Altas Loucuras em Hogwarts escrita por Guedes


Capítulo 13
...Mas nem tanta assim


Notas iniciais do capítulo

Não me matem por não ter postado o capítulo ontem, eu só não fiz isso em uma vã tentativa de escrever mais alguma coisa. Sobre isso, o capítulo ficou pequenininho, mas se eu fosse escrever mais demoraria mais tempo e já estou atrasada.
Caso alguém não tenha entendido o título, o nome do capítulo anterior é "Paz...", é como se eles se completassem: "Paz... Mas nem tanta assim".
Esse capítulo é dedicado à Thais Gaya Valdez pela linda recomendação



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POV Ennelize

Eu passara tanto tempo pensando em como o Potter era um grande idiota, que nunca percebera o quanto ele era um grande amigo.

Depois do nosso tratado de paz, ficamos horas andando por aí e conversando.

– Vamos lá - disse Alvo -, diga-me algo sobre você que eu não saiba.

– Humm... - pensei. - O Chapéu Seletor disse que eu me daria incrivelmente bem na Lufa-Lufa.

Alvo ergueu uma sobrancelha.

– Ele disse mesmo isso?

– Bem, não com essas palavras, mas foi algo do tipo - respondi dando de ombros. - Agora me diga alguma coisa sobre você que eu não saiba.

Ele pensou por um segundo.

– Sou viciado em café - disse, por fim.

Bufei. Sério mesmo que ele achava que eu não sabia disso?

– Pelas barbas de Merlin, Potter, assim você insulta a minha inteligência - falei. Ele franziu a testa, confuso. - Eu sei que você é viciado em café, eu deduzi isso.

– Mas como…?

– É simples: você vira e mexe está com olheiras, mas mesmo assim nunca aparenta estar com sono, mesmo no dia seguinte da sua ronda, o que me leva à mais lógica das soluções: café.

– Uau… Eu… É tão óbvio? - perguntou ele, meio surpreso.

– Na verdade, eu não sei - respondi me encolhendo. - Quando você é uma pessoa observadora, passa a confundir os detalhes com os fatos óbvios.

Nós ficamos andando por mais alguns corredores em silêncio. Havia algo de reconfortante naquele silêncio, talvez fosse porque pela primeira vez não fosse um silêncio forçado, ou no qual estávamos nos fuzilando com os olhos. Era amigável, e, de certa forma, também era estranho. Mas eu gostava.

Como geralmente eu fazia, examinei Alvo: ele tinha as mão nos bolsos do casaco; olhava fixamente para frente, parecendo pensativo; como várias vezes antes estava com olheiras; sua postura era levemente curvada para frente, um sinal de cansaço e seus cabelos estavam bagunçados como sempre.

– Alvo, quantas horas você dormiu essa noite? - perguntei.

Ele olhou para mim sobressaltado e com as sobrancelhas erguidas numa clara pergunta: o que você disse? Eu não ouvi.

– Quantas horas você dormiu essa noite? - repeti.

– Hum, deixe-me ver... - ele comentou pensando. - Já eram quase onze e meia quando eu voltei para o meu dormitório na Sonserina, depois eu ainda devo ter demorado umas boas duas horas para dormir… e eu acordei eram seis horas… Quatro - disse por fim.

– Meu Deus, Alvo! - exclamei. - E o que você acha que está fazendo aqui? Vai dormir!

– Mas tem o jantar… - ele falou.

– Eu mando o Malfoy levar comida para você no seu dormitório, para o caso de você acordar no meio da noite com fome - eu falei. - Agora vai– eu pontuei a última frase com uma empurrão nas suas costas em direção ao salão da Sonserina. Ele revirou os olhos e foi.

– Ah Ennelize! - ele chamou quando já estava um pouco distante.

– O que foi? - perguntei. Ele abriu um sorriso maligno.

– Você ainda está de detenção - disse.

Semicerrei os olhos, tentando lançar todo o ódio que conseguisse naquele olhar, mas ele apenas riu e seguiu o seu caminho.

Um pouco mais longe, eu o vi cobrir a boca com a mão, em algo que deduzi ser um bocejo.

***

No dia seguinte eu acordei, de certa forma, me sentindo melhor.

Não que antes eu estivesse ruim, mas… Apesar de ainda fazer frio, o céu amanhecera em um lindo tom de azul, não havia uma nuvem nele, os pássaros cantavam felizes, as pessoas riam alto nos corredores e eu me sentia, de alguma maneira, mais feliz.

Eu andava pelos corredores saltitando de leve e cantarolando e não conseguia tirar aquele sorrisinho bobo do meu rosto - mesmo com as insinuações de Meg e Mariana de que isso estava correlacionado ao fato de eu e o Potter termos feito as pazes (e era mesmo, porém eu jamais admitiria isso à elas, pois aí eu teria de dizer que eu estou apaixonada por ele, e eu definitivamente não estava disposta a fazer isso).

Mas havia um problema problema: o dia estava até bem demais.

Não que eu fosse uma pessoa pessimista, mas eu também não era exatamente otimista. Sei lá, era como um pressentimento de que algo de ruim ia acontecer. Por mais que eu tentasse me livrar dele, ele continuava lá. Por isso, tentei ignorá-lo o máximo o possível.

Infelizmente, o dia estava melhor apenas dentro da minha cabeça. Fora dela… digamos que nem todo mundo estava tão feliz assim.

O dia tinha ocorrido normalmente, até depois do jantar. Eu tinha pegado um atalho para o Salão Comunal da Corvinal que basicamente ninguém usava, quando uma figura loira interrompeu o meu caminho: Stéfany.

– O que você quer? - perguntei impaciente.

– Sou eu que te pergunto isso: o que você quer com o meu namorado? - retrucou ela.

– Mackenzie, até ontem nós nos odiávamos. Acha mesmo que vamos ter alguma coisa da noite pro dia?

– Eu não sei - respondeu ela chegando mais perto de mim. Devia haver apenas uns dez centímetros entre nós, mesmo assim não me afastei, nem desviei o meu olhar do seu, que era de puro ódio. - Deve haver um motivo para o qual ele lhe propôs paz. E um motivo para o qual você aceitou.

– Bem, eu aceitei mais porque já estava sinceramente cansada de arrumar confusão com Alvo, e esse anos nós temos que nos concentrar mais por causa dos N.O.M.s…

– Não seja ridícula, Stanford - sibilou ela. - Mas fique avisada, se eu descobrir que tem alguma coisa, uma única coisinha sequer, entre você e o meu namorado, vai se arrepender.

Eu sorri sarcástica.

– Te desafio a tentar - minha voz foi quase como um sussurro, mas foi alto o suficiente para ela ouvir, apenas ela, e ao fazê-lo seu rosto se contorceu em uma careta de raiva.

– Eu te avisei - sussurrou só para que eu ouvisse. E depois foi embora.

Eu te avisei... Stéfany iria se vingar. Droga.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews? Sim? Não? Deixem sua opinião na caixa ali embaixo I I
Ah, eu não sei se vocês viram, mas temos capa nova :=D



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