Closer Gakuen escrita por Alana Alcer, Savie


Capítulo 12
Capítulo 11 - Relacionamentos, Discussões e Remendos


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar isso ontem... Mas meu inner demon chamado bicho preguiça dominou. Cheguei cansadíssima em casa e dormi o dia tooooooodo
E o resto da noite fiquei vendo TV com a família '3'
Então amores, aqui está o capítulo. Eu revisei ele, mas de maneira bem porca então não me culpem se tiver erros de português. - Até por que mesmo que reclamem EU N TO NEM AI N SO PROFESSORA DE PORTUGAYS NEM FIZ LETRAS NA FACUL, VLW?
cof
Boa leitura! ♥



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— Kouta! Kooutaa! - Uma voz feminina ecoava pelos corredores de uma residência diferente das outras anteriormente ditas.

Na casa dos Airvirrne, Kouta estava terminando os últimos preparos próprios. Nesse mesmo instante procurava a própria carteira, aonde não fazia ideia de onde teria guardado. O rapaz havia revirado praticamente o quarto inteiro. A residência era grande e espaçosa, quase uma mansão e era afastada dos civis “de baixo escalão”

— Kouta! Você não tá me ouvindo te berrando?! - A voz feminina se mostrou ser de Loly, irmã mais nova de Kouta. - Espera, você tá arrumado?

A garota se aproximou, abrindo sem sequer bater e dando de cara com seu irmão usando roupas não casuais. O rapaz estava coberto com um semi-moletom sem mangas cinzento, uma calça cargo preta e um tênis estilo allstar preto também com detalhes brancos. O rapaz porém continuou procurando um tanto desesperado sua própria carteira.

— Loly, eu não tô exatamente com muito tempo de sobra mas… Você viu minha carteira por algum lugar?

— É sobre isso que quero falar. Eu vou sair com as meninas hoje e vou levar sua carteira.

— Espera, o quê? Eu vou sair também, e a mesada que o papai te deu?

— Para de ser egoísta. - Loly bateu o pé irritada. - Sou sua irmãzinha e você me tem que fazer as vontades, sabia?

— … Certo mas… Eu realmente preciso da carteira.

— Vamos fazer assim então; Eu levo a carteira e te dou alguns trocados, ok?

O rapaz permaneceu em silêncio, a fitando com os olhos dourados por um tempo. Sua reação era um tanto de surpresa, até por que ele não gostava da ideia. A expressão que antes estava a ponto de explodir se acalmou com ele liberando um suspiro.

— Certo… Só me dê alguns trocados então.

— Espera, aonde você vai? Você não é de sair mesmo. - A garota começou a pegar uma carteira preta de couro, a qual começou a remexer um pouco.

— Eu vou sair com o Grimmjow. Só isso. - Ele respondeu desinteressado esperando sua parte do dinheiro.

— Espera, você vai sair com o GrimGrim?! - Ela se alarmou com a resposta, o encarando pasma. - Eu vou também! Vou só desmarcar com as garotas!

— Hã? Mas--

— Aproveitar que já tô arrumada né? Vai ser bom você levar a namorada do seu BFF ! Já volto! - Ela saiu correndo para fora do cômodo do garoto…

E a única expressão presente no rosto dele naquele momento era uma de total confusão. Ele apenas suspirou… Não teria escolha. Colocou as mãos nos bolsos e por um momento pensou em ligar para avisar sobre. Mas considerando que sua irmã era a própria namorada de Grimmjow, descartou a ideia. Não tinha por quê.

 

— Alô? - A voz de Savie dizia atendendo o telefone residencial de casa.

Savannah já estava praticamente toda arrumada. Usava uma blusa larga preta, aonde seus ombros ficavam expostos e era possível ver a alça de seu delicado sutiã preto. Suas pernas delineadas estavam com ainda mais destaque, já que a garota optou por usar uma legging preta com várias linhas brancas que imitavam rasgos de garras. Seus longos fios arroxeados estavam presos num rabo de cavalo baixo sobre a nuca.

