No capítulo anterior:

- Ed-Edward... – gaguejou – O que você faz aqui?

-x-

Everything – Lifehouse

(n/a: escutando, escutando, escutando!)

Eu apenas a encarava intensamente, olhá-la assim... Tão próxima, fazia com que eu me esquecesse do propósito inicial, já que eu estava me segurando para não tomá-la nos braços e beijá-la.

 

- Olá Bella. – sorri e andei até ela.

 

Bella me encarava como se eu fosse uma alucinação. Quis rir, mas me segurei.

 

- O-oi. – ela gaguejou mais uma vez.

 

Ela abaixou a cabeça, fechou os olhos e voltou a olhar para mim. Acho que fez para comprovar se não estava sonhando. Não querida, você não está sonhando, pensei.

 

- O que você está fazendo aqui? – repetiu a pergunta, sem gaguejar.

- Hm... Tenho várias explicações pra isso. – disse – Mas vamos começar com a mais óbvia. – sorri torto – Eu moro aqui. 

- É O QUE? – a voz de Bella subiu três oitavas.

 

Encontre-me aqui,

E fale comigo

Eu quero te sentir

Eu preciso te ouvir

Você é a luz

Que está me guiando para o lugar

Onde encontrarei paz... Novamente

Eu apenas sorria, apesar de estar extremamente nervoso. E se tudo que fosse por água abaixo?

 

- Sim, eu moro aqui. – disse novamente – Seu pai trouxe você para que conversássemos. – ela me olhava incrédula – Primeiro de tudo: o porquê eu não fui pra Harvard.

- Por que não? – indagou.

- Porque eu não via Harvard sem você. – suspirei – Era um sonho nosso. – pisquei.

 

Bella ainda me olhava da mesma maneira, como se nada fosse real, como se eu não estivesse ali.

 

Você é a força

Que me faz andar

Você é a esperança

Que me faz confiar

Você é a vida

Pra minha alma

Você é meu propósito

Você é tudo

- Mas... – balbuciou – Você sempre quis fazer medicina lá, como o seu pai, eu que entrei de penetra no seu sonho.

- Nada disso. – ri – Eu compartilhei o meu sonho com você. – sorri – Mas deixa isso pra lá... – suspirei de novo – Eu fui aceito em várias universidades, então eu escolhi Columbia.

 

Ela tinha que acreditar em mim. Eu tinha que fazê-la entender que tudo que estava fazendo era pra ela, por ela. Porque estávamos afastados um ano, trezentos e sessenta e cinco dias, e em nenhum destes dias eu deixei de pensar nela, nunca.

 

E como eu poderia ficar aqui com você

E não me comover com você?

Diga-me, como isso poderia ficar melhor?

- Mas você disse que tinha ido pra Yale. – ela murmurou, confusa.

- Eu também fui aceito em Yale, mas pedi a minha família que não dissesse onde eu estava realmente. – expliquei.

- Por quê? – indagou – Você por um acaso sabia que eu iria me inscrever na Julliard e em Harvard? – sua voz estava esganiçada, a irritação tomava conta dela, podia sentir e isso não era muito bom.

- Não, mas eu pressentia que você iria fazer isso. – sorri para ela – A música faz parte de você, Bella, você sabe disso melhor do que eu! – exaltei-me.

- Mas como você sabia que eu iria ser aceita? – inquiriu novamente.

- Eu não sabia, mas eu estava contando com a minha sorte. – falei, ainda sorrindo.

- Você... – ela suspirou – Definitivamente, é maluco. – e me encarava estupefata com tudo que eu disse a ela.

 

Você acalma as tempestades

E você me dá repouso

Você me segura em suas mãos

Você não vai me deixar cair

Você roubou meu coração

E me deixou sem fôlego

Você vai me receber?

Vai me atrair mais ainda?

Eu gargalhei, não tive como conter o riso, e me aproximei mais ainda dela, sem tirar o sorriso do rosto. Podia dar tudo errado, mas só de vê-la eu já estava feliz. Estávamos a poucos centímetros de distância, afaguei sua bochecha e Bella suspirou, deliciada com a carícia. Como eu sentia falta dela...

