Closer Gakuen escrita por Alana Alcer, Savie


Capítulo 11
Capítulo 10 - Fim de Semana PT 2


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Desculpem a demora para a postagem desse capítulo!
Gomeme, sério.
O que aconteceu pra isso rolar, tia gelgel?
Bom; Eu recuperei contato com a Savie. E como eu disse, ela iria escrever esse capítulo...
Mas infelizmente ela teve imprevistos.
Ela disse que mesmo acima dos imprevistos iria escrever... E eu pacientemente esperei durante algumas demoradas semanas. Mais preocupada com o imprevisto dela do que com a fic.
Mas, devido a demora e nenhuma notícia vindas dela, decidi escrever esse por mim mesma.
Peço desculpinhas pela demora. Nesse mesmo instantes, já estou com o capítulo 11 sendo escrito para adiantar, e deixei esse daqui bem grandinho, com 3600 palavras pra vocês. :3
O próximo também vai pra casa dos 3000, e talvez até mesmo 5000. Eu vou postar o mais breve possível para adiantar o máximo que eu puder a fic!
Beijos, e boa leitura amores!!!



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A calmaria da manhã na residência dos Jaegerjaquez acompanhava um suave cantar de pássaros.

Em seu quarto, Savannah acabava de despertar com uma dor um tanto incômoda no ombro… Havia dormido de mal jeito. Levantou rapidamente sem preguiça coçando os olhos um pouco pela sonolência, abrindo as cortinas para espantar os resquícios de sono que permaneciam em seu corpo. Foi até sua escrivaninha, e como sempre acordou antes mesmo do relógio despertar, o desligando antes mesmo do alarme soar. Encarou seu celular, ligando a tela e conferindo o horário enquanto caminhava até seu guarda-roupas.

Haviam duas mensagens para ela; Ambas de Angela num horário inapropriado. Savannah ficou encarando um tanto surpresa por alguns instantes, e enquanto abria a porta do guarda-roupas selecionou as mensagens começando a lê-las.

“Savie-chan… Eu preciso conversar com você depois. Retorne quando acordar, por favor.”

Logo em seguida a dona dos longos fios arroxeados selecionou a outra mensagem, cerrando um pouco os olhos ao lê-la.

“Ah e… Por favor não me deixe sozinha com seu irmão. Não sei se vou me controlar em dar um soco nele hoje.”

Era óbvio que Angela sabia… Seu irmão mais velho havia sido agredido por Grimmjow, e é natural que ela sentisse raiva. Mas tinha algo mais naquela mensagem que Savannah não captou… Mas ela sabia que não tinha ligação direta com o rapaz dos cabelos azulados. Decidiu esperar o momento certo para questionar a própria remetente da mensagem, escolhendo uma roupa bonita mas não muito exagerada.

 

— Sério mesmo que você…?

Neliel falava ao telefone com alguém. Sua expressão carregava um tom de surpresa ao mesmo que desapontamento. Um olhar um tanto distante… Mas ao mesmo pensativo. Assim que ouviu as passadas nas escadarias se alertou.

— Um dos dois está descendo. Não posso falar agora, preciso de mais tempo… - Ela desligou sem realmente esperar uma resposta, nervosamente e andando até a cozinha. Das escadas, Grimmjow descia com um olhar cerrado.

Ele havia escutado parte da conversa, e isso foi suficiente para ele entender que algo estava errado. Os olhos azulados do rapaz encaravam o telefone com certa angústia, melancolia. Em sua mente o acontecimento de ontem estaria envolvido. A incerteza no rapaz infelizmente o fez apenas deixar de lado, assim seguindo até a cozinha para preparar alguma bobeira para seu estômago vazio de manhã.

Sua mãe estava arrumando a prataria. O rapaz agarrou um copo qualquer, leite na geladeira e um achocolatado no armário, iniciando seu preparo após pegar também uma colher. Ele encarava de canto sua mãe algumas vezes.

— Quem era. - Grimmjow disse com um tom tão seco que sequer pareceu uma pergunta.

— Hm? - A mulher virou o olhar desentendida. Seu corpo voluptuoso coberto por um pijama de ursinhos bem infantil entregava que sua irmã tinha a quem puxar.

