Altas Loucuras em Hogwarts escrita por Guedes


Capítulo 10
Hipogrifos à solta - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Voltei dos mortos. Bom, aqui está o capítulo, e obrigada às pessoas que deixaram comentários no anterior! Sobre isso, eu falo com vocês nas notas finais.
Espero que gostem do capítulo!



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POV Alvo

Nunca, jamais, em hipótese alguma concorde com um plano criado por Ennelize Stanford: ele é difícil e você corre sérios riscos de cair da vassoura.

Mas caso algum dia ela pergunte, eu não disse isso.

O plano consistia em basicamente tentar montar nos hipogrifos em pleno ar e depois fazer com que eles desçam. Teria sido umas um milhão de vezes mais fácil se eles não tentassem voar para longe de nós toda vez em que nos aproximávamos.

As pessoas lá embaixo também não ajudavam em nada, eu podia ouvir quando de vez em quando uma delas gritavam "ELE VAI CAIR" ou então "ELA VAI SER MORTA POR UM HIPOGRIFO" ou "TRÊS GALEÕES QUE O POTTER VAI SOFRER ALGUM ACIDENTE!". (Essa última foi a minha querida irmã mais nova, Lílian. Obrigado, maninha, você foi muito motivadora.)

Era, além de perigoso, exaustivo. Depois do primeiro tudo o que eu queria era a minha cama. Na verdade acho que qualquer cama serviria.

Já Ennelize parecia estar se divertindo. Quer dizer, é claro que ela estava se divertindo. Estava ajudando hipogrifos e fazendo com que as pessoas pensassem que eu sou um idiota. Os dois ao mesmo tempo. Existe coisa mais divertida do que isso?

Ennelize estava trazendo o último dos hipogrifos para o chão quando eu vi Rose sair correndo da Floresta Proibida. E, como eu sou lerdo, eu gritei o nome dela, e, obviamente, ela não me ouviu. Eu fiquei pensando se ela tinha alguma coisa a ver com isso, mas resolvi que perguntaria depois.

De volta ao chão, eu amarrei o meu hipogrifo em uma das árvores na orla da floresta enquanto Ennelize pousava. Quando ela desceu do animal, quase caiu no chão e eu a segurei. Tomei consciência de que seu rosto estava a dois centímetros do meu.

– Você esta bem? - perguntei pra ela, que simplesmente assentiu. Nós nos entreolhamos por mais um segundo, antes dela se esgueirar dos meus braços.

Não sei por que, mas eu me senti estranho... como se não quisesse que ela fizesse isso.

Ela é Ennelize Stanford, lembrei a mim mesmo, você não pode estar gostando dela. E além do mais, você tem uma namorada. Que por acaso é a pessoa que ela mais odeia. A não sera, é claro, que a pessoa que ela mais odeia seja você.

Ela pareceu que ia dizer alguma coisa, mas nesse momento Hagrid saiu da Floresta Proibida seguido por Fred e Roxanne.

– Ah - comentou o gigante olhando para os hipogrifos amarrados. - Vocês trouxeram eles. Muito obrigado.

– Não tem de que - eu respondi.

Ennelize sorriu e deu de ombros.

– Gosto de hipogrifos.

– Novidade - comentei baixinho. Não era a minha intenção que ela ouvisse, mas ouviu e me lançou um olhar feio.

– Bem, eu gostaria de conversar mais com vocês, mas tenho que levar esses dois aqui - apontou para Fred e Roxy - para a McGonagall.

– Eu devia ter adivinhado que foram vocês que fizeram isso - falei mais para mim mesmo do que para eles.

Roxy sorriu fraco, o que eu achei estranho, já que normalmente os irmãos gostavam de se vangloriar por suas travessuras.

Hagrid saiu andando em direção ao castelo, me deixando novamente sozinho com a Stanford. Eu fiquei meio sem graça, pois há dois minutos atrás nós quase tínhamos nos beijado, e acho que ela também tinha percebido isso, por que também estava calada.

Mas o mais estranho de tudo, era que eu queria tê-la beijado.

Eu acho que eu estou ficando louco.

Sim, provavelmente eu estou ficando louco.

– Ér… Obrigado por me ajudar a… trazer os hipogrifos para o chão, e tudo mais - falei.

Ela olhou para mim, como se estivesse observando uma criatura rara e levemente engraçada. E então deu uma risada e disse:

– Não foi nada, Potter - E se virou para ir embora.

– Alvo - eu falei, sem pensar. Ela virou repentinamente, o que fez com que os cabelos negros girarem no ar (eu nunca tinha percebido antes como aquilo era lindo), e me olhou com uma sobrancelha erguida. - Pode me chamar de Alvo - expliquei.

Ela deu um sorriso torto.

– OK, Alvo.

