Closer Gakuen escrita por Alana Alcer, Savie


Capítulo 1
Capítulo 1 - Início do Ano e Aluna Transferida


Notas iniciais do capítulo

EAÊ PESSOAS!
TUDO BOOOOOOOOM?
Estou postando sem a Savie saber. Esse é nosso segredinho -q
~assimqelaentrarvaimematar
MAS!
Quem estava com saudades desses três?
Muitas coisas rolaram.
E finalmente estamos postando mais uma saga de Closer!
Dessa vez, eles aborrecentes com essas aventurinhas nada legais da adolescência.
Com isso em mente, já dá pra notar que vai ser um draaaaaaama né?
Bem, divirtam-se!

#Capa provisória#



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Podia-se ouvir de qualquer recanto da cidade os majestosos sinos de igreja, que pendulavam com vigor por entre as batidas. Até mesmo o cheiro que estava sobre o ar estava agradável naquela manhã, sinalizando um dia agradável por vir. Mais um ano havia se passado na cidade de Karakura. Mais um ano de esperanças e sonhos pendentes a se realizar.

Vários colegiais se dividiam por entre as ruas daquela manhã. Era o começo das aulas, e vários tipos de uniformes podiam ser vistos. Em especial, um uniforme aonde gravata e roupas inferiores eram pretas, juntas de camisas esbranquiçadas. Esse era o uniforme da Academia Seireitei.

Dentre todos esses colegiais, um casal em específico com colorações de cabelo bem peculiares caminhavam sem real interesse á sua volta. Feições praticamente entediadas… Como o desapontamento de uma rotina que estaria por vir.

— Mais um ano, Savannah... - A voz do rapaz ecoou. Este tinha fios azulados e um rosto mau encarado que já parecia ser de sua natureza. - Mal começou e já quero suicídio.

— Sim... - A garota respondeu sem vontade nenhuma de continuar um diálogo muito longo. Com longos cabelos arroxeados e corpo curvilíneo, ela encarava apenas sua visão frontal sem interesse nenhum nos belos arredores. - Será que vai acontecer algo interessante hoje?

As palavras dela ecoaram quase como num monólogo, aonde ela excluía a presença do rapaz. Ao notar isso, o mesmo permaneceu no mais puro silêncio. Não parecia muito interessado em dialogar também de qualquer forma. Se dirigiam até a academia Seireitei, e não demorou muito para chegarem em seu destino.

O colégio era enorme. Uma enorme construção central parecia ser o prédio aonde alojavam-se as salas de aula e cômodos importantes. Dentre eles, a sala do diretor. O pátio, aonde se aglomerava a maior quantia de Alunos que procuravam as próprias classes era igualmente grande e espaçoso. Uma grade separava o campo de corrida, havia um de esportes ao ar livre e ao longe era possível também ver uma piscina.

Havia um grande mural aonde todos os nomes e classes divididos por ano no centro de tudo. Mural aonde havia uma aglomeração visível. Foi para onde o casal se dirigiu, procurando os próprios nomes e classe na área do terceiro ano.

— Oh... Fiquei na sua sala, Grimmjow.– A voz da garota expeliu-se após segundos em silêncio devido a procura.

— Tanto faz. - O rapaz deu de ombros.– Vou ao banheiro.

— Ok.

Não demorou muito para ele sair andando, sem cerimônia nenhuma na direção da construção maior. Sua silhueta se esvaiu entre a multidão não muito depois de se afastar da garota, que começou a procurar o nome dos novatos entre o quadro.

— Angela Sousuke. - Ela repetiu em voz alta o primeiro nome do topo. - O nome dessa garota é estranho… Mas familiar, de alguma forma.

Pensativa, Savannah estava estática encarando o quadro. Tentava se recobrar de alguma vez aonde poderia ter visto esse nome. Mas nesse momento, o que a memória dela não queria era colaborar. Quando estava a ponto de desistir, viu belos cachos de cabelos rosados, que pareciam quase reluzir a luz do sol naquela manhã.