— … Não se faça de desentendida. Eu escutei boa parte da conversa, e eu quero saber quem caralhos estava no telefone. - Ele disse como alguém a ponto de berrar. Estava impaciente, considerando que seu sangue ainda fervia devido a noite passada.

— Eu não estou me fazendo. Do que você está falando meu doce? - Ela se virou totalmente ao rapaz, despejando-lhe um beijo na bochecha e um sorriso amarelo.

Esse foi o “jackpot” na mente de Grimmjow. Algo definitivamente a estava incomodando, e o ser do outro lado da linha telefônica era a causa disso.

— Mãe. Quem era. - Ele repetiu no mesmo tom, ainda mais sério e determinado a saber agora.

A mulher deu um suspiro, bagunçando os fios despenteados do filho que parecia emburrado com a ação. Ela afinou um sorriso bem doce… Em suma, gostava de ver que seu filho se preocupava com ela… Mas a preocupação deste lhe era desnecessária.

Ainda com os acontecimentos da noite passada em mente, Neliel apenas acariciou as laterais do rosto de Grimmjow com seus polegares. Este estava estático, encarando-a nos olhos. Queria uma resposta, e o queria agora. Mas tanto ele quanto ela não estavam dispostos a ceder, algo que complicava um pouco a situação.

— Mãe. - Ele removeu as mãos dela do próprio rosto com certa delicadeza; Delicadeza essa que era raro ser demonstrada mesmo com sua mãe. - Eu preciso saber o que tá acontecendo com você.

— Não é nada. Bebe seu chocolate. - Ela deu um riso nasal e bagunçou mais uma vez os fios azulados do rapaz, começando a se desvencilhar deste e sair andando até a sala.

Grimmjow encarou a travessia dela com melancolia em olhos. Não gostava dos falsos sorrisos de sua mãe… Lhe traziam memórias doloridas.

As escadas ecoaram passadas apressadas novamente. Savannah as descia com pressa, indo até a cozinha e encarando seu irmão com um olhar melancólico por alguns instantes.

— Algum… Bicho te mordeu? - Ela disse num tom seco. Estava preocupada, mas não havia se esquecido de ter sido expulsa forçosamente nem de quão idiota ele havia sido com ela.

O rapaz não se deu o trabalho de responder. Um suave suspiro lhe escapou as narinas enquanto ele começava a tomar o achocolatado com uma das mãos nos bolsos. Encarando Savannah de canto, não pareceu gostar muito do comentário… Coisa demais estava na cabeça dele.

— Desisto. Como sempre você banca o babaca e depois se pergunta por que é odiado por pessoas com uma mínima quantia de miolos. - Ela disse dando de ombros, passando reto pelo rapaz.

Savannah pegou um pacote de pães de forma, tirando dois e começando a passar margarina com uma faca. Ansiava algumas torradas, e o fazia com cara feia… Não parecia contente com o comportamento agressivo do irmão desde ontem.

Ela queria conversar com ele. Sabia que ele precisava desabafar… Mas isso é algo que o garoto preferia não fazer. Isso descontentava a moça… A um ponto que ela não podia sequer

medir.

— Sabe com quem a doida anda falando no telefone? - Ele disse ao ar, após alguns minutos de silêncio perturbadores.

Com um pequeno susto Savannah o encarou um tanto confusa.

— O que quer dizer com isso? - Ela o questionou um tanto curiosa. Era raro Grimmjow se interessar nos assuntos que diziam respeito á sua mãe… Ou á privacidade dela.

— Não sei. Se eu tivesse alguma ideia já teria te falado. Mas algo está incomodando ela, logo… Isso me incomoda. - Ele disse coçando os fios azulados com frustração. Parecia irritado e confuso ao mesmo tempo.

— É adorável como você é fofo quando quer. - A garota deixou escapar um sorriso, enquanto removia da torradeira seus pães amorenados.

— CALA A BOCA! - Ele soltou um berro enquanto Savannah afinava um meio-riso nos lábios.

O bolso de Savannah vibrava.

