Remember Me escrita por Tamy Black


Capítulo 30
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Última postagem, falo mais abaixo. (:



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Home is Where the Heart is – McFly

(n/a: dando play, por favor!)

10 ANOS DEPOIS...

Edward POV.

Eu não acreditava que já fazia dez anos que eu finalmente havia me deixado ser feliz. Eu e Bella já tínhamos também quase dez anos que eu e Bella havíamos nos casado. Ela não queria casar grávida, mas eu insisti muito, Bella era muito teimosa quando queria. Nós casamos quando ela estava no sétimo mês de gestação e qualquer momento os gêmeos nasceriam.

Foi uma festa íntima, somente para amigos mais próximos e a família. Nós não saímos em lua-de-mel justamente pelo fato de que estamos de sobreaviso. Eu escolhi o nome da nossa garotinha, Rachel Elizabeth Cullen, e a Bella escolheu o nome do nosso garoto, Thomas Gabriel Cullen. Os dois nasceram na metade do mês de fevereiro, Rachel nasceu primeiro e alguns minutos depois veio o Thomas, Bella resolveu ter parto normal, eu estava presente e quase saí sem mãos.

E agora estávamos aqui, dez anos depois comemorando o natal. Eu tinha vendido à antiga casa e Bella o apartamento daqui de Forks e o de Phoenix. Nós dois compramos uma casa grande e bastante espaçosa, eu escolhi assim por causa dos pequenos, queria que eles tivessem um grande espaço pra correr como eu e meus irmãos tivemos quando crianças. Bella foi contra no início, mas acabou aceitando.

E a casa estava lindamente decorada pra o Natal, a neve cobria parte do gramado verde da casa e do telhado, várias luzes estavam na frente e na costa da mesma, assim como vários objetos natalinos também estavam decorando. As crianças adoravam e eu também, admito.

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Eu sou um amante, eu não sou um lutador.

Abrace-me forte e eu te levarei ao mais alto que você já esteve,

Levante suas mãos e abaixe suas armas,

Nós podemos virar isso em segundos,

Se você acreditar.

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Falando nos gêmeos eles estão a cada dia maiores e mais lindos. Rachel tem os cabelos cor de cobre herdados de mim e grandes e expressivos olhos castanhos que herdou do vovô Charlie, ela é muito apegada a mãe e a mim também, ela sabia dosar perfeitamente na hora dos carinhos. Rachel é muito inteligente para uma garota de dez anos, gosta de ler e eu também lhe ensinei a tocar piano, ela adora brincar e correr. O Thomas herdou os cabelos castanhos da mãe e os meus olhos verdes, ele é versão da Bella masculina, sempre disse isso. Ele é teimoso, tímido de corar por qualquer coisa, decidido, esperto e inteligente.

Eu estava pronto e passei pelo quarto do Tom, ele já estava arrumado também.

- Pronto filhão? – perguntei a ele, sorrindo.

- Sim, pai! – respondeu ao meu sorriso – O senhor sabe por que as garotas demoram tanto pra se arrumar? – ele me indagou, revirando os olhos e eu ri.

- Para ficarem lindas para nós, Tom – respondi – Elas gostam de sentirem bonitas e ainda mais quando nós, homens, apreciamos a beleza delas. – pisquei.

- É isso aí, querido – ouvi a voz de Bella atrás de mim e me virei de imediato, sorrindo ao vê-la de mãos dadas com a Rachel.

Ela estava tão linda com aquele barrigão de quase nove meses. É, ela engravidou novamente, depois de muita relutância. Bella achava que só dois filhos era o suficiente, mas eu não. Tanto que depois de muita conversa e insistência de minha parte, descobrimo-nos grávidos de mais um garoto, o nosso pequeno Joshua, ou como já o chamamos: Josh.

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Lar é onde o coração está,

É aonde começamos,

Aonde pertencemos, cantando.

Lar é onde o coração está,

É aonde começamos,

Aonde pertencemos.

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E a cada dia eu amava cada vez mais essa mulher, sem contar o fato de já termos quase quarenta anos e ela continuava linda como sempre. Nós cinco – sim, já conto com o meu filho que se encontra perfeitamente seguro no ventre da minha esposa – descemos as escadas e só esperávamos as nossas visitas. Bella me deixou com nossos filhos e foi até a cozinha verificar o andamento da ceia com a Maggie – nossa governanta e babá – e a Maria – nossa cozinheira.

Os primeiros a chegarem foi Charlie e Renée, minha sogra trazia um embrulho, que acredito eu que seja uma torta, cumprimentou-me rapidamente e foi atrás da filha. Charlie me cumprimentou e logo foi atacado pelos netos. Logo em seguida Alice e Jasper chegaram com a Jenny, David e a pequena Nina. A diferença dos gêmeos da Alice para os meus eram de quase um ano, mas os quatro se davam muitíssimo bem.

