Nossas Crianças - Dramione escrita por Grind


Capítulo 6
Capitulo 6 - Ops!




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Nossas Crianças – Dramione / Capítulo 6 – Ops!

Hermione Granger~*

— Diz 'Ah' – Eu estava dando comida pra Will quando Malfoy passou correndo feito foguete.

— Atrasado, atrasado, atrasado. - Murmurava em sua rapidez e no modo atrapalhado com que pegava as coisas de que precisava.

— Sabe? – Coloquei a colher de volta no prato – Você precisa colocar uma das crianças no quarto.

— O quê? Pra quê? - Ele estava perdido de mais para acompanhar a linha de raciocínio.

— Elas iriam chorar, e então você não iria acordar mais atrasado. - Sufoquei um riso. e ele revirou os olhos.

— Muito engraçada você em – Ele corria de um lado pro outro.

Voltei minha atenção pra Will.

— Tá bom, vamos lá. Abre o bocão e diz 'Ah'!

— Você não está fazendo isso mesmo está? –Ele parou do outro lado da mesa com um sorriso sarcástico no rosto enquanto arrumava a gravata que encontrara debaixo de um travesseiro.

— E você não está apoiado na parte da mesa onde sua filha derrubou leite né?!

Ele olhou para a camiseta manchada. Eu ri

— Droga. - Murmurou

Ele correu escada a cima e Lena riu comigo no carrinho.

~*~

Draco Malfoy~*

Camisa trocada; Banho tomado; Café; Pasta de documentos; Gravata;

Desci as escadas voando.

— Tchau! –Fui saindo. Hermione abriu a boca pra responder, mas eu fechei a porta aparatando.

No andar certo, eu suspirei com a movimentação alheia.

— Hey cara!

— Oi Blás! –Entrei apressado.

— Você está atrasado.

— É, eu sei.

— Vai me dizer que-

— Não, infelizmente.

— Hum, quais são as novidades?

Sentei na cadeira de rodinha puxando-a em direção a mesa.

—Nenhuma.

— E as crianças, está tudo bem com elas?

— Sim, e ela não tem agido nem um pouco diferente, mesmo após a festa.

— Certo – Ele passou a mão no queixo sentando-se no sofá do escritório. – Temos que pensar em outra coisa, vocês não tem discutido não né?

Bufei e bati com a cabeça na mesa.

— Quase sempre.

Blás gemeu em frustração.

— Você tem que me ajudar a te ajudar Malfoy!

— Eu sei! A culpa não é minha, em quase nada a gente concorda!

— Então é melhor você concordar com o que ela disser.

— Mas-

— Mas nada! Já tava mais do que na hora de você se entenderem! Você vai concordar com o que ela disse, vai ajudar no que ela precisar, vai fazer coisas que ela gosta surpreendendo-a, e vai se voluntariar pras coisas pra que ela veja o quanto você é educado.

— O quê? –Eu ri em descaso – De jeito nenhum-

— Com licença, o senhor Blás tem uma reunião em 5 minutos – Alexia apareceu na porta e virei a cadeira em direção a janela.

Blás deve ter percebido minha reação instantânea.

— Já estou indo Alexia, só vou terminar um negocinho aqui.

Ela deve ter concordado, só olhei para Blás mesmo quando escutei o barulho da porta fechada.

— O que foi isso?

— Isso o quê? –Me fiz de desentendido.

— Porque ignorou a Alexia como quem fez coisa errada?

— Bom hã-

— Não me diga que vocês-

— Quase.

Ele passou a mão no rosto e socou a parede com força.

— Maldição Malfoy, você tem que se controlar!

— A culpa não foi minha, ela me agarrou no elevador!

— Não interessa! Você podia se soltar! Sabe como a Granger é! Ela não descobriu né?!

Meu silêncio respondeu com clareza.

— Eu não acredito! – Ele caiu sentado no sofá novamente – E você espera que ela comece a gostar de você depois de uma mancada dessas?

— Bah! - Eu esbravejei ficando de pé - Sei lá, depois da festa do Will e tal, achei que já fosse passado.

— Acredite amigo – Ele se levantou preparando para sair – Para as mulheres nada fica pro passado, tudo tem que se resolver na hora, se não ela vai usar isso contra você no futuro, ela iria usar de qualquer maneira, mas sem as desculpas fica mais pesado.

Ele saiu e eu bufei.

O que eu iria fazer agora?

