Remember Me escrita por Tamy Black


Capítulo 18
Começo de Algo Novo


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha.
Rá, Nyah de cara nova.
I love it! o/



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No capítulo anterior:


Não posso estar apaixonada por ele!

Estou definitivamente perdida.


-x-

Edward POV.


Isabella parou de me importunar e eu dei graças por isso.

Era um problema a menos. O mês de dezembro estava passando absurdamente rápido, ou talvez eu que não esteja notando. E as datas comemorativas estavam se aproximando. Natal e Ano Novo eram datas que perderam um pouco do significado, e não preciso dizer nem o motivo.

Por ironia do destino, eu não fui escalado para ficar de plantão nos dias 25 e 31, nem eu e nem a Isabella. Como era de se esperar, minha mãe faria uma grande ceia natalina para toda a nossa família. Nesse ano os Hale – pai de Jasper e Rosalie – iriam passar a data conosco, assim como os pais da minha falecida esposa. A casa estaria cheia, pra variar.

E eu estava aqui, arrumando-me para ir à mansão Cullen. Como éramos muitos, o pessoal se decidiu por fazer um amigo invisível, eu tirei a minha irmã, e havia comprado o seu presente. Na verdade, eu tinha pegado uma das fotos do ultra-som dos gêmeos e mandei colocar num porta-retrato muito fofo. Era para ela deixar em sua loja, ou escritório. Falando nos gêmeos, minha irmã descobriu os sexos deles, é um casal.

Eu sabia, algo me dizia isso. Fiquei feliz por eles, principalmente pela minha irmã. Ela lutou tanto para engravidar e finalmente conseguiu, ela teria os bebes dentro de mais três ou quatro meses. Já que ela completou ontem os quatro meses de gestação.

Olhei-me mais uma vez no espelho, estava bem: calça jeans escura, uma camisa social azul-marinho e uma blusa por baixo – porque estava fazendo um frio do cacete −, sapato social, relógio... Estava com uma boa aparência. Peguei minha carteira e a pus no bolso. Procurei um sobretudo e vesti, saí de meu quarto e encontrei as chaves em cima da mesinha de centro da sala.

Tranquei minha casa e fui para a noite fria que fazia em Forks. Entrei em meu Volvo e dei partida rapidamente, as ruas estavam tranqüilas e várias casas com suas luzes acesas. Era um clima nostálgico o natal, antigamente era o meu feriado predileto. Sem demora eu já estacionava ao lado da BMW do Jasper na mansão Cullen. Desci do carro e me apressei, estava congelando praticamente.

Peguei a sacola com o presente da Alice no banco detrás e ativei o alarme do carro. Subi os poucos degraus da casa e apertei a campainha, e quem me atendeu foi meu pai. Ele me deu passagem e pude respirar aliviado, o clima dentro de casa era quente e agradável.

Meu pai fechou a porta e eu retirei o meu sobretudo, ele me abraçou levemente e pegou o meu casaco, e foi guardá-lo. Andei até a sala e encontrei o Sr. e a Sra.  Hale já sentados e conversando. Cumprimentei-os e depois coloquei o presente embaixo da árvore. Rosalie descia as escadas com a minha sobrinha e quando a mesma me viu, largou a mão da mãe e veio correndo até mim. Eu a peguei no colo e lhe abracei, dando-lhe um beijo estalado em sua bochecha em seguida.

- Titio! Que saudades de você – Anna dizia apertando as minhas bochechas.

- Também estava, pequena... Mas o titio trabalha muito, você sabe. – falei.

Ela fez um bico e se aconchegou em meu colo.

- Você a mima demais, Edward – ralhou Rose – Se já não bastasse o Emmett – suspirou.

- Tios e avós foram feitos para estragar os sobrinhos e netos, Rose – falei e todos riram.

- Mas ele tem razão, querida – disse o William, pai da Rosalie.

A loira apenas revirou os olhos e eu desci a Anna do colo, pois vi minha irmã nanica saindo da cozinha acompanhada do marido. Alice estava tão engraçada naquele vestido azul-escuro de bolinhas pretas e rodado, sua barriga já estava saliente, pois eram gêmeos. Ela usava sapatilhas, imagino que estava detestando, pois ela usava salto todo o tempo. Fui até os dois e abracei a minha pequena irmã, depois cumprimentei o Jasper.

- Dando muito trabalho? – o indaguei, apontando para a baixinha, que estava falando com os sogros.

- Demais – ele suspirou – É cada desejo louco... Ela me fez acordar às duas da manhã para eu ir atrás de um bolo de cenoura.

Eu gargalhei.