— Alô. É… Da… - A voz do outro lado da linha era um tanto rouca e masculina. Por algum motivo estava pausada, como se a pessoa do outro lado da linha estivesse nervosa.

— Do que se trata? - Savannah não tinha paciência com esse tipo de besteira, sendo curta e grossa.

— Neliel tu Odelschwank está em casa? - A voz disse após alguns instantes em silêncio.

— Depende do que se trata e de quem fala.

— São assuntos importantes relacionados apenas á ela. Me desculpe.

Savannah se irritou com o tom de voz que o homem usou. Por mais que lhe fosse familiar, acabou por bater o pé com a rudeza. Se lembrou que mais cedo, Grimmjow mencionou alguém ligando com frequência para sua mãe. Por esse motivo, a garota acabou por ficar ainda mais receosa em relação a entregar ou não o telefone.

Grimmjow já descia as escadas. Trajava uma regata preta, uma calça larga cinzenta e seus típicos tênis brancos encardidos que por algum motivo ele adorava. Estampado na camisa havia o logotipo da banda Guns & Roses.

Assim que o rapaz notou que Savannah estava ao telefone, silenciosamente se aproximou e lhe agarrou o telefone, puxando para a própria orelha. A garota o encarou irritada, mas de certa forma achou positivo a tomada; Era ele quem estava curioso no final das contas.

— Quem fala. - A voz de Grimmjow claramente tinha desconfiança e seriedade.

A linha ficou muda por alguns instantes. Grimmjow cerrou os olhos e já estava disposto a colocar o telefone contra o gancho.

— Grimmjow, não é?

A voz pareceu alarmar o rapaz. Grimmjow a reconhecia; Sabia que já havia escutado esse timbre alguma vez em sua vida. Com uma expressão na mais pura surpresa, se manteve quieto.

— Quem cala consente… Sabia?

Grimmjow desligou o telefone no mesmo instante, totalmente pasmo. Savannah notou o comportamento agressivo e pareceu um tanto preocupada.

Se tinha algo que Grimmjow raramente demonstrava era medo, ou terror. E era isso que estava estampado á face dele.

— Quem era…? - Savannah deixou a voz ecoar um tanto acolhedora, preocupada com a situação de seu irmão.

O silêncio do rapaz a perturbou ainda mais.

— Grimmjow! - Ela o puxou pelo braço, o qual rudemente repuxou o próprio membro para si.

— Nunca mais atende esse telefone. - O rapaz arrancou o fixo forçosamente da linha, lançando o aparelho longe contra a parede da escadaria.

O objeto se despedaçou no mesmo instante. A raiva e fúria de Grimmjow nunca ficaram tão aparentes em seus olhos como nesse momento. Savannah se preocupou, e pelo brusco e raivoso momento de impacto acabou tendo um pequeno tique. O rapaz cerrou os punhos, indo até a sala com passos ferozes.

— Grimmjow? Grimmjow! Seu idiota! O que você pensa que fez?!

Ele permaneceu em silêncio, ignorando completamente sua irmã. Assim que chegou á sala, viu sua mãe agachada arrumando os enfeites do móvel aonde se encontrava uma TV de cerca de quarenta polegadas.

— Mãe. - O rapaz ecoou seco.

Neliel virou o olhar para o garoto, com um pano em mãos e um produto de limpeza em outra. O encarou sem nenhum tipo de desconfiança.

— VOCÊ TEM FALADO COM AQUELE MONSTRO?!

— D-Do que você tá falando meu amor? - Neliel pareceu assustada com o berro que teve vindo do próprio filho.

— Você… Sabe mais que bem. VOCÊ TEM FALADO COM UM DESGRAÇADO DAQUELES ESSE TEMPO TODO?!

Neliel estava incrédula e assustada. O rapaz estava com um timbre e expressão de pura fúria.

— Quer saber? Chega. Savannah, vamos sair logo. Ganhei um motivo pra não suportar ficar em casa hoje. - Grimmjow começou a arrastar a irmã pelo pulso até a entrada da casa.

Savannah sem entender nada apenas se deixou ser puxada. Pelo corredor, agarrou a bolsa e continuou seguindo o fluxo sem lutar. Grimmjow era como um mar furioso nesse momento, que lutar contra apenas fatiga quem tenta. Savannah como sua irmã mais do que sabia isso.

