Remember Me escrita por Tamy Black


Capítulo 2
Gêmeas




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13 de setembro de 1988; Hospital Saint Louis – Phoenix, Arizona; 3:03 AM.


No centro cirúrgico do Hospital Maternidade Saint Louis, uma jovem mulher de cabelos loiros compridos e de belos olhos verdes dava a luz as suas filhas. A primeira que veio ao mundo era branca como os pais, só que com poucos fios loiros de cabelos; pouco ela chorara, mas assim que foi para o colo quentinho da mãe, abrira os olhinhos mostrando toda a imensidão verde de suas íris. Fora nomeada de Elizabeth Marie Swan.

Alguns minutos a mais, a jovem Renée pôde finalmente descansar, pois a segunda bebê nascera. Era branca assim como a irmã, mas tinha mais cabelos que a primeira e os mesmos eram castanhos como o do pai babão. A pequenina era chorona e nem quando foi para o colo da mamãe parou de chorar, mas assim que o pai a pegou, abrira os olhinhos, também mostrando suas íris esverdeadas, para a alegria da mãe. E fora nomeada de Isabella Marie Swan

 

17 de julho de 1989; Residência dos Swan – Phoenix, Arizona; 7:36 PM.


As gêmeas Swan brincavam em cima do tapete felpudo da sala. Bella estava entretida com os bloquinhos de montar. As cores chamavam a atenção da pequena. Lizzie segurava um dado de pelúcia colorido, mas não brincava. A loirinha observava os pais que discutiam no corredor. Os dois estavam muito alterados, Lizzie via seu pai extremamente vermelho e sua mãe gritava com todo o ar de seus pulmões.

A pequena se assustara e ficara com medo. A solução para pararem era mais que óbvia, cerrou os olhinhos, apertando-os, fez o famoso beicinho e logo se pôde ouvir o choro agudo da loirinha Swan. Bella ao ouvir o choro da irmã, se assustara também, e abrira o berreiro.

Os pais das pequenas se assustaram com o choro, pois as duas eram calmas e ainda mais quando estavam juntas. Charlie viera primeiro e pegara Lizzie no colo, e Renée pegara Bella. A dos cabelos castanhos parara de chorar assim que a mãe a pegara no colo, mas a loirinha ainda demorara a se acalmar.

 

- Eu acho que isso é o fim, Charlie. – disse Renée com as lágrimas passeando livre por sua face.

- Se é isso que você quer. – dissera o marido visivelmente triste.

 

23 de novembro de 1989; Fórum, tribunal – Phoenix, Arizona; 11:48 AM.


Bella estava totalmente inquieta no colo do padrinho. Não queria estar ali, queria o colo de sua mamãe. Já tinha retirado a faixa do cabelo com suas mãozinhas pequenas e um o pé esquerdo do sapato branco que calçava.

Lizzie estava no colo da madrinha, com sua cabeça repousada no colo da mesma. Ela continuava arrumada do mesmo jeito que saíra de casa, e ao contrário de sua irmã estava calma.

 

- Carlisle. – chamou a mulher de cabelos castanhos claros e belos olhos cor de mel, que carregava a pequena Lizzie.

- Diga, Esme. – disse o loiro de olhos verdes que carregava a pequena e inquieta Bella.

- Com quem as minhas afilhadas vão ficar? – indagou receosa e aflita para o marido.

- Não sei amor, - suspirara – Charlie disse que voltaria para Forks com uma das meninas, se não as duas. – disse Carlisle preocupado também.

- Ele vai ter a coragem de deixar Renée sem as filhas?! – a mulher o perguntou visivelmente alterada.

- Óbvio que não. – respondeu o marido na tentativa de acalmar a esposa – Charlie não faria isso com Renée, ele ainda à ama, apesar de tudo. – disse sorrindo.

 

Esme suspirara e dera um beijo na testa da afilhada loirinha que estava com os olhinhos quase fechando.

 

- É provável que eles a deixem com a mãe. – disse Esme.

- Talvez sim, mas Charlie quer uma delas. – disse Carlisle.

- Vão separar as gêmeas?! – se exasperara mais uma vez.

- Infelizmente. – disse Carlisle triste e abraçando a mulher de lado lhe dando um beijo na cabeça.

 

Logo a grande porta que levava ao tribunal fora aberta e de lá saía uma Renée aos prantos, e um Charlie arrasado. Renée tomara Lizzie dos braços da amiga de longas datas e ficou abraçada a filha chorando compulsivamente, Esme começou a chorar junto da amiga, sem não ao menos saber o porquê. Charlie fizera o mesmo com Bella, mas chorava silenciosamente.

As gêmeas foram separadas. Lizzie fora para Forks com o pai e Bella ficara em Phoenix com a mãe. As duas não se viram mais desde então, esse fora o trato que fizeram com o juiz, mas isso foi só pelo momento de raiva. Ambas foram criadas sem saber da existência de uma da outra. Charlie evitava conversar com Lizzie sobre Renée com o passar dos anos, e Renée fizera o mesmo com Bella.

