Altas Loucuras em Hogwarts escrita por Guedes


Capítulo 8
O Encontro


Notas iniciais do capítulo

Eu quero reviews! Me sinto como se apenas uma pessoa estivesse lendo a fic!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/437006/chapter/8

ALVO

Eu nunca pensei que um dia na minha vida eu iria querer desesperadamente que uma visita a Hogsmeade acabasse, mas naquele momento eu queria.

Eu estava no Três Vassouras, num encontro com a Stéfany e a algumas mesas de mim Escórpio estava sentado rindo loucamente enquanto Rose revesava de olhar para ele e para mim com seu melhor olhar de desaprovação.

Como eu vim parar aqui? Tudo começou com uma discussão entre mim e Escórpio depois de uma aula de Transfiguração.

– Cara, a Stéfany gosta de você - declarou ele assim que saímos da sala.

– De onde você tirou isso? - Eu perguntei, ele só podia estar com problemas.

– Ela ficou te olhando a aula inteira. Não me diga que você não percebeu isso! - Ele exclamou fazendo cara de incrédulo.

– Eu não percebi - retruquei.

– Meu Deus. Só um minuto, alguma vez na sua vida já saiu com alguma garota? - Ele já sabia a resposta da pergunta, mas mesmo assim eu falei:

– Não.

Ele balançou a cabeça.

– Por que? Já sei - ele respondeu antes de me dar a chance de sequer pensar na pergunta. - Nenhuma nunca quis sair com você.

– Não - eu retruquei olhando feio para ele. - É porque eu nuca quis sair com nenhuma.

Ele deu um sorriso sínico.

– Mas eu aposto que se você chamasse alguma ela também não aceitaria.

– Foi você que acabou de dizer que a Stéfany gosta de mim, seu babaca.

– Então vá em frente e chame ela para sair.

Mais tarde eu fui descobrir que toda essa conversa era só uma manipulação para que eu fizesse isso.

– Pois então - dizia Stéfany -, está animado para o jogo de amanhã? - No dia seguinte nós jogaríamos contra a Grifinória.

– Claro - eu falei tentando soar o mais animado o possível. - Super.

– Quero que você saiba que eu te acho uma apanhador bem melhor que o seu irmão.

– Ah… Obrigado.

De onde estava sentado, Escórpio falou sem som: Você é péssimo. Eu me segurei para não franzir o nariz e retrucar um vá se ferrar. E Rose disse (com o olhar): Você é um idiota.

– Você é bom em Feitiços, não é? - Perguntou ela.

Não, eu queria dizer. Mas isso era mentira, e ela sabia disso. Então:

– Sim - respondi.

Ela sorriu.

– Que ótimo! Quem sabe você pode me dar umas aulas? Eu sou péssima! E a minha mãe me mataria se eu não passasse no N.O.M. de Feitiços.

Droga.

– Olha - eu tentei. - Eu não sou tão bom assim. E sou um péssimo professor, pode até perguntar para Escórpio. Você poderia procurar alguém melhor que eu, quem sabe Rose.

– Ah, não. Não acho que sua prima vá me querer me dar aula - ela respondeu com um suspiro. Por mais que eu odiasse admitir, era verdade. Rose definitivamente não gostava de Stéfany.

– James? - Eu tentei. - Ele passou no N.O.M. de feitiços.

– Sonserinos e grifinórios não são uma boa combinação. E acho que o seu irmão já está ocupado com… outras coisas.

Por que ela tinha que ter razão? Por que todas as pessoas que poderiam me tirar dessa não me ajudariam? Por que as únicas nerds que conhecia eram Rose e Stanford? Anotei mentalmente que eu tinha que conhecer mais pessoas mais inteligentes do que eu.

– Bem, já que é assim, está bem.

Ela sorriu radiante.

– Que bom! Mas, mudando de assunto, o que você acha da última da Stanford?

A notícia do fim do namoro da lufana e de Carn tinha se alastrado por Hogwarts como fogo no milharal. Eu tinha ficado realmente surpreso de ninguém ter mencionado o nome de Ennelize em nenhuma das versões em que eu ouvi. Quer dizer, mesmo que eu não soubesse que ela tinha dedo nisso, eu desconfiaria - ela parecia ser o tipo de garota que termina com o namorado jogando livros nele.

Eu dei graças a Deus por não ser namorado de Ennelize.

– Por que você acha que ela está envolvida nisso? - perguntei tomando um gole da minha cerveja amanteigada, tentando aparentar que não sabia de nada. O que mais me surpreendeu no comentário de Stéfany não foi o fato de ela ter mencionado Stanford, mas sim o fato de estar tocando no assunto só duas semanas depois.

– Eu vi quando ela saiu do Salão Principal com a lufana naquela manhã. Sinceramente? Eu fiquei até surpresa de que foi ela que fez isso e não o John Paul.

Claro, por que eu não tinha pensado nisso antes? Ennelize estava fazendo um favor para John Paul. Mas por que? Eu ouvi as palavras dela na minha cabeça “eu acho que eu me esqueci das vezes que você se meteu na vida das outras pessoas por ser inspetor... Ah, espere aí! Isso nunca aconteceu! Pois então, não se meta na minha vida, Potter.”

Depois desse magnífico fora eu jurara a mim mesmo que nunca mais perguntaria nada da vida de Ennelize a ela, e eu estava disposto a cumprir o juramento.

Ultimamente eu me pegava pensando na Stanford com cada vez mais frequência.

– Mas por que nós estamos falando de Stanford mesmo? - Eu perguntei para Stéfany.

– Boa pergunta - ela respondeu. - OK, vamos falar sobre você. Do que você gosta?

