Nossas Crianças - Dramione escrita por Grind


Capítulo 1
Capítulo 1 - Troca de Favores




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/436380/chapter/1

Nossas Crianças - Dramione / Capítulo 1 - Troca de favores

Draco Malfoy~*

 

Lena estava chorando de novo, a peguei no colo e pedi para que se acalmassem longos minutos depois ela pegou no sono novamente. Meus minutos de sossego eram preciosos, mas eles nunca duravam muito tempo, na tentativa de sair silenciosamente do quarto, acabei por esbarrar e sabe se lá o que fazendo a garotinha provocar aquele som novamente, de choro, lagrimas escorrendo e soluços. Eu precisava de ajuda, e rápido, tive de escolher uma das minhas ultimas alternativas, fui pedir ajuda ao vizinho.

Alguém a quem eu ainda não havia me apresentado havia se mudado há poucos dias pra lá. Caminhei a passos rápidos e bati na porta.Ela se abriu quase de imediato e me deparei com um carrinho de bebê,com um mesmo dormindo e logo atrás uma cabeleira já conhecida.

Ela se virou na minha direção, e creio eu, que tanto os meus olhos quanto os delas se arregalaram. Eu não estava ofegante, mas de repente comecei a ficar, meu coração começou a pular radicalmente dentro do meu peito.

Inspira. Expira. Inspira. Expira

O simples ato de respirar não me parecia o suficiente.

Calma Draco, ela não pode fazer você se sentir assim novamente, controle-se.

Ela estava mais linda do que nunca, uma mulher deslumbrante. Há tempos eu não há via no Profeta Diário ao lado de Potter ou Wesley.Eu havia feito de tudo para tira-la da cabeça após a guerra, mas no momento em que eu me encontrava eu sabia que ia ser ainda mais difícil.

— Malfoy?! – Perguntou me dando o prazer de ouvir sua voz. Não expressava ódio, raiva ou rancor, apenas curiosidade, me deixando completamente sem arrependimentos em ter ido até ali.

Apoiei-me nos dois lados da porta, respirei fundo para não gaguejar na sua frente.

— Granger, tem como a gente discutir outra hora? Eu preciso de ajuda.

Ela ergueu as sobrancelhas, e me limitei a olhar para o chão, talvez olhando para os meus pés fizesse com que eu me sentisse mais tranquilo e com menos pensamentos inapropriados. Levantei o rosto e sorri galanteador como o legitimo Draco Malfoy que ela conhecia.

— Por favor.

Logo, ela revirou os olhos e me tirou do caminho saindo com o carrinho e fechando a porta da casa, me impossibilitando ver se havia mais alguém por lá.

— Onde é o incêndio?

~*~

A levei até a mansão e assim que ela escutou o choro subiu as escadas as pressas, fiquei sozinho com a criança sonífera ao meu lado. Empurrei o carrinho até a sala e fiquei encarando a figura gorducha que dormia tão tranquilamente.

Quanta inveja.

Minutos depois o silêncio dominou a mansão novamente, e o ranger de passos na escada era o único som audível, ela parou na minha frente com Lena no colo, sendo que a mesma estava com uma mamadeira com leite na boca.

— Qual é o nome dela?

— Helena essa é Hermione Granger. Granger, essa é a minha princesa Helena – Respondi a sua pergunta tentando parecer o mais natural possível, já que o fato de sua presença ser tão próxima a minha estava me provocando arrepios.

— Malfoy, meu príncipe Willian, Will esse é Draco Malfoy, um antigo amigo de escola – Falou direcionando a cabeça ao carrinho.

Revezei olhares entre ela e o garoto.

— Ele é a sua cara.

Um sorriso triste escapou por entre seus lábios e fiquei a me perguntar o porquê, já que há havia a elogiado.

— Há quanto tempo deixou essa menina linda chorando lá em cima?

— Uns 10 minutos.

Ela balançou a cabeça em negativo.

— Coitada, estava com fome.

— Eu não sei interpretar choro de crianças Granger – falei grosso, e logo me arrependi, afinal não deveria agir tão estupidamente assim já que ela estava me ajudando – desculpe - passei a mão no rosto me sentindo derrotado - Eu estou destruído.