Os pais somente se falavam via correspondências, afinal, ambos eram os pais das pequenas e ainda assim precisavam saber notícias de suas crias.

 

15 de agosto de 2007; Residência dos Swan - Forks, Washington; 15:58 PM


A pequena Lizzie Swan já era uma moça e com seus dezoito anos, faltando menos de um mês para o aniversário de dezenove anos. Tinha o corpo de uma mulher formada já, seus longos cabelos loiros batiam no meio de suas costas e seus olhos verdes realçavam ainda mais sua feição de anjo.

Lizzie estava arrumando a casa, seu pai Charlie ainda estava no hospital de Forks trabalhando e lá também trabalhava o seu padrinho. Ela também cursaria medicina na faculdade de Washington dali a alguns dias estaria embarcando com o namorado, ou melhor, noivo para o campus.

A loirinha subiu para guardar umas camisas já passadas do pai, ela era uma jovem muito prendada, talvez por ter sido criada por um homem e pela empregada da casa, mas sabia fazer de tudo. Subiu as escadas para o segundo pavimento de sua casa e adentrara ao quarto de seu pai.

Assim que abrira a porta do guarda-roupa de seu pai, uma caixa grande de papelão dura e preta caiu no chão, derrubando todo o conteúdo no mesmo. Lizzie resmungara baixinho, por que ela tinha que ser tão desastrada? Guardara as roupas do pai e depois se agachara para juntar as coisas que derrubou.

Quando estava guardando as coisas de volta pra caixa, viu uma foto. E bem, ela estranhara, pois a pessoa na foto era idêntica a ela. Mesmos olhos, mesma face, tudo praticamente igual, a única diferença eram os cabelos. A jovem da foto tinha os cabelos castanhos cor de mogno. Lizzie ficou analisando, quem seria aquela? E por que eram idênticas? Virou a foto e nela tinha escrito:

 

Tirei essa foto da Bella quando estávamos visitando minha mãe, ela está tão moça Charlie...  

Renée.


Renée. Bella. Quem eram essas duas pessoas? Como sempre, Lizzie deixou-se levar pela curiosidade e viu que dentro da caixa continha mais fotos da mesma pessoa da foto. E sempre tinha algo escrito atrás pela tal de Renée, e sempre falando da Bella. Que obviamente concluiu que era o nome da menina que era seu clone, por assim dizer.

Na caixa também continha cartas e cartas, pegou uma e começara a ler...

 

Phoenix, 13 de setembro de 2006. 

Charlie,  

Hoje nossas meninas fazem dezoito anos. Dezoito longos anos desde aquela madrugada, na qual estávamos na festa de casamento de nossos amigos, os Weber’s. Lembra? 

Bom, Charlie eu queria muito ver a Lizzie, como ela está? É um momento tão mãe e filha quando as crianças chegam a essa idade... Imagino que você também morra de vontade de ver a Bella. 

Mesmo longe da Lizzie, eu a amo, não sei o que você disse a ela sobre mim, mas quando a mesma perguntar pela mãe, diga a ela que eu sempre a amarei. Desejo toda a felicidade do mundo pra ela, assim como pra Bella. Elas sempre serão os meus tesouros, ou melhor, nossos. 

Renée Marie Dywer.


Lizzie estava em pânico. Renée Marie Dywer era sua mãe e ela tinha uma irmã gêmea chamada Bella. Ela começou a vasculhar a caixa, lá ainda continha fotos da irmã quando pequena, ambas eram muito parecidas. Lógico eram gêmeas! Lizzie, pelo contrário de todo o filho quando descobrem mentiras sobre seus pais, ficou encantada por saber que não era filha única e que sua mãe apesar de estarem longe e mal se conhecessem, a amava.

Nos envelopes da carta mais recente que achara, ainda desse ano, descobriu o endereço da mãe, anotou o endereço. A euforia de descobrir algo importante de sua vida, tomara o seu corpo. Guardou a caixa no seu devido lugar e com todas as coisas dentro. Correu para o seu quarto e pegou seu notebook que já estava ligado.

Com extrema rapidez e utilizando a lista telefônica on-line, descobriu o telefone residencial da mãe, anotou o mesmo e pegou o celular. Digitou o número, mas ficara receosa se apertava o send ou não. Respirou fundo, na tentativa de tomar fôlego, seu coração batia a mil por hora.

Ela ligaria, mas falaria o que? Mil coisas passavam pela sua cabeça, mas ela queria falar com a irmã, para depois falar com a mãe. Uma fonte de coragem repentina se apoderou de Lizzie e ela apertou o send. O telefone chamara três vezes e por fim atenderam, seu coração estava para sair pela boca de tanta euforia.

 

- Alô? – dissera a voz feminina e jovial do outro lado da linha.

 

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N/A: Agora vocês já sabem quem é a Elizabeht. *risos* Quero muitas reviews, ok?

Beijo,

Tamy.


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