Mudanças escrita por Thay


Capítulo 51
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, Feliz Nata (atrasado)! Segundamente, desculpem a demora o fim do ano letivo foi bem mais sangrento do que eu achei que seria. Terceiramente, aqui está o capítulo, minha gente, espero que se agradem.
Bjs!



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Naquele mesmo dia ele contou a Alex o pequeno progresso que fez e naquele mesmo dia ele o informou de que conhecia uma especialista que tinha foco especial em casos como o dela, houve um pouco de receio por parte de Alex para dizer que a especialista em questão era esposa de Danny, mas quando ele disse Tony o revelou que não se importava que pra ajudar Pepper aceitaria até o próprio Danny.

Nas primeiras sessões Pepper ficou receosa em se abrir com Laura, pouco falava e geralmente suas resposta eram monossilábicas, a mulher então resolveu inverter os papéis para ver se assim ela se abria e funcionou, a médica continuou as sessões como se fosse um bate-papo falando sobre coisas do dia-a-dia e pedindo conselhos que Pepper prontamente dava, sem nem perceber ela acabou criando um vínculo de amizade com ela e compartilhando todas as coisas que lhe afligiam.

– Papai, a mamãe está magrinha parece a Olivia Palito.- Claire comentou após ver Pepper indo a cozinha.
– Claire, nem de brincadeira diga isso perto da sua mãe, entendeu? Ela está doente e precisa de nós dois.
– Por que o Theo também não ajuda?
– Por que ele é pequeno demais pra isso. Você entendeu o que eu disse?
– Entendi, papai.- ela ficou de pé no sofá e aproximou sua boca do ouvido dele para cochichar algo.- Mas a mamãe é linda mesmo parecendo a Olivia Palito.
– É, sua mãe é linda.- ele diz e põe um sorriso bobo em seus lábios.
– Mamãe, o papai disse que a senhora é linda.- ela disse assim que a viu e Pepper sorriu timidamente, sabia que estava longe de ser considerada linda, mas ouvir isso lhe fazia bem.
– Sou?
– Sim, você é uma das ruivas mais lindas que eu conheço.
– E a outra quem é?
– Um toquinho de bochechas rosadas que só pensa em comer.
– Sou eu!- ela diz empolgada e os dois riem.- Eu sou linda, papai?- ele confirma com um aceno.- Como a mamãe?
– Como a mamãe.- ele ressalta olhando pra ela com admiração que enrubesce aos olhos castanhos de seu marido.
– Meu namorado também disse que eu sou linda.
– Seu namorado tem razão. Pera aí, seu o quê?!- ele pergunta ao se dar conta do que ela disse e a olhou com surpresa.
– Meu namorado.- Pepper cobriu o rosto com uma das mãos e começou a rir pois ela sabia que Tony daria um chilique mesmo sabendo que pra sua filha a definição de namorado é totalmente diferente da que eles têm.
– Que história é essa de namorado, Claire Potts Stark?! Quem te deu permissão pra namorar?! Melhor dizendo quem te disse que você vai namorar?!- a irritação dele a assustava, afinal, a pequena não entendia por que ter namorado era ruim para os adultos parece ser tão bom que pra ela deveria ser bom também.
– Tony, para, você sabe que nessa idade a definição de namorado é bem diferente da nossa.
– Não quero saber vou mudar ela de escola.
– Não papai, eu gosto de lá.- ela ficou chorosa e procurou o colo de Pepper que sentada no sofá só balançava a cabeça negativamente para Tony.
– Calma, meu amor, o papai não vai te tirar da escola ele só tá nervoso por que você tem um namoradinho.
– E eu não posso ter?
– NÃO!- Pepper o repreendeu com o olhar, mas ele não se importou, pois, tinha plena convicção de que a razão era sua.
– Bolinha, o que você faz com o seu namorado?
– Brinco.- ela diz soando normalidade e Pepper ri.
– Ele é legal? Você gosta de brincar com ele?- ela assente.- De quê?
– De pega-pega, pique esconde, policia e ladrão, de montar quebra-cabeça, de amarelinha.- ela saiu enumerando em seus dedinhos as brincadeiras e Pepper olhava para Tony com a sobrancelha arqueada como se dissesse que não precisa daquilo tudo.- Jogo da memória, lego, de médico...
– De quê?!- Tony exaltou-se outra vez e Pepper se arrependeu por não tê-la feito parar de falar antes.- Já chega, a partir de amanhã você não vai mais pra escola!
– Não papai, por favor, por favorzinho.
– Você não vai sair da escola, bolinha, a mamãe promete.
– Ah, ela vai sair! Eu não vou deixar nenhum menino tá brincando de médico com a minha filha, mas não vou mesmo!
– Bolinha, como era a brincadeira de médico?
– Eu digo que sinto dor aí ele me da remédio eu tomo e melhoro.
– Só isso?- ela confirma com um aceno e olha pro chão com vergonha.- Meu amor, esse menino não é seu namorado é seu amiguinho, seu melhor amigo, entendeu?
– Mas não é a mesma coisa?
– Não, são coisas diferentes, quando você for uma mocinha grande a mamãe lhe explica, tá bom?- ela balança a cabeça e com a ponta do indicador fica enroscando seu dedo no tecido da blusa de Pepper.- O que foi?
– Papai tá com raiva de mim e vai me tirar da escola.- ela respondeu sussurrando.
– Não vai, meu anjo e ele também não tá com raiva de você. Não é, Tony? Tony?- ele estava emburrado e de braços cruzados mais parecia uma criança que teve seu brinquedo tirado, ele não queria que a sua filha namorasse nem agora e nem depois, na verdade se ele pudesse escolher deixaria ela assim pelo resto da vida.- Tony, diga a bolinha que não tá com raiva dela.
– Eu não tô com raiva de você, princesa.- ele diz ao se ajoelhar perto dela.- Mas vou ficar se você não parar com essa história de namorado, entendeu?- ela assente e ele se senta ao seu lado, deixando ela entre ele e Pepper.
– Mas eu posso brincar com ele?
– Pode, Claire.
– Não vai me tirar da escola?
– Não.- ela abre um largo sorriso e se joga nos braços dele, o abraça apertado e lhe da um beijo estalado na bochecha Pepper observava os dois calada, ela adorava ver que construiu uma família amorosa e adorava mais ainda estar nessa família novamente.