– Eu não gosto muito de falar sobre mim, e eu acho que você já sabe a resposta para essa pergunta - eu respondi. - Fale-me sobre você.

Ou eu era um ótimo ator, ou Stéfany era muito ingênua para acreditar na minha cara de interesse, porque ela começou a falar animadamente sobre a vida dela. Dez minutos depois eu já sabia o nome de metade das pessoas que ela já tinha odiado alguma vez na vida. [N/Ennelize: respondendo o seu dilema, nem um nem outro. Ela é uma cínica mesmo.]

– Eu preciso ir ao banheiro - ela disse depois de mais alguns intermináveis minutos. Se levantou e foi até o banheiro feminino no final do estabelecimento.

Nesse meio tempo Escórpio e Rose vieram até a mesa e se sentaram aonde Stéfany estava há poucos segundos atrás.

– Você deveria ver a sua cara! - Exclamou o loiro, ainda gargalhando. - É hilária.

– Você não acharia isso hilário se estivesse no meu lugar - retruquei fazendo uma careta.

– Alvo tem razão - disse Rose. - Isso não é engraçado, é ridículo. Pra começar - ela se dirigiu a mim -, você não deveria ter chamado ela para sair só pra provar alguma coisa para ele - ela apostou para Escórpio. - Você já pensou que ela pode ter sentimentos por você? E que, se ela tiver, você está brincando com eles?

– Quem é você e o que você fez com a minha prima? - Eu não conseguia acreditar no que ouvia. Rose defendendo Stéfany. Salve-se quem puder, o mundo está acabando.

Ela não me respondeu.

– Eu só preciso que vocês me ajudem a me livrar dela! - eu pedi. - Por favor.

– Não - respondeu Rose. - Você se meteu nessa, então saia sozinho. Você não terá nenhuma ajuda da minha parte, Alvo Severo Potter. - Como se para comprovar o que acabara de dizer, ela se levantou da mesa e saiu do bar, deixando a porta bater atrás de si.

– Qual, é - resmungou Escórpio. - Ela saiu sem pagar a cerveja amanteigada!

– Depois eu te dou o dinheiro - falei. - Só me ajude a me livrar de Stéfany… Droga, ela está vindo!

Escórpio se levantou e voltou para a mesa onde estava sentado.

– Voltei - a loira disse se sentando na mesa. - Aconteceu alguma coisa coisa interessante nesse lugar enquanto eu estive fora?

– Não - eu respondi. - Nada nunca acontece aqui, por que acontecia agora?

***

Se passou mais uma hora antes de Stéfany decidir para de falar e voltar para Hogwarts.

O caminho de volta foi silencioso - graças à Deus!-, nós passamos por Lílian, que ergueu as sobrancelhas para mim. Eu respondi dando de ombros - se Stéfany percebeu, não disse nada.

– Até que foi uma tarde legal - ela disse quando nós voltamos à escola.

– É - menti.

– Sério? - perguntou ela.

Eu não sabia o que responder, a única coisa na minha cabeça eram as palavras de Rose: “Você já pensou que ela pode ter sentimentos por você? E que, se ela tiver, você está brincando com eles?”

Merlim, Rose estava certa!, pensei em desespero. Eu respirei fundo, disposto a contar a verdade para ela...

Mas então Stéfany me beijou

ENNELIZE

Aquele era o tipo de sábado perfeito para se ir para Hogsmeade, mas era uma pena que eu não podia ir. Eu não podia nem sair de fininho, infiltrada nos outros alunos, porque Madame Nor-r-ra tinha passado o dia todo na minha cola.

Por isso eu passei o dia todo zanzando por aí, adiantando os meus deveres de casa, estudando para alguns N.O.M.s e fazendo nada no Salão Comunal da Corvinal - no qual havia apenas alguns alunos do primeiro e segundo ano, alunos que não tinham autorização para ir e… Meg.

Nós ainda estávamos brigadas - eu não era o tipo de esquecia facilmente. Quando ela me viu veio, na minha direção.

– Olha - ela disse enrolando uma mecha do cabelo, que hoje estava lilás, no dedo indicador -, eu sei que você ainda não me perdoou por ter defendido Elmond…

– Não perdoei mesmo - retruquei.

– Mas– ela continuou - é que eu acho que às vezes você é só um pouquinho muito dura com ele.

Eu olhei feio para ela, que não mostrou nenhum sinal de fraqueza à ele.

– Vamos lá - ela me cutucou no ombro. - Eu seu que você quer me perdoar.

– OK - eu falei cedendo. - Só nunca mais defenda ele em voz alta.

Ela sorriu.

– Não seja mais tão dura com ele e eu não o farei.

Eu suspirei.

– Você não vai ceder, né? - perguntei. Ela fez que não com a cabeça. - Então pelo menos não faça isso na frente dele.

Ela riu, e eu ri junto.

Depois de subir até o nosso dormitório para pegar o tabuleiro de xadrez de bruxo, nós fomos para os jardins.

– Você sabia que o Potter e a Stéfany iam sair hoje? - ela perguntou casualmente.

O quê?– eu perguntei. Por que que 90% das fofocas dessa escola nunca chegavam aos meus ouvidos?

– É - ela disse. - Eles iam à Hogsmeade juntos.

Quando ela terminou de dizer isso, nós chegamos às portas do castelo e eu vi, nos jardins, Alvo Severo Potter e Stéfany Mackenzie se beijando.

Naquele momento, eu não sei por que, eu só queria bater naquela vadia, mandar ela pro quinto dos infernos e...

Oh, céus, o que estava acontecendo comigo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Altas Loucuras em Hogwarts" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.