- Eu realmente fui atrás do pedido dela, mas não encontrei nada aberto – ele disse, cansado – E quando eu cheguei de volta, com as mãos abanando, ela brigou comigo e disse que eu estava era com preguiça – fez cara de indignado, fazendo-me rir ainda mais.

- Meus pêsames, Jazz – compadeci-me dele.

Meu amigo apenas revirou os olhos e bufou. Fui até a sala de jantar e encontrei minha adorada mãe, dando ordens as empregadas e organizando a mesa.

- Oi mãe – disse, dando-lhe um beijo na bochecha.

- Oi, querido – ela disse, sorrindo pra mim e voltando a sua arrumação.

Deixei-a terminar de concluir suas coisas e voltei para a sala, comecei a conversar com as pessoas. Só faltava a família Swan chegar, e já passava das dez da noite.

Bella POV.


Os dias tinham se passado tão rapidamente. E durante todo esse tempo eu evitava ao máximo não ter contato com o Edward. Pois eu tinha que tirá-lo de minha mente, ele era terminantemente proibido para mim.

 Eu e James estávamos bem, eu me obrigava a gostar dele, e realmente eu gostava. Não era bem o que eu queria, mas com o tempo – acho – que as coisas vão se ajeitar. O que sinto pelo Edward não é tão grande, na verdade, não é nada. Ele é apenas o viúvo de minha irmã, e estou confundindo as coisas. É, a realidade é essa.

Mais um ano estava indo embora e isso era bom... Estava terminando de me arrumar, eu e meus pais passaríamos a véspera de Natal na mansão Cullen. E meus pais estavam contentes por eu estar aqui com eles, era visível a felicidade da minha mãe, pois pelo menos uma filha estava com ela.

- Oh... Você está linda, Bella! – exclamou minha mãe, tirando-me de meus devaneios.

- Obrigada, você também está – sorri.

E realmente dona Renée estava linda. Minha mãe sorriu docemente para mim e depois começou a me apressar, típico. Revirei os olhos e continuei a me maquiar, não fiz nada muito elaborado. Prendi meus cabelos num coque e deixei alguns fios soltos, minha franja estava de lado e eu sorri ao ver o resultado diante do espelho.

Peguei meu sobretudo e a sacola onde se encontrava o presente do meu amigo invisível. Ainda estou nervosa por quem eu havia tirado, era ninguém menos que o Edward. Fiquei dias e dias sem saber o que comprar para ele, até que me decidi dar aquilo por qual nós discutimos e que era de máxima importância pra ele: o diário da Elizabeth. Eu ainda não tinha terminado de ler, mas eu queria que ficasse com ele.

Também peguei o presente da pequena Anna e saí de meu quarto, desci as escadas e encontrei meus pais próximos a porta, só estavam a minha espera. Saímos de nossa casa e o caminho para a mansão Cullen foi feito em silêncio por mim, meus pais tagarelavam entre eles.

Chegamos a mansão sem que eu ao menos percebesse. Desci do carro e arrepiei-me com o frio absurdo que fazia. Aconcheguei-me mais ainda em meu casaco e andei rapidamente até a entrada, tocando a campainha em seguida. Meus pais estavam atrás de mim e também tremiam de frio. Logo a porta foi aberta e entramos sem pestanejar.

Quem havia aberto a porta foi Carlisle, ele nos abraçou e nos cumprimentou, e caminhamos com ele até a sala, onde todos estavam devidamente acomodados. Falei com todos e até com o Edward, não nego que meu coração faltou sair pela boca. Só que eu consegui me controlar.

Fiquei conversando com a Rosalie e a Alice, e a baixinha me contou a novidade: ela teria um casal de gêmeos.

- OMG! Sério, Alice? – sorri como boba – Que maravilha, desejo toda felicidade do mundo para esses novos bebês. – toquei em sua barriga e os senti chutar, sorri maravilhada.

- Nossa, estou em festa – ela disse, sorrindo largamente – Não vejo a hora dos meus pequenos nascerem.

- Mas agora que você completou quatro meses de gestação, Alice – eu disse – Ainda vai demorar um pouco... Se bem que, como são gêmeos, é bem provável que não chegue a completar os nove meses.

- É, a minha médica disse isso – ela assentiu, sorrindo.

Continuamos a conversar sobre outras coisas, até que Edward e Emmett voltaram da cozinha cada um segurando uma garrafa de champanhe, faltavam poucos minutos para a meia-noite. Cada um pegou o seu presente e ficamos a expectativa da hora, Emmett começou uma contagem regressiva e abriu o champanhe quando deu a hora certa.