 

Sem esperar por mais nada, eu a abracei. Não consegui me segurar, abracei-a daquele jeito protetor e cheio de saudades, queria ficar pra sempre assim. Sentindo o cheiro de morangos que vinha de seus cabelos e sua fragrância doce e que sempre me acalmava. Eu a ouvi soluçar, Bella chorava e eu tentava segurar as minhas lágrimas, pois não era a hora de chorar, não agora.

 

- Por que tudo isso, Edward? – levantou o rosto, encarando-me – Por que simplesmente não seguiu seu caminho? Por que...

- Shii... – calei-a, pondo um dedo sob seus lábios – Não precisa porquês, só fiz isso tudo porque amo você demais e não suportaria ficar longe... Já fiquei longe demais. – afagou seu rosto.

- Não. – balançou a cabeça e se afastou de mim – Eu preciso entender.

 

E como eu poderia ficar aqui com você

E não me comover com você?

Diga-me, como isso poderia ficar melhor?

Suspirei e a encarei. Mas ao mesmo tempo eu a queria em meus braços novamente.

 

- Primeiro de tudo, porque desistiu de Harvard? – instigou.

- Já disse, por que não a via sem você. – suspirei, cansado.

- Mentira. – rebateu – Eu poderia muito bem ter ido pra lá. – falou, como uma boa teimosa que ela é.

 

E como eu poderia ficar aqui com você

E não me comover com você?

Diga-me, como isso poderia ficar melhor?

- Verdade. – respirei fundo – Mas eu não queria mais Harvard, não me via mais lá. – disse – Você acha que sofreu durante um ano, e eu aqui estudando. Eu fiz isso tudo porque nós dois precisávamos disso, nós precisávamos entender as nossas prioridades, precisávamos crescer.

- E por isso você armou toda essa palhaçada? – ela disse com raiva – Disse que foi pra Yale, mas na verdade estava em Columbia... Adoro quando mentem pra mim, Edward. – falou, séria.

- Não importa, Bella. – eu disse e ri em seguida – Você concorda comigo que precisávamos de um tempo separados, para ver como agiríamos?

 

Bella suspirou, nervosa, e passou a mão em seus cabelos. Ato que ela fazia quando estava dessa maneira.

 

Pois você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Você é tudo, tudo

Você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Você é tudo, tudo

Você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Você é tudo, tudo

Você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Você é tudo, tudo

- Não nego. – admitiu – Eu já estava me acostumando a minha vida. Mas nunca deixei de amar você.

- Durante todo esse tempo, eu estava apenas de longe. – disse – Eu estava em Forks quando você fez dezoito anos e só Deus sabe o quanto eu tive que me conter para não ir até lá... Eu estava pronto pra jogar tudo pro alto e ir até a sua colação no colegial, mas estava em semanas de provas e estava quase tomando bomba em algumas disciplinas, e também se não fosse a Alice para me refrear... Eu tinha acabado reprovando e indo. – sorri.

 

Ela me encarou, pasma.

 

- Por que você não veio, por quê? – se exaltou.

- Porque não era a hora. – eu falei, calmo – Ainda não era a hora certa de voltarmos a nos ver, Bella.

- E por acaso é você quem decidi isso, Edward Cullen? – esbravejou, raivosa.

- Não, mas eu só fiz isso por quero o seu melhor. – disse – Bella, nosso namoro a distância não funcionou quando você foi pro Canadá. Eu não quis que a cena se repetisse, você não acreditou em mim quando a Gilmore me beijou. Pode ser que agora, depois de tudo que aconteceu, você acredite... Eu achei melhor dar um tempo, achei que se eu estivesse longe... As coisas mudariam para melhor, nós amadureceríamos. Decidi esperar que você terminasse o colegial, porque aí estaríamos livres para poder viver... – despejei as palavras sem parar.

 

E como eu poderia ficar aqui com você

E não me comover com você?

Diga-me, como isso poderia ficar melhor?

