reclamando?”

Eu adorava andar de carro com Peeta. Primeiro, sua presença era incrível. Ele era divertido, encantador e prestativo. Ele fazia coisas doces comigo, mas não ultrapassava o limite no quesito “quero ser seu namorado”, pois sabia que eu temia um envolvimento tão cedo e num momento tão frágil.

Eu não podia deixar de olhá-lo enquanto cantávamos juntos músicas que fazia os dois bebês loucamente agitados.

– Acha que eles gostam? – Ele perguntou.

– Acho que adoram. – Ri. – Ficam se virando e pulando quando cantamos.

Ele sorriu abertamente e entacionou.

Fui atendida por Finnick logo que cheguei, e ele parecia muito ansioso para me ver.

Meu obstetra olhou de mim para Peeta, que se abaixou ao meu lado.

– Você quer que eu fique lá fora, eu acho que ele quer que eu fique lá fora.

Ri baixinho.

– Tudo bem, eu te chamo.

Ele saiu e me sentei.

– O pai?

Finnick e eu havíamos virado um certo tipo de amigos.

– Não exatamente. Não o biológico.

– Quando minha mãe estava grávida, meu pai biológico sumiu no mundo. Ela se casou mais tarde, e foi o marido dela quem me criou. Eu não senti falta de nada. – Afirmou. – O verdadeiro pai de uma criança é o homem que lhe dá amor, carinho e atenção.

Sorri e ele retribuiu.

Fizemos a rotina comum e ele me apontou a sala de ultrassonografia.

– Quer chamar o... – Apontou para a porta.

– Peeta. Peeta Mellark. Quero sim

Ele confirmou e se abaixou ao telefone.

– Anne, querida, poderia pedir para Peeta Mellark entrar?

Me arrumei na maca e ele logo veio com Peeta.

– Você... Vai me deixar ver? – Pareceu surpreso.

Ele sorriu em alegria.

Quando o aparelho foi posto em minha barriga, Peeta olhou a tela com tanta fixação que imaginei que ele perderia os olhos se não voltasse piscar.

– Bem. Aqui está. O menino e o segredo. – Riu-se, mas olhou a tela com um pouco de atenção. – Bem... Parece que o segredo está... Está bem diferente. Ele não está engordando muito, mas não é preocupante. Às vezes um dos gêmeos cresce mais que o outro. Quero te pedir uma coisa.

– Você está com quase oito meses, então eu preciso impor algumas restrições. Não quero que trabalhe muito. Você tem um perfil um pouco pequeno, seria muito bom que ficasse em repouso até o parto. Não absoluto, mas precisa descansar.

– Nós temos o lançamento de um livro em alguns dias. – Lhe interrompi. – É muito importante.

Ele me olhou por alguns instantes.

– Tudo bem. Lançamento do livro e então repouso até o parto. Preferências? Você pode exigir que eu esteja presente, pode dizer onde...

Ponderei.

– Eu prefiro que você esteja presente. E no hospital. Não quero em casa. – Me adiantei.

Ele sorriu.

– Boa garota.


Continua...


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