Abraços, beijos, brindes e felicitações. Então finalmente começamos o jogo, Carlisle começou e o amigo invisível dele era o meu pai, e o presente foi um novo conjunto de pesca, pois o hobby preferido do meu pai era pescar nas horas vagas. Meu pai tirou o Emmett, e eu ri com isso, Charlie comprou para o grandão uma camisa do time de futebol que o Emm é fanático, o Manchester United.

O amigo secreto do Emmett era ninguém menos que a própria esposa, Rosalie. E ele deu a ela um colar de diamante, que a mesma namorava na vitrine da loja há séculos. Rosalie, por sua vez, tirou Esme, e deu a ela uma pulseira de ouro que era absurdamente linda. Esme ficou encantada e agradeceu, então ela começou a dar as dicas de quem havia tirado e me surpreendi quando ela disse que tinha sido a mãe da Rose, Lilian, e deu a ela um perfume Channel.

A Sra. Hale tirou a minha mãe e a mesma deu a ela um conjunto de chá de porcelana lindo. O amigo invisível de minha mãe foi ninguém menos que o Jasper, e ela deu a ele uma camisa que tinha escrito: Papai em dobro, e não preciso dizer que ele adorou. Jasper tirou o pai, William, e deu a ele um relógio muito bonito. O Sr. Hale tirou Carlisle e deu ao meu padrinho um livro, como Carlisle foi quem começou, ele já não podia ir novamente.

Então Alice recomeçou e fiquei contente ao saber que ela me tirou, a pequena Hale me deu um colar com um pingente em formato de coração e ao abri-lo, vi que tinha uma foto da Lizzie e uma minha. Alice falou que foi a minha irmã que deu a ela quando as duas eram adolescentes, as duas eram muito amigas. Fiquei emocionada com o gesto, e não foi somente eu.

Então agora era a hora da verdade, sem delongas eu disse que havia tirado o mais novo dos Cullen. Entreguei o seu presente e o abracei de leve, ele agradeceu e abriu. Seus olhos arregalaram de surpresa e depois ele levantou os mesmos para me encarar, eu apenas dei de ombros e sorri, tímida.

Vi que ele ficou abalado com o presente, mas ele se recompôs e disse que havia tirado à pequena Hale, e lhe entregou seu presente. Era um porta-retrato lindo com a imagem do ultra-som dos gêmeos. A baixinha abraçou o irmão e vi que a mesma estava chorando, hormônios.

Como a pequena Anna já estava dormindo havia muito tempo, ela abriria os seus presentes pela manhã, e não eram poucos. Esme convidou a todos para a ceia e assim fomos. As conversas paralelas perante a mesa eram divertidas, eu não falei nada, apenas estava observando tudo. Nunca tinha passado uma véspera de Natal como essa, na maioria das vezes eu passava somente com a mamãe, ou com os amigos, mas não tinha esse clima de família como sinto aqui.

Comemos em meio a risadas e brincadeiras. Depois de todos degustarem a comida, voltamos para a sala, onde brindamos, tiramos fotos, alguns dançavam. Até que eu percebi que Edward começava a se afastar, ele saiu de fininho e pegou seu sobretudo, saindo de casa em seguida. Achei que seria uma boa oportunidade de falar com ele.

Saí sem ninguém perceber e também peguei meu sobretudo. Fazia um frio terrível e já eram quase três da manhã. Encontrei o Cullen sentado num dos bancos de frente pra casa, ele observava o céu escuro e parecia bastante distraído. Andei até onde ele estava e me sentei ao seu lado, somente quando toquei em seu braço que o mesmo percebeu que eu estava ali.

- Oi – disse, sem realmente saber o que falar.

- Oi – ele retribuiu, com um sorriso triste.

Encaramo-nos por breves segundos e então eu desviei de suas íris esmeraldas. Suspirei e voltei a encará-lo.

- Obrigado pelo presente, mais uma vez – ele quebrou o silêncio.

- De nada – dei de ombros – Achei que você iria gostar.

Edward sorriu torto e desviou o olhar.

- Eu gostei.

O silêncio voltou a se instalar e eu tentava a todo custo dizer o que realmente queria. Estava parecendo àquelas adolescentes bobas querendo se declarar para um cara, patético. Mandei tudo à merda e encarei Edward, que nem se quer me olhava.

- Edward – chamei-o, e ele se virou para mim – Queria te pedir desculpas, sei que é difícil pra você tudo o que aconteceu... Não posso imaginar a dor que você sente, mas posso dizer que também me sinto mal por tudo... – suspirei – Sobre o que aconteceu em minha sala, bem... – hesitei – É melhor esquecer. – dei de ombros – Esse foi um dos motivos de ter lhe dado o diário da Elizabeth, você o merece mais do que ninguém. A única coisa que eu queria é conhecê-la, mesmo depois de morta.