Enquanto eu falava, Bella estava chorando mais ainda. Aquilo me inquietou, eu não queria mais fazê-la sofrer. Eu poderia desistir de tudo, ela já estava se acostumando sem me ter apesar de me amar, ela podia voltar a fazer isso. Mas eu sabia que eu nunca me acostumaria sem tê-la. Só Deus sabe como eu passei durante esse um ano. O medo tomou conta de mim agora. Como eu ficaria sem ela? Acho que não era capaz... Só sobrevivi esse um ano porque eu tinha a esperança desse momento.

 

E como eu poderia ficar aqui com você

E não me comover com você?

Diga-me, como isso poderia ficar melhor?

- Eu sei. – Bella murmurou, sem me encarar, e me interrompendo.

- Sabe o que? – a indaguei.

- Sei que a Gilmore beijou você e não você a ela. – disse, entre as lágrimas.

- Eu sei que você já sabe. – eu disse e ela voltou a me encarar, confusa, eu sorri ao vê-la assim – Alice me disse que vocês conversaram sobre isso.

- Alice. – suspirou – Eu tive medo, na verdade eu ainda o tenho. – disse ela.

- Não tenha. – disse, para acalmá-la – Você está aqui e eu também. – falei, sério – As coisas que aconteceram conosco, serviram para aprendermos, para amadurecermos.

- Concordo. – ela disse.

 

E eu sorri.

 

E como eu poderia ficar aqui com você

E não me comover com você?

Diga-me, como isso poderia ficar melhor?

Diga-me, como isso poderia ficar melhor?

- Mas não era você que deveria ter corrido atrás de mim quando descobriu isso, Bella. – falei – Eu também não fiz nada. – suspirei – Mas agora, isso tudo já passou... Você entende o porquê que eu me afastei, o porquê que eu menti? O porquê que eu preferi nos manter longe um do outro? – ele me indagava, nervoso e inquieto.

- Eu... – hesitou – Entendo sim.

 

E o silêncio se instalou pelo ambiente. Bella estava perdida em seus pensamentos e eu nos meus. Várias coisas passavam pela minha cabeça agora... Várias.

 

Been Here All Along – Miley Cyrus

(n/a: escutando, por favor!)

- Eu sinto muito se você acha que tudo que fiz foi errado. – quebrei o silêncio – Eu só fiz tudo isso pensando em você, eu só quero o seu melhor Bella... Só quero a sua felicidade. – disse, encarando-a intensamente.

 

Bella apenas assentiu com a cabeça.

 

- Não importa quantos dias tenham passado, meses, semanas... – continuei – Mas durante todo esse tempo, eu você não saiu da minha mente por nenhum momento. – suspirei – Eu não conseguia me desvencilhar de você, tudo que eu fazia acabava me levando de volta para você. – disse – E o meu sentimento só aumentou... Eu te amo tanto Bella, que chega a doer... Como já disse, incontáveis vezes eu quis largar tudo e ir atrás de você.

 

Seus belos orbes castanhos não desviaram sequer um segundo dos meus, Bella não dizia nada, permanecia calada e essa sua quietude me deixava mais tenso do que eu já estava.

 

- Só quero te perguntar uma coisa, Bella. – disse, por fim.

- O que? – murmurou.

- Você ainda me ama? – indaguei-a.

 

Era uma pergunta idiota de minha parte, pois eu já sabia a resposta. Mas eu queria que ela dissesse, eu precisava ouvir as palavras. Bella suspirou e sorriu.

 

- Eu te amo desde os meus quinze anos de idade, Edward. – começou a falar – Esse amor foi escondido e enterrado dentro de mim por bastante tempo. – tomou fôlego – Você sabe que se não tivesse acontecido nada... Se você nunca tivesse descoberto, eu ainda estaria com esse sentimento guardado a sete chaves dentro de mim.

- Todos sempre souberam, menos eu. – interrompi, e ela riu.

- Mas isso era o importante, que você não soubesse. – falou – Mas me deixa terminar? − assenti com a cabeça, e ela sorriu – Bem... – suspirou – Tudo aconteceu, você descobriu, mas estranhamente... Não me senti mal por isso. – encarou-me seriamente – Edward. – ela disse meu nome e meu coração falhou, fechou os olhos e as lágrimas caíam – Eu nunca deixei de te amar.

