Altas Loucuras em Hogwarts escrita por Guedes


Capítulo 22
"Você sabe que sim"


Notas iniciais do capítulo

HELLO, PEOPLE! EU SEI QUE EU DEMOREI PRA CARAMBA, MAS O IMPORTANTE É QUE EU VOLTEI E NÃO ABANDONEI A FANFIC.
Enfim, eu poderia começar dizer que eu tinha um motivo realmente bom para a minha demora absurda, mas é o do surto de criatividade de sempre. Aí quando a minha criatividade e determinação de escrever voltaram, eu percebi uma coisa meio... triste.
A fanfic está no final, guys. Eu explico pra vocês a situação lá embaixo, por que se não a nota vai ficar grande demais e tem mais coisa que eu quero escrever aqui em cima.
Ah, só pra piorar um pouquinho a situação...depois desse a gente só tem um epílogo.
E agora, PELAS CUECAS LISTRADAS DE MERLIN, VOCÊS QUEREM ME MATAR! TRÊS RECOMENDAÇÕES NO ÚLTIMO CAPÍTULO, É ISSO MESMO PRODUÇÃO? Eu amei cada uma delas! Muuuuuuuito obrigada mesmo, EliminatorVenom, Mari Di Angelo e Helo Weasley! Esse capítulo é pra vocês!
P.S.: ignorem o título péssimo, eu só coloquei ele porque era isso ou nada. E, bem, não tem como postar o capítulo com a opção "nada".



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POV Ennelize

Apesar de não fazer a mínima ideia de como fora parar lá, me pareceu meio óbvio que eu estava na Ala Hospitalar. Senti alguma coisa em volta da minha cabeça e deduzi que fosse alguma bandagem que Madame Pomfrey colocara.

Eu me sentei com muita dificuldade e olhei ao redor. Todas as outras camas estavam vazias. Em uma cadeira ao lado da minha Alvo cochilava com a cabeça apoiada em seus braços cruzados em cima da minha cama.

Sorri ao vê-lo. Me perguntei se ele ficara ali o tempo todo e se até mesmo fora ele quem me levara para lá. Provavelmente sim. Eu me lembro de ter o visto no final do corredor antes de... antes de acontecer o que quer que tenha acontecido.

– Alvo – eu sussurrei cutucando-o. – Alvo. – Falei um pouco mais alto. Ele levantou a cabeça sonolento, mas quando me viu arregalou os olhos.

– Ennelize! – exclamou. – Você está bem? – Assenti com a cabeça. -Eu estava tão preocupado... – sussurrou ele se sentando na cama e acariciando o meu rosto. Sorri internamente com isso.

– O que aconteceu? – sussurrei. – Eu me lembro de sair andando, e de ser lançada para frente... e depois mais nada.

– Bem, digamos apenas que Stéfany conseguiu realizar um feitiço mesmo com aqueles dentes. Ela usou o Flipendo e você bateu com a cabeça em uma mesa e ficou desacordada. Eu te trouxe aqui. – Ele fez uma pausa. – McGonagall quer falar com você quando estiver se sentindo bem... Me desculpe, mas não tinha como trazer vocês aqui sem que ninguém ficasse sabendo que vocês duelaram. E por falar nisso, por que vocês fizeram isso, hein?

Respirei fundo e contei toda a história, desde a parte do Salão Comunal até ali. Ele me olhou sério.

– Ela estava mentindo – declarou prontamente. – Sobre nós realmente terminamos – explicou. Eu sorri.

– Imaginava isso – murmurei, e ele me abraçou.

– Ei – disse subitamente se afastando um pouco -, o que foi aquilo que a Stéfany disse sobre a sua mãe?

Suspirei. Não gostava daquela história nem um pouco.

– Meu pai não contou a ela que era um bruxo antes deles se casarem e ela só foi descobrir isso mais tarde, tipo, quando eu tinha nove anos e transformei acidentalmente a vassoura do pai em uma cobra por ele não me deixar eu voar nela. Minha mãe ficou furiosa com ele e foi embora, a última vez que eu a vi foi em um casamento dela com um trouxa.

Alvo ergueu uma sobrancelha.

– Transformou a vassoura do seu pai em uma cobra? – Eu corei.

– Acidentalmente – murmurei.

Ele riu.

– Ah, vamos lá! Você é uma criança normal vivendo uma vida normal e então vê o seu pai chegar em casa voando em uma vassoura. Qual é a primeira coisa em que você pensa? “Eu quero fazer isso também!”

– Você é inacreditável – ele declarou.

– Isso foi uma ofensa ou um elogio? – questionei erguendo uma sobrancelha.

– Definitivamente u...

– Senhorita Stanford! – exclamou a Madame Ponfey assim que saiu da sua salinha e me viu acordada. – Senhor Potter, por que não me chamou assim que ela acordou? – ela lançou um olhar furioso à Alvo.

