Closer Gakuen escrita por Alana Alcer, Savie


Capítulo 7
Capítulo 7 - Confronto Direto


Notas iniciais do capítulo

Eu pretendia deixar o cap e a parte GrimmAngel bem maior... Pois tinha mais tópico pros dois resolverem, de toda forma, no geral seria aquilo, então acho que mimimi não faz bem a saúde e um cap resumido vai servir.
O próximo eu realmente vou tentar manter na linha das 4000 palavras.

~Kissus! Boa leitura :33



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O alarme espalha todo o alaurde pelo colégio. Os gritos e suspiros de alívio trazem consigo o fim do último período de aula das classes. O som das cadeiras se arrastando e dos passos desesperados do saguão até a saída eram ouvidos aos montes. Savannah levantava-se de maneira calma e suspirosa, agarrando sua bolsa e colocando a alça no ombro direito. Por fim ela encara Angela, e então recebe uma confirmação positiva com a cabeça da rosada.






— Você queria ajuda com os papéis, não é? - A dona dos olhos esmeraldados diz com um sorriso gentil e encantador.

— Sim, eu realmente agradeço Angela. Sabe, nós poderíamos pensar em algo mais divertido para fazer quando saíssemos.

— Certo. - A rosada se levanta e coloca sua mochila nas costas, se despreguiçando e elevando o torso para frente. Os seios dela mostraram todo o volume escondido antes pelas roupas, algo extremamente sensual e chamativo. Nesse momento, Savannah soube que se elas não estivessem sós na sala isso teria se tornado algo problemático.

— Ulquiorra virá nos buscar. Ele disse que passaria aqui após ajudar o professor com uma papelada.

— Então eu vou buscar algo pra beber. Você quer alguma coisa Savannah?

— Ah, me traz um café. - Ela já se preparava para pegar algumas moedas dentro da bolsa.

— Não se preocupe com isso, um café não é lá grande coisa Savie-chan.

— Mas eu...

— Sério, nós somos amigas não é? Um café ou outra coisa não importa.

Savannah solta um leve sorriso entre seus lábios, concordando quase que instantâneamente ao ouvir "amigas".

— Certo. Mas um dia eu irei pagar esse café.

— Boba. - A rosada sai rindo um pouco, enquanto Savannah se senta e começa a folhear uma revista de moda que ela pegou esta manhã em uma banca como amostra grátis.






As passadas da rosada ecoavam calmamente pelos corredores. Seus cabelos longos e a rosados pairavam sob o ar pelo constante movimento, exalando também seu doce cheiro. Ela finalmente parou para pensar o que queria realmente para beber, pensando em suco de ameixas, um pouco de néctar de maracujá ou até mesmo um simplista suco de laranja. Por fim, ela decide comprar para si uma simples latinha de guaraná, dando uma leve batida com sua mão direita em forma de um soco na palma da mão esquerda.

Seus passos se tornavam mais lentos ao notar que passos terceiros a acompanhavam. Conforme mais ela diminuía ou aumentava seu próprio ritmo, notava o mesmo tom nos passos alheios. Por fim, ela parou de súbito pelos corredores domados por paredes amareladas e um piso de madeira e olhou para trás de si, vendo uma silhueta ao seu ver repulsiva e digna de pena. Uma silhueta alta com pernas longas trajando o seu uniforme masculino, com uma cabeleira recheada em fios azulados e olhos na mesma coloração. O mesmo continha uma expressão irritada quase que automática o tempo inteiro. Sua bolsa estava com a alça apoiada em seu ombro.

A beleza dele era realmente admirável, as madeixas caíam suavemente por seu rosto extremamente fino e ao mesmo tempo viril. Continha uma certa aura envolta do rapaz, e ele encarava tudo com olhos frios e de maneira superior.

— Vai apenas me ignorar, patricinha? - A voz rouca dele ecoa, um leve tom rouco e sedutor com uma tonalidade grave.

— Sinceramente, você não tem mais o que fazer?

— Não responda a pergunta dos outros com outra. - Ele encara a janela, soltando um "Tch" entre os lábios.

— E desde quando você se importa tanto em ser ignorado por mim? - Ela se virou completamente na direção dele, com uma mão na cintura e um rosto irritado. - Isso não deveria ser um privilégio para você...?

