Closer Gakuen escrita por Alana Alcer, Savie


Capítulo 13
Capítulo 12 - Parque de diversões; Possível reinício


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Acho que esse é o capítulo que eu mais goste de escrever até agora.
FINALMENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
FINALMENTE PORRA
VAMOS SHIPPAR
Vocês vão entender quando lerem -q



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O grupo de jovens estava frente a uma fila considerável para a compra de ingressos para o parque de diversões. As primeiras reações de Angela foram de total encanto. Mesmo por fora, podia ver a enorme roda gigante, a montanha-russa, a queda livre e uma de suas atrações favoritas; A casa de horrores. Uma música repetitiva com tom de circo tocava bem alto por todo o lugar. Savannah e o restante encaravam tudo a volta com claro desinteresse… Em especial, Ulquiorra.

A dona dos fios arroxeados até o momento esteve bem próxima do rapaz pálido, mas esse não dizia sequer uma única palavra. Então, finalmente uma voz decidiu descalar o silêncio que corria entre o grupo.

— E então…? Quem fica na fila? - Grimmjow disse aborrecido. Ele não ficaria na fila nem que pedissem de joelhos.

— Eu fico. Não tem problema. - Angela disse com um sorriso no rosto. Mesmo que o remetente da pergunta fosse Grimmjow, a ansiedade e vontade de entrar logo dela a fizeram sorrir até ele.

Ele simplesmente soltou um grunhido irritado e revirou os olhos. As reações de Angela o lembravam muito as das crianças em volta. Isso o deixava um tanto desconfortável.

— Eu vou caçar algo pra beber. - O dono dos fios azuis já começou a se distanciar do grupo.

Acompanhando ele, Loly. Esta seguiu-o em passos rápidos e apressados, se agarrando ao braço do rapaz não muito em seguida.

Angela deu de ombros. Ao menos não recebeu nenhum fora de brinde na frase dele, então não se importaria. Mas sentia-se um tanto irritada com o fato dele sair andando sem nem dar satisfações logo após saber que não seria necessária sua presença. A forma que ele não se importava com os outros a irritava. Muito.

— Angela, eu vou com o Ulquiorra procurar alguns livros que estão faltando no colégio numa livraria aqui perto. Se tiverem em estoque, comunicaremos o diretor para que--

— Está tudo bem Savie-chan. Pode se divertir com o Ulquiorra enquanto isso… Eu realmente não me importo. - Ela deu um fino sorriso. Sabia que ela queria algum tempo sozinha com o rapaz e que esse era um dos poucos momentos de lazer ao lado dele.

Savannah soltou um suspiro. Sentiu-se um tanto ruim por deixar o trabalho de esperar e comprar os ingressos com Angela.

— Certo. Vou dar o meu e o do Grimmjow, já que o idiota saiu sem sequer pagar. - Ela começou a revirar a bolsa.

Mas antes que a moça pudesse realmente procurar o dinheiro, Ulquiorra já estendeu alguns ienes em notas para Angela. A rosada hesitou em pegá-los, mas a mão estendida e estática do rapaz quase como numa confirmação que ela deveria pegar a fez reagir, quase instintivamente ao gesto.

— Ulquiorra, você não precis--

— Quieta. - Ele disse a silenciando e interrompendo. - … Vamos logo.

— Ahm… Tá. - Savannah pareceu entender algo além da frase de Ulquiorra.

Angela viu essa cena quase como um pedido para uma conversa muito séria. Ambos começaram a se distanciar, enquanto a rosada já se estreitava e rumava para a fila.

— Bom… A minha. - Angela começou a fuxicar uma pequena bolsa de couro arroxeada que tinha sobre a cintura.

— Parece que fomos abandonados. - Kouta comentou num tom risonho.

Angela soltou um riso nasal, enquanto continuava fuxicando a bolsa.

— Pode segurar o dinheiro deles por um instante? - Ela estendeu os ienes. O rapaz assentiu e segurou o dinheiro para a rosada.

Angela depois de muito revirar a bolsa finalmente encontrou a carteira, de onde removeu algumas notas. Não sabia quanto seria o ingresso, então pegou uma quantia razoável ao ver dela. Colocou tudo de volta dentro da bolsa e em seguida começou a acompanhar a fila, que andava de pouco em pouco.

