Altas Loucuras em Hogwarts escrita por Guedes


Capítulo 3
Coisas muito, muito loucas


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal. Tentei escrever um capítulo maior, vejam se ficou bom.



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Eu estava deitada na minha cama, no meu quarto. Minha tia Bruna estava na frente do meu armário, que estava aberto. No pé da minha cama havia uma pilha em que se encontravam metade das minhas roupas.

– Nada! - murmurava ela. - Essa garota não tem nada que preste no armário!

Claro, pensei, está tudo no chão.

– Tia Bruna - falei me sentando na cama, - o que está acontecendo?

– o que está acontecendo? - ela falou praticamente gritando, quando se virou para mim. - O que está acontecendo é que você não tem nenhuma roupa no armário que sirva para esta ocasião!

Que ocasião? - eu perguntei frustrada.

Havia alguma coisa de estranho acontecendo ali. Isso era meio óbvio. Tia Bruna nunca fora grossa nem gritara comigo antes. Ao contrário, ela era uma pessoa gentil (ela fora da Lufa Lufa quando estudava em Hogwarts).

– O seu encontro! - exclamou ela.

– Primeiro: que encontro? Segundo: o que há de errado com as minhas roupas?

– Ora, Ennelize - ela falou se sentando ao pé da cama, - não me diga que você pretendia usar o seu suéter e esses seus jeans surrados?

– É - respondi. - Se eu tivesse um encontro, essa seria exatamente a roupa que eu usaria.

– MAS SÓ POR CIMA DO MEU CADÁVER! - berrou ela. - EU NUNCA QUE DEIXARIA UMA SOBRINHA MINHA, QUE É QUASE COMO UMA FILHA, USAR CALÇAS JEANS E SUÉTER SURRADOS NO PRIMEIRO ENCONTRO DELA!

– Mas... - comecei.

– VENHA - gritou me puxando pelo braço. - EU VOU TE LEVAR A UMA LOJA DE ROUPAS DESCENTE, ONDE VENDEM ROUPAS DESCENTES!

– Mas eu ainda estou de pijama!– exclamei. - Deixe-me pelo menos trocar de roupa!

QUE SE DANE O SEU PIJAMA DE PATINHOS, ENNELIZE! - [N/ Elmond: Patinhos? Sério isso? HAHAHAHAHA! TE ZUAREI ENTERNEMENTE!] Tente só para ver, maninho.

Ela me levou porta afora e aparantou. Quando abri os olhos nós estávamos no Caldeirão Furado e eu ainda estava de pijama.

Ela me puxou pelo bar e me levou ao lugarzinho da parede de pedras que lavava ao Beco Diagonal, - eu até tentaria me esforçar para lembrar o nome, mas estava com muito sono - bateu no tijolo e a parede se tranformou em um arco de pedras.

Tia Bruna me puxou pelo Beco e eu vi várias cenas realmente improváveis: Meg e Elmond sentados em uma mesa da sorveteria se beijando; a professora McGonagall dançando Gangnam Style no meio da Floreios e Borrões e, a mais imprssionante de todas: Marianna estava no telhado da loja Artigos de Qualidade para Quadribol usando uma roupa punk e fazendo um show de rock.

Fui arrastada pela minha tia, que aparentemente estava louca, pelo Beco Diagonal até a Travessa do Tranco. Lá ela parou em frente a uma loja cuja a fachada era pintada de cor-de-rosa e as vitrines exibiam vários vestidos, algumas joias e sapatos de salto alto.

– O que raios essa loja está fazendo na Travessa do Tranco? - perguntei.

– Ah - respondei tia Bruna, - ela não conseguiu uma localização melhor. E também, ela achou que esse povo daqui precisava de algo um pouco menos... das Trevas. Venha!

– Não me surpreenderia se o a loja fosse à falência - resmunguei enquanto seguia tia Bruna para dentro da loja.

Chegando lá fiquei boquiaberta. A atendente era uma mulher alta, de cabelos negros e longos e olhos da mesma cor.

Mãe?– perguntei pasma.

Mas você deve estar se perguntando: "Mas você é uma bruxa, por que está tão assustada assim pela sua mãe ter uma loja na Travessa do Tranco? Vários bruxos frequentam a Travessa do Tranco." Bom, é pelo simples fato de que: minha mãe é uma trouxa. Ela e o meu pai se separaram a anos. Eu só a vira uma vez depois do divórcio, no dia do seu casamento com um outro trouxa.

– Ennelize! que bom ver você, minha querida! - exclamou ela sorridente. - O que a traz aqui?

– Também gostaria de saber - murmurei.

– Ela veio comprar um vestido! - respondeu minha tia. - Para o seu primeiro encontro. Sabia que ela não tem nenhuma roupa descente?

– Meu Deus! Como assim?

As duas continuaram conversando por longos minutos sobre as minhas roupas e sobre qual vestido ficaria melhor em mim. Até que, depois de me fazer provar um milhão de vestidos e sapatos diferentes, elas escolheram um vestido azul e sandálias da salto.