 

Não consegui me controlar, agora as minhas lágrimas caíam. Eu me aproximei mais ainda dela, pouquíssimos centímetros de distância agora. Toquei em sua face de porcelana novamente e afaguei com carinho, Bella suspirou novamente.

 

- Você acha que podemos... – comecei a falar, num sussurro, e hesitei – Acha que podemos começar do zero? – indaguei-a.

 

Meu coração falhou as batidas, tudo dependia da resposta dela. Eu tremia, de nervoso, era tudo ou nada agora.

 

- Você me ama, eu te amo... Então acho que podemos sim. – ela disse.

 

Eu senti um alívio gigante quando ela disse isso. Meu coração acelerou desesperadamente e comecei a sorrir largamente, por pouco não rasguei minhas bochechas de tamanha felicidade e paz que eu sentia em meu interior. Bella retribuiu ao meu sorriso, e eu me senti mais feliz ainda. Sem esperar, tomei seus lábios nos meus, beijando-a de forma urgente.

 

A saudade imperava naquele beijo, eu sentia muito falta daqueles lábios perfeitos que Bella tinha. Nossas línguas brincavam perfeitamente uma com a outra, o beijo era apaixonado e continuava com a urgência que se iniciou. Minhas mãos estavam na cintura dela, trazendo seu corpo de encontro ao meu, e as mãos dela estavam em minha nuca. Ficamos perdidos naquele momento por vários minutos. 

 

Separamo-nos quando o ar já estava escasso, ambos ofegantes. Depositei um selinho em seus lábios e depois Bella sorriu, ela estava levemente corada e eu adorava vê-la assim. Era tão... Bella.

- Aceita ser minha namorada, novamente? – pedi.

 

Ela gargalhou... Linda.

- Claro. – sorriu e voltou a me beijar.

 

E na empolgação, acabamos caindo na cama. Então ficamos ali, curtindo a nossa bolha, apenas nos beijando e saboreando o momento. Mas Bella se levantou de repente, assustada.

 

- Meu pai! – disse, exaltada.

 

Eu a segurei, rindo.

 

- Ele já deve ter ido. – falei.

 

Bella me olhou confusa, eu ainda não tinha explicado essa parte da história pra ela. Então contei a conversa que tive com seu pai até chegar ao ponto crucial, que ela iria morar comigo.

 

- Eu vou morar com você? – perguntou, sua voz estava esganiçada.

- Vai. – disse, risonho – Se você quiser é claro.

- LÓGICO QUE EU QUERO! – ela disse e se jogou em meus braços, beijando-me intensamente.

 

Enquanto eu me perdia em sua boca. Meu coração se aquietou, tudo estava em seu lugar. Bella era minha e eu era dela e nada mudaria esse fato. Eu estava feliz por tudo ter acabado bem e todo o medo e a insegurança foi embora num piscar de olhos.

 

(...)

Cinco anos depois.

Eu estava ansioso. Estava sentado com toda a minha família ali, esperando para ver a mulher da minha vida mostrar o seu grande talento como pianista. Era a colação de grau de Bella, ela finalmente estava se formando, eu me formei ontem, já era médico como sempre quis.

 

Alice e Jasper estavam sentados a minha esquerda, ambos sorriam e eu sabia que Alice estava tão ansiosa para ver a melhor amiga quanto eu. Minha mãe e meu pai (n/a: ignorem a mulher) estavam sentados ao meu lado direito e ao lado deles estavam os pais de Bella, Charlie (n/a: ignorem a mulher também) e Renée, Sophia – a irmã mais nova de Bella – estava ao lado do pai, ela estava enorme, com dezesseis anos já. Emmett e Rosalie estavam ao lado de Alice e Jasper, e Meg e Daniel ao lado deles.

 

Cinco anos se passaram tão depressa... E muitas coisas aconteceram.

 

- Queira dar uma salva de palmas para a formanda do curso de Música, Isabella Swan. – meus pensamentos foram interrompidos pelo reitor.