POV Escórpio

Como Alvo estava passando o Dia das Bruxas com sua namorada nos jardins, eu fui procurar Rose. Ela não estava em lugar algum, por isso deduzi que não queria ser encontrada. Então eu resolvi passar o dia com os meus outros amigos.

Sim, eu tenho outros amigos além de Alvo e Rose. Não, eles não são a família deles. Sim, eles eram em sua maioria sonserinos filhos/netos de Comensais da Morte, mas isso não vem ao caso.

Enfim, eu estava andando pelos corredores, às dez horas da manhã, sem nada pra fazer. O que era uma pena, já que estava um lindo dia lá fora.

Se eu tivesse uma namorada, pensei, eu estaria lá fora com ela. E o dia estaria ótimo.

Imediatamente, Rose Weasley veio à minha cabeça. O será que ela estaria fazendo? Será que ela tinha sido raptada por um maníaco? Ou será que ela só não queria ser encontrada e estava trancada no seu dormitório na Torre da Grifinória?

Eu suspirei, essa garota era realmente incompreensível.

Foi preciso apenas um breve vislumbre da sua cabeleira ruiva virando no final do corredor, para que eu a reconhecesse. Imediatamente pus-me a segui-la, mas tinha um bom chute de para onde estava indo.

Ela parou na frente de uma parede do sétimo andar, que aparentemente era apenas uma parede, mas que eu sabia que nela estava a entrada para a Sala Precisa. Andou de um lado pro outro três vezes e depois parou encarando. Mesmo de longe eu pude perceber que soluçava.

Uma porta apareceu na parede e ela entrou. Eu saí correndo, a segurei antes que ela batesse e entrei.

Lá dentro havia uma cama de dossel, na qual Rose estava deitada com a cabeça enterrada no travesseiro, chorando, e uma lareira acesa.

Andei até ela e coloquei uma mão em seu ombro.

– Rose? - chamei.

– Vá embora! - ela exclamou, com a voz abafada pelo travesseiro.

– Não - respondi com a voz firme.

Ela ergueu o rosto do travesseiro e me encarou, seus olhos estavam vermelhos e seus rosto estava molhado de lágrimas. Isso meio que partiu meu coração.

No início, Rose era apenas a prima do meu melhor amigo, que eu gostava de irritar. Como tempo nós nos tornamos amigos. Agora, eu estava apaixonado por ela. Como isso acontecera? Eu não faço a mínima ideia.

O fato era que, agora, ela estava quase se afogando em suas próprias lágrimas e a única pessoa que podia consola-lá era eu. Eu.

– Oh, Rose - sussurrei indo até a cama e me sentando de frente para ela. - O que aconteceu?

– Eu s-s-soltei os hipogrifos - ela soluçou.

– Por que você fez isso? - Perguntei o mais delicadamente o possível. Eu não estava acostumado com isso, sempre vira Rose como uma garota forte e certinha. Agora ela estava chorando e confessando que provocara uma baita de uma confusão.

– Roxy e Fred - ela sussurrou, já tinha parado de soluçar -, eles me convenceram a fazer isso. Disseram que eu era muito certinha, que precisava ser um pouco bagunceira. Eles prometeram que eu só precisaria soltar um… mas no final me ofereceram para soltar o último, e eu concordei. Afinal, que diferença faria? - Ela deu uma risada amarga. - Eu já tinha quebrado as regras mesmo. Mas aí Hagrid chegou.

Ela fez uma pausa, enquanto olhava para a lareira, e então continuou:

– Ele ficou furioso. Disse que esperava isso de Fred e Roxanne, disse que até aceitava isso, vindo deles. Mas de mim… - Ela engoliu em seco. - Você deveria ter visto a cara dele, estava tão triste, tão decepcionado…

– Mas o que você tinha na cabeça quando aceitou fazer o que eles pediram?

Ela ergueu a cabeça e me olhou nos olhos, no fundo dos meus olhos, como se estivesse vendo tudo o que havia dentro de mim - todas as coisas boas, e todas as coisas ruins, principalmente as ruins. Isso me deu um arrepio.

– Em você - disse. - E no que me falou em Hogsmeade, que eu vivo com medo, e que tenho que parar de ser assim… Eu fiz isso para provar que você estava errado.

– Ah, Rose! - eu exclamei colocando as mãos na cabeça. - Eu não queria dizer realmente isso. Eu só te disse isso de implicância, porque…?

– Mas você estava certo - ela me cortou. - Eu realmente tinha que deixar esse medo de lado, eu só estava tentando vencer o medo errado.

Então ela se inclinou para frente e me beijou.

Mas, porque eu sou um grande idiota, eu afastei ela.

– Não sussurrei. - Ela me olhou confusa. - Você não quer me beijar. Você só está fazendo isso porque esta triste e confusa e eu estou aqui, te consolando.