– Ela acordou há menos de um minuto, eu já ia chamar a senhora – mentiu ele. A mulher balançou a cabeça negativamente e o enxotou de onde estava sentado. Ele se levantou e ficou ali enquanto ela conferia os meus machucados, me enchia de perguntas sobre como eu me sentia e resmungava alguma coisa sobre adolescentes inconsequentes que duelam por qualquer besteira.

Ela disse que eu passaria mais aquela noite ali, mas que no dia seguinte seria dispensada.

– Como assim “mais essa noite”? – perguntei à Alvo quando ela foi embora. Ele mordeu o lábio e disse por fim:

– Você ficou um dia desacordada.

Um dia? – Ele não podia estar falando sério. Mas, para a minha infelicidade, ele assentiu.

– Um dia. Era por isso que estava todo mundo tão preocupado.

– Meu pai não ficou sabendo disso, não é? – Ele fez uma careta. Eu gemi. – Ele vai me matar.

Alvo se sentou de novo na cama, só que dessa vez do meu lado. Ela passou seu braço pelos meus ombros e me apertou contra seu corpo.

– Só por cima do meu cadáver – sussurrou no meu ouvido, o que me fez sorrir. Eu coloquei minha cabeça em seu ombro e me aconcheguei. Acabei pegando no sono daquele mesmo jeito.

***

Era exatamente uma hora e quinze da tarde do primeiro sábado de visitas a Hogsmeade desde o meu duelo com Stéfany. Eu estava atrasada.

No final das contas, a história do duelo tinha gerado um longo esporro da diretora em três sessões de detenções na Floresta Proibida com o Hagrid para mim e uma longa longa semana na companhia de Filch e Madame Norra limpando todos os armários de vassouras desse colégio.

– Me desculpe – eu disse para Alvo assim que cheguei na porta do castelo e o encontrei sentado nas escadarias me esperando. – Eu perdi a noção do tempo.

Ele sorriu.

– Sem problemas. Vamos? – Me ofereceu o seu braço que eu aceitei.

O dia estava lindo lá fora, e eu fechei os olhos enquanto caminhava, me deleitando com o fraco calor do sol e a presença de Alvo. No meio daquela semana ele tinha me procurado e dito que “nós nunca tivéramos um primeiro encontro oficial”, eu tentei retrucar e dizer que sinceramente não me importava com isso mas ele apenas sorriu e disse para lhe encontrar no dia de visitas à Hogsmeade na entrada do castelo às uma da tarde. Depois disso ele me deu um selinho e saiu andando sem me dar chances de contestá-lo.

Ele me levou para um pequeno restaurante quase nos limites permitidos para os alunos no povoado.

– Você está linda – comentou depois de se sentar à minha frente na mesa. – Nunca imaginei que algum dia fosse vê-la usando batom vermelho.

Eu ri.

– Aposto que no início do ano você não imaginava que estaria me levando para sair – retruquei. Ele sorriu.

– Realmente, se alguém me contasse isso ainda no início do ano eu riria e diria que era uma das melhores piadas que eu já ouvi.

– Sabe, geralmente esse não é o tipo de coisas que os caras dizem nos primeiros encontros...

Ele ergueu uma sobrancelha.

– Então o que os caras dizem nos primeiros encontros?

– Eu não faço a mínima ideia. – Houve um longo minuto de silêncio, no qual eu o fitei e ele pareceu bastante interessado no sal. – Então... nós vamos comer ou não? Eu estou com fome.

Ele riu e nós tivemos uma breve discussão sobre o que pedir. No fim das contas, pedimos lasanha. Estava gostosa, mas não gostosa no nível Hogwarts. Terminamos nossos pratos e deixamos para comer a sobremesa mais tarde na sorveteria.

– Então – comecei enquanto esperávamos que a moça que nos atendeu calculasse a conta – por que disso tudo?

Ele ergueu as sobrancelhas.

– Disso tudo o que?

– Essa coisa de primeiro encontro oficial.

– Ah – murmurou se endireitando na cadeira. Então deu de ombros. – Eu só queria que...

Ele foi interrompido pela chegada da conta. Poderia ser impressão minha, mas achei que ele ficou um pouco... aliviado por ter sido interrompido.

Depois disso nós fomos na sorveteria, na Gemialidades Weasley (Jorge Weasley havia comprado a Zonko’s alguns anos atrás) e na Dedos de Mel. A esse ponto nós estávamos cansados e resolvemos nos sentar embaixo de uma árvore que tinha perto da Casa dos Gritos.

– Agora você vai responder a minha pergunta? – perguntei. Ele fez cara de desentendido. – Por que isso de “primeiro encontro oficial”?

Alvo sorriu.