Fiz uma careta ao me olhar no espelho. Aquela não era eu. Eu era o tipo de pessoa durona que vivia com um suéter ou uma blusa simples e uma calça jeans surrada. A garota do espelho era o tipo de garotinha romântica delicada e apaixonada que amava rosa e só usava vestidinhos e saia. [N/ Elmond: O que eu não daria para ver essa cena?]

– Linda! - exclamou mamãe.

– Vamos levar esse - declarou tia Bruna.

– Agora eu já posso trocar de roupa? - perguntei. Minha tia franziu a testa.

– Aquele pijama ridículo? Nos livramos dele. Junto com aquelas pantufas de coelhinhos.

Essa foi a minha vez de gritar:

– VOCÊS JOGARAM O SR. E A SRA. PUFFS NO LIXO?

Saí correndo da loja até a lixeira. Lá encontravam-se o meu pijama e as minhas pantufas. Peguei-as e as abrecei.

– Não se preocupem - murmurei. - Ninguém nunca mais vai machucar vocês. Vocês vão viver felizes para sempre e ter vários coelhinhos.

– Ennelize - falou minha mãe, - você deu nome para as pantufas?

– Mas são coelhinhos tão fofinhos!

Elas me olharam boquiabertas. Eu sabia que nenhuma pessoa maior de 6 anos em sã consciência daria nome às pantufas, mas... eu era eu.

Depois que elas se recuperaram do choque de me ver falar com o sr. e com a sra. Puffs, tia Bruna pagou as coisas e me levou para casa. Ela passou horas me torturando com o que ela chamou de "preparativos". Depois que terminou ela saiu andando pela casa falando sozinha me deixou no meu quarto.

Lá pelas cinco da tarde, a campainha tocou e eu atendi a porta. Parado ali na frente estava ninguém menos que Carlos, um alno da Grifinória por quem eu tivera uma queda durante os meus dois primeiros anos em Hogwarts. Ele tinha cabelos castanhos e olhos cor de mel. Mesmo que não gostasse mais dele, tinha que admitir que o cara era uma gato. Porém um completo idiota.

– Olá, Ennelize - falou ele. - Vejo que você está pronta.

– Ah! Então era com você que eu ia sair?

– Sim. Não me diga que esqueceu?

– Não. Na verdade, eu não sabia. É diferente.

Ele revirou os olhos e me ofereceu o braço. Eu o peguei e saímos em direção ao jardim. Não me dei ao trabalho de avisar à minha tia, pois sabia que ela estava olhando pela janela.

– Então.. para onde vamos? - perguntei.

– Você vai ver.

– E como nós vamos? Se você esqueceu, nós ainda não podemos aparantar.

Ele sorriu e me puxou pelo jardim, até que ele parão ne frente de... Ah, não! Aquilo não era... Aquilo não poderia ser...

– Um hipogrifo azul?– indaguei.

Ele abriu um sorrisinho.

– Achei que você ia gostar. Por quê? Você preferia que nós usássemos vassouras?

– Não! - exclamei. - É só que... é um hipogrifo azul. Tem ideia de quanto tempo eu esperei para ver um desses? Estou prestes a roubar o seu.

– Ah, mas ele não é meu. Ele é do Hagrid. Um pequeno favor para um amigo.

Franzi a testa. Até onde eu sabia, Hagrid e Carlos não eram amigos.

Ele me levou para um restaurante trouxa fast food e eu fiquei tipo: Sério? Eu tive que me arrumar toda, ser torturada pela tia Bruna e quase perderas minhas pantufas para vir em um restaurante fast food? Mas apesar de tudo, preferia isso do que um restaurante chique.

A noite passou rápida e logo ele me levou de volta para casa. Carlos até que era uma cara legal, mas eu preferia o hipogrifo azul.

Chagamos em casa e eu ia me despedir dele, só que ele me pegou e me beijou.

Quando ele me soltou não era mais Carlos que estava na minha frente.

Era o Potter.

– O que diabos... - comecei.

Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas...

– ENNELIZE GARRIAN STANFORD! - eu ouvi a voz de Meg.

Me sentei na cama e percebi que estava encharcada. Meg estava com um balde d'água vazio na mão.

Precisa mesmo do balde d'água?

– Você faz ideia de que horas são? - retrucou ela.

– Oito? - chutei.

– Onze.

Eu arregalei os olhos.

Onze? Você tá de brincadeira com a minha cara, né?

– Não. Você pode até conferir se quiser. Ah, e com o que você estava sonhando?

– Como você sabe que eu estava sonhando?

– Você estava falando.

– E o que, exatamente, eu falei?

– Alguma coisa sobre a sua tia Bruna, encontros, pijama de patinhos, Beco Diagonal, shows de rock, sr. e sra. Puffs e hipogrifos azuis.

– Resumindo: minha tia Bruna surtou porque eu não tinha uma roupa "descente" para o meu tal encontro e me arrastou para o Beco Diagonal com um pijama de patinhos. Marianna fez um show de rock no telhado, sr. e sra. Puffs é o nome que eu dei para as minhas pantufas de coelhinhos e o garoto com quem eu ia sair me levou em um hipogrifo azul.

– Uau.

– É. Uau mesmo. Agora, você guardou alguma coisa do café da manhã pra mim? Eu estou morrendo de fome.


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