A dona dos fios arroxeados de primeira não deu muita atenção. Mas o dono dos fios de coloração tão incomum quanto os dela se virou, parecendo um tanto surpresa por alguns instante para com a silhueta da moça. Ela afinou um sorriso suave, quase como em restauração própria ao notar quem era.

— Quem é você...?

Poucas foram as vezes que Savannah poderia admitir encanto por alguém. E nesse momento, sua feição tinha um misto entre essa e a sensação de surpresa. Encarar essa garota era como encarar uma fotografia velha… Nostálgico, mas uma sensação passada. Distante.

— Olá... Savie-chan, né? Estamos na mesma classe...– A menina disse docilmente, um tanto tímida mas se esforçando para passar uma boa impressão.– Sou uma aluna transferida da academia Yamada. Prazer em conhecê-la!

Aquela, na mente de Savannah com certeza era a primeira vez que via essa garota.

Não era possível que um rosto tão bonito, cabelos de cor tão incomum ou olhos tão vividamente esverdeados lhe passassem despercebidos pelos anos.

Mas a garota não conseguia descrever esse estranho sentimento de encanto ou felicidade enquanto encarava á figura á sua frente.

Um encanto… Nostálgico.

 

O resto do dia se resumiu a um discurso de boas vindas aos novatos, junto da votação para os novos representantes do comitê das classes. Savannah e mais alguns outros foram escolhidos para ser a voz de suas classes, e como se não bastasse ela também ganhou o papel de vice-presidente do conselho estudantil.

Ela passou também o resto do dia sobre a companhia de Angela. A garota se provou ser diferente do que Savannah estava acostumada a ver. Uma garota doce, gentil por natureza… Quase como um pequeno anjo. Savannah tinha a estranha sensação de que deveria protegê-la, e mesmo que internamente achasse bobagem não conseguia se livrar desse estranho sentimento de proteção que tinha em relação á ela.

O que mais a perturbava também era o fato de como ela se apegou facilmente a garota. Sempre foi uma pessoa que julgava bastante a olhar distante as pessoas, mas Angela foi uma situação diferente. Poucos diálogos e conversas habituais foram o suficiente para que ambas tornassem-se boas amigas. A sensação de que conhecia Angela em outros tempos ainda corria fortemente sobre a mente de Savannah… Mas isso não implicava nem importava mais.

No fim das contas… Savannah estava simplesmente feliz por ter uma amiga.

Nesse instante, ambas estavam sentadas sobre a escadaria para a porta principal da academia. Estavam ambas aproveitando doces gelados, sorvetes que compraram logo após o término das votações e discursos.

Viram um grupo de cinco garotas aproximadamente, estas estavam caminhando rumo á saída do colégio aonde não pareciam ter como destino suas casas. Provavelmente fariam uma pausa num karaokê ou loja pelo caminho.

— Oquê vocês vão fazer mais tarde? - Uma dentre as garotas acabou que por perguntar passageiramente.

— Ah, não seei… - Uma outra respondeu pensativa. - Acho que vou sair com o Kouta!

— Kouta...? - Uma delas perguntou um tanto curiosa. - Ah, aquele amigo do Grimmjow, né?

— Ele mesmo! - A anterior respondeu. - Pra falar a verdade nem gosto dele, só quero me aproximar do Grimmjow!

As garotas trocaram mais algumas frases que claramente deixavam Savannah desconfortável. Não demorou muito para que houvessem risos e gargalhadas entre os comentários. Savannah as encarava um tanto irritada, com um teor de desdém.

Angela passou praticamente o dia inteiro ouvindo sobre boatos. Garotos bonitos, garotas bonitas e fofocas variadas – E um desses boatos, era sobre “o garoto” do colégio. O mais bonito, para ser bem específica. O que todas as garotas comentavam uma hora ou outra.

Entre o silêncio pensativo de Angela e o silêncio de desdém de Savannah, a rosada parecia prestes a explodir com perguntas em mente. Decidiu então perguntar sobre para Savannah.