– Você sabe muito bem que eu não sou especialmente conhecido pela minha criatividade, não é? – Eu abri a boca para responder, mas ele levantou um dedo. – Isso foi uma pergunta retórica. – Assenti. – Voltando ao assunto, eu não sou criativo. Então, enquanto eu estava deitado no meu dormitório fitando o teto tentando acessar o meu raso poço de criatividade eu percebi que nós nunca tivéramos um primeiro encontro oficial.

– Tá, mas o que a sua criatividade tem a ver com a minha pergunta?

Ele me lançou um olhar aprovador, como o que os professores lançam aos alunos quando eles fazem uma pergunta inteligente ou a que eles estavam esperando.

– Tem a ver, senhorita Stanford, que eu percebi que esse é o tipo de coisas que casais oficiais fazem – ele disse sorrindo. – Mas...

– Nós não somos um casal oficial – completei começando a entender a linha de pensamento dele. – Você sabe que eu realmente não me importo com isso, não é?

– Eu sei que não. Mas eu me importo... – ele fez uma pausa – e o seu pai também.

Arregalei os olhos.

Como?!

Ele tirou um pedaço de pergaminho de um bolso interno do casaco e me entregou.

– Eu recebi isso na segunda feira – explicou.

Eu podia visualizar o meu pai sentado na escrivaninha do seu quarto rabiscando com força o pobre pergaminho enquanto pronunciava as palavras em voz alta, do jeito que fazia quando estava com raiva ou frustrado, como se a cena estivesse se passando na minha frente.

A carta era curta e clara.

Potter,

Eu fiquei sabendo que você andou se envolvendo com a minha filha e que esse foi o motivo do duelo dela com aquela outra garota outro dia.

Isso é verdade?

Se for, acho melhor que você tenha uma boa explicação para isso, e que se acerte com ela logo. Caso o contrário, peço que se distancie.

Desculpe-me o incômodo, eu só quero o melhor para a minha garotinha.

Com a melhor das intenções,

Charles Stanford

– Ah, mas eu vou MATAR o meu pai! – gritei assim que terminei de ler. – Por que ele não simplesmente escreveu para mim?! Eu sou a filha dele! Ele... ele não tem... ARGH!

Eu me levantei em um pulo e saí andando. Não conseguia ficar parada. Tinha que mandar uma coruja furiosa para o senhor Charles Posso Controlar os Relacionamentos da Minha Filha Stanford. E achar Elmond. Eu tinha certeza absoluta de que fora ele quem dissera isso ao meu pai! Desgraçado!

– Ennelize, espera! – gritou Alvo me segurando pelo pulso. Eu parei e me virei para ele. – Eu ainda não acabei. Eu realmente não me importo com a carta do seu pai. Sério. Quer dizer, se fosse a minha filha eu iria querer que ela se ajeitasse e fosse feliz... Enfim, basta dizer que eu entendo. E além do mais... – Ele fez uma pausa um pouco longa demais para o meu gosto.

– E além do mais... – incentivei. Ele sorriu.

– E além do mais, eu já estava querendo acertar as coisas estre nós mesmo.

– O que você quer dizer com isso, Alvo? – perguntei com o meu coração começando a bater acelerado.

Ele me puxou para perto de si, passou seus braços pela minha cintura e limpou a garganta.

– Ennelize Stanford – disse em um falso tom formal -, você aceita namorar comigo?

Eu ri.

– Você sabe que sim.


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Notas finais do capítulo

Agora, às explicações. Eu realmente não queria parar de escrever essa fanfic, fiquem sabendo disso. MAS quando eu estava escrevendo esse capítulo eu parei para pensar o que aconteceria depois e percebi que eu realmente não tinha boas ideias. Então eu resolvi parar do que estender e ficar uma porcaria. Foi mal, pessoal, mas é pro bem da história. Há algum tempo que eu sabia que a fic se aproximando do fim, mas só agora que eu me toquei que estava TÃO perto assim.
Muitas vezes eu prometi que continuaria a escrever até aonde a minha criatividade me levasse, e ela me levou até o próximo capítulo. Como disse a própia tia JK: "Nós sabemos que vai acabar, mas você não consegue se preparar para isso."
E olhem pelo lado bom, eu ia parar por aqui, mas eu tive aquela ideia e eu TENHO QUE escrever ela! Então eu resolvi fazer um epílogo :=) Eu já até tenho uma parte escrita.
Agora, deixem a opinião de vocês sobre o capítulo logo ali em baixo naquela caixa mágica que o epílogo sai mais rápido!
É, último capítulo da fanfic e eu vou ficar mendigando reviews pra vocês. Já eram pra estarem acostumados.
(E NADA DE NÃO DEIXAR REVIEW PRA FICAR CHORANDO PELO BRASIL, ENTENDERAM? OU EU VOU FICAR MUITO BRAVA! Afinal, quem liga pra futebol? Nós chegamos nas finais da COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL! :=D Por falar nisso, eu criei uma conta nova no Pottermore: SickleSpell27486, se alguém tiver me adicione lá.)