Ele me encarava estupefato, como se não estivesse acreditando no que eu estava falando.

- Ela era minha irmã acima de tudo, fomos criadas separadas... Mas isso não me impede de querer saber dela – falei – E acho que você, melhor do que qualquer outra pessoa, pode me apresentá-la.

Edward suspirou.

- Você tem razão – ele disse – E eu também te devo desculpas, por te tratar mal.

- Desculpas aceitas – sorri – E, por favor, me chame de Bella, tá?

Ele riu e eu o acompanhei. Sinceramente, eu me sentia mais leve. Sempre achei sem noção essa birra dele comigo. Então já estava mais do que na hora de levantar a bandeira branca. Edward tinha todos os motivos do mundo, assim como eu, mas eu estava cansada de brigar.

Acho que eu mesma confundi as coisas. Tudo era tão confuso, talvez agora as coisas clareassem. Evitá-lo não era uma boa solução para os problemas, se eu parasse para compreendê-lo, ao invés de julgá-lo, as coisas poderiam tomar um rumo certo.

Edward POV.


Definitivamente, Isabella me pegou de surpresa.

Tanto por me dar de presente de Natal o diário da minha falecida esposa, quanto por falar aquelas coisas para mim. Eu realmente conheci uma nova pessoa.

Ela me pediu desculpas e eu também. Ambos começamos erroneamente as coisas. A gêmea de minha esposa me pediu para chamá-la de Bella, já que agora nós realmente estávamos nos entendendo – por assim dizer – e eu ri, ela realmente odiava que a chamassem de Isabella.

Nós resolvemos entrar porque estava muito frio. Sem demora, os pais da Rosalie e do Jasper resolveram ir para sua casa, em seguida o Charlie e a Renée também foram, levando a filha deles consigo. Emmett e Rosalie ficariam conosco, pois a Anna dormia profundamente. Alice e Jasper também resolveram ficar, pois a baixinha estava cansada e os meus sobrinhos reclamavam já. Eu também decidi ficar, minha mãe adorou, todos os filhos em casa e com ela.

Dormi no meu antigo quarto, mas não antes de dar uma folheada no diário da Liz. Ainda estava surpreso com a atitude da Bella. Tão estranho chamá-la assim, parece que somos íntimos ou algo do tipo...

Deixei esses pensamentos de lado e aconcheguei-me mais ao travesseiro, dormindo instantaneamente em seguida.

[...]


Os dias meio que passaram apressados a seguir. Meus pais resolveram passar a virada do ano longe dos filhos, meu pai deu de presente a ele e minha mãe, uma viagem de trigésima lua-de-mel para a Europa. Rosalie e Emmett viajaram no dia seguinte ao Natal com a Anna e os pais da Rose, para o Canadá, eles iam esquiar e passariam o Réveillon. Jasper e Alice os seguiram.

Então só havia ficado eu em Forks. Minhas viradas de ano não eram tão legais, eu geralmente passava dormindo ou enchendo a cara. Mas nesse ano eu resolvi preparar alguma comida caseira e assistir a filmes antigos na televisão.

O dia 31 de dezembro amanheceu gelado como os dias anteriores. Resolvi comprar algumas coisas para o prato que escolhi fazer. Estacionei o Volvo diante do supermercado, estava vazio, muita gente iria passar a meia-noite fora da cidade. Comprei o que precisava e coloquei as sacolas no porta-malas.

Olhei para frente e vi que a minha cafeteria favorita estava aberta. Hm... Um café não me faria mal. Fechei o porta-malas e travei o carro, atravessei a rua e entrei no estabelecimento, sentindo aquele cheiro de café fresco. Pedi um expresso para viagem e me assustei quando ouvi alguém me chamar. Virei-me aonde vinha à voz e me deparei com Bella, sentada numa mesa atrás de mim, ela estava com um livro na mão e sorria para mim.

- Hei Bella – cumprimentei-a e me sentei ao seu lado.

- O que você faz sozinho em plena véspera de ano novo? – ela me indagou, divertida.

- Eu deveria perguntar a mesma coisa – rebati rindo.

- Ah... Meus pais viajaram ontem, só voltam daqui uma semana – suspirou e ajeitou a franja que teimava em cair em seu olho – Todos que eu conheço estão viajando, James esticou o natal com a família em Washington... – deu de ombros.

- Digo o mesmo – sorri – Meus pais também viajaram, meus irmãos também...