— Mesmo com a –

— Mesmo com a patricinha. Qualquer lugar vai ser melhor do que aqui por enquanto. - Ele estava já abrindo a porta. - Avisa que estamos saindo.

— T-Tá… - Savannah suspirou, mas acabou que obedecendo.

Aizen ficou estático por longos segundos frente á porta. Seus olhos estavam vidrados para o interior do cômodo que acabara de entrar.

Seus olhos se deram de cara com a silhueta de Matsumoto adormecida, acobertada e como sempre teve costume; Quase nua. Aizen por um momento teve vários pensamentos á mente, e um deles era recheado em um sentimento de culpa.

… Ele sentia-se culpado.

Culpado por desconfiar tanto da palavra da mulher que ele amou. No fim das contas, ele não podia ter tirado uma conclusão tão pesada com uma simples porta trancada.

Ele suspirou, deixando todo o peso sobre os ombros ser descarregado. Matsumoto era uma mulher exuberantemente bela. Fartos seios esparramados pelo torso, cabelos ruivos jogados pelos travesseiros, lábios carnudos e desejosos e um olhar de maturidade e um tanto sedutor; Mesmo adormecida.

Aizen já ia se retirar do cômodo, não queria atrapalhar o sono dela. Mas ouviu então seu nome ser chamado e sua atenção se virou novamente até a mulher sobre a cama.

— Aizen… - A mulher disse com uma voz sonolenta, enquanto se erguia lentamente.

Seus volumosos seios estavam prensados por um sutiã vermelho com rendas. As cobertas caíram lentamente sobre as curvas enquanto ela se levantava da cama, afinando um sorriso para o homem.

— Eu não pretendia te acordar. - Ele disse se virando.

Isso só provocou um riso escapar dos lábios da mulher, se abraçou as costas do homem. Ela ainda usava a aliança que ele tinha comprado para ela. No mesmo instante que Aizen percebeu isso, sentiu seu coração estremecer um pouco. Um gesto tão simples quanto permanecer com um anel no dedo significava muito pra ele.

— Está tudo bem. E então, como a Angela está? - Ela disse se apertando contra as costas do homem, quase um reconforto.

Aizen permaneceu alguns instantes em silêncio. Liberou um suspiro e removeu as mãos da mulher de sua cintura com suavidade. Ele se virou até ela e a encarou diretamente nos olhos, um tanto convicto.

— Eu vim conversar com você. Sobre… Praticamente tudo. - Ele removeu os óculos que usava logo em seguida, os pendurando num bolso interno do jaleco que usava.

— Bom… Acho que você tem esse direito. - Ela se afastou dele, começando agarrar os próprios cabelos volumosos e os pondo acima do ombro direito.

A ruiva beijou com suavidade o canto dos lábios de Aizen, que permanecia estático. Ela fez o mesmo ato, despejando outro beijo no outro canto e assim encerrando com um beijo mais demorado sobre os lábios dele.

— Como quer que eu comece?

— Não quero que me conte uma história, Rangiku. - Ele se afastou dela um tanto. - Só quero saber a sua visão disso. De como as coisas desandaram.

A mulher pegou uma calça e começou a se vestir. Arrumou um pouco os fios ruivos por um espelho e encheu um copo com conhaque e gelo removido de um frigobar. Ofereceu gesticulosamente para Aizen, que simplesmente balançou a cabeça negativando.

— Vim e voltarei dirigindo.

— Hmm~ Vai me deixar beber sozinha então. - Ela disse num tom até manhoso.

Ela se sentou na cama, bebericando o copo cilíndrico e colocando goela a baixo o álcool. Soltou um suspiro e enfim encarou o homem que até agora esteve de pé.

— Gin e eu estávamos nos falando haviam alguns dias. Não foi uma traição momentânea por quê me deu vontade.

Aizen permaneceu em silêncio. Apenas colocou uma mão no bolso. Sua postura estava elegante e calma como sempre, quase como se não importasse para ele… Mas no fundo, lhe doía ter que ouvir sobre. Ainda mais da mulher que um dia jurou amar.