Depois daquele episódio Claire nunca mais falou em namorado, mas Pepper disse para todos sobre a reação de Tony que foi apoiado, criticado e zoado por seus amigos e familiares. As coisas iam bem, realmente iam, Pepper agora já saia de dentro da casa e ia para parte exterior da mansão, se socializava com os amigos e parentes e ficava mais fora do quarto do que dentro dele, entretanto, ela se recusava a sair de casa pra ir pra qualquer lugar que não fosse dentro do terreno da mansão, foi por sair de casa que tudo aconteceu e por isso evitava até tocar no assunto, sua casa era sua zona de conforto e até agora nada do que argumentaram a fizeram querer sair de dentro dela.

O tratamento continuava e continuava a dar resultados positivos, a aparência estava melhorando, as crises de choro tiveram uma grande diminuição e as crises de pânico estavam caminhando para a mesma direção, todos a ajudavam, mas Tony era quem mais se empenhava sempre lhe fazia elogios, lhe trazia flores quando voltava da empresa, listou os motivos que tinha para amá-la, lhe dava atenção, carinho, e quando podia roubava-lhe beijos, ele fazia tudo o que podia por ela, ele fazia absolutamente tudo que um bom marido deve fazer exceto sexo, esse ato tão comum na antiga rotina deles não existe mais nessa e graças ao silêncio que os dois fazem sobre o assunto parece que não mais existirá.