- E o que você vai fazer hoje? – perguntou.

- Vou fazer um prato de massa e assistir a filmes antigos – disse.

- Mentira. – olhou-me surpresa.

- Por que diz isso?

- Porque eu vou fazer o mesmo. – olhou-me séria.

- Sério? – arqueei a sobrancelha.

- Aham – suspirou – Então... Já que vamos fazer a mesma coisa, por que não fazemos juntos? – indagou, receosa, pude sentir.

Encaramo-nos brevemente. Sério que ela estava me convidando?

- Mas só se você quiser – acrescentou.

- Hm... Pode ser uma boa idéia. – dei de ombros, ela sorriu – Na sua casa ou na minha?

- Eu não moro mais com meus pais – ela disse, cheia de si – Comprei um apartamento aqui perto, passo o endereço via mensagem. – sorriu.

- Ótimo – assenti e vi que a atendente me chamava, meu café estava pronto – Às oito?

- Perfeito – aceitou – Não precisa levar nada, deixe que eu preparo a comida.

- Tudo bem. – concordei – Vou levar um filme e algo para bebermos então.

- Você quem sabe. – ela disse.

- Então até mais tarde, vou pegar meu café e ir. – disse me levantando.

- Até mais tarde – despedimo-nos e eu paguei meu café, saindo do recinto em seguida.

Não sei o que deu em mim para aceitar o convite repentino dela. Acho que não faria mal algum. Era uma oportunidade de nos conhecermos melhor, como ela havia me dito: ela tinha o direito de conhecer irmã, tinha seus motivos. E já estava na hora de deixar o orgulho de lado.

Voltei pra minha casa e guardei as compras na dispensa. Fui pra sala e fiquei trocando de canal, não tinha nada interessante passando na TV. Acabei por deixar num canal onde passava um seriado qualquer e fiquei assim até quase sete e meia da noite. Levantei num susto e corri para tomar um banho.

Depois de banhado e vestido, completamente cheiroso, olhei-me no espelho e encarei minha face corada. Era por causa do frio absurdo que fazia nessa cidade, desci as escadas e procurei um vinho em minha mini-adega, que ficava na cozinha. Encontrei um que eu gostava, que não era muito forte, era completamente saboroso e suave. Bella havia me passado uma mensagem com o seu endereço e quando saí de casa já passavam das oito da noite.

Dirigi pelas ruas tranqüilas de Forks e cheguei ao seu prédio. Era um edifício que ficava próximo ao hospital e tinha a aparência bastante tranqüila. O porteiro liberou minha entrada após dizer aonde ia e estacionei meu carro ao lado do carro dela. Peguei o DVD que havia escolhido e o vinho então saí, ativando o alarme do Volvo.

Apertei o botão do elevador e o mesmo sem demora abria suas portas. Entrei e pressionei o botão do terceiro andar. Cheguei ao meu destino e fui em direção ao apartamento 304. Toquei a campainha e em menos de um minuto Bella abria a porta, estava bem simples e seus longos cabelos castanhos estavam molhados.

Sorrimos um para o outro e ela me convidou para entrar. Senti-me estranho quando coloquei os pés em seu apartamento, que era bem decorado e a cara dela.

Bella POV.


Não sei o que deu em mim para convidar o Edward para passar o ano novo comigo. Devia estar ficando louca. Mas eu iria passar sozinha, James havia me ligado há dois dias dizendo que iria passar a virada com a família em Washington DC e me perguntando se eu não queria ir até ele.

Eu disse que não, pois era um evento de família e nós dois não tínhamos nenhum compromisso sério que me levasse a uma data assim. Ele ficou magoado, pude perceber pelo seu tom de voz, mas disse que voltaria o mais cedo possível. Meus pais iriam passar a virada do ano em Las Vegas, como uma segunda lua-de-mel. Fiquei contente por eles, então nem pedi para ir. 

Essa seria a primeira virada de ano que eu passaria sozinha na vida. Acho que foi pelo sentimento de abandono que de impulso convidei o Cullen para jantar comigo. E fiquei surpresa quando o mesmo aceitou o convite.

Resolvi fazer um Fettuccine Alfredo (n/a: foto do prato), era um prato muito gostoso e eu aprendi a fazê-lo com o Oliver, há alguns anos. Quando terminei tudo, arrumei a mesa e tal, já eram mais de sete horas.