— Tá, cala a boca você agora. - Ela puxou do bolso o celular, atendendo a ligação sem nem mesmo olhar bem o número. Não é como se ela distribuísse seu número por aí, só cinco pessoas no máximo o tinham. - Alô?

— Alô… Savannah? É o Kouta. - A voz masculina e em tom gentil, mas preguiçoso ecoou entre o ouvido da garota. - Eu já vou me arrumar, vocês dois vão?

— Se refere a mim e ao brutamontes? - Ela encarou pelos ombros o irmão, este que a encarou um tanto irritado.

Grimmjow encarou ela irritado, e cruzou ambas as mãos sinalizando uma negação instantânea. A dona dos fios roxos virou o olhar para o nada novamente.

— Sim, nós vamos. - Ela desligou, sem sequer se despedir. Sempre era assim ao telefone, com Angela e Ulquiorra sendo exceções.

— Sim nós vamos uma ova. - O dono dos fios azulados começou a caminhar para o corredor, enquanto a irmã o puxava pelo braço.

— Aaah mas nós vamos sim. Nem que eu tenha que te dar umas boas bofetadas! - Ela começou a arrastá-lo para as escadas.

Grimmjow o permitiu. Sabia que discutir seria perda de tempo, e por esse exato motivo se deixou ser arrastado sem cerimônia. Soltou um suspiro no caminho pela escadaria… Mas tinha planos para não ir, independente da vontade de sua irmã caçula.

 

Na residência dos Sousuke, a silhueta da dona dos fios rosados saía do banho com o corpo envolvido por uma toalha esbranquiçada. Suas curvas delineadas por baixo do tecido que poderia ser removido com facilidade se mostravam visivelmente ainda molhadas. Seus cabelos rosados pregavam-se contra o corpo, o ênfase em seus fartos seios a davam um vislumbre mais sensual do que o normal da garota.

A moça não demorou muito para se vestir, colocando roupas íntimas escuras com bordas enfeitadas com babados avermelhados. Colocou uma blusa caída sobre um ombro arroxeada, com um grande coração negro e asas angelicais da mesma cor. Sobre as pernas, alojou uma saia jeans, com uma sandália preta sobre os pés. Se encarou um tanto no espelho do banheiro com bastante atenção… Angela nunca viu motivos para ser feia, mas não gostava do corpo. Nem entendia por que muitas a invejavam… Preferia ter um corpo esbelto á tantas curvas desnecessárias.

Ela começou a secar os cabelos. Não faria nada demais além de colocar uma presilha como de costume. Depois de desligar e guardar o secador, desembaraçou os cabelos com um pente de dentes separados e prendeu a lateral do cabelo com uma presilha na forma de uma asa. Saiu do banheiro já praticamente arrumada, enquanto ia em direção á seu quarto.

Quase como se o celular previsse que ela estaria arrumada, ele tocou assim que ela pôs os pés dentro do cômodo. Seus olhos reviraram um pouco o cômodo, e assim que o viu acima do criado-mudo, o agarrou apressada. Atendeu a ligação após notar ser de Savie.

— Alô, Savie-chan? - Ela disse enquanto pegava alguma coisa entre a gaveta do criado-mudo.

— Ah. Alô Angela. - Savie respondeu do outro lado da linha. - E então, está pronta?

— Sim. Eu estou. Obrigada por lembrar de ligar.

— … Certo. Sobre o que queria falar? - Savie cortou as ladainhas ao ver que Angela também não estava interessada.

— É sobre o meu irmão. Eu estou preocupada com ele… Talvez eu volte pra casa mais cedo.

— Ah… Então… - Savannah pareceu um tanto desapontada, ou aliviada. Como se esperasse outra coisa.

— Você… Esperava o quê? - Angela disse num tom um tanto desconfiado, pareceu notar.

— Nada demais. Só achei que fosse sobre outra coisa sem importância. Estará mesmo tudo bem voltar sozinha?

— Sim. Não tem problema. Eu estou realmente preocupada com ele… Ele saiu bem cedo hoje e não me disse aonde ia. Ele está estranho desde ontem. - Angela respondeu após pegar uma carteira rosada com listras negras, lembrando as de um tigre.

