Altas Loucuras em Hogwarts escrita por Guedes


Capítulo 6
O Início das Brigas


Notas iniciais do capítulo

Hey! Sim, eu ainda estou aqui. Me desculpem pela demora, mas eu NÃO desisti dessa fic. O motivo de eu não ter postado é que eu viajei e lá não tinha computador pra eu posta o cap e depois eu viajei de novo e lá não tinha ABSOLUTAMENTE NENHUMA rede de Wi-Fi disponível e eu não pude postar. Mas aqui está o capítulo e Feliz Natal e Ano Novo atrasado!



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ALVO

A esse ponto da história, provavelmente você deve estar se perguntando por que eu e a Stanford implicamos tanto um com o outro.

Bem, foi mais ou menos assim:

A minha primeira impressão de Ennelize Stanford foi boa.

Era um dia de sábado, no meu terceiro ano em Hogwarts. Eu estava vagando por aí, sem nada pra fazer, quando resolvi ir à biblioteca ver se achava algum livro que pudesse me ajudar no meu trabalho de Astronomia. Passei um bom tempo procurando o livro entre as estantes. Mas quando fui puxá-lo, alguém do outro lado fez a mesma coisa, ao mesmo tempo.

Lá encontrava-se uma garota de cabelos negros e cacheados, que batiam na cintura, e olhos azuis. Logo a reconheci da minha aula de Herbologia: ela era uma Corvinal que sempre andava com uma metamorfomaga. Não me lembrei do nome dela.

– Trabalho de Astronomia? - perguntei. Ela assentiu com a cabeça. - Pode ficar.

– Ah, muito obrigada,... Alvo? Não é? - Assenti. Ela tentou passar a mão pelo buraco, mas ele era pequeno demais. - Só um minuto.

Pouco tempo depois a garota apareceu no fim do corredor onde eu estava. Ela parou do meu lado e me estendeu a mão.

– Ennelize Stanford - disse ela.

– Prazer em conhecê-la, Ennelize - falei apertando a sua mão.

***

Três dias depois, eu estava no meu dormitório lendo um livro sobre Quadribol que os meus pais tinham me dado de Natal, quando Escórpio subiu ao dormitório e virou para mim com uma expressão preocupada no rosto:

– O que você fez? - perguntou.

– Como assim "o que eu fiz"?

Ele deu um suspiro.

– Tem uma garota da Corvinal lá em baixo. E ela quer falar com você. E ela é bonita.

Eu revirei os olhos jogando o meu livro nele.

– Vá procurar alguma coisa boa pra fazer, Escórpio Malfoy.

Desci as escadas do dormitório e quando cheguei lá embaixo encontrei Ennelize. Ela estendeu o braço, o livro de Astronomia na mão. Ergui as sobrancelhas.

– Jé terminou? - perguntei. Ela deu de ombros.

– Não li ele todo. Só até a parte que eu precisava - respondeu. - A resposta do trabalho está nos capítulos 6, 7 e 8.

– Humm... Obrigado.

Reparei que durante a nossa conversa vários sonserinos que saíam do Salão olharam para nós com uma expressão que parecia diversão. Algumas garotas até deram uma risadinha.

– Não há de que - respondeu Ennelize. Ela se virou e saiu correndo do corredor.

– O que há de errado com Ennelize Stanford?- perguntei a Escórpio quando voltei ao nosso dormitório. Ele ergueu as sobrancelhas.

– Você não sabe?

– Se soubesse estaria te perguntando?

– Bem, ela é meio... louca. Ou pelo menos é isso que dizem. Ela também é antissocial.

– E por que ela é louca?

– Alvo, meu amigo, você faz muitas perguntas. Apenas aceite que ela é louca e pronto.

– Geralmente as pessoas têm um motivo para chamarem alguém de louca.

– No caso de Ennelize, vários.

– E quais são?

– Você quer que eu liste? Então esta OK. Eu vou fazer uma lista e até amanhã você terá os motivos de por que chamam Ennelize Stanford de louca.

