Dont escrita por Tamy Black


Capítulo 10
Conte a Verdade




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/43667/chapter/10

No capítulo anterior:


Era realmente Anne Catherine Gilmore que estava aos beijos com Mike Newton. OH MY GOD! Ela estava traindo o Edward!


-x-

 

Respirei fundo, eu realmente não estava acreditando no que estava vendo. Ela não dizia amá-lo? Meu Deus! Edward a amava... E eu sabia muito bem disso, não preciso nem fazer comentários sobre isso. Ignorando o meu sentimento por Edward, tirei uma coragem de algum lugar dentro de mim, ainda desconhecido, e me aproximei dos dois.

 

Pigarreei, para atrair a atenção dos dois e consegui esse feito. Mike Newton a me ver ali, arregalara os olhos, Anne fizera o mesmo, mas se recompôs o mais rápido possível. Ela era uma galinha de quinta mesmo, tão dócil, só que uma bela de uma cobra... Não era a toa que eu nunca gostei dela, não somente pelo fato de ela estar com o cara que eu amo, mas também porque nossos gênios não se batiam, agora já sei o porquê... Porque ela nunca fora confiável.

 

- O que faz aqui Bella, não era para estar curtindo a festa? – ela me perguntou sorrindo falsamente.

- Para você é Isabella. – disse ríspida − Era para ser isso, mas eu resolvi pegar um ar aqui fora e olha o que eu encontro... A namorada do meu melhor amigo o traindo! – disse debochada.

- Mike, pode ir. – disse, se dirigindo ao Newton que olhava para nós duas atônito e sem saber o que fazer ou dizer – Eu tenho que conversar com a Bella.

 

Mike não pensara duas vezes e saíra da nossa vista, nos deixando completamente a sós. O sorriso largo que continha na face da loira dos Gilmore, tinha sumido assim que Mike passara a porta, de volta para a festa. Meu semblante continuava sério, não sabia o que fazer, mas eu não deixaria que Edward se magoasse com uma garota que estava o fazendo de otário.

 

- Você adorou ver isso, não é Isabella? – ela perguntou séria e eu a olhei confusa – Não me olhe com essa carinha de santa, porque eu sei muito bem que você não é! – esbravejou.

- Não estou entendo aonde você quer chegar, Anne. – disse.

- Bella, não se faça de sonsa. – ela riu sem humor – Eu sei muito bem que você, mais do que qualquer outra garota dentro da Forks High School, seria a mais beneficiada se Edward terminasse comigo. – disse, sorrindo cínica no final, eu continuei calada – Eu sei bem que você o ama.

 

Mas hein?! COMO ELA SABIA DISSO?! Era tão na cara assim?

 

Acho que ela percebeu a confusão na minha cabeça, pois eu a olhei espantada, arregalei os olhos, acabei me denunciando. Se fosse um verde, bom, ela já sabia que era a mais pura verdade. Como você é idiota, Bella.

 

- Isso não é... – ainda tentei dizer o contrário.

- Não tente me enganar... Eu sei que você o ama, foi tão simples de se perceber. – ela riu – O jeito como você o olha, como você ficou quando ele lhe contou sobre o nosso namoro, sua reação a denunciou... – ela foi falando como se deduzisse uma equação matemática – O grande lance, é que Edward é demasiado idiota para enxergar a verdade. – meu coração deu um salto – Ele sempre a viu como uma amiga, então é complicado de ele enxergar algo diferente... – e eu pude sentir o veneno escorrer por sua boca.

 

Sabia que ela estava falando aquilo para me ferir, na verdade, para me distrair e esquecer a história da traição, mas ela não iria sair imune dessa.

 

- Independente do que eu sinto ou deixo de sentir pelo Edward, você não devia traí-lo, já que é namorada dele, já que ele o ama e pelo pouco que eu sei... - tomei fôlego - Você diz por todos os corredores da escola que o ama... Que amor é esse, Anne Gilmore? – perguntei a ela, encarando-a o mais séria possível.

 

Ela me olhava sem piscar, como se procurasse algo para rebater a mim, mas eu sabia que ela não tinha o dizer.

 

- Não importa! – ela se exasperara.

- Não importa? – perguntei atônita – Você é horrível! Não merece Edward!

- E você o merece? – rebateu.

- Não estamos falando de mim, estamos falando de você. – disse, firme – E quer saber de uma coisa? - disse ainda encarando-a nos olhos – Acho bom você ter a decência de contar toda a verdade ao Edward, se não... Eu faço esse favor a você. – terminei de dizer e fui me virando para sair, mas a loira me puxara pelo braço.

- Se você pensa que eu vou deixar o Edward de presente pra você, Bella... Está muitíssimo enganada. – dissera séria.

- Eu não o quero como você o quer... – eu disse séria – Eu o amo, tem razão. Mas, se o que ele quer de mim é só a minha amizade... – suspirei – Ele terá isso o tempo que quiser.

 

E saí, a deixando sozinha com seus pensamentos.