~*~

 Hermione Granger~*

Um carro de flores, um carro de flores de rosas brancas e ainda quis se declarar anônimo. Eu revirei os olhos.

Eu sei que é ele, ele não me engana e agora, tenho rosa pela casa inteira.

Quando digo pela casa inteira, é literalmente.

Tem na sala, cozinha, na mesa de jantar, nas mesas no quintal do fundo, na área de serviço, hall de entrada, varanda dos quartos, no meu quarto, no quarto das crianças, no quarto de hospede. Menos o quarto dele, não posso dizer que não gostei, porque eu amei, mas ele também não precisa saber disso.

Helena então nem se fala, fica sorrindo pras flores no vaso que tem na cômoda não muito distante do berço e fica tentando pega-las.

Eu acho uma graça.

Creio que ele se superou dessa vez, e ele deve ter um bom motivo pra tudo isso, e creio que se for pelo o que estou pensando ele está perdoado. Eu não podia pedir que me tirasse satisfação. Alias, nós não temos nenhum tipo de relacionamento, então meu ataque de ciúmes pela marca de batom em sua camisa foi completamente sem sentido.

Isso a não ser que na cabeça dele, e só na dele, ele considere que temos algum tipo de relação, mas ai já são outros 500.

Ele chegou mais tarde, já estava escuro, as crianças estavam dormindo e chovia forte.

Tenho que parar de me preocupar com ele, como agora pouco em que pensei nas mil e umas possibilidades dele se acidentar na chuva, tudo porque ele se atrasou 20 minutos.

— Noite. – Disse, ainda assim não soube se me viu, estava embolada no cobertor, sentada no sofá da sala com um balde pipoca no colo e sem luz na casa.

— Noite. – Respondi um tanto amedrontada pelos trovões que caiam lá fora. Ele deu de ombros e não demorou muito pra descer seco e arrumado.

— Que escuridão que está aqui.

— Estamos sem luz e eu não sei onde tem vela nessa Mansão Mal-Assombrada.

Ele riu. Não o vi sair, mas aparentemente, voltou com algumas velas acessas, colocou uma ao lado da TV, outra na cômoda da parede, algumas espalhadas no chão e a última na mesa de centro.

— Cuidado pra não por essa vela perto das minhas flores, você pode queima-las.

Ele ergueu as sobrancelhas.

— Como queira madame. E afinal, que flores são essas que tem por toda parte?

— Muito engraçado, eu sei muito bem que foi você que as mandou. Um carro pra ser mais exato, mas sei que foi você.

Ele atua bem, olhou para as flores a sua volta com desprezo.

— Eu não iria gastar o meu dinheiro com todas essas flores.

— Não adianta fingir, eu sei que foi você.

Ele deu de ombros.

— Faça como quiser.

Ele espreguiçou-se no sofá, realmente aparentava cansaço e minha conformação era o fato de que não tinha levado o papo das flores para uma discussão longa e sem sentido.

 

— Pronto, agora não parece mais uma Mansão Mal-Assombrada.

— É. – Olhei em volta – Parece Lua de Mel de alguém, isso sim.

Ele riu com vontade.

— Ai Granger, como pode me dizer algo assim? –Ele gargalhou mais uma vez – Flores, velas, e uma noite chuvosa, você, o que mais eu poderia pedir? Chega até ficar com um clima romântico aqui!

— Qualquer outra coisa. –E me encolhi seria ignorando sua mais recente cantada – Não gosto de chuvas com trovões, me deixam assustada. E não tem como ter um clima romântico na qual eu estou assustada, embolada em cobertores comendo pipoca sozinha só esperando ouvir choro de criança.

Ele suspirou alto colocando os braços ao longo do encosto do sofá.

— Não estrague as coisas cara Granger - Ele franziu o cenho e olhou pra mim – Medo de trovões?

Balancei a cabeça em positivo e ele riu.

— Não é engraçado Malfoy - Falei com voz chorosa – Não gosto de coisas assim.

—Oh! – Ele me puxou para um abraço colocando o balde pipoca do outro lado – Se preocupe não minha cara, nada vai te acontecer. - O tom de piada se desfazendo - Eu estou aqui.

Ele levantou a cabeça quando as luzes a nossa volta acenderam e a TV deu um estalo anunciando que iria ligar.

— Pronto? Voltou.

— Não – Falei em voz manhosa colocando a cabeça em seu colo – Agora eu quero ficar no escuro.

Ele riu e com um gesto de varinha as luzes se apagaram de novo.


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