Minha irmã e seu marido foram surpreendidos há quase três anos com a chegada da Nina. Eles nunca mais tentaram filhos, por causa do problema da Alice, então minha pequena irmã começou a se sentir mal e foi se consultar, e se descobriu grávida. A médica nunca disse que Alice não poderia engravidar sem tratamentos, só disse que a possibilidade era muito remota, então sem querer aconteceu. Foi uma gravidez complicada, mas a pequena Nina estava aí, ela era a perfeita mistura da Ali e do Jasper para uma criança de quase três anos.

Já que os gêmeos Hale já tinham personalidades praticamente definidas, pois a Jennifer ser a cópia física do Jasper com a personalidade da Alice, e o David a cópia física da minha irmã mais a personalidade do Jasper.

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Acenda um fogo e escreva um soneto,

Prenda seus sonhos e esperanças nisso

Agora venha e cante conosco

Chamando as crianças de suas crianças,

Deixe haver o amor e deixe que elas gritem alto,

Antes que percamos.

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David e o Thomas logo estavam brincando e correndo, a Jennifer e a Rachel conversavam animadas sentadas no sofá, e a pequena Nina estava sonolenta no colo do pai. Eu e Jasper conversávamos com Charlie, Alice também tinha se debandado para a cozinha atrás da Bella e da minha sogra. Logo a campainha soou novamente e eram meus pais, Esme e Carlisle, cumprimentei-os e logo os quatro pimpolhos saíram correndo atrás dos outros avós.

Rosalie e Emmett chegaram praticamente em seguida dos meus pais, com uma Anna emburrada e grudada no celular, um Brian chorando e uma Caroline dormindo nos braços do pai. É, os dois estavam enfrentando a fúria adolescente de dezesseis anos que era Anna Claire Cullen, uma crise de pirraça por ciúme de Brian Emmett Cullen no auge dos sete anos, e perdendo as noites de sono com a pequena Caroline Louise Cullen de apenas seis meses de nascida. Os dois estavam pra ficar loucos.

- Tio Edward me socorre! – pediu a Anna ao me abraçar.

- O que houve pequena? – a indaguei.

O engraçado era que mesmo com o passar dos anos a Anna ainda era apegada a mim e a Bella, principalmente a minha esposa que a loirinha a considerava como melhor amiga. Anna e a Rose estavam numa fase de ódio mútuo. Rosalie estava descontando suas frustrações na garota, estava estressada por causa dos filhos mais novos.

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Então venha,

Lar é onde o coração está,

É aonde começamos,

Aonde pertencemos

E cante isso

Lar é onde o coração está,

É onde começamos,

Aonde pertencemos.

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- Eu não aguento mais choro de bebê, choro do Brian, brigas dos meus pais... Aquela casa está uma loucura! – choramingou ela – Não acho que foi uma boa ideia meus pais terem outro bebê... Estou pirando! Deixe-me ficar aqui durante esse feriado de natal e ano novo, pelo amor de Deus! – implorou.

- Se acalme, ok? Vou conversar com os seus pais e depois nós vemos isso, tá? – pedi, acariciando sua face e a loirinha assentiu.

Cumprimentei meu irmão e a loira-mãe, enquanto isso o Brian correu para os primos mais velhos.

- Como vocês estão? – indaguei Emmett.

- Pirando... – ele respondeu, suspirando cansado – Acho que não foi uma boa ideia a Rose ter engravidado novamente.

- Filhos nunca são problemas. – eu lhe disse – Se fosse por isso eu e Bella não estaríamos tendo mais um.

- Você não tem juízo, Edward – Emmett disse – E a Bella sempre faz o que voce quer, então... – deu de ombros.

- Bella não queria, você sabe disso... Por ela, nós só ficaríamos com os gêmeos e pronto. – rebati – O problema de vocês, Emmett é que vocês estão exaustos, Brian está criando mais problemas do que vocês pensaram que cuidariam e a Anna já é uma adolescente, mistura-se tudo e deu no que deu.

- Eu sinto pela minha filha mais velha – ele disse, derrotado – Já tentei falar com a Rose, mas ela sempre me corta, me agride, não me deixa falar... – bufou.

- A Anna me pediu pra ficar aqui por uns dias, eu disse que iria falar com você e a Rose. – o informei.

- Seria uma boa ideia, assim a Anna ficaria mais calma. – ele disse – Vou falar com a Rosalie, mas pode dizer a Anna que ela vai ficar aqui. – sorriu.

- Converse sério com a Rosalie, Emmett. A filha de vocês não tem culpa. – eu disse.