Corri para o banheiro, e tomei uma ducha rápida. Coloquei uma calça jeans, uma blusa bege e um Cardigan de um tom mais escuro que a blusa, calcei minhas sapatilhas favoritas e pus anel em meu dedo. Fiz uma maquiagem básica e penteei meus cabelos molhados. Passei um perfume e quando o guardei ouvi a campainha tocar. Praticamente corri até a porta, suspirei e mordi os lábios, nervosa, então abri a porta.

Edward estava lindo, e continha um sorriso torto dançando em seus lábios. Cumprimentamo-nos brevemente e eu o convidei para entrar. Ele trouxe um vinho maravilhoso, era um dos meus preferidos, mas eu não disse que era, é claro.

- Muito bonito o seu apartamento – ele elogiou.

- Obrigada – sorri em agradecimento – Eu realmente precisava de um canto só meu.

- Tem razão – suspirou – Eu tenho a minha casa, mas eu a acho muito grande para mim – riu – Mas não sou muito fã de apartamentos.

- Eu acho bem mais prático – disse – Você aceita alguma bebida?

- Claro, vamos abrir o vinho agora? – indagou.

- Pode ser. – assenti e fui buscar as taças e o vinho.

Edward me acompanhou e abriu o vinho, serviu-nos e brindamos. Fazia tempo que eu não bebia um vinho tão bom como aquele, sentamos em minha sala e coloquei o filme que ele havia trazido. Era Bonequinha de Luxo, com a Audrey Hepburn. Ele disse que era um dos filmes favoritos da Elizabeth, e eu confessei que era um dos meus favoritos também.

Assistimos fazendo comentários, rindo, eu estava realmente me divertindo. Quando o filme terminou, era quase dez horas da noite, e decidimos assistir a mais um, antes da meia-noite. Eu já estava na terceira, ou quarta taça de vinho e ele também. Edward escolheu Footloose, um filme bem antigo e o Kevin Bacon ainda era tão novinho. Tivemos que pausar o filme quando deu à hora.

Eu e ele nos abraçamos por um longo tempo. Era tão bom estar assim tão perto dele, meu coração faltava sair pela boca, Edward era tão cheiroso. Quando ele me soltou, quase o agarrei de volta, mas me contive.

- Vamos comer? – perguntei.

- Vamos sim – ele me respondeu, sorrindo.

A mesa já estava posta, só precisei pegar a travessa com o macarrão. Eu o servi e depois coloquei o meu. Sentei-me a sua frente e começamos a comer, ainda bebendo vinho.

- Nossa, está delicioso, Bella – disse, exultante.

- Obrigada – abri um sorriso – Que bom que você gostou.

Ele apenas sorriu e continuamos a conversar. Edward me contou sobre sua família, como foi a sua infância... Contou sobre como conheceu a minha irmã desde o berço, como se descobriu apaixonado por ela, como a pediu em namoro, em casamento... Narrou emocionado o casamento deles... Pude perceber que realmente a minha irmã era uma parte dele e também pude compreender o porquê a falta dela era pior para ele.

Tive inveja. Não nego. Queria um homem assim como ele, queria na verdade um amor como o deles.

- Okay, chega de falar de mim – ele disse um tempo depois – Conte-me sobre você.

- Ah – murmurei – Não há nada de interessante – revirei os olhos.

- Claro que há – rebateu – Vamos, eu já falei quase tudo de mim... Fale de você!

Eu suspirei e cedi à vontade dele. Comecei a falar sobre a minha infância, em como eu era desastrada. Contei de minha adolescência, em como fui criada pela minha mãe e sobre como nunca suspeitei de nada sobre o meu passado. Apesar de toda a nossa conversa, não tínhamos tocado no assunto: doença.

Acho que eu não estou preparada para saber como foi pra ele tudo que aconteceu. Ficamos conversando, bebendo e comendo até quase duas da manhã. Chovia torrencialmente, pra variar. Como boa anfitriã que sou, não deixei que Edward saísse com a chuva horrível. Não dava pra enxergar nada, então disse que ele poderia dormir no quarto de hóspedes.

Edward me ajudou com a louça suja, eu estava meio alegre demais – efeito do vinho – e ele também. Estávamos rindo a toa, ele falava sobre um episódio engraçado envolvendo os irmãos e ele. Não sei bem o que houve, mas eu lavava a louça e ele enxugava. Só sei que eu respinguei água nele, e comecei a rir histericamente. Pra descontar, Edward me sujou com a esponja cheia de detergente. Então começou aquela guerrinha.

Eu comecei a molhá-lo de verdade e ele a me sujar, resultado: ensopamos a cozinha inteira. Eu tentando correr dele acabei escorregando no chão e acabei o levando comigo. Eu bati com o cóccix no chão e doeu, tanto que gemi de dor, sem contar o fato de que ele caiu sobre mim, seu rosto bem próximo do meu.