– Tony, existe algo que podemos fazer para ajudá-la ainda mais, pode ser que não funcione totalmente, mas acho que vale a pena tentar.
– Não tem a ver com choque, né?- ela riu e negou com um aceno.
– É algo novo, nem todos os especialistas recomendam e se você concordar Pepper será a 3ª paciente com quem trabalharei esse método.
– E por que você não me disse isso antes?
– Por que a casos que precisa e a casos que não, quis ver qual era o dela. Olha, estamos tendo excelentes progressos, mas por mais que a depressão se vá você sabe que ela nunca mais será 100%, ela terá limitações e inseguranças que nunca teve antes, de fato, esse método não fará com que tudo isso suma, mas não trará a ela lembrança do que aconteceu e sim uma breve sensação de incômodo.
– E por que você não está dizendo isso a ela também?
– Por que dizer a ela lhe trará para o cérebro uma preparação que pode fazer com que a minha tentativa de bloquear essas lembranças sejam falhas. Por isso estou falando com você e pedindo a sua autorização.
– Eu vou pensar sobre isso e depois lhe dou uma resposta.
– Certo, te mandarei por e-mail os procedimentos dessa nova técnica pra você saber que apesar de novo é seguro e indolor.- Tony assentiu, os dois se despediram e ela partiu, cerca de 2 minutos depois Pepper desceu acompanha por Claire e Theo que agora tinha 6 meses e antes mesmo de chegarem perto de Tony ele já podia ouvir as súplicas da menina para saírem de casa.
– Vá com o papai eu tenho certeza que ele não negará isso a você.
– Mas eu quero a senhora também. Vamos, mamãe, por favor, por favorzinho.
– Pepper, um passeio em família não é em família se você não for.
– Tony, você sabe que eu não estou pronta pra sair de casa ainda.
– E se ficar se escondendo aqui nunca estará. O Theo nunca saiu de casa desde que chegou aqui seria bom pra ele também.
– Tony...
– Pepper, eu não tô te pedindo pra você ficar desfilando na rua, nem pra tá dando declarações a imprensa, só estou te pedindo pra sair comigo a Claire e o Theo e eu te juro que pra onde vamos você não vai correr risco e também ninguém vai te ver. Se você quiser eu peço para o JARVIS mandar um exército de armadura voar sobre nós, o que acha?
– Acho que devo ficar em casa.
– Pepper, você se lembra que eu tinha medo de ir a Nova Iorque, não lembra?
– Lembro.
– Lembra quando o medo passou?- ela assentiu.- E quando foi?
– Quando você foi pra lá e decidiu conversar com alguém sobre seus temores.
– Você já deu um passo, já tá na hora de dar o outro.- ela ficou em silêncio, fechou os olhos e começou a respirar fundo, fundo o bastante para fazer Tony pensar que ela estava prestes até uma crise de pânico.- Tá se sentindo mal?
– Só estou com medo.
– Estarei lá pra te proteger do que for e de quem for.
– Tudo bem, eu vou.- ela disse ainda de olhos fechados.- Mas, por favor, não me exponha, ainda não estou pronta pra isso.
– Não vou.- animado com a decisão, Tony, preparou e pegou rapidamente tudo o que provavelmente precisaria, colocou no carro e se juntou a sua família, ele estava apressado queria ir logo, pois, tinha receio de que ela mudasse de ideia.

Durante a maior parte do tempo Pepper ficou de olhos fechados, ela ria do que Claire falava, das discussões entre Claire e Tony pra saber vingador era melhor depois dele é óbvio, e dos balbucios de coisas sem sentido pronunciados por Theo, mas não abria o olho, pois tinha a impressão de que se não visse que estava saindo saberia administrar melhor suas emoções e se controlar, quando finalmente chegaram no destino planejado por ele Pepper teve de abrir os olhos e suspirou aliviada ao ver que realmente ninguém estaria ali a não ser eles.

– Eu ainda me pergunto como você consegue manter as pessoas longe daqui.- ela diz ao adentrar com ele no bosque tão conhecido pelos dois.
– Tenho os meus métodos de segurança. Vamos apertar o passo antes que Claire resolva fazer isso daqui de uma trilha radical com a sua bicicleta envenenada.- Pepper ri e o acompanha, sem dificuldade os dois chegam ao coreto onde Claire está próxima e os aguarda montada em sua bicicleta de rodinhas.
– A vovó anda mais rápido que vocês.- ela comenta com graça e Tony lhe faz uma careta, ele põe o bebê conforto onde Theo está no chão do coreto e senta-se ao lado dele e de Pepper.- Eu posso brincar?
– Sim, mas tenha cuidado pra não cair e se machucar.- Pepper alerta e ela entra em seu mundo de brincadeiras.
– E aí, campeão?- Tony o pega no colo e o deixa em pé sobre suas pernas e o menino já da indícios de que fará das pernas de seu pai um pula pula.- Você quer andar de bicicleta também, hein? Ou quer nadar? A mamãe nada com você em casa, não é, Pep?
– É, a mamãe nada com esse meninão gostoso, essas coxona dá vontade de morder.- ela simula uma mordida e o menino ri, simula outra e ele ri mais ainda, dividindo a atenção entre os filhos Pepper e Tony curtiam um momento de tranquilidade em família como há muito tempo não se via.