— Eu já te contei que… Éramos amigos de infância, em algum momento, não é?

— Sim. Tenho total noção disso.

— O ponto é que… - Ela tomou uma longa golada do álcool… Quase como se preparasse a si mesma mentalmente para o que estava por vir. - Ele sempre foi um homem misterioso. Mas o calor que ele emana e o carinho que ele tinha por mim, eu sempre soube que era verdadeiro. Acabou que o fato de você raramente me ver se juntou a esse encanto que ele tem. E foi isso. Não foi uma vingança, foi algo… Que eu sabia que uma hora não ia segurar mais.

— Então está apaixonada por ele?

— Não. Eu ainda te amo Aizen.

— Então se me ama não tinha motivo algum para uma traição. Uma conversa comigo seria suficiente.

— Esse é o ponto! - Ela soltou um semi berro, irritada. - Eu nunca consigo conversar com você! Sempre ocupado com alguma coisa…

Aizen apenas soltou um suspiro.

— Vou tentar esquecer sobre isso por enquanto. Não acho que esteja no melhor humor para discutir sobre.

— Aconteceu alguma coisa? - Ela disse colocando o copo sobre o criado-mudo, virando o olhar na direção dele.

— Não foi nada. Apenas estresse para com o trabalho.

— Ah. - Em algum lugar na mente de Rangiku, esta sabia que isso era só uma mera desculpa.

Aizen não tinha apenas estresse com o trabalho aglomerado. Na verdade, dizer isso era até mesmo errado… Até por que ele nunca se estressava com trabalho num geral. A ruiva ficou o encarando com uma expressão de paisagem, quase como se estivesse tentando lê-lo. Fechou os olhos em seguida e tomou em algumas goladas consecutivas o restante de álcool que permanecia no copo até aquele instante.

— Se veio discutir sobre isso, e agora não quer mais fazer o que veio fazer, qual o ponto da sua visita? - Ela disse colocando o copo vazio sobre o criado-mudo, fitando o homem á sua frente.

— Se eu precisar de um motivo pra te visitar sempre que o fizer, qual é o ponto da visita?

— Certo, certo. - Ela se esparramou pela cama. - Só que eu tenho o pressentimento que você veio averiguar se a sua namorada de fachada não te traiu de novo. Essa é a sensação que você tá passando.

Aizen pareceu um tanto surpreso. As palavras de Rangiku o afetaram de um modo que ele não entendeu bem o por que. Mas aos poucos o motivo se esclareceu na mente dele, talvez fosse por que no fundo ele realmente fez isso. Ele realmente veio só para ter certeza de que ela não o fez novamente. Ele cerrou um pouco os olhos em direção ao chão, como se pensasse a fundo sobre isso. Refletiu mais um pouco o que estava fazendo, e começou a tirar o jaleco.

— O que você está fazendo? - Rangiku o encarou pelo canto dos olhos enquanto Aizen se acomodava ao lado dela sobre a cama, deitado.

— Prestando uma visita decente. - Os dedos dele se entrelaçaram entre os da mulher.

Rangiku sentiu o peito ferver com essa simples ação. Ela não conseguiu segurar a alegria que sentiu com um gesto simples. Enquanto sentia todo o corpo arrepiar-se e o sorriso esboçar automaticamente no rosto, apertou-se com todas as forças no braço do homem. No fim das contas, mesmo quando estava com Gin, mesmo enquanto dormia com outro homem… Não conseguia tirar os olhos e gestos que Aizen fazia da mente.

Enfeitiçada. Era como Rangiku gostava de definir a si mesma em relação ao homem ao qual se agarrava nesse instante. Desde o primeiro momento que encarou Aizen nos olhos, sentiu-se atraída. Quase como um magnetismo. E quando ele a protegeu dos berros do pai sem pensar nas consequências. Não conseguiria jamais esquecer da bravura do homem que a protegeu de algo que poderia destruí-lo.