- Obrigado irmão. – disse ele, com uma de suas mãos em meu ombro.

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Nesses dias problemáticos de raiva,

Estamos com medo de todo estranho,

Mas hoje estamos mudando a história,

Está tudo bem cantar isso comigo

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Eu assenti com a cabeça e logo as mulheres da família apareceram, puxei Bella para um canto e lhe informei que a Anna ficaria aqui por uns dias.

- Tadinha da minha loirinha – ela disse – Conversei com a Rosalie e a mesma disse que estava esgotada, que estava se sentindo uma péssima mãe, ela chorou e tudo. Acho que vai ser bom a Anna ficar conosco por uns dias.

- Concordo, fiquei com pena da garota quando a mesma me pediu. – falei e lhe abracei, roubando-lhe um selinho em seguida.

- Vamos fazer com que a mesma se sinta bem, conosco. – Bella disse.

Eu apenas assenti ainda abraçado a ela.

Bella POV.

Dez anos que eu e Edward estamos oficialmente juntos, dez anos que nossos filhos já têm e daqui um pouco mais de uma semana nosso filho mais novo está nascendo. Edward é um ótimo pai, marido, companheiro, amigo e tudo mais. Quando os gêmeos completaram sete anos ele me veio com a conversa de querer mais um filho, que os nossos pequenos estavam crescendo rápido e que ele estava sentindo a falta de cuidar de um bebê.

Até parece que é ele que aguenta uma gestação, com o peso da barriga e a guerra hormonal. Mas acabei por ceder, quem em santa paciência aguentaria negar a um homem como Edward lhe pedindo mais um filho?

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Agora é sua chance de pensar nos seus amantes,

Nós somos todos irmãs e irmãos.

Agora é sua chance de pensar nos seus amantes,

Nós somos todos irmãs e irmãos.

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Dessa vez era só um, amém. Só Deus sabe o quanto sofri no parto dos gêmeos, pois eu preferi ter parto normal. E pra quem diz que depois que o primeiro sai o segundo escorrega, eu digo que é uma grande mentira, dói tanto quanto o primeiro. São dois partos em um colega, então raciocine.

Enfim, cá estamos nós na noite da véspera de natal, na minha casa linda e magnífica que eu e Edward escolhemos antes dos bebês nascerem e de nos casarmos, para uma ceia em família. Todos já haviam chegado, menos os pais da Rosalie e do Jasper que foram passar o fim de ano com a outra parte de sua família fora de Washington.

As crianças corriam pela casa, meus gêmeos e os gêmeos da Alice somados ao Brian o filho do meio da Rose e do Emmett, a pequena Nina – gravidez inesperada da Alice − tentava correr acompanhando os primos mais velhos. Anna estava sentada ao lado dos avós paternos e recebia carinhos da Esme, estava preocupada com a loirinha. Era a hora de conversar com a Rose, já que a Caroline estava no colo do Emmett ocupada com um brinquedinho qualquer.

- Ei Rose, podemos conversar um instante? – pedi a ela que assentiu prontamente.

- O que precisa Bella? – me indagou.

- Saber o motivo de você estar descontando suas irritações em cima da sua filha mais velha. – fui direto ao ponto.

- O que? – ela me indagou surpresa.

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Lar, lar

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- Desde que a Carol nasceu parece que você e o Emmett se esqueceram como lidar com os outros filhos – disse – Olha, sei que não devo me meter, mas a Anna está estressada e irritada, não acho certo você descontar nela... Sei que o Brian está dando mais trabalho devido ao ciúme, mas se lembre que a Anna já tem dezesseis anos, não é mais uma garotinha.

- Está tudo tão tumultuado – a loira por fim admitiu, apoiando-se a parede – Estou me sentindo uma péssima mãe... – fungou.

- Acalme-se, Rose – pedi – A Anna pediu para ficar aqui o restante das férias de fim de ano, Emmett concordou e Edward não se opôs, muito menos eu. Aproveita esses dias para conversar com o Brian e fazê-lo perceber que a Carol é irmã dele, por favor. – implorei.

- Tudo bem... – ela assentiu e limpou algumas lágrimas teimosas.

- Não se preocupe tudo vai se ajeitar, ok? – disse a ela, encorajando-a com um sorriso – Você sabe que pode contar comigo, a Anna é como uma filha pra mim.

- Obrigada Bella – ela agradeceu e tentou me abraçar, pois minha barriga imensa não deixou.

Nós duas saímos do corredor e fomos para a sala abraçadas, Brian logo veio até a mãe e eu fui até a minha sobrinha mais velha e lhe abracei.