— Ahm… Ele te contou sobre o que aconteceu? - Savannah pareceu perguntar enduvidada com algo.

— Sim. Eu achei um absurdo os homens que assediaram sua mãe baterem nele!

Savannah ficou muda. Angela não conseguiu entender bem por que, mas decidiu apenas continuar.

— Então… Você e o seu… Coisa aí vão né?

— Sim. Eu vou arrastar ele pelos cabelos. Não vai ser legal se levarmos o Kouta e não arrastarmos o melhor amigo dele.

— Ok. E o Ulquiorra…? - Angela disse um tanto curiosa.

— Eu… Sinceramente não sei se devo convidá-lo. Ele odeia esse tipo de compromisso em grupo.

— Ele não é seu namorado?! - Angela pareceu até mesmo perplexa e um tanto irritada com a resposta de Savie.

— E-Ele não é meu namorado… Ele… É…

— Não interessa o que ele é. Você deveria chamá-lo.

— Mas eu tenho certeza que ele recusaria.

— Savie-chan, se tem uma coisa que eu sei sobre ele, o que por sinal é bem pouco… É que ele jamais recusaria sair com você.

— Você falou como uma mãe agora.

— Shh. É o que amigas devem fazer. Liga pra ele e pergunta se ele não quer ir.

— E você e os outros de vela né?

— Ele não é seu namorado pelo que eu saiba. - Se Savannah estivesse encarando Angela cara-a-cara, veria o olhar censurador que a rosada fazia para o nada.

— … Você deveria ser política.

Angela soltou alguns risos.

— Boba.

 

O carro de Aizen passava por uma das várias vias principais. No meio da manhã o homem decidiu-se fazer uma visita á sua futura cônjuge… E por esse motivo, desistiu da carta. Rangiku Matsumoto era uma mulher bonita, que trabalhava numa renomada mobiliária da região. Por esse motivo, morava um tanto distante de Aizen a trabalho. Aizen sempre preferiu a pedagogia num geral, algo que Rangiku cogitava como “Antiquado e brega”. Ele entendia o lado dela, de certa forma… Mas isso não impediu que ele se mudasse para Karakura, lecionar na academia do diretor Shunsui… Que por extra, era um velho amigo.

Enquanto se via perdido nos pensamentos, Aizen viu um pequeno café no meio da estrada, aonde decidiu fazer uma parada para tomar um ar e beber um café, talvez. Desacelerou, deu a seta de curva e começou a estacionar o veículo próximo á construção, que estava medianamente frequentada. Desligou o motor, subiu os vidros do veículo se saiu do carro, trancando-o e guardando as chaves no bolso de sua calça.

— Aizen-san? - O homem ouviu seu nome ser chamado por uma voz feminina.

Ele se virou, vendo uma bela beldade de pele escura e cabelos louros usando uma blusa social, calça no mesmo modelo e saltos, tudo na mesma cor; Branca.

— Tier Halibel. - Ele afinou um sorriso ao encarar a mulher, que saía de um carro vermelho estacionado a poucos metros do dele.

— Que coincidência encontrá-lo por aqui…

Halibel tinha vívidos olhos esverdeados, cílios longos e um corpo farto e curvilíneo. Fez pedagogia junto de Aizen, e sempre foi uma mulher madura e de poucas palavras. Elegante como poucas mulheres poderiam ser, ele sempre a admirou nesse ponto.

— O que você está fazendo num lugar remoto como esse, senhorita Halibel? - Ele perguntou um tanto curioso, enquanto alocava uma mão sobre o bolso.

— Eu estou indo visitar uma amiga em Karakura. Faz um tempo que não nos falamos e estou louca para conhecer a família dela. - Ela disse com um tom de voz calmo, numa voz madura.

— Entendo. Está com pressa? Posso pagar um café se quiser.

— Ah, não estou com pressa. Não é nenhum compromisso importante de última hora. Estou indo ficar por alguns dias lá.

— Coincidência. Estou agora morando em Karakura com minha irmãzinha.

— A rosada? Deve estar bem crescida, uma bela mulher. - Halibel afinou um sorriso.

