Nossas Crianças - Dramione escrita por Grind


Capítulo 2
Capítulo 2 - Inesperado




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Nossas Crianças - Dramione / Capítulo 2 - Inesperado

Hermione Granger~*

Helena e Will estavam sentados nas cadeiras na minha frente enquanto eu os alimentava. Logo Malfoy desceu as escadas apressado. Estava bem vestido, mesmo eu não querendo admitir. Usava seu típico terno preto, exceto pela camisa social, que era azul marinho.

Voltei a minha atenção as crianças.

— Droga! Eu estou atrasado!

— Não vai tomar café?

— Não dá tempo!

Por que foi que eu perguntei mesmo?

— Pelo menos leva alguma coisa.

Ele andava de um lado pro outro procurando alguma coisa, na sua 10º volta da mesa ele pegou uma maçã e a colocou na boca. Com dificuldade conseguiu responder.

— Você viu o me relógio de pulso?

— Aquele em cima da mesa de cetro na sala?

— Obrigado!

Ele correu até a sala, segundos depois voltou mastigando a maçã em uma mão e a outra tentava fechar o relógio.

— Tchau princesa - Beijou a bochecha de Helena com vontade, passou a mão no rosto de Will – Tchau garotão.

— Deixa que eu te ajude com isso ai. – Apontei para seu relógio. Levantei-me e me aproximei, estava entretida demais em fechar o relógio que nem notei o quão próximos estávamos. Não deu tempo de eu me afastar, quando terminei ele segurou e a beijou, delicadamente.

— Tchau querida.

Revirei os olhos e voltei ao outro lado da mesa pra dar atenção as crianças. Ele pegou sua pasta.

— Diz tchau pro seu pai. – Eu dizia a loira - Diz Tchau pai!

Draco sorriu pra nós e saiu. Bufei e me recostei na cadeira.

— Podia ter dito tchau pra ele. Acha que eu deveria ter dito?

Ela bateu ambas as mãos na mesinha sorrindo pra mim.

— É eu também acho.

Draco Malfoy~*

— Não Blás! Eu tenho certeza de que estou bem! Completamente bem!

— Então como é que você me volta assim? Deixei bem claro pra você que poderia ficar em casa o tempo que precisasse-

— Eu sei! Só que eu não preciso mais está bem?

— E sua filha, Helena, como fica?

Bufei e passei a mão no cabelo nervoso.

— Eu encontrei Granger.

Seus olhos se arregalaram, ele bateu a porta que atrás dele que antes estava entreaberta. Bateu com tudo.

— Essa estória de novo não! Jamais! Por Merlin! - Começou a berrar.

— O que eu fiz? - Gritei em resposta, sentindo a tensão tomar posse de nós dois.

— Quantos meses eu não tive de aguentar você resmungando por conta da Granger? Quantos meses o Weasley foi a pior pessoa que já existiu por eles serem namorados em Hogwarts?

— Mas agora é diferente, não vê? Weasley faleceu, e agora ela está lá na minha casa, cuidando de Helena e-

— Espera! Hermione Jean Granger na casa do Malfoy como babá? - Estava estupefato.

— Ela não é babá, eu a sustendo e em troca ela cuida das crianças-

—Que crianças? - Recuou um passo, pálido.

— Helena e Willian.

— Quem é Willian?

— É o filho dela.

Ele passou a mão pelo rosto pensativo.

— O que tem em mente?

Sorri cafajeste.

— Se eu estiver certo o filho dela vai fazer aniversário daqui algumas semanas.

— E você pretende financiar a festa?

— Bingo.

— Mas sabe que com dinheiro não vai chegar em lugar nenhum. – Ele sentou-se e eu também.

— Eu sei, tenho que convidar alguém que realmente goste da minha pessoa-

— No caso, ninguém.

— Mas e-

— Eu não conto, porque sou seu melhor amigo ela vai esperar que eu falasse bem de você.

— Certo.

— Sua mãe!

Levantei-me.

— De jeito nenhum! – Joguei a mão pro alto

— Mas ela é super gente boa. Ela está convidada.

— Não está.

— Está.

Bufei.

— Não inventa de convidar quem ela não gosta da Sonserina, por Merlin!

— É verdade, vamos ver quem mais-

Blás riu do nada.

— Qual a graça?

— Nós! Planejando a festa de um menino que nem parente nosso é!

— Vou cria-lo como meu filho. - A convicção na minha voz o calou. não era algo que eu poderia negar. Aceitar Hermione para cuidar das crianças enquanto pequenas gerava uma série de fatores que eu esperava, pelo menos, que ela também tivesse pensando.

Ela não poderia simplesmente, abrir a porta da rua e sair com o menino nos braços declarando independência, afinal se seu problema era deixar o filho sozinho, ele precisaria estar mais do que crescido para sair de casa despreocupada.

E isso levaria tempo, e antes que percebesse, Helena já a veria como mãe, e o mesmo valia no meu caso.

— Não exatamente porque você é o padrasto e- Blás estava procurando uma saída pro súbito compromisso que eu acabara de assumir.

— Certo! Entendi! Só que eu vou considera-lo como filho e ele ira me considerar como pai.

~*~

Hermione Granger~*

— E esse aqui, ficou bom?

Eu rodava com um vestido florido que eu não usava há décadas na frente do espelho. Will e Helena estavam todos alegrinhos na minha cama me observando.

— Ele vai gostar desse não é?

Droga. Por que raios eu me importava com a opinião do Malfoy? Bufei. Peguei Helena no colo que já estava caindo no sono e a levei até o berço.