 

Mordi os lábios, ansioso. E lá vinha a minha Bella, ela estava incrivelmente linda, os anos só fizeram bem a ela. Ficou ainda mais linda do que já era, estava mais mulher. Bella cumprimentou os professores e o reitor, andando em direção ao piano e se sentando.

 

When I Look At You – Miley Cyrus (Piano Cover)

(n/a: ESCUTANDO, SENÃO PERDE A GRAÇA!)

Quando Bella começou a tocar, eu tomei um susto. Ela tinha me dito que não poderia tocar a minha música, pois não a deixaram, disseram que ela tinha que tocar uma música de algum compositor famoso, algo assim. Até estranhei, já que a Julliard formava músicos todo o tempo e justamente chamaram o aluno que mais progrediu e fez sucesso dentro do curso, no caso Bella.

 

Aquela música Bella compôs pra mim logo assim que começamos a morar juntos de fato. Eu adorava dormir escutando Bella tocar, tivemos que comprar um piano pra ela e colocar no apartamento. E ela levou uma madrugada para compor essa linda canção, ela tinha letra também e esta era ainda mais linda, mas ela não iria cantar, pois Bella ainda tinha muito medo de palco.

 

Fiquei perdido em meus pensamentos vendo-a tocar. Aquela música me acalmava sempre. Durante esses anos que moramos juntos muitas coisas aconteceram, éramos um casal normal, tínhamos brigas, logicamente, o ciúme imperava na maioria delas, mas a reconciliação era sempre perfeita... Nossa primeira vez ocorreu seis meses depois que estávamos juntos, e foi incrível.

 

Eu amava mais do que nunca aquela mulher. Bella era minha vida, nós éramos os melhores amigos acima de tudo. Eu a amava a cada dia mais e é um amor tão intenso e tão avassalador que eu nem compreendia. Eu só sabia que a amava e pronto. Nós já conhecíamos nossas manias durante esse tempo convivendo juntos, já nos conhecíamos melhor do que antes. Nossa cumplicidade é o que eu acho de mais lindo entre nós.

 

Sabíamos o que queríamos sem precisar de palavras para expressar. Eu me perdia sempre naquela imensidão de chocolate que eram seus olhos. Amávamo-nos sempre com a mesma intensidade, o prazer era sempre diferente, a cada vez que fazíamos amor era incrível. Não tínhamos segredos...

 

E por isso, hoje eu iria fazer o grande pedido para ela. O anel que comprei para ela, há duas semanas, está no bolso do meu paletó. Farei o pedido na festa, e eu sei que ela vai aceitar. E não a nada mais que eu queira do que fazer Bella minha esposa. Ambos já somos adultos, já dividíamos um apartamento, então não há problema. Eu já estou com vinte e cinco anos e Bella vinte e quatro, já podemos formar uma família.

 

Nós iremos embarcar juntos depois do verão para Londres, já que eu farei residência em neurologia lá e Bella fora convidada pela melhor escola de artes para trabalhar lá, além de que ela já começou a preparar o seu primeiro recital. Eu só tinha orgulho dela...

 

E Bella como sempre me surpreendia...

 

- You, appear, just like a dream to me just like kaleidoscope colors that. – começou a cantar, tocando ao mesmo tempo − Prove to me. All I need. Every breath, that I breathe. Don't you know? You're beautiful... Yeah, Yeah...

Toda a platéia bateu palmas alucinadamente, eu estava em choque. Eu conhecia a letra, é claro, mas Bella só cantava pra mim. Nunca em público. Sorri como um besta ao vê-la se entregar a canção.

 

- When the waves are flooding the shore and I can’t find my way home anymore… That’s when I, I… I look at you… I look at you...

Era possível observar o que a música fazia com Bella. Ela ficava diferente, parecia um anjo, meu anjo.

 

- Yeah, yeah... Oh, oh... You appear just like a dream to me. – ela cantou a última frase e seus dedos pararam sob o teclado.