Ela cruzou os braços com uma expressão emburrada. E então os olhos dela finalmente se viraram na direção do rapaz. Aos poucos ele pareceu ficar sem contra-argumentos, colocando uma mão no queixo e estreitando os olhos levemente pensativo. Ele pensou e pensou, assim como virou o rosto em várias direções opostas para ver se conseguia manter sua atenção em algo concentrativo. Sem mais opções, ele solta um suspiro e coloca as mãos nos bolsos.

— Esse não é o caso. - Ele finalmente joga as palavras de súbito. Coçando um pouco a cabeleira azulada. Aquilo causou um tique nervoso na rosada que pareceu irritadiça com tal ar desleixado.

— Você pensou de mais!

— Eh? E qual o problema miss pink?

— O que você pode falar com esse cabelo punk e azul?

— PARA DE RESPONDER MINHAS PERGUNTAS COM OUTRAS PERGUNTAS!

— SÃO PERGUNTAS NÃO COERENTES SEM NECESSIDADE DE UMA RESPOSTA, POR QUE VOCÊ SE IMPORTA TANTO?!

Ambos se encaravam irritados. A garota simplesmente se virou na direção oposta e começou a andar, e o rapaz tornou a seguí-la. Irritada, ela se vira novamente, e se apronta para jogar palavras rudes para o rapaz. Porém, no mesmo instante, ele alocou as mãos contra a parede imprensando a posição de Angela contra a mesma. Ela pareceu assustada, o encarando durante alguns segundos e por fim criando coragem para tentar empurrá-lo para afastá-lo de si... Um esforço inútil. O corpo dele era robusto e pesado demais para qualquer tentativa dela, algo frustante e irritante. A proximidade do rosto de ambos era extrema. Isso claramente a deixou nervosa.

— Qual o seu problema? Você simplesmente trata as pessoas como quer e depois quer se perguntar por que elas te odeiam? - Ela faz uma pausa e tenta medir as palavras, mas ela não consegue segurar mais em sua garganta o que tinha cravado. - O mundo não gira em torno de você, seu idiota egoísta e impulsivo!

Ela disse com o rosto virado para o lado, evitando encará-lo. Ela soltou as palavras ao ar nervosamente, como se aquilo realmente a irritasse. O rapaz azulado simplesmente permaneceu parado prendendo-a entre seu torso, seus braços e na parede.

De alguma forma, o rapaz realmente pareceu afetado com aquilo. Ele simplesmente não sabia o que dizer nessa situação com esse clima, e principalmente não sabia o que dizer contra os argumentos dela. Isso o deixava irritado, mas ele estava irritado por não poder argumentar contra isso. Ele sabia o tempo inteiro que ele esteve errado e principalmente que ele estava vendo as coisas de maneira egoísta. Mas ele nunca se importou verdadeiramente com isso, ninguém parecia se importar, e os que se importavam apenas tinham medo demais para confrontá-lo. Esta foi a primeira vez que alguém gritou com ele com fúria, com raiva ou até mesmo com irritação. Ao mesmo que aquilo o agradava, era extremamente irritante.

O tom que ela usava, os gestos. Tudo nela o irritava. Ele não conseguia compreender exatamente o porquê, muito menos entendia o por que dela mostrar tanto interesse quando Loly apareceu na sala. Ele também não entendia o que ele mesmo estava fazendo no momento e por que necessitava tanto confrontá-la para tentar entender. Ele não conseguia enxergar através dessa garota, algo que por muitos anos ele fez com frequência. Ela não se mostrava interessada nele por sua aparência, ou por o mesmo ser popular, ou por ele ter um corpo trabalhado, ou por ele ser o capitão do time de basquete, ou por ele tirar notas boas. Mas algo nele a interessava, ele sabia disso por algum motivo. E isso atiçou a curiodade de felino do mesmo.

— Qual o... Meu problema? - Ele pareceu confuso com essa pergunta. E a rosada pareceu confusa com a confusão dele. (N/A: Bugou com isso né?)

Ela o encarou suspresa. Como se não compreendesse o rapaz a sua frente ou o que ele emanava no momento. Por uma única vez em todos os seus encontros, ela viu finalmente algum rastro de outro sentimento além da irritação e raiva que ele sempre emanava.

— Não importa, apenas me deixe ir e volte para a sua namorada de fachada. - Ela o empurra, e dessa vez se liberta. O rapaz se mantinha estático encarando ela se afastar.