 

(...)


Pedi ao Daniel para me deixar em casa depois daquela discussão com a irmã dele. Depois de tudo é que eu vou cair na real das coisas que eu fiz. Da onde eu tirei tanta coragem para falar assim com ela? Mas era necessário, não era? Edward não merecia ser enganado.

 

Passei o restante do final de semana em casa. Fiquei pensativa... Na verdade, eu só falei aquilo a Anne para proteger o Edward. Independente de tudo, ele é meu amigo e eu só quero a felicidade dele, e ela o enganando, o fazendo de idiota... Não é nada legal. Sem contar que algum dia, ele ia acabar sabendo... Mas, eu daria a oportunidade de ela se redimir. Ela o devia pelo menos isso, talvez... Ele a perdoasse... Por ela ter sido honesta.

 

Ok, ok... Parou Bella! Não viaje!


Apesarar de saber que ele nunca virá a me amar, eu só quero que Edward seja feliz, com quem quer que seja. Isso é o certo.

 

A inspiração viera em cheio nesse final de semana, acabei ponde letras na melodia que tinha. Ficou meio piegas a canção, mas era até que bonitinha... Dizia muitas coisas, era meio ilusória até... Ela talvez ficasse boa no piano, então quando a segunda-feira chegou, eu decidi levar o meu caderno de composições para a escola, a fim de ir à sala de música na hora do intervalo e utilizar o piano de lá.

 

Para a minha certeza, Anne ainda não tinha falado com Edward sobre sua traição. Pois quando cheguei à escola, os vi encostado no Volvo prateado dele, abraçados e trocando carinhos. Olhei seriamente pra ela, se ela pensou que eu esqueci a ameaça que lhe fiz... Ela está redondamente enganada.

 

A primeira aula do dia era Biologia, para a minha infelicidade, e eu a fazia com os dois. Passei a aula inteira escrevendo coisas no meu caderno de composições. Acho que a raiva por vê-la com sua cara de pau ao lado dele me transmitira o ódio que me levara a escrever uma música.

 

O sinal indicando que a aula enfim tinha acabado me despertara de minhas canções, peguei minhas coisas com rapidez e saí praticamente correndo, se eu chegasse a mais uma aula atrasada de cálculo a Srta. Waldorf me deixaria de detenção.

 

(...)


(n/a: essa pequena e crucial parte é narrada em terceira pessoa, prestem atenção)


Quando Bella pegara suas coisas com pressa, não prestara a atenção quando seu precioso caderno com todas as suas composições caiu no chão. Anne Gilmore vira quando o caderno de Bella caíra, ela estava de pé e perto de onde o caderno estava, se aproximara dele e o pegara.

 

Colocara entre suas coisas e esperara por seu namorado, que pegava suas coisas. Anne dissera ao namorado que iria ao banheiro e levara o caderno de capa vermelha debaixo braço. Fora praticamente correndo até o mesmo e se trancara na primeira cabine que vira. Viu que Bella passara a aula toda escrevendo nesse bendito caderno, mas sabia que não era sobre a aula.

 

Abrira o caderno e passara a ler. Ficara espantada, eram composições, músicas com cifras, letras muito boas até. Chegou até uma folha que dizia assim:

 

Dedicada à pessoa mais importante – pra mim.


Ficara extremamente curiosa e virara a folha, começara a ler atentamente.

 

Dói-me tanto ser só um amigo

Quando eu morro por estar contigo

Queria ser uma canção

Para tocar seu coração só uma vez

Queria ser tudo o que toca você, por favor

Como queria ser a chuva em ti

Caindo sobre a sua pele

Como queria ser o sol em você

Estar onde estiver

Como queria ser o céu sobre ti

Para te ver amanhecer

Para te ter sempre muito perto de mim

Como queria ser

Dói-me tanto te ver em outros braços

E que não saibas o quanto te amo

Queria ser seu lençol

Para poder te acariciar só uma vez

Queria ser tudo que toca você, por favor

Como queria ser a chuva em ti

Caindo sobre a sua pele

Como queria ser o sol em você

Estar onde estiver

Como queria ser o céu sobre ti

Para te ver amanhecer

Para te ter sempre muito perto de mim

Como queria ser

Queria ser o chão que pisas

A força que te empurra para a vida

E estar aí Dentro de você

Como queria ser a chuva em ti

Caindo sobre a sua pele

Como queria ser o sol em você

Estar onde estiver

Como queria ser o céu sobre ti

Para te ver amanhecer

Para te ter sempre muito perto de mim

Como queria ser


(RBD – Como quisiera ser)

 

Notas: eu queria ser isso tudo mesmo, mas simplesmente não posso... Simplesmente por te amar demais Edward.


Anne sabia, sempre soube... Estava mais que comprovado agora. Ela escrevia músicas e a maioria era sobre ele... Edward. Virara a folha e olhara mais uma:

 

Sinto-me tão distante e ao mesmo tempo tão perto

Decifrando o seu silêncio.