— Desculpe por ter trago a Loly. Ela disse algo desagradável pra você? - Kouta puxou um assunto qualquer enquanto lia um cartaz sobre algumas das atrações.

— Nada demais. - Angela se lembrou do comentário que Loly citou sobre os seios dela, e como ela foi hostil em relação da possibilidade dela gostar de Grimmjow. Decidiu remover os pensamentos da cabeça no mesmo instante.

— Você não sabe mentir. - Ele deu um riso nasal. - Ela meio que se convidou, e eu não pude fazer nada em relação a isso.

— Não, eu realmente não me importo. - Angela o encarou um tanto despreocupada. - Me acostumei em ser mal falada por causa do seu amigo.

Kouta a encarou um tanto melancólico. Deu um suspiro, que Angela não conseguiu entender bem do por quê. Ele colocou as mãos nos bolsos e voltou a ler o cartaz.

— Você e a Loly não se parecem nem um pouco… Só… Comentando. - Angela tentou abafar o assunto com outro de menos importância.

— É. Eu sei. - Ele disse um pouco distante. - Na verdade eu sou um intruso.

Angela não entendeu o que ele quis dizer com isso. Se manteve em silêncio por alguns instantes, achando que perguntar tanto seria indevido. Mas por algum motivo ela queria saber, não era bem curiosidade. Era mais como se Angela sentisse que o rapaz precisava falar sobre com alguém. Ela só compreendeu isso por que consegue ler facilmente seu irmão, que usa o mesmo tipo de expressão quando está triste ou incomodado.

— Desculpa a pergunta… Mas… Por quê?

Kouta pareceu um tanto surpreso. Não achou que Angela fosse se importar em perguntar, ou que seria tão de súbito. Mas apenas formou um sorriso.

— Eu sou adotado, sabe? Então não sou bem da família. - Ele coçou a cabeça em meio a uma vermelhidão suave.

Angela pareceu quase em choque sobre isso. Ela ficou encarando o rapaz nos olhos por um bom tempo.

— Desculpa de novo… - Ela decidiu que iria se calar.

— Ah, não. Não precisa ficar assim, sério... - Ele se espantou com a cautela de Angela. Mas acabou dando um riso nasal, o fato dela se importar lhe parecia cômico. - Só me sinto estranho falando isso pra você. Sabe, a maioria das pessoas quando falam comigo, geralmente é na intenção de conhecer sobre o Grimmjow ou coisa do tipo. Então... Me sinto estranho quando alguém puxa papo comigo e sobre mim.

A rosada o encarou mais um pouco, afinando um sorriso suave e gentil.

— Não sei como consegue ser amigo daquele idiota. Você é bem mais legal e interessante que ele em vários aspectos, na minha opinião.

Angela avermelhou não muito depois de se dar conta do que disse. Isso provocou uma vermelhidão no garoto também, aonde ambos acabaram por desviar o olhar um do outro; Os dois estavam constrangidos.

Kouta pelo fato de que uma das garotas mais bonitas e cobiçadas do colégio o disse que ele era interessante. Isso o deixava extremamente ansioso e sem jeito.

E Angela por ter dito o que pensou sem antes rebobinar a fita. Acabou soltando palavras aleatórias que poderiam causar um mal entendido… Que na verdade não era mal entendido nenhum, Angela realmente achava o louro atraente. O fato dele ser gentil só o tornou mais charmoso.

— Posso ajudar senhora? - Uma mulher com expressão vazia atrás do balcão de vidro disse mascando um chiclete. Tinha desinteresse e parecia um tanto mal humorada.

Angela teve um tique, virando a atenção até a atendente com calma.

— Ah… Seis ingressos por favor.

— Mas são só pra vocês dois?

— Não. Temos mais amigos esperando em outro lugar.

— Olha, não posso vender sem ter a confirmação visual das outras pessoas.

— Por que mais compraríamos ingressos extras? - Kouta questionou confuso.

— … Olha, são as regras da empresa. Eu só sigo.

— Mas ninguém sequer está-- AQUELA MULHER COMPROU TRÊS E ESTÁ SOZINHA! - O rapaz disse escandaloso olhando para outra fila.