Ao chegar em casa e verificar seu computador Tony viu que um novo e-mail tinha chego como era esperado o e-mail pertencia a Laura que explicava detalhadamente como funcionava esta parte do tratamento, ela o informou que existe uma nova técnica onde se ministra uma sessão de hipnose com uma droga que pertence a família de substâncias conhecida como benzodiazepinas e que a tal droga é usada justamente em casos como os de Pepper sem pensar duas vezes, Tony, aceitou o tratamento e Laura deu inicio a essa nova técnica durante as sessões, na primeira semana ela apenas administrava a droga dizendo a Pepper que eram comprimidos para combater a depressão, depois da ingestão e efeito ela buscava a criação de lembranças para aquelas que logo mais seriam apagadas, criava lacunas que Tony vagamente as preenchia quando Pepper se recuperava do efeito do medicamento, a partir do 8º dia foi que ela usou a hipnose junto, aquele seria o último dia usando essa técnica e também a sessão mais demorada.

– E então?- ele perguntou quando Laura desceu.
– Ela está dormindo, só acordará amanhã. Mais uma vez vou lhe lembrar que pode ser que não funcione, a memória já não é mais recente e pode ser que ela não consiga "esquecê-la".
– Então só amanhã vou saber se funcionou?- perguntou ele ignorando o aviso.- Bom, como dizem a esperança é última que morre.- a médica concordou, lhe pediu para ligar-lhe assim que Pepper acordasse, passou recomendações para que ele seguisse caso o tratamento funcionasse e se foi e ele ficou a espera do amanhã que parecia nunca chegar, depois de muito brigar com o relógio o dia seguinte chegou e junto com ele o aviso de JARVIS de que Pepper havia despertado.- Hora da verdade.- disse ele após soltar a respiração quando chegou na porta do quarto.- Bom dia, Pep.
– Amor, não tô me sentindo bem.- ela diz ainda deitada.
– O que você tem?
– Dor de cabeça e enjoo.
– Só isso?
– E você acha pouco? Você me deixou beber demais ontem, não foi?
– Eu?- ele perguntou confuso.
– Sim, na casa do meu irmão. Você não podia ter deixado beber, Tony, eu estou em tratamento.
– Então você lembra disso?
– O quê? Tony, você tá bem? É lógico que eu lembro que tô em tratamento, eu sei que você está me ajudando, amor, mas um dos passos mais importantes é reconhecer que eu estou em depressão.- amor, aquela era a segunda vez em poucos segundos que ele escutava esta palavra sendo direcionada a ele e isso o fazia crer que algo tinha funcionado.- Tony, você está aí?
– Ham? Tô, é que eu não dormi direito acho que estou ficando meio confuso.
– Tem certeza?
– Tenho. Tirando o enjoo e a dor de cabeça você está bem?
– Estou. Vou tomar um banho pra ver se melhoro.- ela se levantou da cama e foi ao banheiro e ele saiu do quarto para ligar para Laura que disse que chegaria dentro em breve.

Quando Pepper desceu todos estavam a sua espera para o café e todos estranharam suas atitudes, ela estava mais animada, mais afetiva e amorosa seja com seus filhos seja com Tony que ficou muito surpreso por ter sido beijado por ela quando a mesma terminou seu café e foi amamentar Theo, ela estava ali de algum modo seja lá o que foi feito Pepper estava ali mais viva do que nunca.

