Remember Me escrita por Tamy Black


Capítulo 17
Consciência Pesada




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No capítulo anterior:

Eu não conseguia dizer nada, não conseguia raciocinar. Apenas saí de sua sala e coloquei meu jaleco de volta. Tentando não pensar no que havia acabado de ocorrer.

-x-

Bella POV.

Alguém, por favor, pode me explicar o que aconteceu aqui?

Vi Edward ajeitar sua calça, vestir sua blusa e catar os papéis que ficaram no chão. Ajeitei minha calcinha rapidamente e a calça, fechando o zíper com ferocidade. Edward pegou seu jaleco e por fim me encarara. Seus olhos verdes brilhavam com uma intensidade indescritível, ele não disse nada e saiu de minha sala.

Suspirei pesadamente, peguei minha blusa e a vesti rapidamente. E me joguei em minha cadeira, tentando entender o que foi que aconteceu. Em um segundo estávamos discutindo, eu havia lhe dado um tapa e no segundo seguinte ele estava me beijando alucinadamente, e depois estávamos transando.

Bella, que merda você tem na cabeça?

Não consegui raciocinar o restante da madrugada. Não houve nenhuma urgência e eu não fui chamada nenhuma vez durante o resto do plantão. Fiquei trancafiada em minha sala e tinha medo de sair dela e dar de cara com o Cullen. O que aconteceria agora?

Medo. Medo. Medo.

Às sete horas em ponto eu estava batendo o meu ponto e saindo do hospital. Quando cheguei à garagem o Volvo do Cullen já não estava lá. Respirei aliviada. Larguei minha bolsa no banco do carona e sentei no banco do motorista, bati a porta e coloquei a chave na ignição, dando partida no carro em seguida. Dirigi pelas ruas tranqüilas de Forks, sem conseguir pensar, eu estava em choque comigo mesma, com ele e com o que fizemos em pleno hospital.

Mas assim que avistei a primeira farmácia, parei e estacionei. Entrei no recinto e fui logo ao balcão de medicamentos, pedi ao atendente a pílula do dia seguinte*. Eu me prevenia, é claro, mas estava há meses sem tomar anticoncepcionais e Edward não usou camisinha, e um bebê não está nos meus planos. O atendente me entregou a caixa de compridos e eu levei até o caixa, paguei, coloquei na bolsa e voltei ao meu carro.

Voltei a dirigir pra casa. Estacionei meu carro de qualquer maneira a frente de casa e entrei, meus pais já estavam acordados é claro. Vi minha mãe de robe tagarelando com meu pai na cozinha, deixei minha bolsa em cima do sofá e as chaves na mesa do telefone, então segui para a cozinha.

- Bom dia, querida – mamãe me saudou e me deu um beijo na bochecha.

- Bom dia – murmurei e me sentei na cadeira ao lado do meu pai.

- Bom dia, Bells – papai falou comigo e eu apenas sorri – Plantão calmo?

- Sim – suspirei – Só que eu não consegui dormir. – disse e bocejei.

- Tome um café e depois vá dormir – mamãe falou e se sentou na outra cadeira.

Eu assenti com a cabeça e comecei a me servir. Nem percebi que estava faminta. Depois de comer, peguei um copo de água e saí da cozinha, peguei minha bolsa e subi. Entrei em meu quarto e tirei a caixa de compridos, tomei um e guardei de volta na bolsa. Deixei o copo em cima da mesa e fui tomar um banho.

Demorei mais do que o esperado, coloquei um pijama qualquer e me joguei em minha cama. O cansaço me atingiu e não demorei a dormir.

Edward POV.

Fiquei uma pilha durante todo o restante do plantão, que foi bastante calmo. Consegui sair antes do meu horário normal, alegando que estava com uma forte dor de cabeça, e o pior é que eu estava mesmo.

Não conseguia acreditar que me deixei levar por ela... Por alguém tão egoísta como ela era. Eu estava definitivamente perdido. Cheguei a minha casa, fui me despindo pelo caminho. Eu precisava de um bom banho para me livrar do cheiro de morangos dela que estava impregnado em meu corpo. Entrei no banheiro e me livrei da minha cueca, abri a porta do Box e entrei, ligando o chuveiro. Assim que a água quente tocara em meu corpo tenso, bufei exasperado.