— Então fica naquela fila de lá.

O louro encarou a mulher irritado. Ela apenas devolveu o olhar da mesma forma.

— Por favor… Nós não podemos ficar na fila de novo. Sequer vamos entrar antes deles chegarem. - Angela suplicou com uma voz calma, enquanto afastava Kouta da mulher com um braço.

— … Olha, eu realmente não posso.

— E por quê? - A voz de Grimmjow ecoou atrás da rosada, que teve tiques no mesmo instante.

— Políticas da empresa. - A mulher respondeu revirando os olhos.

O azulado tirou Angela da frente num empurrão. A rosada quase caiu, mas conseguiu manter-se de pé com um olhar irritado até ele.

— Sabe o que você pode fazer com essas políticas de empresa? - Ele disse com o olhar irritado de sempre. - Poderia enfiar no rabo, mas como estou de bom humor vou só pedir para ignorar.

— Eu posso te denunciar pelo que você está fazendo sabia? Só estou fazendo meu trabalho. - A mulher terminou a frase com uma bola de chiclete.

— De maneira porca. Até parece que recusariam vender seis ingressos pra dois adolescentes burros.

— Eles podem estar tentando falsificá-los para revenda. Não posso.

— A freira tem cara de falsificadora? Ela tem medo de atravessar a rua sem o sinal estar fechado!

— Ela é bem cautelosa.

— Ela tem medo que alguém dê bronca nela. - Grimmjow se irritou mais.

— Eu vou chamar os seguranças. - A mulher tinha tom desinteressado.

Grimmjow pediu o dinheiro para Angela, que deu a parte dela e sinalizou que o resto estava com Kouta. Logo depois o louro entregou ao rapaz, que colocou o dinheiro para dentro com violência. As notas começaram a voar pela cabine da mulher.

— Pagamos. Se não nos der o produto eu te processo.

A mulher revirou os olhos. Acabou cedendo e finalmente entregou os ingressos para os três. O trio após conseguir efetuar a compra simplesmente ficaram juntos, próximos da porta de entrada esperando o restante.

— Onde está a Loly? - Kouta perguntou na frente de Angela, que tinha esse pensamento desde que o azulado chegou.

— Está numa loja de roupas. Parou pra fazer compras. Fugi quando ela começou a escolher sapatos. - Ele disse com ambas as mãos nos bolsos encarando o horizonte.

— A cara dela. E você diz que a patricinha sou eu. - Angela disse com tom irritado. Kouta acabou soltando um riso.

— Você é delicada, não patricinha. E o Grimmjow é paranoico. - Ele jogou as palavras ao ar.

— Repete, vai, na minha cara. - O azulado ergueu uma sobrancelha e disse em tom ameaçador.

— Que você é paranoico? Tá aí. - O louro disse, e quando estava a ponto de receber um cascudo do azulado recebeu uma proteção verbal da rosada.

— Expressando a frustração contra a realidade e negando-a com violência, típico de paranoicos e caras sexualmente frustrados. - Angela disse irritada.

Kouta não segurou as gargalhadas.

— Sua namorada é ruim de cama? - A rosada continuou. Kouta não sabia se ficava surpreso em como Angela mudava para diminuir Grimmjow ou como o azulado ficava quieto e apenas ouvindo.

— Melhor que uma freira que nunca deve ter beijado na vida. - Ele tacou de volta.

— Prefiro me guardar pra alguém que preste, diferente do resto. - Ela cruzou os braços emburrada.

— É um pensamento raro e muito legal hoje em dia. - Kouta afinou um sorriso pra rosada, que apenas sorriu de volta.

Grimmjow encarou isso um tanto irritado. Kouta estava simpatizando demais com Angela e isso dava a ele nos nervos. Ele tinha mais do que vontade de socá-lo como sempre. E pensar que seu melhor amigo estivesse do lado da garota que ele mais detestava.

— Traidores por toda a parte. Vou procurar a Loly. - Ele saiu andando, sem se importar com o olhar de Kouta confuso.

— Ah, tá. - Angela respondeu um tanto distraída.