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Lar é onde o coração está,

É onde começamos,

Onde pertencemos

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- Falei com sua mãe, você poderá ficar aqui durante o restante das férias – e beijei sua testa.

- Obrigada tia Bell – ela agradeceu me abraçando de lado, ficando com a cabeça em meu ventre.

Ela sempre me chamava de tia, mas esse Bell veio depois de ela grande. Anna dizia que todos me chamavam de Bella, daí ela queria me chamar de um jeito exclusivo. Eu apenas ri e a deixei me chamar assim.

Algum tempo depois e chegou à meia-noite. Abraços, beijos, risos, carinhos e felicitações foram ditos e desejados. As crianças estavam loucas pelos presentes, mas não estragamos a magia do Papai Noel morrer. Só Anna que já sabia, mas não cortou a felicidade dos pequenos. Fomos todos para a sala de jantar nos deliciar com a maravilhosa ceia preparada por mim, pela Maggie e pela Maria.

Foi um momento maravilhoso a nossa ceia. Eu não era muito chegada a datas comemorativas em família, mas depois de engravidar e de estar amando uma pessoa, eu mudei. Mudei por mim, por Edward e por meus filhos. E depois dessa mudança, acabei por me apaixonar por cada momento partilhado em família.

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Lar é onde o coração está,

É onde começamos,

Onde pertencemos

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A madrugada foi se instalando e meus convidados foram indo embora. Carlisle e Esme foram os primeiros, Rosalie e Emmett os seguiram, Alice e Jasper foram os próximos. Meus pais foram logo também, já que viajariam no dia de natal para mais uma de suas viagens de lua de mel. Instalei Anna num dos quartos de hóspedes, ela dormiria com alguma roupa minha, Emmett ficou de trazer uma bolsa com as coisas dela no dia seguinte.

Edward e eu a deixamos sozinha e fomos colocar os gêmeos para dormir. Foi uma luta por aqueles dois na cama, queriam porque queriam ver o Papai Noel chegar com os presentes. Depois de muita conversa, foram dormir. Eu somente troquei de roupa e me deitei em minha cama, logo Edward veio até mim e eu me aconcheguei em seus braços.

- Como está o nosso pequeno? – ele me indagou, colocando uma de suas mãos em meu ventre e sentindo nosso menino.

- Mexendo a todo vapor – respondi, suspirando ao inalar seu cheiro – Ele está inquieto faz horas, está pra me deixar maluca.

- Ele está feliz Bella, todos estavam aqui... – Edward falou.

- Espero que sim – respondi, bocejando – Boa noite, amor. – desejei, já fechando meus olhos.

- Boa noite – Edward disse, podia apostar que ele estava sorrindo, e me deu um selinho demorado.

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Onde pertencemos

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Eu sei que tudo aconteceu da forma mais louca e estranha possível, mas tudo tem motivo pra ser. Acho que era pra ser assim e então simplesmente aconteceu. Não me arrependo de nada no percurso, só que eu queria ter vivido com a minha irmã, mas acho que se nós duas tivéssemos sido criadas juntas nada disso teria acontecido.

Mas é assim... A vida é assim.

FIM.

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Notas finais do capítulo

Eu nem sei o que dizer, sinceramente.
Essa é a minha última n/a da RM, e forma quase 3 anos de agonia escrevendo essa fanfic. Agonia por que na minha cabeça ela nunca tinha um fim, agonia porque foram tantos altos e baixos... Tantos pensamentos confusos em relação a ela, primeiro porque desde quando eu a postava no finado Twilight Fanfics alguns de vocês se lembram, eu acho ela nunca teve uma boa audiência, não que eu esteja reclamando longe de mim! , mas é que a meu ver essa história é um pouco diferente dos inúmeros clichês que vemos por aí.
Eu não me recordo agora quando eu tive a ideia para a RM, mas eu sempre tive um carinho especial desde que comecei a postá-la. E graças aos céus não a excluí, como inúmeras vezes essa ideia me veio à cabeça. *risos*
Eu gostaria de agradecer a paciência de vocês, sei que algumas me acompanham desde o finado TF, obrigada pelos quase 3 anos de espera. Realmente espero que tenha valido a pena ter me acompanhado até. Obrigada por gostarem desses meus personagens complicados e confusos, obrigada pelas sentenças de morte ao Edward *se mata de rir*, obrigada por TUDO!
E eu me despeço da Remember Me com uma dorzinha no coração, porque ela já me acompanha a tanto tempo que já virou parte de mim. Despeço-me com uma frase dessa música que está aí no capítulo que é uma das minhas favoritas do McFly, diga-se de passagem.
Lar é onde o coração está, é onde começamos, onde pertencemos.
Espero vocês nas Dangerous e na OMG! Im Pregnant!
Beijos no coração ;*