Eu tinha feito uma merda. E uma merda das grandes. Estava fudido, com todas as letras. O banho não conseguiu me acalmar, como já havia imaginado. Saí do Box, peguei minha toalha e me sequei. Fui até o meu closet, vesti uma cueca boxer preta, peguei uma calça jeans escura e a vesti. Procurei uma camiseta qualquer e a vesti também, calcei um par de tênis, peguei meu casaco e fui passar desodorante e perfume. Só tinha um lugar que eu me acalmaria.

Peguei minha carteira e a pus no bolso, catei minhas chaves e o celular. Saí de casa, eu estava afobado demais. Entrei no meu carro e dirigi até o cemitério de Forks. Estacionei de qualquer maneira, desci e tranquei o carro. Andei a passos largos até a lápide da minha esposa.

Ajoelhei-me e toquei a lápide de mármore. Sem que eu percebesse as lágrimas já banhavam meu rosto. Só Deus sabe o quanto eu sinto falta dela, do seu sorriso, seu olhar, seus carinhos... Inconscientemente veio o rosto da Isabella. Pisquei freneticamente.

Que merda é essa?

Meneei a cabeça, a fim de tirar a imagem da gêmea da minha esposa da minha mente. Voltei a encarar a lápide.

- Desculpe Lizzie – murmurei – Eu não sei o que deu na cabeça para agir daquela forma. Perdoe-me.

Limpei minhas lágrimas e me levantei, não conseguia ficar ali. Saí do cemitério caminhando lentamente de volta ao meu carro. Abri a porta e me sentei, encostei minha testa no volante e respirei profundamente fechando os olhos. Levantei a cabeça e olhei para frente, eu precisava dar um rumo a minha vida. Fechei a porta do carro e dei partida, fui direto pra casa, eu precisava dormir. Talvez quando acordasse perceberia que tudo foi um pesadelo.

Bella POV.

Acordei com o meu maldito celular tocando. Tateei o criado-mudo e achei o infeliz aparelho telefônico, atendi sem nem ao menos saber quem era.

- Alô?

- Bella? – reconheci a voz da Alice.

- Oi Alice – murmurei.

- Desculpe, te acordei? – indagou.

- Sim, mas não tem problema – falei – O que você manda?

- Desculpe de novo – riu – Eu queria saber se você topa almoçar comigo e com a Rose, naquele restaurante perto do hospital, você quer?

- Claro, tudo bem – aceitei – Eu vou só tomar um banho e vou pra lá.

- Certo, estamos te esperando. – ela disse e encerramos a ligação.

Coloquei o celular de volta ao criado-mudo e vi que horas eram. Meio-dia e quinze. Levantei da cama e fui direto para o chuveiro. Depois de desperta pela água quente, caminhei até o closet, vesti um lingerie simples e peguei uma calça jeans. Escolhi uma blusa verde – que eram duas em uma – e calcei uma sapatilha preta que encontrei por ali jogada de qualquer maneira. Peguei minha bolsa e coloquei alguns pertences ali que estavam na outra bolsa, deixei-a em cima da cama.

Penteei meus cabelos molhados e passei um simples brilho labial. Conferi o meu look e aprovei. Peguei o celular e coloquei dentro da bolsa, e a carreguei em minha mão. Desci as escadas e constatei que não havia ninguém em casa, peguei as chaves do meu carro e saí de casa e a tranquei.

Desativei o alarme do carro e entrei no mesmo, jogando minha bolsa no banco do carona. Coloquei meus óculos escuros – apesar de o dia estar claro e sem sol – e dei partida no carro. Dirigi tranquilamente até o restaurante, estacionei e saí. Assim que entrei no recinto vi Alice e Rosalie já numa mesa, elas me viram e acenaram. Andei até elas e nos cumprimentamos, depois me sentei entre as duas.

- Então, já pediram? – indaguei.