 

Aizen estava sentado sobre a ponta da cama, com a silhueta despida. Matsumoto estava adormecida e encoberta entre os lençóis. O homem começou a vestir-se, com um rosto pensativo e até um pouco sem expressão. Assim que pegou o jaleco de antes e o averiguou, percebeu alguns SMS que havia recebido no meio tempo que passou com sua parceira. Haviam alguns de Kyouraku com situações do trabalho, mas logo ele viu um de Angela. Sua primeira reação foi vê-lo.

“Você está com a Rangiku, não é? Espero que dê tudo certo. ^=^

Ah, eu esqueci de estender as roupas. Se chegar antes de mim e elas ainda estiverem cheirosinhas você estende? Até mais tarde.

PS; Eu li sua carta também. Desculpa…”

Ele acabou soltando um riso nasal, que se estendeu a uma risada suave e de baixo tom. Começou a se arrumar para ir embora.

Pelas ruas da via principal, ele se viu mais uma vez perdido em seus pensamentos. Estava tudo reatado com Matsumoto. Mas ainda sim ele sentia que algo faltava… Uma estranha melancolia começou a dominá-lo. Quando notou, já estava bem próximo de casa. O tempo realmente havia voado por entre as horas.

O homem chegou em casa, estacionou e como de costume fez todos os procedimentos de segurança. Este então começou a destrancar a porta e entrar em casa. Estava vazia, como o pensou. Removeu os sapatos e começou a caminhar apenas de meias pela casa. O homem começou então a se dirigir até a cozinha, ainda tinha um bilhete com o mesmo e exato recado que tinha em seu celular. Ele o arrancou e foi averiguar as roupas para estendê-las.

Ainda era bem cedo, então Aizen decidiu usar de seu tempo livre para averiguar coisas relacionadas á seu trabalho… Coisas que incluíam organizar algumas papeladas. O homem subiu as escadas e foi até o próprio quarto, aonde ainda tinha o cheiro de produto de limpeza usado por Angela. Aizen detestava o cheiro, mas suportava por que Angela adorava perfumes no geral. Ele sentou-se sobre sua cadeira e começou o seu trabalho.

Ele começou a ouvir os respingos de água. Infelizmente parece que erraram na previsão. Assim que lembrou de Angela ter saído, decidiu ligar para a jovem. Ele iria buscá-la se ela o pedisse. Agarrou o celular, destravou a tela e começou a digitar o número da moça. Quando se deu conta dos inúmeros segundos de chamada sem resposta, começou a se preocupar. Ela acabou por atender não muito depois.

— Ah, Nii-sama. - A voz do outro lado da linha ressoou, dando alívio ao homem de madeixas castanhas.

— Angela. Estou preocupado. Começou a chover. Você está bem? - Ele disse já indo direto ao ponto.

— Ah, sim. Eu estou bem. Nós estamos dentro de uma lanchonete no parque.

Aizen se aliviou mais um pouco. Gripada ao menos sua pequena não ficaria.

— Nii-sama… - A garota disse com uma voz mais baixa e preocupada. - Você… Falou com ela, não é?

O homem afinou um sorriso instantaneamente.

— Sim. Eu sei que não gosta dela, meu doce. - Ele disse com uma voz ainda mais baixa.

— A-Ah! Eu… Não quis dizer isso. Eu só… Deixa pra lá, conversamos quando eu for pra casa, tá?

— Certo. - Ele afirmou. - Se quiser que eu te busque com o carro, me ligue. Levarei um guarda-chuva se precisar.

— Ok. Até mais, Nii-sama… - Ela disse com alguém chamando-a do outro lado da linha. Uma voz masculina que fez Aizen desconfiar-se um pouco.

— Certo. Até mais… - Ele esperou que ela desligasse, e após alguns segundos ela o fez.

Aizen ficou algum tempo encarando o telefone, guardando-o não muito em seguida. Estava preocupado, ainda mas após lembrar que com ela havia um garoto delinquente que o agrediu verbal e fisicamente na noite passada.

Mesmo que Aizen tentasse, não conseguia tirar a preocupação de seu próprio peito. Mas acabou por simplesmente suspirar e guardar o celular.

O homem começou a ouvir miados desesperados em algum lugar arranhando algo de vidro entre os respingos da chuva. Ele saiu do próprio quarto e se dirigiu ao de Angela.