Enquanto agarrada á Aizen, jurou a si mesma mentalmente; Jamais pisaria no coração dele como ela pensava que ele fazia. A culpa também se aglomerava no coração da ruiva. Culpa que ela se esforçaria ao máximo para remover. Tentando com cada suspiro fazê-lo feliz de agora em diante.

 

Angela estava frente á uma loja de jogos que sempre fazia parada após o colégio com Savannah. Ela calmamente esperava, vendo o movimento das pessoas sobre as ruas com paciência sobre o rosto. A jovem estava apoiada sobre uma vidraça da loja. Quando pequena, Angela tinha o costume de comparar as grandes massas da rua com formigas; Todas seguindo um rumo como se disso dependesse suas vidas.

Hoje em dia Angela simplesmente gostava de observar. E era o que fazia para passar o tempo. Não gostava de jogos de celular por achá-los antiquado, e por esse motivo tinha apenas três no máximo os quais jogava raramente. Sentiu o bolso vibrar, e independente dos olhares maliciosos que recebia sobre si o agarrou sobre o bolso e abriu logo a mensagem que a aguardava. Savannah estava chegando.

Não demorou muito para que Angela visse a silhueta da dona dos fios roxos. A primeira reação da garota foi esboçar um sorriso e abraçar a outra com força. Mas com a mesma rapidez que se tomou em alegria se surpreendeu com a aversão. Viu a silhueta de Grimmjow de pé a poucos passos, a encarando como se julgasse cada mínima ação.

Quando soltou-se de Savannah, por longos instantes os dois trocaram olhares. Olhares repletos em ódio um pelo outro, qual a dona dos fios arroxeados instantaneamente sentiu-se desconfortável. E por esse desconforto, acabou que por repreender os dois.

— Dá pra pararem com isso?! - Ela soltou um semi-berro.

— Está vendo, patricinha? Como você incomoda qualquer um? - O rapaz soltou rispidamente as palavras rudes.

— Ah claro. Claro que a culpa é minha, não é senhor com maior histórico de brigas da escola?

— Ser retardado é mal de família. Tanto você quanto seu irmão tem os genes da demência fortemente lacrados ao corpo.

— Você não ouse tocar no nome do meu irmão! - Angela logo se aborreceu, elevando o tom no mesmo momento.

— Ou o quê? Vai me dar outro tapa?! - Grimmjow fez o mesmo.

— Vou, e de brinde um chute nos países baixos!

— NO INSTANTE QUE FIZER ISSO EU DEVOLVO COM UM SOCO NA SUA TETA ENORME! - Grimmjow disse após tomar as dores apenas do assunto.

— NÃO VAI DAR TEMPO, POR QUE VAI ESTAR SE ESPERNIANDO NO CHÃO!

Savannah suspirou, e começou a andar deixando os dois sozinhos. Estava com outros planos em mente de qualquer forma. Compraria um jogo, ou apenas ver os mostruários enquanto deixava que ambos brigassem.

— NÃO ADIANTA ME CHAMAR DE PUNK, VOCÊ TAMBÉM É O ESTERIÓTIPO DE PATRICINHA!

— EU SOU ESTERIÓTIPO?! EU? VOCÊ É UM ADOLESCENTE COM CABELO DE COR ESTRANHA QUE SE ACHA O MAIORAL!

As pessoas em volta começaram a parar para encarar a discussão, todas com espanto. Cochichos acabavam por escapar.

— Tá vendo o que você fez? Vergonha alheia. Você é uma cadela mesmo.

— Se você continuar usando esses xingamentos podres eu vou ser obrigada a te chamar de bundão.

— Caralho. Você sabe falar palavrão. - Grimmjow até mostrou espanto com isso.

— Bundão nem é um palavrão. É o aumentativo de bunda.

— Então tá, vou te chamar de bundona.

— NÃO, VOCÊ NÃO VAI! - Angela voltou aos berros.

— E QUEM VAI ME IMPEDIR? UMA MIMADINHA QUE TEM TUDO QUE PEDE PRO IRMÃOZÃO? - Ele disse voltando aos berros também.