- Não, estávamos te esperando – Alice me respondeu.

Chamamos o garçom e o mesmo entregara os cardápios. Escolhi algo simples, frango grelhado e salada, pedi um suco de laranja. Alice pediu a mesma coisa e a Rosalie pediu carne grelhada ao invés do frango.

- Nunca fizemos um programa assim – disse a Rose.

- É verdade – eu concordei – Onde está à pequena Anna?

- Está na escola, o Emmett vai buscá-la – Rose respondeu.

- Não vejo a hora dos meus nascerem – disse Alice, pousando suas mãos em sua pequena barriga de três meses.

- Eu também fui assim quando estava grávida da Anna – Rose falou – E você já viu o sexo, Alice?

- Ainda não – ela respondeu – A Dra. Connors disse que ainda não dá pra ver por causa da posição deles – suspirou.

- Já tem idéia de nomes? – eu a indaguei.

- Tenho várias, mas ainda não consegui pensar porque ainda não sei se são meninos ou meninas, ou um casal – disse sorrindo.

- Eu acho que é um casal – Rose deu seu palpite.

- Sabe que eu também acho? – eu disse.

- Tomara – Alice falou – Mas eu fico feliz com o que for, só quero que nasçam com saúde. – sorriu largamente.

- Concordo com você. – sorri para ela.

- E você, Bella, não pensa em ter filhos, marido e coisas assim? – Rose me indagou, brincalhona.

- Eu penso – admiti – Mas eu ainda acho muito cedo – dei de ombros.

- Cedo? – Alice arqueou a sobrancelha bem feita – Você já tem vinte e oito anos, tá na hora já. – riu – Você e o James formam um belo casal.

- Obrigada – corei – Mas acho que é muito cedo para decidir alguma coisa... E James e eu não estamos namorando.

- Ainda – pestanejou Rose – James não tem olhos para outra que não seja você – falou, direta – Percebi vocês dois no aniversário de casamento do Carlisle e da Esme. – eu corei novamente – Ele te olha de um jeito tão lindo – suspirou.

- Queria olhá-lo da mesma maneira apaixonada – confessei e suspirei.

- Você não gosta dele? – Alice perguntou, compreensiva.

- Não é que eu não goste – disse – Mas eu não sinto aquela coisa, sabem? James é lindo e tudo, mas não sei... Gosto de sua companhia, de seus carinhos, mas não sei bem o que sinto.

- Normal – Rose disse – É normal acontecer isso, mas nada é impossível... Dê tempo ao tempo. – ela sorriu.

- É o que eu penso – concordei com a loira.

- Eu queria que alguém aparecesse na vida do meu irmão – Alice mudou de assunto – Edward não percebe que cada vez mais ele está se afundando.

- Edward é um caso complicado, Alice – Rose disse – Ele não quer, ele rejeita qualquer tipo de ajuda. E já são oito anos praticamente.

- Não sei o que opinar – disse – Não conheci a minha irmã. Mas sei que eles se amaram muito, não é?

- Sim – Alice suspirou – Edward e Lizzie se amaram desde o berço. – sorriu – Era um amor tão lindo e tão intenso... Eles se completavam de uma forma que era inexplicável. Eu senti a dor dele quando tudo aconteceu.

- Imagino – suspirei – Deve ter sido o caos.

- Foi sim – Rose disse – Lembro-me das vezes que vi Edward chorar nos ombros do Emmett e do Jasper. Quando a Lizzie morreu... – hesitou – Deus, não quero nem me lembrar dos primeiros meses após o óbito dela.

- Foi horrível, Bella – Alice disse – Eu desconheci o meu irmão... Eu queria ajudar, era desesperador vê-lo daquela forma, mas eu estava de mãos atadas, não podíamos fazer nada.

- Não quero nem imaginar. – disse a ela.

- Pra você foi bem fácil, não foi? – Rosalie disse.

Eu não entendi.

- Como assim?

- Você não chegou a conhecê-la, não sentiu nada de mais, não foi? – Rosalie indagou de novo.

- Não foi bem assim – murmurei.

- Rosalie – Alice a encarou séria.