— Hey Savie-chan… - Angela chamou a atenção de Savannah quase no mesmo instante. - Quem é Grimmjow?

Savannah pareceu pega de surpresa com a pergunta. O nome mais falado do colégio, por óbvio acabaria nos ouvidos de Angela alguma hora. Não é como se Savannah se privasse do assunto… Mas se sentia desconfortável em pensar no fato de que uma das razões para não confiar em amizades femininas era o dono desse nome.

— Grimmjow é meu irmão mais velho.– Savannah respondeu desinteressada, enquanto terminava de saborear seu sorvete.

— Eu ouvi falar muito dele no colégio… - Angela disse pausadamente, em meio a pensamentos e lembranças do dia que já estava se passando. - Ele é tão incrível com as meninas assim?

— É. - Savannah nem se deu o trabalho de pensar muito na resposta. - Ele também é muito popular com os garotos.

Angela não deixou de notar a frieza com que Savannah falava sobre seu irmão. Sentiu um desconforto visível, estava mais do que aparente. A rosada porém não se abalou, e entre a curiosidade continuou com o tópico.

— Vocês são íntimos? - Foi a primeira indagação. Angela considerou as reações de Savannah como uma visão negativa sobre Grimmjow.

— É claro que somos, oras. - Savannah disse torcendo o cenho. - Somos irmãos.

— É que bem... Tem esses irmãos que são separados e… Eu… Não deixei de pensar nessa possibilidade, sabe? - Angela pareceu um tanto sem jeito com a resposta.

Talvez outra coisa preocupasse Savannah em relação á Grimmjow. Mas no momento a rosada se sentia intrusiva demais. Decidiu não continuar o diálogo nem as perguntas sobre.

Savannah notou com clareza o desconforto. Soltou um suspiro com as preocupações que ela sabia que Angela estava tendo.

— Não se preocupe... Você não me irritou. - Ela acabou que tentando de alguma forma dar liberdade para Angela continuar se ela o quisesse.

Mas o silêncio da rosada negativou os pensamentos de Savannah… Que por alguns instantes ficou totalmente melancólica. Tentou recuperar sua compostura antes de continuar.

— Ei... Você não está ficando comigo só pra se aproximar dele como essas garotas… Certo?– Savannah deixou escapar um pensamento próprio em voz alta.

Angela deixou a expressão totalmente surpresa por um momento. E nesse momento, Savannah quase tomou as dores de que seu comentário fosse a realidade.

— N-Não! - Angela soltou um semi berro, algo que até assustou Savannah um pouco. - Jamais faria algo desse tipo com ninguém… E isso inclui você, Savie-chan...

Savannah pareceu um tanto surpresa com a defesa tão eufórica e energizada. Uma negação completa… E isso a fazia se sentir mais leve, de uma forma ou de outra.

No fim das contas… Savannah passou a apreciar de verdade o apelido que ganhou.

— Você realmente é diferente dessas meninas… - Savannah deixou escapar os lábios um sorriso. - Bom, acho que vou pra casa.

— Eu tenho que esperar meu irmão… - Angela disse encarando apaticamente o relógio da escola. - Porquê você não espera só um pouquinho para conhecê-lo?

— Não... Talvez um outro dia. - Savannah respondeu um tanto desanimada com a ideia. Estava cansada, apesar de tudo. - Nos vemos amanhã, Angela.

Savannah afinou um sorriso aos lábios. Internamente sentia-se um tanto estranha. Nunca tinha sorrido tanto para uma “desconhecida” antes.

— Sim! Savie-chan! - Angela retribuiu o sorriso com outro bem largo entre os lábios.

Angela reverenciou com insistência múltiplas vezes a silhueta de Savannah, algo que fez a outra dar um riso nasal.

— Você é estranha e formal... - Savannah disse desvencilhando aos poucos o sorriso.– Bom, até amanhã.