- Desculpe Bella – ele disse – Machucou mesmo? – me olhou preocupado.

- Só um pouquinho − choraminguei.

Edward saiu de cima de mim e sentou no chão, escorando-se a parede, fiz o mesmo. Encostei minha cabeça em seu ombro e bufei analisando o estado que a minha cozinha estava.

- Olha o que você fez – ralhei – Sujou toda a minha cozinha – fiz beiço.

- A culpa foi exclusivamente sua – riu – Ninguém mandou ser tão desastrada.

Say (All I Need) – OneRepublic

Virei para encará-lo e me perdi na imensidão de verde a minha frente. Estávamos tão próximos, era como se fossemos ímãs. Sem perceber minha boca já estava sob a dele, era somente um tocar de lábios. Meus olhos se fecharam automaticamente e minhas mãos afagaram seu rosto, senti sua respiração falhar e comecei a movimentar os lábios. De início Edward ficou estático, mas logo o senti retribuir ao beijo.

Suas mãos pararam em minhas costas e me apertava. Quando me toquei, já estava em seu colo e o beijando com ardor. Perdia o controle da situação assim, enterrei minhas mãos naqueles cabelos cor de bronze.

Você sabe onde o seu coração está?

Você acha que pode encontrá-lo?

Ou você o trocou por alguma coisa

Ou algum lugar que valia mais a pena ter?

Você sabe onde seu amor está?

Você acha que o perdeu?

Você sentia isso de um jeito tão forte, mas

Nada ficou do jeito que você queria


Tirei meu Cardigan com pressa, assim como a blusa preta que ele usava já estava sendo retirada. Eu necessitava tanto daquele contato, era como se eu não pudesse respirar. Eu não estava pensando, não conseguia raciocinar direito quando seus lábios estavam deixando marcas em meu pescoço. Edward estava entre minhas pernas e eu meio que sentada em seu colo.

Ele me ajudou a retirar minha blusa e sorriu ao ver o sutiã cor de vinho que eu usava, nossos olhares se encontraram e pude sentir todo o desejo que estava expresso ali. Toquei em sua face e ele fechou seus belos orbes esmeraldas, suspirando com a minha carícia.

Abençoe a minha alma

Você é uma alma solitária

Porque você não esquece

Nada que você ama


- Tem certeza disso? – sussurrei.

Eu não queria ir mais adiante, não se ele se recusasse ou se não tivesse certeza do que estava fazendo isso.

- Não me pergunte nada, Bella – ele respondeu, voltando a me encarar – Eu quero você – disse firme – Eu preciso. – murmurou e eu o beijei com vontade.

Tudo que eu preciso

É o ar que eu respiro

E um lugar pra descansar

A minha cabeça


Seu toque em meu corpo acendia um fogo desconhecido por mim. Eu já estava tão excitada, que não era possível descrever... Edward se levantou comigo em seu colo, ele me colocou no chão e ainda nos beijávamos avidamente.

- Vamos para o meu quarto – disse, entre os beijos.

Ele apenas assentiu e eu soltei sua boca, peguei em sua mão e sorri. Puxei-o e fui andando apressada até meu quarto. Assim que entramos, empurrei-o para minha cama e Edward caiu sentado e nós rimos. Voltei a usufruir daqueles maravilhosos lábios, senti as mãos de Edward em minha cintura, apertando-me.

Você sabe qual é o seu destino?

E você esta tentando mudar ele?

Você está dando o seu melhor

No seu melhor visual

Você está rezando para superar isso


Soltamo-nos brevemente e comecei a me livrar do restante de minhas roupas, Edward fez o mesmo. Ficamos apenas com as roupas íntimas. Salivei ao vê-lo apenas com uma boxer preta, ele era muito lindo e tinha um corpo de dar inveja. Dessa vez Edward me jogou na cama e subiu em cima de mim, beijando cada parte do meu corpo que já gritava praticamente de tanto desejo.

Eu ofegava ao sentir seus lábios em minha pele, Edward retirou meu sutiã e sorriu contente ao perceber que o mesmo abria pela frente. Ele acariciou meus seios com carinho, e eu estava praticamente sucumbindo... Edward sugava-os, mordia, chupava, lambia, ou apenas tocava, levando-me a loucura cada vez mais.

Abençoe a minha alma

Você é uma alma solitária

Porque você não esquece

Nada que você ama


Desceu beijos pelo vale entre meus seios, traçando um caminho até chegar a minha calcinha. Edward brincou com o cós e eu já estava praticamente implorando para ele acabar com aquela tortura. Ele me tocou com um dedo e o ouvi gemer...