Aizen nunca foi um homem de notar muito as mulheres á sua volta. Mas desconsiderar uma mulher de beleza tão exótica como Halibel… Seria quase um pecado. Ele se lembrava das tentativas frustradas de Shunsui com ela, as quais ele sempre era ignorado ou simplesmente levava foras doídos.

— Bom, vamos entrar para conversar um pouco. Tenho que admitir que senti saudades de você, sempre repreendendo os que incomodavam as garotas.

— Ah, certo. - Ela assentiu com calmaria, decidindo não comentar sobre as palavras de Aizen.

Ambos começaram a se dirigir até o interior da cafeteria em certo silêncio. Aizen opinou para que Tier se sentasse, enquanto ele pegava alguma bebida. Perguntou a preferência da mulher, e como resposta obteve um capuccino simples.

Não muito depois o homem sentou-se junto de Halibel. Ele a entregou o capuccino, enquanto começou a bebericar o próprio café com calma.

— Por que se mudou de Tóquio para Karakura…? - As primeiras palavras saíram dos lábios volumosos da mulher, que bebericou o capuccino logo após a frase.

— Um emprego. Shunsui é o diretor de uma escola, a qual ele me convidou para lecionar.

— Em Tóquio você teria muitas outras oportunidades. Tem relação com…

— Não. Não tem relação com o acidente de sete anos. Eu apenas quis… Fugir das complicações de uma grande metrópole.

— Entendo… Acho que um homem como você tomaria esse tipo de decisão. - Halibel decidiu não tocar mais no assunto.

— E você? O que está fazendo atualmente?

— Eu estou atualmente de férias, pelo motivo que eu disse antes de entrarmos mas… Estou trabalhando como secretária do gerente numa empresa automobilística.

— Você não fita com esse emprego. - Aizen realmente não conseguia ver Halibel, uma mulher tão altruísta e talentosa como uma mera secretária.

— Sim. Mas ele é meu irmão, então não me importo muito com isso.

— Está trabalhando com seu irmão? Aaroniero?

— Ele é o gerente. Pessoalmente tenho planos de lhe roubar a carreira. - Ela afinou um sorriso. - Ou simplesmente fundar um negócio próprio quando tiver fundos suficientes para isso.

— Então ser secretária é apenas algo provisório… Agora sim isso lhe fita.

Halibel deixou um baixo riso nasal escapar.

— Agora… Shunsui está dirigindo um colégio? - Ela mudou de assunto, um tanto confusa.

— Sim. Aparentemente o colégio tem passado de geração em geração pela família dele. Além de diretor ele é quem cuida dos fundos e do bem estar interno.

— Ele como diretor… Eu como secretária. Não parecemos ter rumado o que queríamos.

— Pessoalmente, como você fez pedagogia acho que deveria falar com ele sobre. - Aizen opinou. Sabia que Halibel sempre teve interesse em lecionar.

— Pensarei sobre isso, já que é um conselho vindo de você.

Alguns instantes se passaram em silêncio, aonde ambos aproveitavam apenas suas bebidas com calma. O celular da mulher vibrou um pouco, ao qual ela discretamente pediu licença e saiu do estabelecimento para atender.

O encontro com Halibel fez Aizen refletir um tanto. Ele sempre prometeu que cuidaria de sua pequena irmã, e gastou todo seu tempo, preocupação, dinheiro e pensamentos com isso. Aizen jamais se arrependeria disso, na verdade estava mais do que feliz em poder ser parte de uma visão familiar com sua irmã… Mas isso começou a mostrar efeitos nele. Não precisa ser um gênio com PhD em física para saber que um dia Angela seguiria e rumaria a própria vida.

Que um dia… Aizen seria deixado para que ela experimentasse por si só as responsabilidades. E que, quando esse dia chegasse, ele não teria direito nenhum de impedi-la.

Halibel voltou após alguns instantes. Ela pegou a bolsa e encarou Aizen um tanto preocupada.

— Infelizmente eu preciso ir. Vou deixar meu número com você, já que vou ficar em Karakura por alguns dias. - Ela o entregou um papel.