Eles ficaram por mais algum tempo discutindo. A um ponto que até mesmo as pessoas em volta passaram a ignorar. Aconteceu até mesmo de um completo desconhecido comentar algo.

— Dá pra pararem de discutir e se beijarem logo? - E o senhor figurante saiu andando logo em seguida.

Angela avermelhou como um pimentão, e a primeira reação de Grimmjow foi… Xingar de todos os nomes possíveis o rapaz que veio aparentemente do nada.

Quando se deram conta de que estavam sozinhos, começaram a ficar em um total estado de silêncio. Passaram a ignorar a presença do outro. Poucos instantes depois, ouviram passos de saltos vindos diretamente para ambos.

— Grim-Griiiiim! - Um grito eufórico junto da silhueta de uma garota com longas marias-chiquinhas negras.

— Loly? - O rapaz disse com surpresa, enquanto era abraçado após um salto da garota.

Ele envolveu a cintura da garota com delicadeza. Angela passou a observar pelo canto dos olhos com curiosidade, mas sem intervir ou sequer se virar na direção para encarar diretamente.

— Quando o Kouta me disse que sairia com você, decidi vir junto!

— É a sua cara ser inconveniente. - Grimmjow disse seco, mas ainda estava quase abraçado nela.

— Mas o quê?! Eu fiz todo um esforço, cancelei meu compromisso com minhas amigas pra te ver e você me destrata assim? - Loly se emburrou.

Grimmjow revirou os olhos e soltou um suspiro, beijando a bochecha da garota quase no mesmo instante do protesto dela. Era quase como um doce a uma criança pidona. E como esperado, o resultado foi um sorriso instantâneo no rosto da moça.

— Ah, a nova Miss-Tetas veio também? - Ela jogou piada na direção de Angela, encarando-a diretamente.

Angela se ofendeu com o comentário, mas decidiu não intervir. Sabia que para ser companhia de Grimmjow, deveria se no mínimo uma pessoa desagradável.

— Se grudou na Savannah de um jeito que parecem lésbicas. - Ele revirou os olhos.

— Sabia que tem boatos de que ela gosta de você? - Ela encarou Angela um tanto irritada. - Conheça o seu lugar e saiba respeitar o namorado dos outros, garota!

O tom de Loly, que costuma ser doce e infantil mudou drasticamente com o comentário. Coisa que até mesmo deu um susto em Angela.

— Não precisa se preocupar. Ao contrário de você, Loly, Angela não tem interesse apenas na aparência e no exterior. Nem tem um mau gosto desse nível. - Savannah disse retornando enquanto colocava dentro da própria bolsa uma sacola plástica com um jogo novo.

Angela pareceu até mesmo aliviada com a presença de Savannah. Com Grimmjow, Angela conseguia lidar pelo fato de que por algum motivo não se sentia desconfortável nem mesmo ameaçada. Mas com Loly… Era uma sensação estranha e diferente. Parecia que a garota degolava visualmente quem encarava… E isso assustava um pouco a rosada.

— Desculpem a demora. - Kouta chegou em passadas rápidas poucos instantes depois. Estava com um par de picolés. - Comprei pra mim e pra Loly.

— Demorado você. Deveria se envergonhar! - Loly disse ríspida, pegando violentamente da mão do garoto o picolé e já desempacotando-o.

— Não se preocupe, Kouta. Eu também tinha dado uma parada. - Savannah disse encarando cerrilhadamente a garota que foi desagradável sem motivos com o próprio irmão. - E então, por que o carrapato veio com você?

— Está insinuando o quê com isso, sua vaca leiteira? - Loly se doeu com o comentário, encarando irritada Savannah.

Savannah encarou na mesma intensidade e raiva a garota. Parecia até mesmo um abismo de puro ódio entre ambas.

— Estou insinuando que você é desnecessária, irritante e que estraga a vida das pessoas só em existir. É isso. Por quê? Ofendi? - Savannah acabou por ironizando o próprio tom no fim da frase.

Grimmjow não movia sequer um dedo para a rivalidade entre namorada e irmã. Não tinha o mínimo interesse e já estava habituado. Kouta por outro lado não queria aborrecer Savannah, muito menos irritar Loly.