 

E todos a ovacionaram como ela merecia. Eu fui o primeiro a me levantar e bater palmas freneticamente, meus olhos estavam cheios de lágrimas. Bella se levantou e agradeceu, levemente corada. Saiu do palco e o reitor continuou a falar. Sem demora, Bella reapareceu já com a beca da universidade e foi se sentar com os seus colegas de turma.

 

- OMG! Ela estava tão linda. – Alice disse, exultante ao meu lado.

- “Linda” é pouco para descrevê-la. – falei, todo orgulhoso.

 

Todos riram do meu comentário nada convencido e voltamos a prestar atenção na cerimônia. Esta não se demorou muito, houve o juramento, entrega dos diplomas e finalmente ela foi encerrada. Todos jogaram o capelo pra cima e eu saí rapidamente do meu lugar, indo até a minha amada.

 

Encontrei-a se soltando de um abraço de uma colega e a puxei para mim logo em seguida, tomei-a para meus braços e a beijei apaixonadamente, é claro que Bella reconheceria o meu toque em qualquer lugar e em qualquer circunstância. Soltamo-nos e sorrimos cúmplices um para o outro.

 

- Você estava definitivamente incrível e não sabia que você ia tocar aquela música! – ralhei com ela – Você me disse que não poderia tocá-la porque não deixaram, você me enganou Isabella Swan!

 

Ela gargalhou.

 

- Desculpe-me, amor... Mas eu queria fazer surpresa. – sorriu.

- Você tem noção de como eu fiquei? – eu disse, histérico – Eu estava quase me levantando e dizendo: É A MINHA MÚSICA, DÁ LICENÇA?

 

Ela riu novamente.

 

- Você gostou? – perguntou, toda manhosa.

- Eu amei, Bella... Você estava incrivelmente linda e maravilhosa tocando. – sorri – E quando você começou a cantar, ah... Quase eu enfartei. – eu disse, rindo.

 

Ela me abraçou apertado e me beijou rapidamente.

 

- Vem, tem mais pessoas que querem falar com você. – disse assim que a soltei, demos as mãos e saímos do meio do povo.

 

Chegamos até onde estava todo mundo e Bella foi abraçada pelos pais, pela irmã, pelos meus pais – que são seus padrinhos –, teve dois abraços triplos, um com as garotas e um com os rapazes. Depois de tantos abraços, saímos para a festa que seria próxima dali. Eu entrei com a Bella, um rito da organização de toda formatura, assim como ela entrou comigo na minha também.

 

Depois de um tempo curtindo a festa, eu achei que já estava na hora de fazer o pedido. Levei Bella para o jardim que tinha na entrada do salão de festas.

 

- Você está feliz, Bella? – a indaguei.

- Muito. – ela disse, sorrindo largamente.

- Hm... Eu tenho um pedido pra lhe fazer. – disse, soltando minhas mãos das suas.

 

Peguei a caixinha de veludo vermelha que estava no bolso do meu paletó. Não sei por que, mas estava nervoso.

 

- Isabella Swan... Eu amo você mais do que tudo, a cada dia que passa esse amor se intensifica... Eu quero passar a eternidade ao seu lado, amando você, cuidando de você, sendo seu amigo acima de tudo... – falei, vi lágrimas em seus olhos – Quer se casar comigo? – perguntei.

- Sim. – ela me respondeu, quase num sussurro.

 

Eu sorri com sua resposta, então abri a caixinha, mostrando o belo anel que continha nela. Retirei o anel e pus em seu dedo, ele ficou perfeito ali, parecia que tinha sido feito para ela. Bella se jogou em meus braços, beijando-me apaixonadamente, somente me entreguei à sensação que era seus lábios sob os meus.

 

Bella e eu não éramos apenas amigos, nunca fomos. Muitas coisas aconteceram para que eu tivesse que descobrir meus sentimentos por ela, mas se as coisas tivessem acontecido de forma diferente, talvez eu tivesse percebido mais rápido... Mas o passado não importa mais, o que importa é que ela seria minha para sempre.

 

FIM

-x-

n/a: Não tenho palavras para expressar o que estou sentindo. *suspiro* Eu realmente espero que vocês tenham gostado do final, então até sábado.

 

Beijinhos,

Tamy Black.