- Ah... Fique quieta Alice – revirou os olhos para a baixinha – Só quero saber como foi para a Bella.

- Você tem razão, Rosalie – disse, com raiva – Eu não senti nada. – sibilei – Eu nunca a conheci e nem chegarei a conhecer... Mas não quer dizer que não significa nada pra mim. – ela me encarava sérias, seus olhos azuis faiscavam – Eu me arrependi amargamente de tudo que fiz, se eu pudesse voltar atrás, eu voltaria, mas infelizmente não posso.

Ficamos em silêncio por longos minutos.

- Desculpe – Rosalie murmurou – Desculpe mesmo. Eu pensei que...

- Eu sei, todos pensam – a interrompi e dei de ombros.

O silêncio imperou novamente e ficamos assim até os nossos pedidos chegarem. Começamos a comer, cada uma perdida em seus pensamentos. Não era para eu ficar brava, mas já estava cansada das pessoas me julgarem.

- Okay, chega – bradou a pequena Alice.

Eu e Rosalie a encaramos confusas.

- O que foi, Alice? – inquiri.

- Esse silêncio me mata – bufou, eu ri – Rosalie, você foi indelicada com a Bella. Nós não a conhecemos como conhecíamos a Elizabeth – disse séria e encarando a loira – E nós não temos o direito de julgá-la.

- Você tem razão, anã – Rosalie disse, revirando os olhos – Me desculpe novamente, Bella. – me encarou, com sinceridade – Eu não devia ter falado nada, esse é o meu problema... Eu sempre falo o que não devo – sorriu amarelo.

- Tudo bem – eu disse – Não se preocupe, compreendo a sua atitude.

- Ótimo – Alice falou e sorriu – Bella, nós realmente queremos ser suas amigas. Sei que sua irmã adoraria isso, e nós também.

- Verdade – Rose disse – Se a Lizzie estivesse aqui ela correria para nos apresentarmos.

Eu sorri.

- Eu já considerava vocês assim, agora é oficial – ri e elas me acompanharam – Nunca tive muitas amigas – confidenciei – Tenho muitos amigos homens e acho que só considero a Sabrina como amiga e ela casou com meu ex-noivo.

- Meu pai nos falou que você foi noiva – Alice falou.

- É – assenti – Fui noiva por bastante tempo, até que deixei o Oliver no altar – sorri ao me lembrar – E a minha madrinha e melhor amiga, a Sabrina, acabou se casando com ele – Rose e Alice me encararam, confusas – É, super irônico não?

As duas sorriram e depois disso o papo entre nós fluiu melhor. Eu sentia uma estranha familiaridade com elas, não sei explicar. Sentia como se já as conhece, besteira da minha cabeça. Terminamos de comer e pedimos a conta, foi uma briga pra resolver quem pagaria. No final das contas Rosalie pagou alegando que na próxima vez ela nos deixaria pagar. As duas voltaram para seus trabalhos e eu voltei pra casa, mas antes acabei passando no cemitério.

Apesar de ter passados bons momentos com as Sra. Hale e a Sra. Cullen, eu ainda não havia me esquecido da noite com o Edward. Ainda podia sentir seu cheiro em mim, seu toque brusco e carinhoso em minha pele, o gosto de seus lábios sob os meus... Eu estava pirando.

Estacionei o carro de qualquer maneira e desci. Andei apressada até a lápide de mármore branca onde minha irmã estava e encarei. Suspirei pesadamente, eu me sentia culpada até a alma, sério. Como eu pude me deixar levar pelo momento? Eu sou estúpida.

Saí do cemitério e voltei ao meu carro. Entrei e fechei a porta com raiva de mim mesma, dei partida e voltei pra casa.

Edward POV.

Os dias seguintes que se passaram foram no mínimo estranhos. Eu ainda estava com a consciência pesada, mas eu tinha que trabalhar. Tinha decidido que iria ignorar Isabella Swan a todo custo. Iria falar com ela somente quando fosse estritamente necessário, era a melhor solução. Eu não queria nada, o que aconteceu foi um erro. Um grande e enorme erro.