– Mas se eu tivesse beijado você qualquer outro dia, você não teria me afastado, não é? - Ela questionou, havia algo na seu tom de voz que parecia… esperança.

– Sim - admiti. - Se fosse em qualquer outro dia eu não teria te afastado.

– OK - ela sussurrou, e se levantou da cama.

– Aonde você vai? - perguntei me levantando e seguindo ela.

– Para a sala da McGonagall - respondeu. - Tenho uma coisa a fazer.

POV Roxanne

– Eu poderia expulsar vocês, pelo o que fizeram - falou a professora McGonagall, quando terminamos de contar a história. Mas omitindo a parte que Rose estava envolvida nisso, é claro. Hagrid também não contribuiu com a verdade.

Eu e Fred nos entreolhamos, a nossa intenção era apenas fazer uma brincadeira, e não sermos expulsos.

– Mas professora… - começamos.

– Porém - continuou a professora - eu irei deixar a decisão com Hagrid. Afinal, os hipogrifos eram dele.

Dito isso, todos na sala olharam para ele.

– Não acho que seja preciso expulsá-los - respondeu o gigante. - Mas os dois cumprirão uma detenção comigo no próximo domingo, e no outro.

– Mas é o domingo inteiro? - perguntou Fred se recostando novamente na cadeira e fazendo careta.

– Se você preferir ser expulso - falou o outro -, fique à vontade.

Meu irmão engoliu em seco, e estava prestes a dizer alguma coisa, mas não chegamos a saber o que era, pois nesse momento a porta se abriu e lá estava…

Rose.

– Me desculpe, professora McGonagall - falou ela dando alguns passos para dentro da sala -, mas creio que Fred e Roxy tenham ocultado algumas partes da história.

A diretora franziu a testa e lhe lançou um olhar interrogativo

– Me desculpe, senhorita Weasley, mas eu não entendi.

– É que - ela tomou fôlego - Fred e Roxy não fizeram isso sozinhos, professora. Eu também participei disso.

Por um segundo, a professora pareceu incrédula, mas depois se recompôs.

– Bom - falou -, eu… realmente não esperava isso. Mas como fiz com seus primos, deixarei sua punição por conta de Hagrid. - E então olhou para o mesmo.

– A mesma coisa, professora - ele respondeu. - Estejam os três na minha cabana às nove da manhã do domingo que vem.

– Estarei lá - respondeu ela. - Boa tarde, professora, Hagrid. - Dizendo isso saiu da sala.

– Hã… Posso…? - apontei para a porta.

– Claro - respondeu a diretora.

Levantei da cadeira e desci correndo a escada.

– Rose! - gritei quando cheguei no corredor. Ela, que não estava a menos de dois metros à minha frente, se virou para mim.

– O que você quer agora? - Perguntou rude. Essa não era a Rose que eu conhecia. - Fazer com que eu me meta em mais alguma confusão que vai me deixar de castigo pelo resto da vida? Ou me dizer que essa não foi o bastante para a sua opinião?

– Rose… - eu falei com a voz embargada. - Eu só… Me desculpe.

Eu não consegui segurar as minhas lágrimas. Mas Rose pareceu não se importar com isso, ela me olhava com alguma coisa parecida com raiva e desprezo

– Só me faça um favor - disse - e nunca mais fale comigo.

Então se virou e foi embora, me deixando sozinha e chorando no meio do corredor.


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal, espero que vocês tenham gostado. Sobre os reviews, eu não vou mais exigir um certo número para postar o próximo capítulo, mas eu realmente gostaria que vocês comentassem. É só que eu gosto de saber a opinião dos leitores sobre a história. Quem sabe isso até não me estimularia a escrever mais rápido?
E sobre isso, eu não sei de quanto em quanto tempo eu vou postar os capítulos porque 1) minhas aulas voltaram; 2) eu não são mais uma pessoa mais TÃO desocupada assim; 3) agora eu também estou escrevendo uma outra fic, que, apesar de ser com uma amiga minha o que facilita a minha vida, eu também tenho que postar em um período no mínimo aceitável (caso alguém queira dar uma passadinha lá, o link é esse: http://fanfiction.com.br/historia/468135/A_vida_de_Valerie_Dursley/), porém 4) agora que eu descobri uma coisa chamada Google Drive e ganhei outra chamada Celular Descente eu posso escrever pelo telefone, o que facilita a minha vida. Então, enquanto isso talvez eu poste aleatoriamente, mas depois eu vou estabilizar um prazo. Ah, mas o de semana que vem já está garantido.
Céus, essa nota ficou gigante.
Espero ver vocês nos reviews, deixem sua opinião, nem que ela seja "Essa história está uma porcaria, odiei tudo nela".
Até!



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