— Até… - Angela deu um aceno suave.

A dona dos fios arroxeados começou então a se afastar da rosada. Ao longe, enquanto já seguia seu caminho para casa conseguiu ver uma figura masculina se aproximando de Angela. Não se preocupou apenas pelo fato de ter a certeza de que seria seu irmão. Ignorou toda a situação dadas as circunstâncias.

— Mano! Eu fiquei com saudades!

Angela acabou que por se agarrando fortemente á silhueta, num firme e forte abraço caloroso.

Seu irmão era alto e tinha uma silhueta esbelta, tomada por vestimentas formais. Seus fios eram acastanhados junto de olhos na mesma coloração. Seus olhos estavam cobertos por um óculos de grau com armação negra.

— Espere, Ange--- Ei… - O homem disse entre o abraço e risos que acabou soltando.

Ele deu um suspiro, enquanto passou a acariciar a única lembrança que ambos tinham de sua mãe.

Os belos e delicados fios rosados que se estendiam até a cintura da garota.

O olhar do homem se preencheu numa tristeza por alguns instantes, mas assim que o rosto de Angela se ergueu e o encarou com um sorriso fino entre os lábios, o homem sorriu de volta.

— Me compra mais um daqueles deliciosos onigiris, irmão? - Angela disse de maneira manhosa e pidona.

— É claro. - Ele disse cessando a carícia entre os fios dela. - Mas precisa me soltar antes certo?

Angela o soltou um tanto surpresa e confusa por alguns instantes, dando uma risada discreta e abobalhada.

— Ah... Desculpa.

— Está tudo bem. - Ele se virou um pouco para seguir para casa– Bom, vamos?

— Certo. - Ela passou a acompanhá-lo, que logo após a frase dela tornou a caminhar.

Eles caminharam juntos por algum tempo, até que chegassem na garagem da academia. Com chaves em mãos, o homem destrancou as portas e entrou seguido de sua irmã menor. Guardou uma pasta que segurou até esse momento no banco de trás, começando a ligar o motor.

— Tenho boas notícias. - Ele disse enquanto começava a manobrar.

Angela pareceu eufórica no mesmo instante. Seu irmão a dizer que tinha boas notícias só podia significar uma coisa; Eram ótimas e não boas notícias.

— Quais?

— Espere que cheguemos em casa. Contarei em detalhes para você.

— Ok. - Angela respondeu com a curiosidade já a mil.

 

— Cheguei…

A voz de Savannah ecoou por entre a entrada da casa, enquanto a garota removia os sapatos com calma e apaticidade. Jogou a bolsa que continha alguns documentos importantes sobre a mesinha da entrada e começou seu caminho para até a cozinha.

— Ah, você demorou. Bastante até.– Grimmjow estava com um prato, sentado perto do balcão e comendo um grande pedaço de carne.

— Cala a boca. - Ela disse ríspida, cortando já o assunto.– Onde está a mãe?

— A doida? - Ele fez uma pequena pausa para mastigar e engolir. - Foi fazer compras.

— Você definitivamente não tem a mínima consideração com a nossa mãe. - Savannah disse revirando os olhos enquanto começou a procurar o que beber na geladeira. - Ela que nos alimenta sabia?

— Eu sei. - Ele respondeu enquanto balançava os ombros dando pouco caso da situação. - Mas isso não muda o fato de que ela é maluca.

— Hm. - Savannah puxou da geladeira uma caixinha de suco de uva. - Tem uma verdade no que você diz.

— Aquela garota que você passou o resto do dia, qual o nome dela? - O rapaz perguntou curiosamente, levantando-se para colocar a louça na pia, seguindo em direção à geladeira.

— O nome é Angela. - Ela respondeu indiferente. - E ela me é familiar, de alguma forma.

— Tá. - O rapaz permaneceu indiferente por algum tempo, começando a encher um copo com leite. - Mas vou logo falar o que eu acho.

Ele fez uma pausa, aonde numa única e voraz golada bebeu todo o copo… Praticamente.