Não sei o que ela tem na cabeça, pois durante os primeiros dias ela aceitou na boa esse lance de só falar o estritamente necessário. Toda a vez que nos encontrávamos nas eventuais reuniões ou quando apenas nos esbarrávamos nos corredores do hospital, ela corava absurdamente. Mas isso foi só na primeira semana, na segunda semana em diante, Isabella começou a me procurar.

Eu dava um bilhão de desculpas. Na primeira vez que nos esbarramos, ela disse que precisávamos conversar sobre o que aconteceu. Eu disse a ela que era melhor esquecer e deixar isso pra lá, foi apenas um erro e nada mais. Dei as costas e entrei em minha sala, desde então ela não voltou mais a me procurar e eu continuei a evitá-la cada vez mais.

Novembro encerrou e dezembro chegou. E logo no dia cinco de dezembro era o aniversário de cinco anos da Anna. Minha sobrinha escolheu o tema da Cinderela, seu conto de fadas preferido. Eu já estava pronto, peguei as chaves do carro e saí de casa. Cheguei à mansão Cullen e vi os balões azuis e rosa decorando toda a frente. Ri, só a Anna mesmo pra fazer isso.

Estacionei o carro e tirei o presente, era uma casa de bonecas. Tranquei-o e fui entrando, vi muitas pessoas já sentadas nas mesas e várias crianças correndo por ali. Era começo de tarde, Rosalie não queria um aniversário a noite. Vi meu pai e minha mãe ali, sentados juntos com os pais da Isabella, Charlie e Renée, minha irmã grávida também estava por ali e Jasper a todo instante grudado nela.

Emmett vinha falando com a Rosalie, que estava – pelo que pude perceber – ralhando com o meu irmão mais velho. Anna vinha com ninguém menos que Bella. As duas estavam de mãos dadas e Bella olhava para a minha baixinha sorrindo. A minha sobrinha estava fantasiada de Cinderela, seus cachinhos loiros caíam por suas costas e em sua cabeça estava uma tiara de princesa, muito linda.

- TIOOO EEEED! – gritou à pequena e veio correndo para os meus braços.

Eu a peguei no colo e a abracei apertado. Eu sentia falta dela, amava demais a minha sobrinha linda. Entreguei o presente a ela que foi correndo colocar no baú de presentes. Todos me observaram e meus olhos encontraram os da Bella, não nego que vê-la de azul a deixava bela, sua pele alva fazia contraste com o azul-marinho da blusa.

Observei-a até demais, e logo vi uma mão encostar-se a sua cintura e a virar, era meu amigo James, ele a beijou ali, no meio de todos. Ignorei-os e me sentei à mesa, cumprimentei meus parentes e Alice me lançou um olhar estranho, como se suspeitasse de algo, não dei bola e comecei a conversar com todos.

O decorrer da festa foi tranqüilo. Só não a parte que a Swan, apesar de estar agarrada ao namorado, ficou me encarando – o que foi o tempo inteiro –, Rosalie chamou a todos para cantar os “parabéns” da minha sobrinha. Fomos até a mesa onde estava tudo organizado e Emmett e Rosalie ficaram cada um ao lado da Anna, que estava quicando. Meu irmão acendeu a vela do bolo da Cinderela e todos nós começamos a cantar a tão conhecida música.

Anna sorria feliz e batia palmas. Assoprou a vela e a Rose ajudou-a cortar o bolo, e para a surpresa de todos Anna deu o primeiro pedaço de bolo para a Isabella, que ficou maravilhada ao recebê-lo da minha pequenina. Fiquei com ciúmes, não nego. Isabella foi até a Anna e a abraçou afetuosamente, beijando sua testa, vi muitos flashes e depois ela saiu.

Todos os convidados voltaram as suas mesas, e a festa continuou. Já passava das nove da noite e só restava a família em casa. Charlie e Renée já tinham, ido e o James também, alegando que tinha plantão de manhã cedo. Isabella ainda estava aqui, ajudando a Rose com as coisas. Anna estava no colo do Emmett, já ressonando, ela estava cansada.