Na janela do quarto dela havia um belo felino branco de olhos azulados, encharcado de água. Angela sempre foi uma amante de felídeos, e isso era visível com uma quantia absurda de pelúcias pela cama dela de leões, tigres, gatos num geral. Ela sempre alimentava felinos e sempre os levava para dentro de casa, mesmo com os sermões de Aizen.

E pensar que em menos de duas semanas ela já teria um comparsa da dispensa na nova residência. O homem suspirou, pessoalmente não gostava de felinos mas não gostava de ver nenhum animal agonizando ou sofrendo. Ele abriu a janela, fazendo o som dos pingos de chuva ecoarem bem mais alto. O gato se afastou e quase caiu com o susto, mas rapidamente foi segurado pelas mãos firmes de Aizen.

O gato permaneceu imóvel, quase como se a presença do homem o apavorasse a um ponto onde ele não conseguisse se mexer. Aizen notou algumas marcas de brigas; E ele era apenas um filhotinho. Aizen acanhou o gato contra o peito e fechou a janela, acariciando o felino após um suspiro.

— Angela estaria aos berros se te visse nesse estado. - Ele encarou o gato, que tremia de frio entre os braços dele. - Acho que cuidar de você por um tempo não faz mal.

O gato ainda miava. Em alto tom, quase como se chamasse por Angela. Aizen acabou soltando um sorriso. Ele apenas desceu as escadas e pegou um pano de prato limpo na cozinha para secar o felino.

— Bom… Está um belo dia chuvoso e insuportável para você. Sinto que não devia, vou acabar me apegando a você mas vou te dar um nome. - Aizen falava sozinho, mas direcionando para o gato como se o felino pudesse entendê-lo.

O gato ronronava e estava bem mais relaxado graças as carícias que a secagem de Aizen acabou proporcionando. Quando Aizen terminou de secá-lo, separou aquele pano de prato para ser uma toalha especial só do bichano. Os dedos do homem deslizaram entre pescoço e cabeça do felino, que agarrou fortemente um dedo dele e começou a lamber.

Aizen sabia pouco sobre gatos, mas o que sabia de Angela era que quando um gato lambe alguém é uma forma suprema de carinho, quase um “eu te amo”. Aizen deu um suspiro. Fazia menos de dez minutos que acolheu o bichano e já estava apegado aquela pequena existência adorável que acariciava e lambia o dedo dele.

— Seu nome vai ser Ame. De chuva. - Ele acariciou o bichano mais uma vez. - Provavelmente deve ter parasitas, então amanhã te levo ao veterinário.

Aizen sabia bem que acabaria acolhendo o animal, e mesmo que não o fizesse seria melhor do que Angela ficar trazendo um pequeno saquinho de pulgas para dentro de casa sem o consentimento dele. Agora que ele tinha condições, criaria um gatinho para sua pequena irmã que o pediu desde que chegaram em Karakura.

— Me pergunto como a sua dona vai reagir a isso, Ame. - Aizen foi até a geladeira, de onde tirou algumas sardinhas e improvisou um alimentador com um pote de margarina vazio.

O gato comeu como se fosse a primeira refeição dele, com desespero e fome visível. O homem continuou observando o gato, com um pensamento interno de que se arrependeria daquela decisão. Já pensava no cheiro insuportável de urina ou de fezes.

 

Angela e Kouta ainda estavam sozinhos perto da entrada do parque. O rapaz estava mandando textos para os outros enquanto a rosada encarava tudo ao seu redor.

Savannah e Ulquiorra retornavam com alguns papéis aonde a dona dos fios arroxeados guardava em sua bolsa. Ulquiorra estava acompanhando-a silenciosamente. O casal se aproximou do louro e da rosada.

— Desculpe a demora. Aonde estão aqueles dois? - Savannah disse com um pouco de preocupação na voz, mas o outro resto de sentimento era de impaciência.

— Eu não sei. Grimmjow veio aqui e nos ajudou a comprar, mas depois foi embora atrás da patty. - Angela disse emburrada. Savannah simplesmente suspirou.

— Vou ligar pra ele. - A outra já pegava o celular, mas foi impedida por Ulquiorra.

— Não há necessidade. Ele já chegou. - E de fato, o azulado voltava. Desacompanhado para a surpresa de muitos.