— Achei ela extremamente mimadinha… Sem falar em como é patricinha com o cabelo tingido de rosa.

Savannah o encarou em silêncio por alguns segundos, enquanto ele colocava o copo sobre a pia.

— Não é tingido. É natural. - Ela revirou os olhos, encarando-o diretamente. - E oquê você pode dizer se tem um cabelo tão estranho quanto?

— Eu posso dizer; Foda-se. - Ele se virou pra ela com uma mão no bolso.

— Hm. - Ela cerrou os olhos claramente irritada. - Independente disso… Ela não é uma patricinha muito menos mimada. Ela é uma fofa.

Por vários longos segundos, todo o cômodo ficou num silêncio perturbador. Savannah o encarava normalmente enquanto Grimmjow permanecia inexpressivo.

— Oquê você disse? - Ele disse como se tivesse escutado errado.

— Eu disse que ela não é patricinha. Nem mimada. Ela só é fofa.

— Sabe… - Ele a encarou apaticamente. - Primeira vez em 15 anos que ouço você chamar alguém de fofo.

— Cale a boca seu paspalho! - Savannah avermelhou com o comentário.

— Você? Vermelha. O inferno congelou, só pode. - Ele pareceu extremamente surpreso com isso.

— I-Idiota... - Algumas veias saltaram sobre a testa dela.

— Você foi infectada pela patricinha. Atenção habitantes do planeta terra!

Grimmjow colocou as mãos sobre a boca para aumentar o tom forçosamente.

— RUN TO THE HILLS! - Ele berrou.

— CALE A BOCA IDIOTA! VAI ARRANJAR O QUÊ FAZER! - Savannah berrou de volta irritada com a brincadeira.

 

Angela junto de seu irmão finalmente chegaram em casa. O homem com paciência colocou o carro sobre a garagem, desligou o motor e começou a trancá-lo. Entre esse processo Angela já saía do carro e começava a destrancar a porta da frente de casa.

Assim que a garota entrou e tirou os sapatos, colocou a mochila aonde tinha muitos enfeites e broches afofados acima do sofá, começando a se despreguiçar um pouco ainda de pé.

— Foi cansativo assim? – O homem perguntou enquanto afrouxava a gravata calmamente, já dentro de casa.

Angela se virou para ele por um momento com um fino sorriso.

— Não não. Só diferente. - Ela pareceu pensativa. - Conheci uma garota muito bonita hoje. Ela virou representante de classe por votos unânime… E ela é muito legal também.

— Já tem amigos? Que bom. - Ele disse e acabou dando uma pausa enquanto caminhava até a cozinha. - Eu demorava um bocado pra fazer amigos...

— Sim...– Ela afirmou criando outro sorriso. – Ela se chama Savannah… Eu a apelidei de Savie-chan.

Angela acompanhou o irmão até a cozinha, se sentando sobre um dos bancos do balcão.

— Ela também tem um irmão mais velho... Só que bem, ele tem minha idade.

— Hm...? E ele é da sua sala? - Seu irmão demonstrava interesse, mas parecia falso. Ele claramente tinha outras coisas em mente

Mas por óbvio, não queria cortar a alegria dela.

— Sim, a Savie-chan também. Ela pulou um ano… Acho ela tão bonita e inteligente… Tenho que admitir que tenho um pouco de inveja. - Ela soltou um riso nasal no fim da frase.

— Você nunca foi tão animada assim meu anjo. - Ele deu um riso também. - você realmente gostou dela, certo?

— Sim. - Ela afinou um sorriso.

— Que bom que já tem uma amiga. Dizem que o primeiro amigo é sempre o melhor.

Ele novamente a mostrou seu sorriso carinhoso, que trazia um sorriso ainda mais radiante no rosto da menina.

Alguns instantes em silêncio, e nesses instantes o homem arrumou algumas coisas pela cozinha. Estava também pegando prataria e ingredientes para fazer o jantar.