Ela balançou a cabeça como quem entendia e sentou-se na poltrona na minha frente. Um silêncio constrangedor se instalou na sala naquele instante e me perdi entre pensamentos olhando para Will.

Ela havia seguido em frente. Ele podia muito bem ser filho de algum amigo dela na época de Hogwarts, Potter, Wesley. Mas poderia ser filho de um trouxa qualquer,o marido dela provavelmente estava trabalhando como advogado, medico ou auror. Pode até ser que eu conhecesse o cara de sorte que roubou o coração da mulher que me pertencia.

— Onde está a mãe dela?

Olhei para a morena que me observava com curiosidade. Encostei-me só sofá e suspirei fundo.

— Astória pegou pneumonia com sete meses de gravidez. A doença foi piorando e ela não sobreviveu ao parto, logo Helena também ficou doente e passou o último mês internada, mas graças a Deus ela está bem agora.

— Eu sinto muito-

— E o pai dele? – Eu tinha que perguntar.

Ela suspirou alto.

— Ronald foi atacado por comensais da morte semanas antes de eu descobrir que estava grávida

Levantei o olhar.

Ela estava sozinha. Não tinha ninguém, o caminho estava livre, livre pra mim, por mais egoísta que esse tipo de pensamento soasse, essa seria um segundo pontinho de felicidade depois de Lena que eu teria na minha vida.

— Estamos no mesmo buraco então?

— Não exatamente, você tem dinheiro e eu não.

— Como assim?

— Estou sem emprego e não posso procurar um com criança pequena em casa.

Uma ideia.

— Fique aqui então.

— O quê? Enlouqueceu Malfoy?

Isso! Isso! Uma ideia perfeita!

— Não vê Granger! Tem espaço pra umas 10 pessoas nessa mansão!

— E daí?! – Ela se mexeu inquieta na cadeira e eu me levantei.

— Você escolhe seu quarto, qualquer quarto. Logo eu querei que voltar a trabalhar e não posso deixar Lena sozinha, você fica com as crianças, eu até te pago se quiser.

Ela hesitou por um segundo

— Mas Malfoy, eu acabei de me mudar!

— E aposto que não desempacotou nem metade das coisas por causa de Willian! – Eu estava histérico. Transbordando felicidade, quantas vezes eu não havia sonhado com aquilo?

Ela fechou os olhos com força e por algum motivo Lena, que já havia terminado a mamadeira, começou a rir.

— Está bem.

Hermione Granger~*

O berço de Will ficaria junto do de Helena no quarto de ao lado, e de Malfoy, no final do corredor. Eu estava na minha mais nova cama perdida entre pensamentos, já no andar de baixo, Malfoy mesmo se ofereceu a retirar todas as caixas da minha antiga nova casa. Resolvi ver como ele estava indo e fiquei sentada no inicio da escada, de modo que ela não pudesse me ver.

Ele entrou com duas caixas grandes nos braços e as colocaram juntas as outras. Ele já estava sem camisa e suor escorria por todo o seu corpo, já que ele se encontrava sem camisa, passou a mão no rosto e cabelo olhados e me amaldiçoei por suspirar.

Ele colocou ambas as mãos na cintura para ver as caixas a sua volta.

— Quer tirar uma foto Granger? – Disse rouco sorrindo e procurando- me com os olhos na escada. Desci alguns degraus e sentei-nos mesmos permitindo que ele me visse e que estabelecemos contato visual. – Só tem a gente aqui Granger, deve suspirar mais baixo – Ele piscou pra mim com aquele sorriso e eu revirei os olhos sorrindo também.

— Acho que é você quem quer uma foto Malfoy.

— Eu? – Perguntou surpreso apontando pro peitoral suado. Tive de me controlar pra não suspirar novamente. Fechei os olhos e passei a mão no cabelo inquieta.

— Mas é claro Malfoy, não sei como sobreviveu até aqui sem mim. –Terminei com o meu sorriso sedutor e passando a mão no queixo.

Ele sorriu e se virou andando em direção à porta, balançando a cabeça em negativo. Antes que saísse, eu o chamei.

— Draco?! – Falei o mais sensual possível. Ele parou e jogou a cabeça na minha direção

Mandei um beijo em sua direção e ele sorriu mandando outro de volta. Subi as escadas, sabia que Will acordaria logo.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nossas Crianças - Dramione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.