— Aconteceu alguma coisa? - Ele pegou o papel, perguntando apenas pela curiosidade e preocupação com uma velha amiga. Se levantou com o copo de café, o bebendo.

— Nada demais, só uns imprevistos bobos. Me ligue qualquer coisa… Espero poder visitar você e ver Angela qualquer dia desses.

— Claro. Ela provavelmente adorará te ver. Ah, tome meu número também, não vamos tornar isso unilateral. - Ele pegou uma caneta (Coisa com a qual ele sempre anda) e um bloquinho no bolso, anotando o próprio número e o entregando.

— Nos vemos depois, Sousuke. - Ela acenou, sendo correspondida com outro aceno e apressadamente começou a sair da loja.

Aizen ficou mais alguns instantes na cafeteria, terminando seu café. Pagou ambos as bebidas como disse que o faria e começou a sair também. Não sabia quantos minutos gastou ali, mas não importava realmente. Destrancou o carro, entrou, se acomodou no banco e ligou o motor. Agora o homem rumaria direto á casa de Rangiku.

Rangiku morava numa área um pouco afastada de Karakura, mas ainda sim próximo o suficiente para demorar cerca de trinta ou quarenta minutos á carro. Dirigiu até lá diretamente, e já viu a exuberante casa de praia.

Rangiku Matsumoto era filha única de um grande empresário, peixe grande de uma empresa importante. Como filha única, era um tanto mimada e recebia agrados com frequência do pai. Aizen a conheceu numa visita formal á firma do pai da moça, aonde o rapaz foi apresentado como um aspirante á contador da empresa. Aizen recusou o emprego devido complicações familiares. Apesar do histórico de adultério de Rangiku, Aizen compreendia o lado dela. Nunca foi realmente um homem atencioso com ela devido a distância. Rangiku já reclamou diversas vezes sobre como ele era frio e um tanto distante. Esse foi talvez o único motivo por Aizen ter decidido perdoá-la, recomeçando tudo do zero.

Aizen começou a estacionar o carro próximo á garagem. O primeiro andar eram apenas áreas de lazer como piscina e jardins, junto da garagem. Fez todo o processo de segurança ao trancar o carro, e então saiu. Subiu as escadas lentamente, enquanto já pegava as chaves da casa que havia recebido semana passada.

Ele destrancou a porta, que normalmente nunca ficava trancada. Deu de cara com uma sala de estar luxuosa, que ele já viu várias vezes. Era bem espaçoso. Do lado direito, havia o corredor aonde levaria aos quartos e ao esquerdo a separação entre cozinha e sala. Ele averiguou a cozinha, aonde não viu ninguém. Deu meia volta e começou a ir para os quartos. No corredor haviam três portas; Uma para o banheiro e outra para os dois quartos, um sendo de hóspedes. Ele foi direto para o quarto. Aizen tinha um pressentimento ruim…

O fato da porta estar trancada o preocupava. Ela nunca trancava a porta a não ser que saísse, e ela não havia avisado para ele nada sobre. No fim das contas, Aizen não conseguia mais confiar em Rangiku desde o dia que chegou e viu ela deitada com outro homem sobre a cama da casa dele. Agora que ela estava morando sozinha, as chances de outro adultério ocorrerem eram ainda maiores.

Ele engoliu todas as dúvidas e receios, abrindo a porta… Parecendo perplexo, surpreso com o que viu.


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Notas finais do capítulo

O que será que Don Alvez Aizenico viu?
Será que Maria Madalena Matsumoto chifrou ele de novo?!
Descubra no próximo episódio de...
CORAZÓN EM CHAMAS~

~Tá parey

Vou deixar esse climinha. ¬u¬
E uma notícia pra vocês queridos;
Eu estou fazendo um mangá total full over killing spree de original. Chamar de mangá é errado, então eu vou chamar de WebComic.
Estou divulgando pra vocês antes mesmo de começar direito... Não tem previsão nenhuma, e nem mesmo sei se vou postar em algum lugar tãaaao cedo.
Obrigada pra quem esperou e quem leu, agradeço o carinho de vocês!
~Kissus! ;3



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