Angela como num estalo se lembrou do assunto de mais cedo, e sua curiosidade também se acendeu.

— Mas então, qual é a notícia mano? - Angela perguntou com claro tom de curiosidade.

— Bom… - Ele deu uma longa pausa. Pausa que quase fez Angela o sacudir de tanta ansiedade. - Eu consegui um emprego aqui em Karakura.

Angela esboçou clara surpresa. Ela criou um largo sorriso e se levantou quase no mesmo instante para abraçá-lo.

— VOCÊ É INCRÍVEL! - Ela disse entre o abraço. A frase deixou o homem um tanto sem jeito, mas claramente lisonjeado.

— Porquê diz isso...? - Ele acariciou um pouco a cabeça da garota.

— Não faz sequer um dia que nos mudamos e você já foi capaz de fazer algo assim… Considerando seu currículo, também…! Eu tenho o melhor irmão do mundo. - Ela disse orgulhosa, quase com o peito estufado enquanto se apertava ainda mais nele.

— Ah… - O homem criou um sorriso fino entre os lábios. - Eu não fiz mais que minha obrigação.

— Eu… Quero ajudar você de alguma forma. Vou procurar um emprego de meio período. - Ela disse com um tom mais baixo, porém determinado enquanto se separava dele.

O homem negativou com a cabeça de maneira suave enquanto encarava a garota.

— Para quê tanto...? – Ele disse em claro tom de desaprovação. - Não vou impedi-la de trabalhar… Mas não quero seu dinheiro para as coisas dessa casa.

— Mas eu quero ajudar… - Angela pareceu um pouco desentendida.

— Não precisa. Quero que aproveite ao máximo enquanto ainda é uma aborrecente... Certo? - Ele acariciou o cabelo dela desleixadamente.

Angela afinou um sorriso. Tinha noção de como seu irmão era gentil, o que o tornava ás vezes um pouco complicado. Mas, acima de tudo ela admirava isso nele.

— S-Sim... - Ela respondeu em baixo tom.– Mas onde você vai trabalhar?

Alguns instantes de silêncio se fizeram. E quanto ela iria repetir a pergunta achando que ele não ouviu, ele respondeu.

— Bom... É segredo.

— Mas… Ahh… - Ela se emburrou.

 

Na residência dos Jaegerjaquez, a manhã já começava a se estender. O rapaz com cabelos azulados dormia calmamente, com o corpo um tanto estirado pela cama.

A porta foi aberta enquanto uma silhueta com uniforme colegial e feminino entrou em passadas pesadas e claramente irritadas, que ecoavam o som da madeira. O quarto estava bem escuro, por isso no processo de caminhada foi aceso.

As cobertas foram removidas do corpo dele forçosamente. O rapaz se remexeu por entre a cama devido o incômodo da rápida mudança de temperatura.

— Ei, GRIMMJOW! – O berro da voz feminina de Savannah acaba com toda a calmaria, junto do sono do rapaz.

Grimmjow levantou-se instantaneamente, após um susto mais do que claro. Foi quase um ressuscitamento instantâneo.

— Já são sete e meia. Se eu me atrasar por sua culpa eu vou te esganar!

O rapaz encarou a garota com sono visível em seus olhos. E após longos instantes de silêncio ele finalmente responde.

— Cinco minutos. - Ele deitou-se novamente.

— … Eu vou te matar… - Savannah suspirou e cruzou os braços.

Savannah puxou uma toalha, enrolou ela algumas vezes e com um olhar afiado, começou a bater consecutivas vezes contra o corpo dele de maneira violenta.

— ACORDA SEU PASPALHO, OU EU VOU TE PUXAR PELA ORELHA ATÉ O COLÉGIO! - E outro grito da jovem faz os pássaros se assustarem e saírem voando, enquanto a casa toda tremia.

Os berros e vários protestos orais de dor vindos do rapaz eram escutados ao longe. Ele apenas cobria o rosto e irritado agarrou a toalha.