Então, me imagino dentro da sua pele

Mas perco na tentativa.

E por mais que busco te dar amor

Você nunca se prendeu a mim

Se soubesse que posso morrer por você

Por você...

Inalcançável como a estrela mais distante

Um amor quase impossível

Invisível como o ar

Você é tão inalcançável

Tão sublime como um anjo

Um amor quase impossível

Como fogo que não queima

Você se tornou inalcançável...

Inalcançável...

Vivo na trilha da sua solidão

Quando alguém te machuca.

Que vontade de te dizer que não há ninguém mais

Que te ame sem medida!

Como dói te ver suspirar

Por quem não te faz feliz

Se soubesse que posso morrer por você

Por você...

Inalcançável como a estrela mais distante

Um amor quase impossível

Invisível como o ar

Você é tão inalcançável

Tão sublime como um anjo

Um amor quase impossível

Como fogo que não queima

Você se tornou inalcançável...

Inalcançável...

 

(RBD – Inalcanzable)

 

Notas: E essa foi mais uma das minhas milhares de inspirações por você, Cullen. Inalcançável, como sempre foi e sempre será.


Anne sorrira. Sorria como se acabasse de ganhar na loteria. Não precisava se preocupar com mais nada, Bella podia falar o que quisesse. Agora ela tinha um trunfo nas mangas. E ela tinha aprendido a manipular muito bem...

 

(...)


(n/a: voltando a perspectiva da Bella...)


Depois dos primeiros tempos de aula, procurei meu caderno de composições na minha bolsa e não o achei será que eu o perdi? Oh Deus... Preciso voltar à sala de Biologia, foi lá que eu o tirei da bolsa. Saí do corredor do meu armário às pressas em direção a sala de Biologia e quando cheguei à mesma, encontrei ninguém menos que Anne Gilmore na sala.

 

- Procurando algo, Bella? – disse, sorridente.

- Não interessa. – disse ríspida.

 

Ela deu de ombros e foi se retirando da sala, mas eu tinha que achar o meu caderno. Vasculhei tudo e não encontrei meu caderno em lugar nenhum! Bufei irritada e saí correndo da sala. Encontrei Anne no caminho, ela desfilava lentamente, parecia que ela estava me esperando.

 

- Anne, não viu um caderno pequeno e vermelho na sala de biologia? – perguntei num fôlego só.

- Não. – respondeu.

- Ok. – bufei – Já contou ao Edward? – mudei de assunto.

- Não e nem vou contar. – disse, presunçosa.

- Anne, você não entendeu o que eu te disse? – perguntei, atônita.

 

Ela era idiota ou estava se fazendo?

 

- Sim, entendi, mas eu já disse que não vou contar ao Edward... Foi só um deslize, Bella. Não precisa de alarde. – ela disse como se isso fosse uma coisa normal.

- E desde quando traição é deslize, Anne? – eu tive que me segurar para não gritar.

- Desde sempre, oras. – ela revirara os olhos impaciente.

- Anne, eu te dei a oportunidade de contar... Se você não contar, eu conto. – disse séria.

- Vá em frente, conte a verdade. – ela disse e foi se virando para sair, mas eu não deixei.

- Você é maluca ou o que?! Seja mulher e diga que não o quer mais, não o deixe sofrer! – exasperei-me.

- Bella... Edward é bem grandinho e eu não o traí. – ela disse, séria.

- Jura? E o que foi aquilo então? – perguntei irônica.

- Nada. – ela riu.

- Chega! – exasperei-me – Vou contar ao Edward e a vai ser agora.

- Pode ir, vamos ver em quem ele vai acreditar. – ela disse sombriamente.

 

Eu revirei os olhos, era mais que óbvio que ele acreditaria em mim. Eu nunca menti para Edward e não preciso disso. Eu só não quero que ele sofra, só isso. Pois me machucaria muito, vê-lo sofrer por uma falsa como ela. Como ela tem a audácia de dizer que ainda o quer? Deixei-a no corredor e fui correndo para fora da escola, ele estava no pátio. Encontrei-o sentado num dos bancos, com um semblante estranho.

 

 - Edward! – o chamei assim que estava bem próxima.

 

Ele me olhou, mas nada disse, sua expressão era indecifrável.

 

- Eu preciso falar com você! – disse já de frente pra ele.

 

Ele se levantara e olhara para trás de mim, eu olhei para onde ele olhava e vi Anne no meu encalço, ela veio ver afinal? Pensou que eu não iria ter coragem querida? Voltei minha atenção para Edward e respirei fundo, mas antes que eu dissesse alguma coisa, ele falara:

 

- Já sei de tudo, Bella.

 

-x-

 

N/A: Hei guys, sorry a demora. Mas eu tenho uma explicação. Fiquei sem internet durante o mês de março e abril, só voltei no meio da semana passada. Mil desculpas! Espero que gostem do capítulo!

Beijos,

Tamy Black. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!