Angela estava um tanto confusa. Achou que a relação entre Loly e Savannah fosse algo menos raivoso, mas apenas a troca de olhares pareciam assustar a rosada. Acanhou-se junto de Kouta para longe, quase como animais pequenos assustados com a briga de grandes predadores.

— Você é só uma pirralhinha que se acha melhor do que os outros, só por que tem boas notas. Como se isso contasse alguma coisa. - Loly continuava na tensão junto de Savannah.

— Hoh? Ao menos tenho provas concretas de que meu QI é muito superior ao seu. Coisa que não é difícil, qualquer um com um cérebro invés de fezes na cabeça como você, pode atingir essa meta. - Savannah não se deixou abalar com o desaforo, até mesmo usando disso contra a outra.

Isso fez Loly rangir os dentes em ódio.

— Elas… São assustadoras. - Angela dizia em baixo tom para Kouta.

— Eu… Sei… - Kouta dizia e logo após liberou um suspiro.

Savannah e Loly continuaram se estranhando por alguns instantes.

— Acha mesmo que isso vai acabar assim? Não é por que é irmã do Grim-Grim que vou te privar do meu ódio!

— Me sinto mais do que favorável em estar no seu campo odioso. - Savannah alargou um sorriso.

— Eu vou arrancar fora seus dentes, sua vaca…!

Loly estava ao ponto de voar em Savannah. Grimmjow encarava a situação com os olhos cerrados, um tanto avaliativo… Mas não parecia ter intenções de impedir caso acontecesse uma briga.

Grimmjow não se importava com Savannah. Até por que, seu real medo era de que Loly se machucasse. Não Savannah.

Enquanto todos se preenchiam da aura tensa, assim que Loly deu seus dois primeiros passos foi impedida por uma silhueta masculina entrando em seu caminho.

Magro, alto, empaledecido e com cabelos negros, que contrastavam a presença vívidos olhos esverdeados. Tais olhos encaravam a silhueta de Loly com indiferença, com superioridade… Com arrogância. Quase como se pisasse e cuspisse nela apenas com um olhar.

— Ulqui. - Savannah afinou um sorriso mais calmo.

Loly se irritava com a postura do rapaz á sua frente. Não gostava do modo que ele a olhava. Detestava esse garoto com todas as suas forças. Ulquiorra Sciffer, representante de classe. E ainda por cima, líder do conselho estudantil. Na visão da garota, apenas mais um nariz empinadinho qualquer que se achava mais importante do que é.

Um casal que na visão de Loly mereciam-se.

— Ah, Ulquiorra… - Angela disse sorrindo. Estava feliz por Savannah tê-lo chamado.

O rapaz encarou apaticamente a dona dos fios rosados, quase como um “oi” silencioso. Mas assim que virou o olhar para Loly novamente, toda a aura mudou. Para a mesma superior de antes.

— Então, Gente… Eu… Acho que a gente podia ir andando né? Ou tem alguém mais que deveria vir? - Kouta disse tentando apartar toda a situação.

Algo funcional. Devido o comentário de Kouta, Loly se afastou e apenas se agarrou ao braço de Grimmjow.

Ulquiorra e Savannah pareciam conversar quase que telepaticamente com olhares. Angela achava isso um tanto adorável. Era como se conhecessem um ao outro a bastante tempo. Não muito depois todo o grupo estava caminhando rumando o parque da cidade; Angela e Kouta com uma sensação estranha de que… Estavam sobrando na história.


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Notas finais do capítulo

LÇKGÇDSLKFÇKDSGDSÇ
TRÊS CASAL AI SENDO QUE SÓ DOIS SÃO CASAL DE VERDADE
Tadins. Tão ali de vela aiai c;
Obrigada pra quem leu, e... MENDIGO REVIEW MEMO
ME DÁ REVIEW AI TIO
SÓ UM REVIEW
E FAVORITA TAMBÉM PLOS
E... E...
RECOMENDA TAMBÉM
POR QUE ISSO... É LEGAL
PO TIO, FAZ ISSAÊ TIO... :c
xD
~Kissus! ;33



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