— Durma bem pequena. – E passei a mão por seus fios loiros.

Escutei o barulho de campainha e desci as escadas rapidamente.

Um homem que eu nunca tinha visto na vida carregava um buquê de rosas vermelhas na mão e na outra uma prancheta.

— É a Srta. Granger?

— Sou eu por quê?

— São para Srta.

Entregou-me o buquês, rosas.

— E assine aqui, por favor – Entregou-me a prancheta. Assinei e ele foi embora. Fui até o meu quarto, Willian ainda estava sentado na minha cama entretido entre os lençóis.

No buquê, um bilhete.

Rosas para minha princesa, meu bem mais precioso.

A campainha de novo. O mesmo cara.

— Eu ia pra próxima entrega, mais quando vi era aqui mesmo. - Deu de ombros, a prancheta voltando a ser estendida na minha direção.

Sorri singela. Esse era ainda mais bonito. Rosas brancas.

Papeis assinados.

Rosas para minha rainha, pela dedicação a um mero súdito.

Assim que fechei a porta escorreguei pela mesma. Suspirei e cheirei as flores, fechei os olhos embriagada no perfume.

— Quem falou pra ele sobre eu gostar de rosas brancas?

Draco Malfoy~*

Passei a mão no rosto cansado. Eu havia acumulado muito serviço depois que fiquei depressivo com a morte de Astória. Peguei as minhas coisas, a empresa era minha mesmo.

Passei na sala de Blás.

— Vou nessa.

— Beleza.

— Eu estou muito cansado.

— É eu também já não estou me aguentando mais.

— Certo.

— Viu, se resolveu com o negocio dos convidados?

— Eu fiz uma lista. E ela vai me tratar bem hoje.

— Por que diz isso? - Franziu o cenho curioso.

— Mandei flores pra ela.

Ele ergueu as sobrancelhas.

— Nossa!

— Mandei a predileta dela, rosas brancas.

— Desse jeito você vai longe. 

— Ainda não sei, mas fui.

— Até.

Eu mal fechei a porta e Alexia, a secretaria de Blás entrou na minha frente, quase sem que criar uma determinada distância entre nós. Essa era pior que Pansy.

— Deveria usar roupas menos apertadas Alexia.

— Draco você percebeu! E fico feliz que tenha voltado!

Sorri puramente falso.

— E quantas vezes vou ter que te pedir pra me chamar de Gi, Draco?

— Eu não sei – meu sorriso forçado permaneceu – Eu tenho que me lembrar disso.

Ela sorriu.

— Viu – começou a passar o dedo pelo meu peito discretamente. – Se você precisar de companhia qualquer dia desses é só falar viu?

— Mas é claro, é claro Alexia. Agora se me der licença eu vou pegar o elevador.

— Que bom! - Deu um salto alegre enquanto abria espaço para eu me mover, ainda que a distância entre nós fosse pouca - Eu também estava indo.

Revirei os olhos, entramos no elevador. Maldito seja o último andar.

Só que as coisas me fugiram do controle, acho que ela não conseguiu se aguentar. Ela me puxou pela gola com tudo de encontro o seu corpo, e foi quase impossível resistir, o beijo era cada vez mais intenso, e eu já não tinha mais controle sobre o meu corpo. Minha mão foi até a sua coxa a apertando com força, fazendo-a gemer.

— Você gosta disso não é? – Perguntei de dentes cerrados enquanto a socava na parede, fazendo suas costas baterem com força contra o vidro a fazendo gemer de novo.

— Oh Draco - Murmurou entre um suspiro e outro - Só você consegue me provocar assim-

Eu beijava e mordiscava seu pescoço pouco me lixando se deixaria alguma marca.

—Draco-

— O que foi?

— O elevador - respirou fundo - vai parar-

Eu a soltei, e ela aproveitou pra se recompor. Sai do elevador, se eu queria Hermione pra mim eu não poderia mais ter recaídas desse jeito.

Entrei no carro, sentindo a culpa me pesar os ombros.

Hermione Granger~*

Escutei o barulho de carro estacionando, perto das sete da noite. Eu estava feliz, estava contente por causa das flores, mas sempre tem algo que dá errado. Ele entrou e jogou a chave na cômoda da parede.

— Hey!

— Oi, seu jantar está forno. - Eu indiquei apesar de saber que ele sabia onde a cozinha ficava. Não havia elfos ou empregados, Malfoy sabia se virar sozinho.

— Eu tenho jantar é? - Ergueu as sobrancelhas, surpreso. Ele se dirigiu direto pra cozinha.

Eu estava sentada na mesa de jantar mexendo nas rosas brancas no vaso em que eu havia colocado. Ele veio com prato e tudo e sentou-se na minha frente.

— Então, com foi o seu dia?

— Foi legal, e o seu?

— Um tédio, trabalho atrás do outro.

— Que pena.

— Gostou das flores?

Senti meu rosto queimar.

— Muito.

Ele sorriu se dirigindo ao prato, quando abaixou a cabeça-

— Espera!O que é isso na sua gola? - Eu estreitei os olhos, desejando que não fosse o que eu imaginava ser.

— O que?

Não era possível.

— Isso ai é batom?

Ele ficou pálido.

—É pelo jeito seu dia foi muito ruim mesmo - Eu respondi sarcástica, e apesar dele abrir a boca para responder, nenhum som saiu. - Eu já jantei. Vou para o meu quarto - E fui embora completamente revoltada.


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