- Você está tão molhada – sussurrou e eu enlouqueci.

Eu disse, tudo que eu preciso

É o ar que eu respiro

E um lugar para descansar

A minha cabeça


Levantei-me e capturei seus lábios num beijo sôfrego. Enquanto isso ele continuava a brincar com meu sexo, fazendo-me gemer em sua boca. Desci minhas mãos por suas costas até chegar a sua cueca, abaixei-a de uma vez e vi seu membro duro e pulsante, pronto pra mim. Sorri e lhe dei um selinho, pedi para que ele pegasse a camisinha que estava dentro do meu criado-mudo e Edward obedeceu.

Você acha que pode achá-lo?

Você acha que pode achá-lo?

Você acha que pode achá-lo?

De um jeito melhor do que antes

Você acha que pode achá-lo?

Você acha que pode achá-lo?

Você acha que pode achá-lo?

De um jeito melhor do que quando você o tinha


Abriu a embalagem com os dentes e retirou a camisinha de lá. Tomei o preservativo de sua mão e coloquei em seu membro lentamente, fazendo-o gemer somente com o meu toque. Depois de protegido, Edward me penetrou sem aviso prévio e eu gemi alto. Ele começou a se movimentar dentro de mim e eu agarrava em seus ombros com força.

Ele ia fundo e voltava, eu gemia descontrolada. Edward é muito grande, mas cabia perfeitamente em mim. Incrível... Pedi para ele ir mais rápido e ele o fez, enlacei minhas pernas em sua cintura e arqueei meu corpo, Edward abocanhou um de meus seios e eu já estava fora de órbita.

Eu disse que tudo que eu preciso

É o ar que eu respiro

E um lugar para descansar

A minha cabeça


Mudamos de posição, Edward me penetrava por trás e era muito bom. Ele segurava minha cintura, apertando com força, controlando os movimentos. Edward ditava tudo, controlava, mas atendia aos meus pedidos. Eu já estava ficando louca e gemia insanamente.

- Você... É... Apertada... Demais – grunhiu em meu ouvido.

Já podia sentir os espasmos percorrem meu corpo inteiro, Edward estocava com força e sem pena. Então, eu senti... Ele veio forte e violento, fazendo-me tremer por completo. Enquanto eu ainda gozava nele, Edward ainda estocava e logo chegou ao seu clímax também, ambos gemíamos descontrolados.

Eu disse que tudo que eu preciso

É o ar que eu respiro

E um lugar para descansar

A minha cabeça


Desabei meu corpo sob a cama, cansada e ofegante, e Edward caiu sob mim, do mesmo modo. Ficamos alguns segundos assim, até que ele saiu de mim e tombou para o lado, puxando-me para si. Edward beijou minha testa suada e trocamos um olhar intenso. Não tínhamos palavras pra dizer o que estávamos sentindo.

Você sabe qual é o fim?

Você acha que pode vê-lo?

Bem, até você chegar lá

Siga em frente e grite isso

Só diga isso!


Ele sorriu torto e eu retribuí, beijei seus lábios de leve e suspirei. Percebi que não demoraria muito para ele cair no sono. Acariciei sua face e Edward fechou os olhos, sem demora sua respiração ficou calma e ele já tinha caído na inconsciência.

Eu não sabia o que esperar quando acordasse. Sabia que iria me arrepender novamente, mas eu não queria pensar em nada, só em desfrutar o momento.

-x-


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Notas finais do capítulo

N/a: Hello people! Nossa, quanto tempo. *hihihi* Sei que demorei, mas como já disse na Dangerous, a inspiração foi passear e demorou horrores para voltar. Mas felizmente estou de volta! O capítulo não está essa Coca-Cola toda, eu queria algo mais intenso... Não sei se atingiu as expectativas de vocês, mas foi o melhor que consegui. Se eu demorasse mais iria sair uma bosta. :/ Enfim, espero que vocês tenham gostado e mil desculpas pela demora.Sobre o que acontecerá agora... Bem, só posso dizer que as coisas vão melhorar. Mas não fiquem muito alegrinhos, muita coisa irá acontecer ainda.Mais uma coisinha: a partir do dia 1º de fevereiro, o Nyah não mandará mais avisos via e-mail sobre as atualizações dos favoritos. Agora tem que acompanhar a fic pra poder receber as notificações, e isso se encontra no final de cada capítulo. Observem e adicionem suas fics em seus acompanhamentos, beleza? Se não vocês não saberão quando a fanfic for atualizada.Beijinhos ;*Tamy Black.