Ele suspirou e encarou a janela, vendo as pessoas caminhando para suas respectivas salas.

— Você não tem nada a ver com isso sua vadia louca...






— Aqui, trouxe o seu--

Uma cena extremamente embaraçosa. Angela acabou entrando na sala enquanto Ulquiorra colocava Savannah contra o quadro negro e a beijava. Um beijo recíproco enquanto as mãos da moça de cabelos arroxeados envolviam gentilmente as costas do rapaz. Eles se soltavam lentamente e encaram Angela, ambos com o rosto avermelhado. A representante de classe se afasta do rapaz e pigarreia fortemente, enquanto ele apenas posicionou uma das mãos em seus bolsos e a outra em sua boca, encarando a janela extremamente encabulado.
Angela teve uma crise de risos, algo que contagiou Savannah. O rapaz extremamente empaledecido permaneceu encabulado.

— Eu não sabia, sério, me desculpem! - Ela tentava falar entre seus risos, algo que realmente contagiava Savannah.

— N-Não tem problema. - O rapaz suspira e encara ambas com sua apática face inexpressiva.

— Bem, acho que já podemos ir, né?

— Ah, aqui está seu café. Advinha quem eu encontrei no caminho? - Ela fechou a cara em uma expressão enojada. (Algo como uma excalibur face).

— Se eu fosse boa advinhando, já o teria feito. - Ela pega a latinha de café e a abre, tornando a despejar o conteúdo sob a boca e engolindo. - De quem estamos falando?

— Do seu irmão todo bonzão, que todas as garotas piram e eu não sei por quê!

Savannah ri um pouco.

— Ué, e por que ele ser popular te irrita tanto? Isso pra mim cheira a puro ciúmes sabia? - Savannah diz num tom provocativo, se sentando sob uma das carteiras e cruzando pernas e braços.

— Ci-C-Ciúmes?! Daquele brutamontes sem cérebro e que só lida das coisas com os músculos? Obrigada, mas não! - Angela começa a negar com gestos repetitivos com as mãos.

— Então por que a palavra ciúmes te incomoda tanto? - Dessa vez, a voz do rapaz ecoou. Calma e extremamente séria, sem um pingo de emoção ou verdadeiro interesse naquilo.

— Por que ela disse algo sem nexo, Ulquiorra-san... - Ela dizia girando a caixa alaranjada de suco qual ela comprou para si mesma, enquanto pareceu encabular-se.

— Bom, eu não vou mais te incomodar com isso se você manter os meus negócios com o Ulquiorra em silêncio. Seria mal para minha reputação como representante da classe ficar de pegação pelas paredes do colégio.

— Mais especificamente, pelo quadro, não é? - Ela tem outra crise de risos, despejando um pouco do suco para fora. A cena contagiou Savannah, que riu discretamente desta vez.

— Engraçadinha. E eu achando que você iria correr envergonhada.

— Eh? E por quê? É normal namorados... F-Fazerem esse tipo de coisa não é?

— N-Namorados? Como tirou essa conclusão?

— Está dizendo que nossa relação era pra ser um segredo, Savannah? - Ulquiorra novamente disse algo, após mais um momento de silêncio. Savannah pareceu ficar ainda mais corada e sem jeito.

— Não foi isso o que eu quis dizer, Ulqui... De toda forma, melhor nós nos apressarmos. Só precisamos cuidar de umas papeladas e separar as categorias.

Após mais algumas risadas bobas da parte de Savannah, eles finalmente se decidem sair do cômodo. O resto da tarde foi relativamente quieta, com Angela e Savannah, com mais alguns membros do conselho estudantil acompanhando-as. Elas separaram as devidas locações para os arquivos e juntamente dos outros rapazes elas cuidaram da organização da documentação dos anos letivos separadamente

Em um certo período, Angela se sentiu extremamente perdida na conversa sobre as condutas que deveriam ser seguidas dentro do prédio. Ela parecia querer falar algo, mas Savannah sempre o fazia antes - E melhor. As palavras que a representante de classe escolhia eram extremamente perfeitas e alocadas á frase num contexto geral, além de conter determinação e exalar respeito. Angela manteve-se encarando e impressionada com tal habilidade de fala e principalmente na confiança e respeito que a mesma manteve em todo o processo.


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