Nossas Crianças - Dramione escrita por Grind
Nossas Crianças – Dramione / Capítulo 5 – Diga papai
Hermione Granger~*
— Então vai!
— Eu vou mesmo!
— E o que ainda faz aqui?!
Ele bufou e gemi em frustração ao descobrir que havíamos acordado uma das crianças com a nossa discussão. Jogando as mãos para o alto ele saiu batendo a porta com força.
Só para me provocar.
Só para me provocar.
— Ai que ódio – Peguei Will o chacoalhando no colo devagar tentando controlar a raiva.
Não dava para ter uma conversa civilizada com Draco Black Malfoy, tudo o que eu dizia ele simplesmente insistia em contrariar. Era impressionante. Como é que pode um negócio desses?
— Está tudo bem agora, já terminamos de discutir.
Bufei em frustração, era irônico a nossa última e mais recente briga.
— Eu havia pedido a ele que fosse comprar leite, mas o convencido falou que não tinha necessidade. Ai eu perguntei qual parte do vai buscar leite ele não entendeu, afinal se não fosse necessário eu não pediria! -Falava sozinha.
Ou melhor, com as crianças.
— Por que ele não poderia simplesmente ir comprar o leite? – Bufei outra vez – Ai, eu nem sei mais que rumo acabou com isso.
Will me observava curioso.
— Eu cuidando das crianças, e ele curtindo a vida, sentado na mesa da cozinha tomando café. Como se ele tivesse acostumado com o pensamento de Hermione Granger cuidando da filha dele! Ele pode ter se acostumado, mas eu não me acostumei com tudo isso!
Ouvi a porta se abrir e bater com força.
— Seu leite – Falou seco e sentou-se.
Olhei feio em sua direção, e mesmo com uma criança em um dos braços, preparei as coisas para fazer café, coloquei leite na leiteira pra esquentar.
Ele apenas me observava.
— Como consegue fazer tudo isso ao mesmo tempo?
Olhei em sua direção.
— Pratica.
Ele sorriu cínico e eu também, coloquei Will de volta no carrinho e ele se levantou.
— Aonde vai?
— Posso subir pro meu quarto senhora, ou vai querer mais alguma coisa?
Revirei os olhos.
— Já vai tarde.
Ele voltou.
— Como é que é?
Parei com os braços na cintura na sua frente.
— Você ouviu muito bem o que eu disse.
Ele sorriu sarcástico e quase colado seu rosto ao meu, pôs uma das mãos atrás da orelha ainda sorrindo se aproximando.
— Repete aqui no meu ouvido que eu não entendi ainda.
Aproximei meu rosto do seu e colei meus lábios ao seu ouvido o sentindo se arrepiar.
— Eu disse – Comecei a sussurrar – Que já vai tarde.
Escutamos alguém bater na porta e ambos olhamos na direção do barulho.
— Droga - Falou em um som quase inaudível.
— Vamos, vamos - Comecei a empurra-lo e ele gemia. –A casa é sua você atende a porta.
— Não, estava tão legal a gente lá Granger - Revirou os olhos - Bah! Por favor-
Já na sala o deixei em frente à porta e voltei para meu café com leite.
Draco Malfoy~*
— Hey! – A mulher veio me abraçando, nem tive tempo para ver quem era ela pulou no meu pescoço.
— Oi – Falei meio sem jeito.
Soltou seus braços de meu pescoço, e já foi entrando então, só me estou fechar a porta. Ela foi direto pra cozinha.
Já vi que ia dar briga.
— Querida! –Ela atacou Hermione também.
Hermione provavelmente também a conhecia, pois ela também estava toda sorridente.
— Ana! Que bom te ver – Falou entre dentes.
Estranhamente, Hermione veio até mim colocando um dos braços em volta da minha cintura, ainda sorrindo falsamente, pelo que percebi, para a desconhecida.
— Ana, apresento-lhe meu marido, Draco Malfoy.
Um sorriso perverso escapou através dos lábios de “Ana” e ela acenou com a cabeça pra mim.
— Não sabia que havia se casado Hermione meu bem.
Hermione forçou um sorriso.
— Tem muita coisa que você ainda não sabe Ana, querida.
— É deu pra ver – Me olhou de cima a baixo, e depois para os carrinhos. – Mas, que crianças-
Estalei os dedos de tamanha força com que fechei o punho.
— Lindas!-olhou com desgosto para nós. – Só a menina parece com o pai, curioso não é?!