— Quem vai te matar sou eu, sua cadela!

Mesmo com os protestos e gritarias da manhã, os dois irmãos acabaram descendo a escadaria arrumados.

— Mãe! Estamos indo! - Savannah elevou o tom.

Uma bela mulher com corpo curvilíneo colocou a cabeça para fora da cozinha, encarando os dois irmãos colocando os sapatos e pegando suas mochilas. Ela tinha longos cabelos esverdeados e de tom claro. Seus olhos eram cinzentos, e lançavam um olhar alegre aos jovens.

— Bons estudos meus docinhos! - Ela disse numa voz animada. - Grimmjow, nada de gravidez naquela mocinha de marias-chiquinhas!

— … Desnecessário. - Ele simplesmente revirou os olhos.

— E tome cuidado com os meninos minha gostosa! - Ela se dirigiu claramente até Savannah, que avermelhou um pouco.

— … Para com isso mãe! - Ela suspirou.

— Não tenho culpa se tive um casal, nem se eles são tão lindos e maravilhosos, inteligentes, obedientes, uns amores, já falei que são lindos? Acho que sim. E também charmosos, carismáticos, sinceros, mente aberta…

A mulher continuou por algum tempo procurando mais adjetivos para seus filhos.

— … Não quero netos tão cedo! - Ela disse após o término dos elogios desnecessários.

Mas quando se deu conta, os filhos já haviam até saído. Ela afinou um sorriso e simplesmente voltou aos afazeres pela cozinha.

— Viu? Eu disse que ela era doida. - Grimmjow dizia já caminhando por entre as ruas, acompanhado de Savannah.

— Eu nunca neguei isso. - Savannah respondeu com um tom ríspido.

Ambos continuaram caminhando por algum tempo juntos. Chegaram num ponto aonde teriam que atravessar. E do outro lado da rua já viram Angela vindo por um caminho diferente. Como não era difícil de se notar dois jovens de cabelo azul e roxo, Angela os notou facilmente também.

— Savie-chan! - Angela cumprimentou a garota, que começou a atravessar o sinal acompanhada do rapaz.

— Angela. - Ambas se abraçaram por alguns instantes.

O olhar de Angela se dirigiu logo para Grimmjow. Era a primeira vez que o viu, desde os boatos. Presumiu ser ele, porém… E por ser apenas um palpite decidiu confirmar.

Independente da resposta… Não podia negar que o rapaz era realmente muito bonito. A um ponto onde a garota avermelhou depois de se dar conta de que o encarava de maneira vidrada por alguns segundos.

— Esse é... O seu irmão? - Ela perguntou curiosa, virando o olhar nervosamente até Savannah com um ruborizar no rosto.

— Sim. Grimmjow, essa é a Angela. - Savannah deu uma pausa, com uma mão apontando para a rosada. - Angela, Grimmjow.

Grimmjow apenas encarou a garota. Seu rosto costumeiramente mau encarado a deixou um pouco tensa. Mas não a impediu de fazer uma reverência pelo costume.

— Olá… Muito bom dia e prazer em conhecê-lo.

Naquele instante, Angela não fazia ideia de como poderia ser sua relação com Grimmjow.

Nem de quão deturpada ela viria a ser.

 


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Notas finais do capítulo

Nossa. Esse remaster foi mais do que necessário.
Eu basicamente... Arrumei esse capítulo, que tinha 1700 palavras
e só arrumar ele adicionou umas 2000 palavras a mais. Eu fiquei em choque.
Quando eu tava relendo, notei como tinham erros e coisas muito "esburacadas". Consertar foi um tanto chato, maaaas revigorante e eu não me sinto mais estranha por esse capítulo estar ruim
espero que isso atraia leitores novos. Por que do jeito que tava antes eu acho que espantava os leitores! -q
Bom, obrigada a quem leu
obrigada a quem tá ledo pela primeira vez
e pra quem por uma ventura qualquer está relendo
~Kissus! ;33