Kouta foi falar com ele, provavelmente preocupado com a irmã. Trocaram algumas frases longe dos demais, mas logo se aproximaram.

— Loly não vem mais. Algo relacionado a um bode de sete cabeças e o útero dela.

— Cólica. - Angela e Savannah disseram em côro. Todos os rapazes as encaravam sem expressão enquanto elas pareciam afirmar isso uma para outra, assentindo freneticamente.

— E então? O que faremos com o ingresso dela?

— Jogue fora. - Ulquiorra disse inexpressivo e com total desinteresse.

— Eu não posso. Isso custou dinheiro que não é meu, Ulquiorra… - Angela disse com um fino sorriso.

— Bom, apenas guarde. Ele perderá a validade mesmo.

— Ahhh! Simplesmente vende essa merda pra alguém que tá sozinho na fila. - Grimmjow afirmou impaciente. Afinal, sua namorada que o manteria ocupado para ficar longe dos outros acabou desistindo do compromisso.

— Quem diabos vem sozinho para um parque? - Savannah questionou incrédula.

— Vamos… Simplesmente guardar, gente. - Angela disse tentando apartar todo o questionário entre todos.

Depois de um silêncio geral, todos concordaram. Passaram pelas catracas com os ingressos e tiveram pulseiras inseridas em seus punhos.

— Eu vou comer. - Grimmjow disse encarando já uma loja com gordurosos hambúrgueres.

— Eu também. Faz tempo que não como hambúrguer. Estou com saudades de engordar quase mil gramas num lanche pequeno... - Angela disse, encarando o mesmo lugar.

— Eu e o Ulquiorra vamos na casa de horrores. Gosto de ficar vendo os efeitos idiotas e mau feitos. - Savannah disse com desinteresse. Nem se passava pela mente do rapaz contraria a vontade dela.

— Bom, nosso ponto de encontro é daqui a meia hora na casa das gordurices? Eu vou procurar uma lembrança que a Loly goste e talvez vá na montanha-russa depois. - Kouta disse afinando um sorriso.

— Certo. Eu esperarei você lá, Kouta. - Angela disse assentindo. Grimmjow já saiu andando, e a rosada o acompanhou logo depois apressada.

— … Vamos Savannah. - Ulquiorra detestava multidões, e nesse momento estavam envolvidos por uma.

A moça assentiu, e todos se dispersaram por alguns instantes.

 

Grimmjow e Angela estavam juntos na fila. O azulado atraía olhares das garotas que se encantavam com a beleza dele. E a rosada não estava numa situação muito diferente.

Angela encarava as placas com os lanches disponíveis. Sua opção de escolha instantânea foi um hambúrguer com quase três camadas de queijo cheddar.

— Você gosta de Guns? - Angela soltou pelo ar. Não gostava de Grimmjow, mas tinha interesse no logo da camisa do rapaz.

O rapaz a encarou pelo canto dos olhos, avaliando a tentativa de diálogo dela… Tentativa que ele ignorou. Achou a pergunta irritante.

— Eu gosto de Guns. Mas pessoalmente prefiro Nirvana… Gosto mais de Smells like Teen Spirit. - Ela soltou o papo ao ar. Encarava agora as bebidas.

Grimmjow a encarou um tanto assustado. A patricinha de cabelos rosados falando como quem bem entende sobre rock. E duas das bandas favoritas dele, além dela ter a mesma opinião que ele? Kouta deveria ter dito algo para ela. Por isso ele simplesmente ignorou e deu de ombros. Não negava porém que criou interesse no assunto também.

— Conhecer Guns e Nirvana qualquer um conhece. Duvido você conhecer Alice in Chains.

— Man in the Box. Minha favorita do Alice. - Ela respondeu instantaneamente com um fino sorriso.

— … De onde você saiu? - Grimmjow a encarou pasmo.

— Eu gosto dos clássicos, mas sinceramente… Prefiro os modernos. Eles tem uma pegada diferente e mais leve.

— O que você acha que tá fazendo? - Ele a encarou irritado. - Só por que descobriu que gosto de Rock não interfere que você seja uma patricinha.