***

No final do dia, Escórpio me entregou um pedaço de pergaminho, em que estava escrito:

Motivos para chamarem Ennelize Stanford de louca:

1 - Uma estranha fascinação por hipogrifos (principalmente azuis, apesar de eles não existirem)

2 - Ela raramente resmunga. Na maioria das vezes, ela grita em alto e bom som para que todas as pessoas ao redor possam ouvir.

3 - Berrou a seguinte frase no meio do Salão Principal: "Não é só porque eu não sou que nem vocês quer dizer que eu sou louca! Bah! São vocês que são um idiotas de mentes fechadas que não conseguem compreender as outras pessoas! Todos vocês!"

4 - "Você é um idiota e NÃO consegue fazer isso, só não aceita estes fatos por algum motivo. No seu caso é por que está cegamente apaixonado pela Weasley e que provar a ela que consegue." - Ennelize para mim.

– Escórpio - falei depois de terminar de ler a lista, - não é só por que ela falou a verdade na sua cara que dizer que ela é louca.

– Mas os outros motivos são válidos - protestou ele.

Dei um suspiro.

– Mais ou menos.

– Então, o que você vai fazer?

– Sei lá. Ela me pareceu uma pessoa legal.

– Você está seriamente enganado.

***

Eu continuei a falar com ela por durante mais duas semanas, depois disso as pessoas começaram a comentar sobre eu me tornar amigo de Ennelize. Eu ignorei até que, um dia, James me puxou de lado:

– O que está acontecendo entre você e a Stanford? - ele perguntou fazendo cara feia.

– Nada - respondi. - Eu só gostaria de saber por que absolutamente todo mundo me pergunta isso.

– Porque - ele disse -, foi isso o que absolutamente todo mundo ouviu.

Como assim?

– Pelo visto alguém espalhou um boato falso.

– Hummmm. E o que, exatamente,dizia esse boato?

– Isso você terá que descobrir por si mesmo - retrucou ele, e foi embora.

***

Eu não demorei muito a "descobrir por mim mesmo".

Mais tarde naquele mesmo dia, quando eu cheguei ao Salão Comunal da Sonserina, Stéfany veio falar comigo.

– Alvito! - ela tinha a mania de me chamar desse nome, apesar de eu já ter dito que odiava ele umas milhares de vezes. - Os boatos são verdadeiros?

Que boatos? - eu perguntei estressado. Não gostava que todos soubessem algo sobre mim que nem eu mesmo sabia.

– Você não sabe?

– Bem, pelo visto, ninguém teve consideração o suficiente por mim para me contar - falei com um tom sarcasmo na voz.

– Bem... - ela hesitou como se estivesse decidindo entre me contar e me torturar mais um pouco. - Segundo eles, você e Ennelize Stanford estariam, sabe, namorando.

Eu caí na gargalhada.

– Namorando? A pessoa tinha que ser realmente ruim da cabeça pra inventar uma coisa dessas.

Então subi para o meu dormitório.

No dia seguinte, durante o café da manhã uma coruja me trouxe uma carta de Ennelize. Nela dizia:

Alvo,

Pensei que você fosse uma boa pessoa, e não o tipo de babaca que dá gargalhadas dos outros. Eu sei que os boatos são falsos - óbvio que são, nada contra você mas é uma das últimas pessoas em quem eu pensaria para ser o meu namorado, - mas precisa ficar dando gargalhadas dos outros só para mostrar isso?

Não me procure mais.

Ennelize

– Acho que você estava certo - falei para Escórpio. - Ela é realmente louca.

Ele franziu a testa e eu lhe entreguei a carta. Quando terminou de ler ele simplesmente deu de ombros.

– Eu te avisei - disse.

– O que mais me dá raiva é que ela me chamou de babaca. Por uma coisa que eu não fiz.

– Mas você riu dela.

– Não. Eu ri dos boatos. É diferente.

Ele deu de ombros novamente.

– Que seja.

***

Assim, ambos com o orgulho ferido, nós nunca mais trocamos mais do que ironias e insultos.

E essa é a história da nossa eterna rixa.


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Notas finais do capítulo

Aceito reviews de presente de Natal atrasado. Afinal, você já está aqui embaixo mesmo!



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