Decidi que já estava na hora de ir pra casa, despedi-me de todos e fui andando até onde estacionei meu carro. Já estava abrindo a porta quando ouvi alguém me chamar, não precisei me virar para saber quem era.

- Eu preciso falar com você – ela disse e eu respirei fundo, virei-me para ela.

- Diga – disse, enfadado.

- Eu acho que precisamos esclarecer algumas coisas – ela disse.

- Isabella, nós já conversamos, eu disse a você que o aconteceu foi um erro e jamais voltará a acontecer. – não deixei que ela falasse e entrei no carro.

Bella POV.

Eu queria entender o motivo de eu estar correndo atrás do Cullen. Não precisava disso, como ele disse, foi um erro e não voltará a acontecer. Mas uma parte de mim queria por que queria esclarecer a situação.

Seria muito mais fácil que eu deixasse pra lá, se eu tratasse de esquecer o que houve, e lidasse com isso como ele está lidando. Mas a minha consciência estava pesada, eu precisava conversar com ele, pela minha irmã. Mas o que eu diria a ele? Que me arrependia? Que não gostei? Não para todas as respostas. Apesar de ter sido errado, inesperado e completamente insano, eu não me arrependo e foi bom demais.

Deixei com que ele fosse embora e resolvi fazer o mesmo. Despedi-me de todos e fui para o meu apartamento. Sim, eu havia me mudado há uma semana. Entrei em meu carro e dei partida, meu prédio ficava próximo ao hospital, umas três ruas praticamente, ficava longe da área nobre de residências da cidade, mas era ótimo. O porteiro liberou a entrada pra mim e eu estacionei meu carro na minha vaga e saí. Peguei o elevador e em segundos estava abrindo a porta do meu apartamento.

Larguei minha bolsa no sofá e fui direto para o meu quarto. Tirei minhas botas e as meias, e depois a blusa. Caminhei para o banheiro e enchi a banheira de água, coloquei alguns sais e assim que a banheira estava cheia, terminei de me despir e entrei. Permiti-me relaxar por longos minutos.

Desde que cheguei a Forks minha vida resolveu ficar louca. Era o cunhado depressivo e louco que me deslumbrava, era James o romântico e lindo que eu sempre quis na vida, mas ele me lembrava muito o Oliver, e era minha nova família, que apesar de alguns me julgarem, queriam-me perto.

Mas só tinha uma única pessoa que não me queria aqui. E essa única pessoa era a que mais me fazia continuar. Eu sei que ele é terminantemente proibido para mim, e que nunca vai me querer, mas eu o quero. Sim, eu quero Edward Cullen. Parei de mentir para mim mesma. Meus sentimentos por ele são estranhos, mas eu não consigo mais controlá-los e acho que depois que transamos em minha sala estes sentimentos me aplacou com fúria.

Não posso estar apaixonada por ele!

Estou definitivamente perdida.

-x-

Pílula do dia seguinte*: galerinha, todo mundo conhece a famosa pílula. Como eles dois não usaram nenhuma proteção, a Bella procurou outro método para evitar a gravidez.

-x-

N/A: Capítulo estranho esse. *pensativa* Hm... Mas gostei da conversa entre as três: Bella, Rose e Alice, elas precisavam disso. E Anna é um doce, né? Vontade de mordê-la, fato. Bom, mil e umas desculpas pela demora. Não estava conseguindo finalizar esse capítulo.

Sei que muitos pensaram que a Bella ficaria grávida, mas não, ela não vai ficar grávida, não agora. E esse final, uh? Bella admitiu para si mesma que gosta do Edward, mais do que deveria. E como ela vai lidar com isso agora? Não sei. *risos* Esperem para ver!

Segunda (13/12) foi meu aniversário! *bate palmas* Fiz 21 aninhos. *chora* É, tô ficando velha. E como o aniversário foi meu, o presente é pra vocês, postei uma short-fic nova: What Happens In Vegas, passem lá!

Beijinhos e até o próximo,

Tamy Black.


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Notas finais do capítulo

Próxima postagem: Garota de NY.