— Não tô fazendo nada, estou só tentando criar uma linha tênue de relação com você. - Ela o encarou irritada também. - Sei que não gosta de mim, nem eu de você… Mas não quero que a Savie-chan fique frustrada sempre que brigamos. Você é o irmão dela… Eu sei que ela fica triste com isso.

Grimmjow encarou a rosada melancólico por alguns instantes. Ele não suportava a ideia de ter que aturar Angela… Mas ele não negaria que Savannah realmente parecia incomodada com a relação que ele tinha com a garota ao seu lado.

Pensando bem, nem mesmo Grimmjow entendia bem por que sentia tanta frustração ao encarar Angela, muito menos raiva. Mas a teimosia dele não se distorceria com facilidade… Seu real pensamento era de que Angela, como a maioria das “amigas” anteriores de Savannah apenas se fingia para se aproximar dele.

— Ainda acho que você é só uma patricinha descarada. - Ele disse desinteressado.

Angela suspirou. Ela não gostava dele, isso era fato. Admitiria sim que se sentiu atraída por ele, e que se encantou em como ele poderia ser bonito e charmoso. Mas sua personalidade o estragava completamente. Um rapaz bruto sem motivo, desleixado e totalmente impulsivo.

— Grimmjow. - Ela o chamou. Ele apenas virou o olhar na direção dela. - Se eu tivesse me aproximado da Savie-chan pra alcançar você, eu sequer estaria aqui te aturando ser chato nesse instante. Eu admito que já pensei na possibilidade de…

A rosada avermelhou. Mas o rapaz continuava fitando-a.

— Escuta… Eu… Já pensei sim em como você é bonito… E não posso negar que sempre que vejo seus olhos fico encarando e pensando como alguém pode ter olhos tão claros… Mas se tem uma coisa que eu não perdoaria jamais é alguém se aproximando de outro por interesse.

O rapaz apenas cerrou os olhos.

— Ao menos posso tentar falar normalmente com você? Não estou pedindo pra ser meu melhor amigo.

— Não. - Eles se aproximaram do caixa, e ele aproveitou isso para encerrar o assunto.

Angela apenas suspirou. Arrumou o cabelo atrás da orelha e fez o próprio pedido. Mesmo que o rapaz tivesse claramente negado o pedido de “paz” dela, não se incomodou quando ela o acompanhou e sentou junto dele.

Ela não tinha desistido. Não insistiria mais nisso, mas depois tentaria mais uma vez conversar com ele.

— E Submersed? Conhece? - Ela despejou as palavras ao ar de novo. - Eu duvido você conhecer essa.

Grimmjow já berraria contra ela, mas ao ouvir o nome de uma das bandas que ele mais gostava o fez encerrar o berro pela metade.

— Você… Conhece?! - Ele pareceu surpreso. E até mesmo se levantou no meio da surpresa. Angela o encarou assustada… E por alguns instantes de silêncio ela… Mordeu o hambúrguer.

— S-Sim… - Ela foi surpreendida com as mãos firmas dele contra os ombros dela.

— Qual a sua favorita?!

— H-Hollow… E In Due Time também…

Grimmjow estava pasmo. Lentamente sentou-se…

— Você não existe. - Ele voltou a comer o hambúrguer com a mesma expressão de quem viu um fantasma.

Angela apenas sorriu. Se sentiu feliz, seu peito até mesmo batia forte. Foi a primeira vez que ele não berrou por algo ruim com ela, nem mesmo a encarou de canto como se ela fosse algo a ser enojado… Foi o primeiro diálogo normal entre eles.

Ela finalmente tinha encontrado algo em comum com o troglodita… Que agora a encarava com curiosidade, e não mais ódio.


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Notas finais do capítulo

Eu odeio o fato do nyah! cortar algumas palavras. Bom, eu consegui por 4600 no editor que tenho no computador, vamos ver quanto que o nyah! detecta.
e...
FINALMENTEEEEEEEE
GOGO ANGELA
INICIE O SHIPP! -qq
Eu sempre penso no Grimmjow como um rosqueiro rebelde, que curte bandas de todo tipo. Refleti isso na fic. Não sei se gostaram ou não, mas eu acho tão seqsy pensar nele com uma camisa do Disturbed, umas calça rasgada e um tênis encardido



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