– É, meu filho, parece que funcionou.- Marta disse baixinho e ele concordou com um aceno.- Você está confuso, não é?
– Você não faz ideia.
– Senhor, a Dra. Laura chegou.
– Deixe-a entrar, JARVIS, e peça para ela vir aqui no escritório.- não demorou muito para que ela surgisse no cômodo e Marta preferiu deixá-lo a sós.
– E então, como ela está?
– Bem, muito bem.- ele disse meio desnorteado.
– Você não parece feliz com isso.
– Não, eu estou feliz, mas estou confuso por que não sei exatamente o que dizer, hoje mesmo ela disse que ontem estávamos na casa do irmão só que faz tanto tempo que não vamos lá que eu nem me lembro mais qual é a cor da casa.
– Calma, eu lhe entendo, por isso que eu pedi que você me ligasse assim que tivesse o primeiro contato com ela. Tony, eu moldei a mente dela, eu criei novas histórias novos caminhos, sim, eu ''apaguei'' da mente dela aquilo que lhe afligia, mas não totalmente, ela sabe que foi sequestrada, que passou 1 ano dada como morta, ela sabe que entrou em depressão, mas não sabe que aconteceram outras coisas, entendeu? Ela agora terá mais garra pra sair disso, mais disposição pra fazer coisas que ela deixou de mão, será capaz de demonstrar até mais amor por qualquer um.
– Ela já fez isso hoje.
– Bom! Isso é maravilhoso! Olha, se você...
– Tony... Laura, o que faz aqui?
– Ah! Olá, Pepper, ia justamente pedir para Tony te chamar.
– Por que?
– Eu queria saber se podemos adiantar a conversa de hoje? É que surgiu um compromisso inadiável e por isso vim aqui falar com vocês.
– Claro, sem problemas.- ela respondeu.
– Ah, que maravilha!
– Vamos subindo.- as duas saíram do escritório de Tony que saiu minutos depois ele fez uma nota mental de falar com todos para que não desmintam o que Pepper disser para assim não estragar o progresso feito.

Aquela foi a última sessão da semana e quando Tony se situou mais sobre este novo modo de lidar com Pepper ele informou a todos que logo pegaram a dinâmica da coisa. Era como se um novo mundo tivesse surgido do nada, Pepper estava mais aberta e agora (com o conhecimento de todos) já saía de casa para visitar parentes e amigos ou para ir ao consultório de Laura que agora fazia questão que as conversas fossem lá, ela não escondeu de ninguém que se sentia um pouco aflita por sair, mas isso fazia parte do seu programa de 12 passos: "reconhecer os medos".

– Anthony, toma.- Marta jogou um molho de chaves para Tony que ficou sem entender o aquilo significava.
– Essas chaves são de onde?
– Da minha casa em Vermont. Faça uma viagem. Pegue a Virginia e as crianças e os leve para passar alguns dias lá e aproveitar a linda temporada de Outono.
– Uma viagem seria bom, não é?- ele perguntou ponderando sobre a ideia.
– Seria. Um tempo longe daqui vai fazer bem. Fale com ela, convide-a para ir a essa viagem, tenho certeza que não irão se arrepender.- ela saiu da oficina onde ele se encontrava e ele ficou pensando sobre essa ideia até tomar coragem e ir chamá-la, a encontrou na sala brincando de montar castelo de peças de lego com Claire e Theo.
– Pep, eu tava pensando...
– E quando você não está, amor?- ele riu.- Mas da última vez que você veio com "eu tava pensando" você me deu a notícia de que iria tirar o reator.
– Não é nada preocupante, eu garanto.
– E o que é?
– O que acha de uma viagem, já tem tanto tempo que não viajamos e nossa família aumentou acho que seria justo fazermos uma viagem agora.
– E pra onde seria?
– Vermont. Marta, me disse que o Outono lá é muito bonito. E então o que me diz?
– Não sei, estamos bem em casa.
– Eu sei, mas vamos variar um pouco a paisagem. São só alguns dias, se você quiser a gente fica por um final de semana.- ela ficou calada e Tony resolveu apelar usando Claire.- Bolinha, o que acha de viajar?
– Oba! Eu quero, quando a gente vai?
– Quando a mamãe disser que sim.
– Vamos mamãe! Vamos viajar com o papai e o Theo, a gente tira fotos e toma sorvete e faz um monte de coisas legais.
– Isso não vale.
– Ah, mamãe, vamos! Por favor, por favorzinho.- ela pediu juntando as mãos em súplica e fazendo um cara de pidona que só Tony sabe fazer igual.
– Foi você quem ensinou ela essa de por favor, por favorzinho, não foi?
– Não, só a cara de cachorro que caiu da mudança o resto é mérito dela mesmo.
– Por favorzinho, mamãe.
– Tá legal, vamos viajar.- Tony e Claire bateram as mãos em vitória e passaram a planejar a viagem. Após o aval de Laura eles combinaram eles esperaram a chegada do fim de semana e partiram para uma viagem que teria tempo indeterminado para retorno.


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Notas finais do capítulo

De fato, gente, existe um tratamento semelhante ao que eu coloquei aqui, mas como eu também disse ele funciona em casos de memória recente.
Como já disse lá em cima, Feliz Natal e se eu não voltar daqui para o Ano Novo já adianto a minha felicitação de um maravilhoso Ano Novo para todos vocês!