Como é que é?
Ela insinua que no meu casamento falso com Hermione inventado há 5 minutos, a Hermione tem a capacidade de me trair? Não há possibilidade de mulher algum seja até mesmo em um casamento falso, me trair.
Eu ia avançar nela, mas Hermione me segurou.
— É realmente curioso. – Estreitei os olhos na sua direção que me ignorou completamente, voltando à atenção a mulher ao meu lado.
— Hermione querida, nem tive tempo de me explicar! Mudei-me para aqui perto e fui até a delegacia procurando me informar se conhecia algum morador aqui perto, foi quando vi seu nome e tratei de te procurar.
Hermione revirou os olhos.
— Mas agora eu me interessei, não aparecia que moravam na mesma casa-
Ela engoliu em seco procurando uma resposta.
— Eu, comprei a propriedade ao lado de presente pra ela. – As interrompi.
Se ela tivesse uma arma na mão, teria atirado na minha cara. Hermione arregalou os olhos pra mim, e um sorriso muito pequeno escapou no canto dos seus lábios.
A minha mente viajou com isso e ela deve ter percebido.
Ela sorriu pra mim, espontaneamente.
Ela sorriu pra mim, puramente.
Hermione Granger~*
Tirei o meu braço da sua cintura, e tentei de todas as maneiras que consegui, ela acabou sentando, dando sinais de que não iria embora assim tão fácil. Empurrei Draco para se sentar, pois ele não respondia a nada, como se sua mente não estivesse presente ali naquele momento, só o corpo.
Todos sentados, já que estava começando a ficar preocupada com ele, segurei uma de suas mãos, brincando com seus dedos e apertando forte por entre as minhas.
Ana disse que tinha mais coisas a fazer na casa nova e que qualquer dia desses voltaria.
Dei graças a Merlin quando ela saiu.
— Draco? –Franzi o cenho em sua direção, quando voltei à cozinha e o encontrei na mesma posição – Draco, me responde, por favor.
Peguei em sua mão e nada.
Peguei um copo e o enchi de água gelada, joguei em seu rosto que agiu instantaneamente.
— O que você está fazendo Granger?!
— Você não me respondia, estava ai nesse estado catatônico-
— Ah pelo amor - Fez uma careta, o rosto vermelho pela raiva - Eu não posso me distrair se quer e você não sai do meu pé-
—Então está bem Malfoy, na próxima fique paralisado e morra, já que você considera isso melhor do que voltar a realidade!
Ele bufou jogando as mãos para o alto.
— Que louca era aquela?
Sentei-me.
— Ana, um pesadelo da minha vida que achei que tivesse acabado.
Ele sentou-se mais interessado.
— Pensei que eu fui seu pesadelo.
— Acredite, ela ganha de você em todas.
— Não ganha não.
— Ganha sim. Ela é falsa, você não.
Ele começou a prestar mais atenção. Passei a mão nos cabelos nervosa.
— Bah! Ela era a minha vizinha quando crianças, falsidade pura, eu não a suportava mais ela acreditava que éramos grandes amigas do peito! Era a única coisa pela qual eu não tinha vontade de voltar pra casa! –Eu já estava de pé e ele me observava atento.
— Terminou?
— Terminei – Respondi, e bufei outra vez.
— Está cansada?
Franzi o cenho, e segurei os cabelos preocupada.
— Pareço cansada?
Ele sorriu e balançou a cabeça em negativo.
— Não, perguntei, por que percebi pelo tom da sua voz. Não quer se deitar na sala um pouco? Eu cuido deles pra você se quiser.
Olhei para o carrinho e em seguida para ele.
— Tem certeza?
— Tenho.
Respirei fundo.
— Obrigada.
Corri para sala e me joguei no sofá.
Como era bom descansar um pouco.
Draco Malfoy~*
— Ela não se sentiria a vontade se eu fosse para a sala observa-la não é?
Willian esticou os braços para mim, como quem queria colo.
Neguei com a cabeça.
— Não, ela não se sentiria a vontade na minha presença ainda – Peguei Willian no colo, enquanto empurrava o de Lena aos jardins no fundo da casa.
— Olha a sua mãe não pode saber que estamos treinando em? –Falei severo ao menino que me observava com curiosidade.
Sentamos em um dos bancos perto das roseiras. Lena dormindo tranquilamente e eu conversando com um menino de 1 ano e algumas semanas.
— Agora vamos lá, diz: Paaapai.
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